História Toy 》 KaiSoo - See You Again

POV KYUNGSOO

   Olhava para a televisão, estava quase afundando os botões do controle. Não tinha um canal passando algo que bom. Aquele tédio todo estava me irritando.
   
   Fico ali pensando em coisas aleatória e que não faziam nenhum sentido, assim como minha vida. Logo sou tirado de meus pensamentos ao ouvir a campainha tocar, reviro meus olhos, afinal quem vem encher o saco de alguém essa hora?  Devia ser ChanYeol ou alguém de seu grupinho.
 

Me levanto indo até a porta e quando abro a mesma, me surpreendo, pelo menos um pouco, ao ver a pessoa que estava ali. Franzi o cenho fingindo estar confuso por conta da presença dele.

— Kyung. Eu preciso. — ele diz e eu me faço de desentendido, eu sabia muito bem o que ele queria, mas não iria entregar assim de mão cheia.

— Entra. — Falo com uma certa autoridade e dou espaço para que ele entrasse. Assim que ele o faz, tranco a porta e me viro para ele.  — Eu jurava que você não iria mais vir aqui.

 Digo soltando uma risada irônica e voltei a me sentar no sofá, bati a mão no lugar ao meu lado, Kai se sentou ali e me olhou nos olhos.

— Eu também jurava.  — Ele morde seu lábio inferior e não posso deixar de notar seus lábios que estavam rosados e um pouco inchados.  —  Enfim, eu não vim aqui para papos. Eu quero mais daquilo.

— Daquilo o que?  — Tento o provocar e percebo que havia conseguido, pois ele me lançou um olhar de raiva.

— Eu quero mais daquela droga, Kyung. Eu preciso, minhas veias então pedindo por mais, deu pra entender?

— Pra quem não queria estragar a vida com drogas, você está muito apressado. — Me levanto e vou até uma pequena estante que tinha ali na e tiro dois saquinhos e entrego para Kai. — Olha, se você vai ficar querendo isso ai,  você vai ter que me pagar, porque eu não vou ficar bancando ninguém não.

 — Depois eu te dou dinheiro. — Ele diz convicto e se levanta do sofá, indo sentar no chão, em frente a mesa de centro. Me sento ao lado dele e vejo que ele tentava fazer os filetes com a droga igual eu fiz da primeira vez. Ele realmente era um desastre nisso.

   Pego o saquinho da mão dele e por um momento pensei estar louco e ele ter segurado minha mão. Mas não estava louco, ele realmente segurava minha mão, olhando para ela fixamente.  Puxei ela de volta e fiquei com uma cara de confusão e um pouco bravo, pois eu não gostava que me tocassem.

— Ah! Hm... Meu Deus. — Kai dizia perdido em suas próprias palavras.

— O que foi? — Terminava de fazer o filete com a droga na mesa deixando como no primeiro dia que ele usou. Um na frente dele e um na minha frente.

— E-esse anel. — Ele olhava para o anel em meu dedo atento e por um momento fiquei receioso de que ele conhecesse o dono do anel ou que ele soubesse que eu roubei. E talvez ele realmente soubesse de tudo isso.

— Ah, tem vários desses por Seul. — Falo a primeira desculpa que veio em minha mente e ele solta um suspiro aliviado.

— Deve ser isso mesmo. Hoje roubaram um anel igual esse da loja em que eu trabalhava. Mas como você disse tem vários deles por aqui. — Solto uma tosse ao ouvir o que ele diz. Kai realmente era um tolo por acreditar no que eu disse, mas resolvi não focar nesse assunto, pois ele poderia acabar desconfiando.

— Vamos logo com isso. — Digo apontando para os filetes na mesa e ele assentiu com a cabeça e se abaixou tampando uma de suas narinas e sugando a droga com a outra. Me abaixei e fiz o mesmo. A sensação subiu por meu corpo me deixando em um certo êxtase, mas eu sabia controlar isso.

— Isso é bom. — Kai disse com um sorriso bobo estampado em seu rosto, ele nem havia usado direito e a droga já estava fazendo um efeito enorme nele. Solto uma risada baixinha e mordo meu lábio inferior enquanto olhava para a cena a minha frente. Kai podia ser ingênuo, mas era um tanto interessante. — O-o que foi?

Ele gaguejava tanto que chegava a ser irritante, balanço minha cabeça em um sinal de 'nada' e ele dá de ombros.

— Quando você for vir aqui a procura de mais. Você já vem com a grana, pois como eu disse, não irei bancar você não. — Falo deixando bem claro e e ele coloca suas mãos na bolso a procura de algo, logo ele tira dali duas cédulas de dinheiro de alto valor e me entrega.

— Pronto, agora para de ficar cobrando. — Ele se aproxima de mim e apoia uma de suas mãos em minha coxa e olhando para meus lábios.

— Pensei que você só veio aqui atrás das drogas e não de outras coisas. — Lanço a ele um olhar malicioso.

— Eu também pensei. Mas nossos pensamentos pode nos enganar, não é mesmo? — Antes que eu pudesse respondê-lo, Kai veio para cima de mim sentando-se em meu colo e começou a me beijar. Por instinto eu retribui o beijo. Minhas mãos estavam apoiadas na cintura dele e as mãos deles estavam em minha nuca arranhando a região.

Um calor estava sendo transmitido entre nós dois e uma chama se acendia com força e subia por nossos corpos, causando êxtase em ambos. Meus lábios se direcionaram ao pescoço dele, Kai curvou seu pescoço para trás dando passagem aos beijos que eu deixava ali. Os beijos passaram para chupões e mordidas que provavelmente ficariam roxas depois, mas nenhum de nós dois se importava com isso no momento. Um toque de celular começou a ecoar, estávamos ignorando mas a pessoa que ligava insistia, procurei de onde vinha o toque e logo vi o celular de Kai no chão.

— Atende logo. — Digo pegando o celular do chão e olhando brevemente para o nome na tela "Sehun".

Os dois estavam conversando e Kai parecia ter ficado animado com o que a pessoa do outro lado havia dito. Me levantei ajeitando minha roupa e indo até a cozinha, o olhar do garoto me seguiu, mas eu fingi não perceber. De alguma forma eu fiquei irritado. Não por conta da pessoa ter ligado e ele ter ficado feliz e sim por ela ter nos atrapalhado. Atrapalhado o que estavam prestes a fazer.

— Já que você conseguiu o que queria, pode ir agora. — Digo apoiando meus cotovelos no balcão e tomando um pouco de soju.

— É, melhor mesmo. Obrigado, Kyung. — Ele diz ficando a minha frente no balcão e dando um beijo breve em mim. Kai se vira e acena com a mão, balanço minha cabeça em um aceno e então ele sai.

— Até breve, Kai.