História Try - Smile( versão yaoi dos fatos)

Eu não queria estar naquele shopping, naquela hora, eu nem queria ter olhado para essa moça que esta do meu lado agora, sem ter a mínima noção de que eu não me importo com ela, ou com todas as tentativas de cantada dela, eu nunca me senti atraída por um mulheres, elas são desinteressantes, completamente desinteressantes.

A última com quem estive, me machucou profundamente, me traindo com o namorado de um amigo meu, eu me machuquei por ter tentado tanto e no fim não ter sido reconhecido. Ela fez eu notar que não conseguia mais conviver com pessoas do sexo feminino.

Mas esta moça do meu lado foi alguém que vi no ônibus, a mais ou menos 2 anos atrás, e olha ela aqui de novo, a menos de uma semana eu dei meu número para ela e já estamos nessa droga de cinema e eu estou me perguntando, porque ainda não contei para ela o fato de sua presença mal me interessar. Eu nem estou ouvindo o que tanto ela diz, tentando parecer legal, mas falhando miseravelmente.

Quando meu olhar se focou mais a frente, num casal homo parado na entrada do cinema, brigando. As vozes deles eram possíveis de ser ouvida, na distância em que eu estava.

-Por que está fazendo isso? - ele perguntava.

-Por eu não gosto de você! –o outro respondia de forma grossa. – Nunca gostei de você!

-Porquê? - ele insistia.

-Porque você é ridículo, na forma em que se veste ou nesse jeito de tentar uma falsa fofura, isso é ridículo! – Ele desatou a chorar.

Eu de certa forma entendia aquele garoto, tentar ser algo que você não é para agradar os outros, era horrível.

-Saia da minha frente- Nessa hora eu já havia me levantado e caminhava na direção do casal- Vai embora, estou cansado dessas suas lágrimas hipócritas.

O menino saiu correndo e antes de eu ir atrás dele, parei na frente do garoto, olhando em seus olhos como se isso pudesse lhe transmitir todo o meu desprezo, e finalmente disse:

-Você é o único ridículo por aqui- e então fui atrás do garoto, me libertando de 2 más companhias.

O menino parou de correr próxima a uma das saídas do shopping, eu parei atrás dele e o abracei, eu sei que isso é estranho, que eu era um estranho para ele, porem eu já havia passado por aquela mesma situação onde a única coisa que eu queria era que alguém me abraçasse.

-vai ficar tudo bem. - Falei rente ao seu ouvido, percebendo ele se arrepiar, e por algum motivo eu gostei de saber que fui eu quem provocou aquilo. -vem!

O puxei para um lugar mais afastado e fora do shopping, me recostei numa parede e a puxei para mim, deixando-o chorar o quanto quisesse com a cabeça na curva do meu pescoço.

Eu não sabia, porque meu corpo reagia com aquela proximidade, ou porque meu coração batia tão forte e tão descompassado, ou o motivo de eu gostar de estar ali, e sentir aquele corpo pequeno contra o meu, e sua respiração no meu pescoço e seu cabelo curto castanho com as pontas azuis tamparem veemente a minha visão de seu rosto afundado em meu peito, e suas mão pequenas paradas nos meu braço procurando apoio.

Quando seu choro sessou e só sobrava os suspiros entrecortados, eu o afastei gentilmente, olhando em seus olhos, o lápis forte que delineava sua olhos estavam borrados, mas isso não diminuía a beleza de seu rosto, nem mesmo as poucas e bem pequenas espinhas que tinha espalhadas ali, diminuíam a beleza daquele ser de olhos âmbar.

-Você está bem? - perguntei.

-Sim, eu acho. - ele falou baixinho. - obrigado.

Eu apenas sorri, com seu agradecimento, e me aproximei de seu rosto, não me questionem o porquê de ter me aproximado, ou de estar quase tocando seus lábios com os meus, ação que quando completada eu me senti nas nuvens, sem entender o motivo. Me afastei lentamente, e ele sorriu olhando para mim, e que sorriso lindo, se eu não estivesse apaixonado, me apaixonaria agora por aquele magnifico sorriso de covinhas. E então como num estalo, me lembrei de algo. E perguntei:

-hum, Qual o seu nome? - perguntei.

-Lucky- Ela sorriu- e o seu?

-Jonas.