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História Tuyo - Amnesia


Escrita por: BowieLover

Notas do Autor


Bom dia, meus amores! Hoje vamos de Amnesia da Anahí.

Capítulo 2 - Amnesia


Sua mão esquerda estava sob o joelho esquerdo, e a outra afastava os fios mais compridos de sua franja longa dos olhos. Mesmo que ela estivesse de olhos fechados naquele beco úmido, sentia a presença dele, e se aproximando. Se recompôs, levantando e encostando-se na parede, enquanto Henrique bloqueava seus movimentos com o corpo. A mão dele apoiada na parede, e com seus olhos, observando-a bem de perto, a deixava corada, embaraçada, desconcertada. Mal sabia ela, quais eram seus efeitos sobre ele.

Mi corazón se deshace, mi pulso se desanima... Cargo un pesado equipaje, recuerdos que contaminan. Tu ausencia es una tormenta, que arrasa con mi alegría. Soy una lágrima seca... Soy una rama caída...

- Paola... Precisamos conversar. – A voz rouca dele me despertou da minha confusão de pensamentos, e só quando levantei as vistas que pude perceber nossa proximidade, o ar quente dos lábios dele, chegavam aos meus, e me embriagavam. Álcool com menta. Amaldiçoei a mim mesma naquele instante, por sentir vontade de prová-lo.

- Eu concordo. – Minha fala estava um pouco arrastada, e eu mal conseguia olhar em seus olhos, nossas bocas estavam a poucos centímetros de distância.

- Eu não consegui me controlar depois de te ver hoje. – Ele citou, e eu sorri, lembrando-me do que acontecera mais cedo.

Y lo más triste de todo, es aceptar que mis lábios tus besos mendigan... Lo más triste de todo, es que no vuelves, no vuelves te vas y me olvidas... Como si me hubieras amado, y mi nombre se hubiera borrado... Como si una vez me hubieras escrito, y tu pluma me hubiera tachado...

Dois Chefs estrelados estavam nos visitando no segundo episódio do Masterchef Profissionais. Havia feito uma ou duas piadinhas com um deles enquanto o mesmo explicava a complexidade da prova, e algo me deixara um pouco amuada. Os olhares de reprovação de Fogaça já estavam me deixando furiosa com ele. Minha vontade era de confrontá-lo.

Logo após a apresentação, e enquanto os participantes quebravam a cabeça para entender a prova, nós seis, fomos até o restaurante, para que os segredos da receita nos fossem revelados. Eu estava simplesmente encantada com as técnicas propostas pelos dois. Reaproveitavam a maioria dos ingredientes nos procedimentos, e o sabor? Hum! Meu desejo era que eles fizessem pelo menos parecido, para que eu pudesse provar um pouco mais daquilo. Um dos maiores desafios para mim, além da emulsão era a cocção do bacalhau, e foi justamente aí que tudo começou. Me inclinei para pegar o guardanapo com garfo, faca e colher que estava sobre a mesa, e com delicadeza peguei um pedaço para mim, levando-o à boca.

Todas as minhas atenções estavam voltadas para aquele peixe suculento que derretia em minha boca, quando peguei um olhar da Ana Paula, minha querida amiga, que quase me fuzilava. Tudo isso aconteceu muito rápido, e ao levantar notei o olhar dele acompanhando minha bunda.

Dei passos para trás, e antes que eu pudesse sussurrar qualquer coisa para ele, o mesmo fez o movimento contrário, aproveitando sua deixa para provar o prato dos Chefs, afastando-se do meu olhar de fúria para ele. E foi assim que ficamos durante todo o episódio. Aquela maldita saia ajudava? Não. Mas o que estava acontecendo com ele me intrigava mais ainda... Semana passada, me lembro de um Fogaça bastante furioso nos corredores, pela forma como o participante João Lima estava se comportando comigo.

Eu também havia ficado muito irritada com aquilo, mas meu recado já estava dado, e circulando por tudo quanto é rede social. Já o do Henrique... Não estava? Por isso tanto ódio?

Como si tu cuerpo tuviera, toda la memoria vacía! Como si cruzaras la puerta, y sentise rara la vida...

O aperto forte em minha cintura me tirou daquele transe, daquela memória. “Não resisto, Argentina...” Ele sussurrou em meus lábios e quando estava prestes a abocanhá-los, senti um puxão firme na barra do meu vestido.

O ar faltava um pouco, talvez pelo susto ao pela frustração, meus cabelos estavam úmidos devido à minha agonia, mas consegui sorrir para o motivo do meu puxão. Francesca estava na ponta da cama, alta demais para ela, seus dedinhos seguravam meu lençol, puxando-o insistentemente, enquanto me chamava.

- Mamá! Tenemos que ir... La escuela... – Ela dizia, sua expressão pura, doce, e preocupada me fazia “acordar”. A peguei em meus braços, lhe dando um beijinho apertado na bochecha. A imagem dos lábios do meu colega aos meus ainda estavam bem frescas, mas agora, parecia que eu os assistia de fora. Paola e Henrique em um beco escuro e úmido. Meu final feliz?

Minha filha, graças à Lindalva, já estava pronta. E eu, atrasada e confusa. A deixei ir, e impus coragem para um banho rápido, logo vestindo meu jeans rotineiro e uma blusa simples, fresca. Hoje era dia de Chef de restaurante, não de jurada. Aquilo me deixava mais tranquila... Mais segura de quem eu realmente era.

A pior parte o meu sonho, é que eu não conseguia separar o que era lembrança, e o que era fantasia. Como si tuviera amnesia.

¿Quién de mí te habrá curado? Y embriagado de anestesia? Como si tuvieras amnesia.


Notas Finais


O que será que está acontecendo com a nossa Paola? Esqueceu de tudo? Ressaca? Fruto de sua imaginação?


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