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História Two Moons - Prólogo


Escrita por: _TheSun_

Notas do Autor


Olá, pessoal o/
Então, honestamente, essa história é um desabafo. É algo bem pessoal e por isso essa conta é anônima, eu apenas precisava fazer isso aqui. Quando quiserem falar comigo, apenas me chamem de Sun, certo? Ou Sol mesmo kkk
Eu não sei com certeza absoluta o rumo dessa história, mas estou aqui para descobrir com vocês ;)
Espero que curtam!

Obs: Os pov's serão sempre da Camila, pode ser que futuramente eu precise fazer algum outro tipo de narração, mas é quase certeza que serão todos dela.

Enjoy ^-^

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Two Moons - Prólogo

CAMILA POV

Sabe aquele momento da vida em que você se vê diante da entrada de um labirinto? Com diversas possibilidades para seguir, ou até mesmo voltar atrás, mas sem saber como agir?

Eu nem mesmo sei dizer como eu cheguei a esta situação, mas tentarei descobrir com vocês.

Dizem que na vida temos milhares de paixões e somente um amor, mas e se tivermos dois amores? Como seria se existissem duas luas no mundo?

Eu não sei vocês, mas eu nunca fui exatamente normal. É como se o meu coração fosse um ímã e a encrenca o metal, mesmo que o meu cérebro tente em vão me orientar. Não que eu não o utilize, eu o uso até sentir as pontadas de desconforto, mas sempre acabo cedendo ao que o meu coração atraí. E, sinceramente, eu gosto de ser assim. Sempre valorizei bem mais os sentimentos que a razão. Qual é, qual seria a graça de ter uma vida cinza e gelada, quando se pode viver intensamente cada segundo, colorido e quente? Mesmo com as consequências que vem com isso, o sabor é único e vale a pena cada tropeço.

Talvez seja por isso que eu esteja nesta situação agora... Completamente fodida.

Não sei dizer se fodida do jeito bom ou do jeito ruim, talvez os dois. Contudo, imagino que esteja na hora de explicar um pouco, não é?

Estão preparados?

Não me responsabilizo por qualquer dano que acabe te levando à um manicômio. E acreditem, os riscos são altos.

Ah, foda-se. Eu avisei... Espero que suas contas bancárias estejam cheias.

Prontos ou não, aqui vou eu... Senhor, preciso parar de assistir televisão.

9 de fevereiro de 2015 - Nova York – 13:00.

As vozes pareciam estar dentro da minha cabeça, retumbando feito sirenes de ambulância. As buzinas dos carros eram como marteladas no meu cérebro. E a vista? Bem, até mesmo com óculos eu enxergava caleidoscópios fluorescentes. Não, eu ainda não estava ficando louca. Esse era apenas o resultado de uma noite mal dormida.

- Você está querendo ser demitida?! – Pressionei os olhos com força e levei a mão até a testa ao ouvir a voz conhecida ressoar feito bombas em meus tímpanos. – Alô? Tem alguém aí? – Resmunguei ao me sentir sendo chacoalhada brutalmente.

- Caralho, para com isso – a empurrei para longe, respirando fundo. – E por que diabos você está gritando, Dinah?

- Eu não estou gritando – a encarei confusa e ela riu. – Que merda você aprontou na noite passada pra estar com essa cara destruída e com sintomas de ressaca?

- Nada – a respondi simples, mas ela continuou me encarando como se dissesse que me espancaria caso eu não contasse. – É sério, eu só fiquei me revirando na cama. Estava nervosa demais pra conseguir dormir.

- Ah, faz sentido – deu de ombros. – Mas devia ter tentado mais né, agora tá toda fodida aí!

- Quem dera... – murmurei.

- O que disse? – Franziu o cenho.

- Que é melhor a gente sair do meio da calçada – olhei a volta, notando as pessoas passando apressadas por nós e nos xingando por estarmos no meio do caminho. Nova-iorquinos. Revirei os olhos. – Na verdade, é melhor nós irmos. Estamos fodidamente atrasadas!

- E quando é que não estamos? – Negou com a cabeça e nos encaramos durante algum tempo, para em seguida cairmos na gargalhada.

Às vezes eu não sei nem o porquê, mas é só olhar para a cara de Dinah que me dá uma vontade enorme de rir. E para parar? É praticamente uma missão impossível. James Bond teria orgulho de mim.  

- Você tem sorte de ter fãs fiéis e pacientes, porque pra te aturar viu... – desdenhou enquanto caminhávamos.

- Eles são mesmo uns amores – sorri involuntariamente. – Mais até que a minha melhor amiga né!

- Own, acordou carente foi? – Passou um braço pelo meu ombro, quase me sufocando com seu abraço esmagador. – Que fofa, bitch!

- Saí pra lá, desgraça – voltei a empurra-la, ouvindo-a gargalhar ao me puxar de volta para os seus braços. – Dinah Jane, eu vou enfiar minhas unhas nesse seu rostinho lindo se não desgrudar! – Seus olhos se arregalaram levemente e devagar ela foi me soltando. – Ótimo, não estou pra muito contato hoje.

- Ain, acordou azeda vadia – resmungou. – Tudo bem, mas só porque você me atura quando eu acordo assim.

- Somos tão fofas que deveríamos ser pagas – suspirei.

- Você deveria escrever sobre nós – Dinah sugeriu.

- Por que diabos você acha que alguém em sã consciência compraria um livro pra ler as nossas retardadices? – Neguei com a cabeça, um sorriso divertido pintando em meus lábios.

- Tem razão – concordou, pensativa. – Mas ainda assim, poderíamos lucrar.

- Iludida – me afastei rapidamente para evitar de ser atingida pelo tapa cheio que veio em seguida, por sorte meus reflexos me ajudaram. Porém, eu acabei esbarrando em uma outra pessoa. – Oh, me desculpa! – Pedi rapidamente, me abaixando para ajudá-la a recolher algumas pastas que ela trazia em seus braços.

Ouvi a sua risada baixa ressoar, provavelmente pelo fato de eu estar desesperada para me desculpar e checar se estava tudo bem com os seus materiais. Me levantei e virei o rosto para me desculpar mais uma vez, levando um enorme choque em seguida. A garota a minha frente possuía os olhos verdes mais lindos que eu já havia visto em toda a minha vida e o sorriso mais sensual também. Sem mencionar os belos lábios perfeitamente desenhados, os cabelos convidativos e pele leitosa. Era, sem sombra de dúvidas, a garota mais linda que eu já havia visto.

- Oi! – Sorriu animada, me deixando um pouco confusa. – Camila Cabello?

- Ahm, oi – respondi desconcertada, franzindo o cenho em seguida. – Como sabe meu nome?

- Oh, não é você que escreve “Our Little Secret”? Eu sinto muito... – suas bochechas coraram no mesmo instante, de uma forma adorável.

- Sou eu sim, tinha me esquecido disso – ri, sem graça. – Perdão... E você, é?

- Uma grande fã sua – sorriu de lado, me fazendo prender os olhos naquele gesto. – Me chamo Michelle Morgado, é um enorme prazer te conhecer!

- O prazer é meu – retribui o sorriso, sem nem saber o porquê.

- Ahm... – Dinah mais atrás pigarreio alto, me fazendo lembrar da sua existência. – Eu não queria interromper, mas nós precisamos ir, Mila. A propósito, sou Dinah – estendeu a mão educadamente para Michelle, que mal notou o tom ameaçador que pintava seus olhos afiados.

Dinah sempre foi mais protetora comigo do que a minha própria mãe, o que as vezes não fazia muito sentido. Então eu me lembrava de que se tratava de Dinah Jane Hansen, a garota com quem eu cresci e passei todos os momentos importantes da minha vida e que me livrou de muitas encrencas, assim como eu a livrei. Era a minha irmã de outra mãe.

- Desculpa, eu não queria atrapalhar – Michelle disse logo após cumprimentar Dinah.

- Atrapalhar? – Sorri divertida, arqueando uma sobrancelha. – Fui eu que esbarrei em você no meio da rua! – Mordi levemente o lábio ao ouvi-la rir, me sentindo envergonhada por algum motivo. – Eu sou muito estabanada, me desculpa.

- Ah, imagina... Não são todos os dias que esbarramos em Camila Cabello por aí, certo? – Senti as minhas bochechas queimarem no mesmo instante.

Por que caralhos eu estou corando tanto? Meu Deus!

- Você vai ir no lançamento do livro? – Questionei sem conseguir me conter, me dando conta logo em seguida. – Oh, perdão, você provavelmente tem mais o que fazer. Devia estar indo trabalhar quando eu me meti em seu caminho, né?

- Na verdade, eu estava sim – sorri sem dentes, me sentindo triste de repente. – Mas acontece que eu estou na cidade justamente para cobrir o lançamento do seu livro.

- Sério?! – Arregalei os olhos levemente, sorrindo largo em seguida. – Podemos ir juntas então!

- Se não tiver nenhum problema...

- É claro que não – neguei prontamente. – Não é, Dinah?

- O que? – Minha amiga que parecia perdida demais observando algum ponto específico atrás de Michelle, saiu de seu transe para me encarar. – Oh sim, claro que não. Vamos lá.

Voltamos a caminhar pela calçada em direção da livraria, aproveitando o curto percurso para conversar mais um pouco. Descobri que Michelle morava em Miami e que tinha apenas 18 anos, o que eu achei um absurdo e custei a acreditar. Ela parecia ser uns quatro anos mais velha, mentalmente é claro. Se bem que... Enfim, descobri também que esse era o seu primeiro trabalho como fotógrafa após o colégio. Ela havia feito apenas um curso de fotografia, mas me disse que o seu pai tem bons amigos e acabou lhe conseguindo esse emprego tão rápido.

Não passamos nem vinte minutos direito conversando, mas eu já me sentia incrivelmente bem em sua companhia. Eu nunca fui do tipo aberta, pelo contrário, custava a confiar em alguém ao ponto de conversar tranquilamente sobre qualquer coisa da minha vida. No entanto, com Michelle as palavras simplesmente pareciam brincar de tobogã pela minha língua, escorregando sem controle para fora da minha boca. Era fácil demais conversar com a garota, o assunto fluía com uma naturalidade impressionante. Tanto que eu mal percebi o momento em que havíamos pisado no carpete de entrada da livraria, o fazendo somente após sentir os flashes me atingirem o rosto e ouvir o meu nome ser pronunciado por algumas dezenas de pessoas.

Fui obrigada a me separar de Michelle e Dinah, sendo guiada para o lugar reservado para mim na livraria. Tentei ao máximo me concentrar em apresentar o segundo volume da minha história para os meus leitores, mas aquelas esferas esverdeadas pareciam me seguir em cada canto que eu olhava. O momento que eu mais ansiei nos últimos meses havia se esvaído feito areia entre os dedos, sendo substituído pela minha enorme curiosidade em conhecer mais daquela garota. Ela era intrigante e divertida, me fazia rir com as suas histórias, coisa que poucos conseguiam com tamanho sucesso genuíno.

- Então, você gosta de ler? – Questionei após driblar todas as pessoas naquela livraria e me esgueirar até o corredor de prateleiras em que ela caminhava, passando seus dedos por alguns livros.

Estava com a mão dolorida de assinar em livros e fora praticamente uma fuga sair do centro das atenções, mas eu precisava de mais um tempo com ela. Eu não sabia explicar, apenas estava curiosa com a primeira garota que eu havia simpatizado logo de cara.

- Não realmente, o seu livro foi o primeiro que eu tive paciência pra ler – riu, colocando o livro que tinha em mãos de volta ao seu lugar. – Li as primeiras páginas por livre e espontânea pressão, e não consegui mais parar.

- Isso é incrível, me sinto honrada por ter sido a sua primeira – confessei, mal notando o duplo sentido em minha frase. O sorriso sugestivo que beirou seus lábios no segundo seguinte, me fez notar o que havia dito e acabamos rindo. – Ah, se lembre de agradecer à essa pessoa que te fez ler o meu livro!

- Lauren com certeza iria gostar disso – negou com a cabeça.

- Lauren? – Franzi o cenho, ajeitando uma mecha solta de meu cabelo.

- É a minha irmã, ela que praticamente me ameaçou de morte se eu não lesse a sua história – contou com um tom divertido e ao mesmo tempo entediado, me fazendo rir. – Por falar nisso, eu deveria levar uma dessas cópias autografadas pra ela, depois que pegar a minha, é claro.

- Você com certeza deveria fazer isso – assenti, já olhando a volta em buscar de algum. – Quem sabe eu não possa conhecê-la um dia também... se ela for parecida com você, pode ser divertido!

- Quem sabe... Você nem faz ideia do quanto ela é parecida comigo.


Notas Finais


Bom, espero que gostem dessa loucura aqui rs
Sinceramente, eu nem mesmo curto muito essa coisa de duas Lauren ou duas Camila, masss né...
Enfim, nos vemos em breve.
Beijos, little moon's/sun's <3


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