História Toy 》 KaiSoo - Darkness

POV KyungSoo

As semanas haviam se passado voando, e junto a ela veio novos problemas, novas dívidas e muitas outras coisas. Mas nada que uns trabalhos sujos não possam pagar.

Já não via meus "amigos" pessoalmente desde aquele último assalto na joalheria. Mas hoje os mesmos  combinaram de mais um assalto, porém, em um local pequeno.

(...)

Solto uma risada alta enquanto entrávamos naquela lanchonete. Todos já estavam bêbados e com alto consumo de drogas rodeando suas veias, nos consumindo cada vez mais. As pessoas ao redor olham para nós com um desprezo e uma expressão de nojo. Mas eu não me importava com isso e muito menos ChanYeol e seu bando.

Pedimos algumas bebidas e nos sentamos ao balcão. Logo nossos pedidos foram tragos. Virei o copo de uma vez sentindo o líquido queimar sobre mim, pedindo outro em seguida.

— Ah, Kyung, semana que vem, vamos ter mais trabalhos viu. Se faltar já sabe né. Irá ter que lidar com as consequências. — ChanYeol fala com sua voz embargada.

—  ChanYeol já sei disso tudo, é a milésima vez que você repete isso! E não tem como esquecer algo que você me lembra toda hora. — Dou uma pausa em minha fala e bebo um gole do whisky. — E bem, eu sei muito bem lidar com as consequências.

— Quando você teve que lidar com as consequências pela primeira vez, você não conseguiu, KyungSoo. — Yixing se pronuncia e eu reviro meus olhos.

— Verdade. Quer que eu refresque sua memória sobre o que aconteceu? — ChanYeol diz com um sorriso cínico no rosto e eu bato minha mão com força na mesa.

— Eu sei muito bem o que eu tenho que fazer, caralho. — Levanto irritado e me viro para sair.

  Meus olhos assim que eu me viro vão de encontro com JongIn sentado sozinho em uma mesa, logo que eu olho para trás e volto meu olhar para frente o mesmo já não estava mais ali.

Olho ao redor a procura do garoto e não o encontro mais. Dou de ombros e resolvo ir embora já que minha cabeça estava explodindo. Quando saio dou de encontro com Kai e alguém indo embora, eles pareciam estar correndo de alguém de tão rápido andavam.

— Está fugindo? — Pergunto assim que  alcanço Kai.

A pessoa que estava ao lado de Kai se vira primeiro e logo em seguida ele. Meus olhos se arregalaram ao ver o acompanhante dele. Mas que merda KyungLee estava fazendo aqui?

Meus olhos emanavam raiva, já o dele apenas surpresa, o espaço entre nós três era preenchido apenas por um imenso silêncio. Meus pulsos estavam cerrados e meu corpo inclinado rumo à mmmeu... meu irmão.

— Mas que drogas você está fazendo aqui, KyungLee? — Pergunto irritado e empurro ele para trás com força. Kai parecia estar assustado com a situação, mas não interrompeu.

— Eu que pergunto isso! — Ele segura meus pulsos com força e tentar torcer o mesmo para que assim eu não desse algum golpe nele.

— Você gosta de estragar minha vida e me perseguir não é mesmo? — Consigo soltar uma de minhas mãos, mas apenas mantenho contato de olhar com ele.

— Eu gosto de estragar sua vida? Tem certeza disso? Você lembra do que você fez anos atrás? Você lembra que destruiu duas vidas além da minha e a sua? — Seus olhos estavam arregalados por conta de sua próprias palavras.

— CALA SUA BOCA! — Não estava me importando se alguém na rua iria ver eu gritar.

Logo minha mão dirige um soco nos lábios dele com uma certa força, não demora muito para que outro também seja dirigido a mim. Senti um gosto metálico em meus lábios e passei minha língua ao redor do mesmo para não sangrar.

Naquele momento estávamos um ferindo o outro, Kai gritava para pararmos, mas não estávamos dando atenção a isso.

— Parece que o irmão bonzinho andou treinando não é mesmo. — Digo sarcástico e recebo mais um soco em meus lábios. Logo o corpo que estava está cima de mim e puxado por alguém. Me levanto e olho para meu querido irmão com irritação.

— Parem de ser infantis. — Kai gritou e entrou no meio de nós dois.

— Ah, JongIn cuida da sua vida. — Resmungo colocando minha mão em meu rosto.

Ele olha para mim me analisando de cima a baixo e se aproxima, mas rapidamente eu me afasto rapidamente e Kai fala um palavrão baixinho.

— Vocês se conhecem? — KyungLee fala, mas o mesmo é ignorado por alguns instantes.

— Lee, podemos conversar depois? Eu vou ajudar Soo, ele estava precisando de mais ajuda nesse momento. Tudo bem? — Kai diz num tom baixo e ele apenas assente. Arregalo meus olhos ao ver Kyunglee dar um selinho em Kai e depois sumir entre a calçada contrária da que estávamos.

— Eu não preciso de sua ajuda. — Digo sendo frio.

— Não vem com essa, KyungSoo. Você está todo machucado. — Ele pega em meu pulso e segura o mesmo.

— Não importa, eu não quero sua ajuda. Tá difícil de entender? Aposto que KyungLee precisa muito mais, vai lá. — Puxo meu braço com força e começo a caminhar.

— Mas que saco! Eu vou te ajudar e acabou. Mesmo que você fale que não precise ou repita isso mil vezes seguidas. — Ele caminha ao meu lado e eu fico em silêncio.

Minha cabeça estava voando em pensamentos contraditórios. Eu passei esse tempo todo não querendo encontrar com KyungLee, e chega agora ele aparece em minha vida novamente. Seria para estragar tudo novamente? Seria para se vingar de tudo o que eu fiz? Era milhões de perguntas, mas não tinha respostas e eu também não tinha certeza se queria encontrá-las.

Entro em meu apartamento junto à Kai, abro a porta deixando ele entrar primeiro. Solto um suspiro alto e entro logo em seguida, jogando todas as coisas em meu bolso na mesa de centro. Me olho no espelho e realmente tinha mais hematomas do que o esperado. Kai aparece atrás de mim e olho para o reflexo dele.

— Aonde tem caixa de primeiro socorros? — Ele diz e eu aponto para a estante que não ficava muito longe de onde estávamos. Logo o garoto vai até lá e pega a pequena caixa.  — Vamos cuidar desses cortes antes que inflame.

Ele passa um algodão - com um líquido que eu não sabia distinguir - nos cortes na minha sobrancelha e lábios. Solto um resmungo baixinho por conta do ardor que estava ali.

 — Ah! Mas que droga! — Reclamo por conta da dor. Ele estava apertando seus dedos contra os cortes para estancar o sangue, o que fazia arder ainda mais.

 — Na hora de sair se socando com seu irmão, você não estava reclamando. Agora vamos sentar ali.  — JongIn aponta para meu sofá e eu caminho junto a ele. Me sento e ele fica em minha frente me analisando com um olhar curioso. — Hm, Soo, tira sua blusa para mim t-terminar de fazer esses curativos.

Solto uma risada baixinho por ele ter gaguejado. Naquele momento todo o álcool que eu havia bebido já não circulavam em meu organismo. Estava sóbrio o suficiente para lidar com as situações que se passavam em meu subconsciente.

Levo minha mão até a minha blusa e tiro a mesma rapidamente deixando no canto do sofá. Sinto as mãos de Kai sobre os pequenos roxos que estavam ali e ele colocar algum remédio sobre o local lentamente.

O silêncio se estendia sobre nós dois o que estava um tanto incômodo, mas eu não iria me atrever a quebrar, já que meu egoísmo falava muito mais alto que minhas vontades.

 — Posso te perguntar uma coisa? — Ele olha em meus olhos e eu balanço minha cabeça positivamente.

 — Poder pode, agora se eu irei te responder já é outros quintos. — Falo enquanto me ajeito no sofá .

 — Por que você e seu irmão brigaram? — Kai termina de fazer os curativos e se senta ao meu lado de pernas cruzadas. Ele só me conhecia a duas semanas, mas parecia que tinha a maior intimidade comigo e minha casa.

— Porque não nos damos bem um com o outro, porque nos odiamos. — Digo sem nenhuma expressão em meu rosto.

— Mas vocês tem que ter um motivo para se odiarem. Então por que não se odeiam? — Ele mordia seu lábio com um certo nervosismo.

— Você disse que seria uma pergunta e eu já respondi. — Me levanto e vou até a porta abrindo a mesma. — Agora se me dá licença eu vou descansar e também seu namoradinho deve estar preocupado com você.

Ele se levanta revirando os olhos e fica em minha frente me encarando.

— Ele não é meu namoradinho, KyungSoo. Somos apenas amigos. E tudo bem eu já estou indo. — Ele diz sem nenhuma expressão assim como eu segundos atrás. JongIn se vira para ir embora, mas minha mão em um ato próprio e sem concepção segura os braços deles e o puxa para perto, fazendo nossos corpos ficarem colados e nossos rostos próximos. Podia sentir o coração dele acelerado e talvez o meu não estivesse diferente.

Meus lábios vão de encontro com o dele e minha língua explora cada canto da boca do mesmo. Eu não sabia o motivo certo por estar beijando Kai. Fora apenas uma vontade naquele momento. Ele demora um pouco para retribuir o beijo mas logo se entrega deixando suas mãos em minha nuca e aprofundando o beijo.

Uma eletricidade se estabelecia entre nossos corpos passando de um para o outro. Caminhamos de volta para dentro da casa e fecho a porta com meu pé. Sinto meu lábio inferior ser sugado com uma certa força o que gerou um pequeno grunhido de minha parte por conta do corte que estava ali, mas isso não importava.

Acabamos por cair sobre o sofá e o corpo dele fica sobre o meu.  A falta de ar estava presente então o beijo foi encerrado, mas o êxtase que ele havia criado ainda estava presente entre nós dois. Meus lábios foram até o pescoço de Kai, onde deixei beijos molhados juntamente com alguns chupões.

Escuto um gemido manhoso vindo da parte dele e o mesmo curva seu pescoço para trás dando espaço para que eu dominasse o local.

As mãos dele estavam em meu peitoral arranhando lentamente a região. Começo a tirar a blusa dele mas logo sou interrompido.

— Kyung. Não, podemos fazer isso. — Ele diz e sai de cima de mim ajeitando sua roupa. — Já está tarde é melhor eu ir.

— Okay, Tchau, JongIn. — Eu não estava irritado ou algo do tipo. Mas também não queria que ele tivesse parado.

O mesmo vai até a porta abrindo novamente e saindo em seguida sumindo de minha visão. Solto um suspiro alto e puxa meus cabelos lentamente. Minha cabeça estava latejando por conta de todas essas coisas que aconteceram nas últimas horas. Precisava ao menos descansar minha cabeça e pensar no que iria fazer daqui para frente. E principalmente uma forma de me livrar de meu querido irmãozinho.