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História Triângulo de Sangue - Lembranças podem doer D2


Escrita por: LunariaElvenor

Notas do Autor


Voltei novamente, estou com uns probleminhas ligados ao coração mas eu vou continuar escrevendo. Boa leitura amores.

Capítulo 8 - Lembranças podem doer D2


- Como ele esta? - disse Patrem aos médicos num tom mais calmo.                                                                                                                   - Sua pele ainda esta se regenerando, parece que a carne esta vindo em tons diferentes e depois volta ao tom normal. - todos observavam Sete - Temo apenas que seus resultados não sejam tão bons quanto antes.

Patrem suspirou um tanto tenso.

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- E então?

- Ela esta acordada mas...

- Mas o que? Para de enrolar porra. 

- Parece que ela esta descamando. 

- Pera ai? O que?

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- My lady?

- Sim , estou aqui meu pequeno. 

- Porque eu sinto cheiro de podre?

- Você não vai gostar muito do que vou falar. - ela olhou nos olhos de Pierre - Sua pele esta podre e esta descamando, mas calma, tem uma nova vindo por baixo.

- Droga, eu estraguei tudo, sou uma aberração. 

- Não repita isso novamente! Você nos ajudou, quase fomos pegos, se não fosse por você provavelmente não iriamos sair de lá e a missão não seria concluída. 

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- Luna não quer visitas.

Eu estava com muita raiva, havia desmaiado na frente de todos bem no meio de um acerto de contas entre Gângsters e agora teria de aturar Mike falando sobre meus hábitos alimentares como uma mãe culpa seu filho de esta com dor de barriga por usar o celular. As vezes eu queria que ele fosse atingido por um carro, mas seria muita ofensa para o asfalto ter o sangue dele no chão. 

- Luna, posso entrar? - não respondi - vou considerar isso como um sim.

- Idiota. 

Me encolhi na cama hospitalar improvisada feita pelos membros da gangue, abracei minhas pernas, estava com muita vergonha e queria ficar sozinha. Meu outro lado não queria ficar só , as vezes eu não queria ter sentimentos e nem hormônios pois eles são muito complicados a minha sorte era que a pessoa que adentrou o quarto era o ser mais assustador e amável que conheci na minha vida inteira.

- E ai chocolate amargo. 

Big Jay parou na entrada do pequeno quarto onde eu estava e sorriu carinhoso para mim, não pude evitar retribuir ele era como um urso negro assustador que apesar da aparência na verdade era um paizão carinhoso. Ele sabia que falar não me faria tão bem então apenas se aproximou de mim e me abraçou, era tudo que eu precisava apesar da parede de músculos em seu peitoral e seus braços não serem tão confortáveis , não poderia imaginar alguém melhor que ele para vir até mim naquele momento.

- Vou te trazer sorvete ta bom.

- B.J fica aqui só mais um pouquinho. - olhei para ele, mas tinha uma pele caindo no meu olho e a arranquei. 

- Eu posso sim, não quer tirar suas lentes?

- Não e sim...

- Mal de libriana - ele sorriu.

- Você confia de mais em signos sabia? - eu não gostava muito dessa crença dele em signos

- Ah vai os signos...

Antes que ele completasse a frase escutamos a gritaria do lado de fora e era a única pessoa que não queria ver naquele momento. 

- Big Jay, passa a faca. 

- Com todo prazer - apesar de B.J ser um amor ele amava confusão. 

- ME DEIXA ENTRAR DROGA - Mike adentrou o quarto como um furacão. 

- Oi hétero - provoquei e Big Jay soltou uma gargalhada. 

Mike estava com a sua maquiagem e sua peruca, quando não cometia crimes conosco ele trabalhava como garçom de um bar gay na zona norte da cidade junto a seu tio. Ele dizia que não se relacionava com homens mas sempre que possível cutucávamos seu ego hétero que ele tanto se orgulhava. 

- ESCUTA AQUI GAROTA - ele parou e removeu seus cílios postiços - NÃO ME PROVOCA EU VIM AQUI PREOCUPADO COM VOCÊ. 

- Abaixa o seu tom comigo. - fiquei puta com ele gritando comigo. 

- Eu não faço isso por mal, só que você tem que se alimentar melhor sabia? Eu fico preocupado. 

- E daí? Não tenho que te obedecer. 

- Mas pelo menos tem que ouvir afinal fomos...

A faca que estava em minha mão foi atirada em sua direção fazendo um pequeno corte entre a ponta de sua orelha e seu pescoço e por fim ficando presa na parede de madeira bem atrás dele. Isso foi o suficiente para faze-lo calar e não completar a frase, eu odiava quando  ele lembrava do passado. 

- Ok, quando começa a ter armas eu me retiro, vou deixar vocês dois a sós.

- Não, fica. - segurei o braço de B.J.

Tentei ignorar mas foi bem perceptível a respiração pesada de Mike ao ver aquela cena bem na sua frente. Eu considerava Mike um amigo, a famosa Friend Zone e ele sabia bem disso mas eu não o culpava por ter esperanças afinal fui eu que alimentei elas na época que a nossa amizade virou algo mais carnal... sim eramos amantes. Como sempre no início tudo são flores mas depois cansei e tentei romper e ai que a merda toda começou pois era bem óbvio que ele não aceitou o fim, não que ele tenha virado um ex psicopata , ele só estava decepcionado pois ele queria me pedir em namoro e eu simplesmente o humilhei na frente de todos. O resultado foi tiro, porrado e aceitação. 

- Bom, acho melhor você descansar agora, suas peles já estão acabando de sair então iremos deixa-la por algumas horas. 

- Hey, não vou deixa-la. 

- Cala a boca hétero - dito isso Big Jay apenas o agarrou e colocou em seu ombro. - Até mais tarde.

Observei os dois saírem e deixei que meu corpo relaxa-se na cama, agora estava com Mike na cabeça e ri com as memórias.Eu o conheci a dois anos eu havia acabado de chegar nos EUA fugindo do Brasil estava com nome novo, identidade nova  e queria recomeçar porém um ser endiabrado tentou me assaltar e esse ser era Mike. Eu reagi ao assalto ele era 10 cm mais alto e seu corpo era aparentemente mais forte também, apesar disso eu o derrubei e quebrei seu braço e isso foi meu passaporte para a gangue Slow death afinal era o primeiro teste dele para entrar na gangue e eu estraguei tudo. 

Ele não ficou com raiva de mim, pelo ao contrário ele ficou atraído, foi amor a primeira vista... melhor dizendo, amor a primeira porrada. Bem que dizem que quem bate esquece e quem apanha guarda, ele guardou da forma errada. Meus olhos agora estavam pesados eu estava muito cansada. 

(...)_______________(...)________________(...) 

-Luna? Padre Antônio esta a sua espera na sala dele. 

- Obrigada Madre Lily, estou indo agora mesmo. 

Caminhava pelos corredores do convento que agora estavam sendo iluminados pela luminárias apesar de que não era noite ainda, mas mesmo assim ligavam as luzes todos os dias as cinco horas. Peguei o caminho mais longo para a sala de Padre Antônio passando pelo jardim central que agora estava vazio, adorava ver o entardecer e era bom para esquecer o que o Bispo havia feito com meu corpo a algumas horas atrás, me sentia suja e estava com medo, queria apagar tudo aquilo da minha mente mas não conseguia tinha pesadelos todas as noites com aquilo. 

- Meu pequeno anjo - ouvi a voz ao longe e olhei em sua direção. 

- Padre Antônio. - Não conseguia sorrir mas me sentia feliz em o ver e também não precisei andar o resto do caminho até sua sala. 

Ele era um padre jovem, tinha 23 anos e era a única pessoa que eu conseguia confiar dentro daquele maldito convento. Ele tinha desejos refentes a mim ele nunca escondeu isso e se punia , apesar disso nunca me tocou e nunca me maltratou , pelo ao contrário ele punia a si mesmo e sempre curava minhas feridas. 

- Padre... ele fez de novo. 

- Aquele filho do diabo... se esconde debaixo da sua falsa santidade.

 Era visível o seu ódio , a veia em sua testa saltava e seus punhos agora estavam cerrados, ele segurou em minha mão e me puxou na direção de onde era seu dormitório, nos esgueiramos das vozes das freiras e eu senti a tensão em seu corpo ele queria me ajudar mas não tinha poder algum para isso. Assim que chegamos ao seu quarto pude observar que em cima de sua escrivaninha haviam muitos papéis e alguns tinham meu nome. 

- Vou encher a banheira e preparar os remédios. 

- Ah, sim...

Ele havia percebido que eu olhava os papéis e os pegou. 

- Você ainda não esta pronta para isso mocinha. 

Os papéis foram trancados dentro de seu armário , ele se voltou para mim e soltou meus cabelos seus olhos brilhavam e senti meu rosto arder por causa da proximidade desviei o olhar agora fitando o chão. Ele sorriu fraco e levantou as mangas de minhas vestes, logo o olhar carinhoso se tornou obscuro pois ele viu as marcas de queimadura em minha pele que o bispo havia feito com as velas, sua respiração estava acelerada eu sentia a raiva fluir de seu corpo eu tentei puxar meu braço para esconde-lo mas ele o segurou. 

- Eu vou por um fim em tudo isso.

- Porque esta falando isso?

- Eu estou disposto a abandonar a batina e te libertar. 

- Eles nunca nos deixaram ir!

- Por isso eu vou nos tirar daqui. 

- Isso é impossível.

- Só é impossível se você quiser que seja. - não respondi e dei o terço de Emyli a ele.

Fogo, foi tudo que vi após esse dia, a igreja não queria nos deixar ir eramos vigiados e logo fomos separados mas antes que ele fosse morto o terço do mais próximo que tive de mãe começou a brilhar e todas as plantas do convento começaram a pegar fogo assim como meu coração e literalmente... meu corpo. Nunca mais o vi a partir daquele dia afinal... eu o matei, matei a todos naquele convento. 

Perdi meu precioso terço e fugi, fui resgatada por um casal de brasileiros de meia idade e adotada por eles mas não fiquei muito tempo, logo aquele quem eu chamava de pai se envolveu com jogos e fez enormes dividas e foi caçado. Minha mãe havia me dado um novo nome, uma nova vida mas nos acharam enquanto tentávamos sair do país, meu pai foi capturado já minha mãe conseguiu escapar comigo mas ela foi baleada assim que chegamos no aeroporto, eu consegui pegar o avião ficando com meus pertences e os dela e foi assim que aos 14 anos cheguei nos E.U.A .

(...) _____________________________ (...)

- Droga... 

- Luna, você esta bem? 

- Sim eu est... PADRE ANTÔNIO?

- Ei fale baixo. 

- Mas... você morreu...

- Bom, isso aqui me ajudou bastante. 

Olhei para suas mãos, o terço da Freira Emyli.

- Mas... como?

- Foi difícil te encontrar meu anjo, eu vou contar tudo. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até a próxima.


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