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História Two Parts Of A Single Love - Maika


Escrita por: MichikoKurosaki

Notas do Autor


Foto: Maika e Mikene

Capítulo 14 - Maika


Fanfic / Fanfiction Two Parts Of A Single Love - Maika

Mikene~

Um policial me segurava em frente ao delegado. Ele sorria.
-Mikene Hannibal. Acusada de usar e vender drogas, além de ter envolvimento com a líder de uma boca de fumo.
Ele dizia enquanto fumava um charuto.
Como eu pensava... Alguém me denunciou.
Continuei indiferente quanto ao fato.
-Você poderia ter me prendido na sexta. Por que não o fez?
-Tenho meus motivos. É verdade que namora uma menor de idade?
Não respondo. Ele balança a cabeça e o policial me coloca dentro de uma cela com outras duas mulheres. Reviro os olhos. Cerca de una vinte minutos depois, o policial volta.
-Visita para você.
Me levanto e deixo a cela, indo até uma pequena sala. Um guarda aguardava do lado de fora.
-Mikene! - Maika bateu as mãos na mesa e se levantou.
-Maika. - Ela me abraçou.
-Mikene... Por que foi presa?
Eu me sentei.
-Alguém me denunciou. Estou sob a alegação de uso e venda de drogas, além do envolvimento e proteção à Miss Cannabis.
-Mas quem faria isso?
-Você não achou muito conveniente o Kyouya chegar bem naquela hora, no confronto com a Martini? Era como se ele soubesse nossos passos.
-Você acha que pode ter sido ele?
-Tenho certeza. Coincidentemente estava pesquisando sobre ele no momento em que invadiram o prédio.
-Descobriu algo?
-Sim. O delegado é pai do Kyouya. Ou seja, ele é um filho bastardo dentre seus irmãos. Porque a mãe dele é casada há 16 anos. Isto é, a mãe dele traiu o marido com o delegado.
-Eh? Sério?
-Segundo o que eu ouvi, sim.
-Acha que ele estaria ajudando o pai no caso?
-Em circunstâncias normais eu diria que o próprio pai pediu ao filho. Na escola circulavam rumores mais internos que diziam que Kyouya sempre foi maltratado pelo pai, que na verdade é o padrasto dele. Ele provavelmente tentou descobrir por si só. E conseguiu. Então provavelmente ele quer viver com o pai, mostrar a sua utilidade, que não se incomoda, e que pode até ajudá-lo nos casos.
-Entendo. Inclusive ele, que é tão popular na escola.... Você é bem perceptiva. - Maika sorri. Retribuo o sorriso.
-Eu vou te tirar daqui, okay? Não se preocupe.
Peguei um papel e uma caneta que Maika carregava e escrevi um número de telefone nele e um endereço.
-Procure esta pessoa. Ela saberá o que fazer. Se cuide, Maika. - A beijo, ouvindo as batidas na porta e me levanto.

Maika~

-Eu vou te tirar daqui, Mikene. - Repito e saio. Ao passar pelo delegado, na entrada, ele diz:
-Eu não recomendaria que se metesse com essa mulher, mocinha.
-Eu sei o que estou fazendo, tiozão. - Respondo, determinada e vou em busca do endereço que Mikene me deu. Era uma advocacia em um dos bairros mais ricos da cidade.
-W-Woah.
Entro no prédio e passo pela portaria. Subo de elevador até o vigésimo quinto andar. Bato na porta 4 vezes no ritmo que Mikene recomendou. A porta foi aberta por um homem muito alto e musculoso que vestia um terno preto azulado com riscas de giz. Olhei para cima para falar.
-O-Olá...
Ele abriu caminho e eu entrei, me sentando.
-Com licença...
-O que te traz aqui? - Ele pergunta, me examinando.
-Vim em nome de Mikene Hannibal. Muito prazer, sou Maika Haruna.
-Sou Ryan Lewis. O prazer é meu. - Ele aperta minha mão.
-Do que a Srta. Hannibal precisa?
-Mikene foi presa.
O homem ficou um pouco tenso.
-Presa?
-Sob alegação de uso e venda de drogas, além do envolvimento e proteção à M. C.
O Sr. Lewis ficou pensativo.
-Ela mandou que eu viesse aqui, dizendo que o senhor saberia o que fazer. Então, por favor, tire a Mikene de lá.
Ele estuda meu semblante sério e vê a preocupação por detrás dos meus olhos.
-Ela é importante para você?
Coro e baixo o olhar para minhas pernas.
-Sim...ela é realmente importante.
Ele sorriu.
-Certo. Estarei trabalhando no caso.
Sorri.
-Muito obrigada, Sr. Lewis! - Me curvo levemente.
-Pode me chamar de Ryan. Sou amigo da Mikene há alguns anos.
-Entendo.
-Bem, vamos fazer uma visita ao Alan.
Ele me levou consigo à delegacia. Fomos conversando durante o trajeto. Ele tinha 37 anos, e estava no ramo do direito há 7 anos. Era amigo da Mikene desde que ela fumava e usava drogas, mas ela o salvou dessa perdição.
-Heh...
-E você, Haruna?
-Conheci a Mikene numa balada... E eu havia bebido demais e acabamos dormindo juntas. Depois ela se matriculou na minha escola e passamos por bastante coisa... Inclusive confrontar a Miss de frente. Ela é realmente bonita e muito forte.
-Já a viu pessoalmente?
-Sim.
-Qual a sua idade?
-Tenho 16 anos.
-O quê!?
-Isso mesmo que você ouviu.
- E namora alguém 12 anos mais velha que você?
-Sim... Mas eu achava que ela tinha uns vinte e no máximo vinte e quatro.
Ryan riu alto.
-Aquele rostinho engana mesmo.
Eu ri também.
-De fato. Mas o corpo faz jus à idade.
-Autenticidade comprovada.
-Sim. - Sorri e Ryan também, estacionando o carro. Desceu e foi para a sala privada do delegado.
-Alan.
-Ryan.
Eles se deram um aperto de mão vigoroso.
Conversaram um bocado sobre mulheres, dinheiro, cassinos e coisas do tipo. Depois de rirem e sorrirem muito Ryan diz:
-Quero falar com minha cliente.
-Sabe que as alegações são sérias. Juntamente às outras. - O delegado Walker estendeu a ficha de Mikene para Ryan.
Mikene já foi presa antes... Oro?* Nessa ficha consta sobre o assassinato do Hikaru... Apesar de Akemi-san ter dito que outra pessoa assumiu a culpa... Mas se Kyouya e Hikaru eram irmãos tão parecidos... Isso significa que a Mikene matou um dos filhos do delegado?
Fiquei estática pensando na possibilidade. Mikene foi provisoriamente liberada até o café ao lado da delegacia. Ryan, Mikene e eu nos sentamos em uma mesa privada. Eles se cumprimentaram rapidamente. Mikene contou de suas suspeitas e o envolvimento de Kyouya, o filho do delegado. Eu estava pensativa. Encarava meu cappuccino com creme e raspas de chocolate logo à frente.
Não faz sentido... Supostamente, o delegado não deveria saber da presença da Mikene.
-Maika.
Mikene tocou no meu ombro e eu despertei de meus pensamentos.
-Huh? O que foi?
-O que está te incomodando tanto? Está quieta.
-É que... Quando o delegado Walker mostrou a sua ficha criminal... Constava sobre o assassinato do Hikaru. Akemi-san disse naquela vez que outra pessoa, que coincidentemente estava lá, havia assumido a culpa, então eu estou pensando sobre como ele sabe de sua presença naquela noite... Não faz sentido.
Mikene e Ryan ficaram em silêncio.
-No caso do Hikaru Schneider, não havia mais ninguém na cena do crime. - Mikene bebericou seu expresso. - Na verdade, foi apenas uma garota de programa louca de amor por mim que assumiu ter matado Hikaru, alegando que naquela noite eu estava em casa. Mas realmente não faz sentido o meu envolvimento.
-Vai ser difícil me livrar dessa, Ryan?
-Nada que eu não resolva. Mas se o advogado da pessoa que fez as alegações levantar isso do caso do Hikaru, que no caso não tinha o carimbo de "caso encerrado", podemos ter problemas, já que Alan tem suas suspeitas.
Eu bebi meu café, ainda pensando. Ryan foi pagar a conta e Mikene me olhou.
-Queria te abraçar, mas eu estive num lugar nojento e asqueroso como a cadeia... Então ouça, Maika: Não ocupe muito sua mente com isso, você é jovem e tem preocupações mais importantes.
Puxei Mikene até o banheiro e a beijei.
-Não me importa se você estava num spa ou no esgoto. É você, o seu toque. Não se reprima por esses mínimos detalhes. - Digo, colocando sua mão em meu rosto. Ela me beijou e eu retribui seu beijo.
A pessoa mais importante para mim... Como poderia deixar de lado a minha maior preocupação Mikene... Que é você.
Ela me afasta delicadamente.
-É melhor irmos.
-Sim... Vou sentir sua falta, Mikene.
-Eu também sentirei a sua, Maika.
Ryan nos esperava.
-Obrigado pela consideração.
-Claro. Fomos ao banheiro pra não te fazer segurar vela. - Mikene diz, rindo. Ryan sorri, revirando os olhos. Voltamos à delegacia e Mikene à sua cela.
-Que dia ela vai à julgamento? - Ryan pergunta ao delegado. Ele lia um jornal.
-Daqui a um mês.
-Um mês, delegado Walker? Não pode ser adiantado? - Eu imploro. Ele suspira.
-E pra quando gostaria, mocinha?
-Não é mocinha. É Haruna. - Resmungo.
-Eu queria para hoje, se possível. Mas pode ser daqui a uma semana. - Declaro, sorrindo gentilmente. Ryan e o delegado Walker arqueiam as sombrancelhas.
-Tudo bem. - ele diz, fechando o jornal. Daqui a uma semana. Eu e Ryan nos entreolhamos. Ele sorri de canto e nós voltamos ao seu carro.
-Como conseguiu convencer o Alan tão fácil?
-Não sei. Eu mesma fiquei surpresa.
-Isso é bom. Dessa forma, Mikene não ficará muito tempo presa. - Ele diz. - Quer que eu te leve em casa?
-Me deixe na casa da Mikene. - Digo.
Ryan dirigiu até lá e me deu um tchauzinho. Sorri para ele e entrei na casa da Mikene.

Ryan Lewis~

"Como conseguiu convencer o Alan tão fácil?" isso foi uma pergunta besta. Já que ela conseguiu me convencer mais rápido ainda. É como se ela exercesse alguma força de indução à concordância nas pessoas. É como a Mikene, mas de certa forma, mais forte.
Mikene, você de fato se superou. Consigo ver porque escolher essa garota.


Notas Finais


*Expressão usada frequentemente, algo como "O quê?"


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