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História Último Suspiro - Capítulo Único


Escrita por: KarolLVitoria

Notas do Autor


Olá Minna
Venho com a Segunda OneShot
Eu já tinha postado essa one com minha conta antiga, e resolvi apagar tudo da outra e trazer para essa conta
Como podem ver pelo título, sinopse e gênero, é bom prepararem o balde e lenços para os ninjas cortadores de cebola rsrs
Comédia a parte, espero que gostem.
Boa Leitura

Capítulo 1 - Capítulo Único


Um, dois, três copos de drink.

Bebendo até o dia amanhecer, essa é minha rotina de fim de semana.

Garotas que saem nas noites não se magoam, não sentem dor, é o que dizem.

Mas eu, eu vou desmoronar, sinto que vou desmoronar a qualquer momento. 

Quatro, cinco copos a mais, engulo tudo até perder a conta.

Sou do tipo de pessoa que todos ligam chamando para sair. Meus telefones não param de tocar, direto alguém bate a minha porta.

Mas quando preciso, nenhum aparece para me ajudar.

É como minha mãe vive me dizendo: "amigos para beber, fumar e sair, estão com você o tempo todo, mas amigos para te dizer o que fazer e estender a mão quando precisas, eles desaparecem, está na hora de escolher bem suas amizades, antes que você tropece e caia num abismo sem volta".

Sinto muito mãe, mas já estou presa nesse abismo há muito tempo.

Espero que alguém ainda possa me salvar, mas enquanto isso não acontece, eu danço ao ritmo da música com um copo de drink na mão, sem derramar uma gota. Dançando e bebendo como se não fosse haver um amanhã. 

Como se não houvesse o amanhã, eu danço como um pássaro livre pela noite.

Insistentes lágrimas descem por meu rosto enquanto danço feliz por fora, mas por dentro tudo o que eu queria era voltar a ser a Lucy que eu sempre fui. Eu era bela, possuía fios loiros e um sorriso e olhar inocente, sempre disposta a ajudar o próximo. 

Mas em algum momento eu deixei de ser a Lucy inocente, pintei os cabelos de negro e fiz uma franja, troquei meus verdadeiros amigos por amigos de farra, parei de ajudar e já não era mais tão bela, por tantas noites em branco bebendo, olheiras tomavam conta da minha beleza, mesmo assim virei a popular das baladas, sempre requisitada por todos, bebi e fumei pela primeira vez dentro de uma e não mais parei. 

O que aconteceu comigo? O porquê fiquei descontente com a vida? Sempre fui uma sonhadora, contos de fadas me atraíam, mas de um dia pro outro, tudo mudou dentro de mim. 

Acho que me desiludi com a desilusão de minha mãe, meu pai que dizia amá-la, Jude Heartfilia preferiu a trocar por uma vadia qualquer. Eu sempre via nos dois o exemplo de vida que eu queria ter, acabei comprando as dores de minha mãe e hoje eu que bebo por ela. Como um espelho em estilhaços, minhas memórias dos meus pais juntos se quebraram, como se tudo não tivesse passado de uma farsa.

Eu estou aguentando firme, não vou olhar pro passado. Continuarei enchendo meu copo até de manhã, porque eu estou aguentando firme essa noite. 

Quero fugir, quero deixar tudo para trás e acabei sendo surpreendida.

-Lucy? Lucy é você?  - Olhos pasmos estavam fixados em mim - Hey Lucy lembra-se de mim?

Devido ao alto nível de álcool ingerido, eu já não conseguia distinguir direito quem era, mas sua voz me soava familiar.

- Quem é você?  Não te reconheço - Falei com a voz embargada pela bebida. Forcei a olhar para ele enquanto dançava, só vi seu cabelo de cor peculiar, róseos, será possível que é ele, ele voltou?

- Lucy, sou eu, Natsu! Natsu Dragneel.

- Você? Desde quando está de volta?

- Hoje, retornei de Londres hoje.

Natsu e eu namoramos quando eu tinha quinze anos, mas seus pais mudaram-se para Londres um ano depois e desde então nunca mais o vi. Acho que esse foi outro motivo para que eu me despedaçasse.

Fizemos juras de amor eterno, mas ele se foi e com ele todo o amor que eu senti. 

- Natsu, não quero que me veja assim, por favor, me deixe sozinha.

Afastei-me dele indo para outro canto da balada, mas o mesmo me seguiu.

- Lucy, o que houve com você? Pintou o cabelo e está bebendo? Sozinha numa balada, seus olhos já não são mais os olhos inocentes que conheci. Lucy, o que você fez consigo mesma?

Eu vou desmoronar, não quero olhar para trás, nem abrir meus olhos.

- O que aconteceu comigo? Você é um dos motivos por eu está assim, você se foi e com você todo amor que eu pude sentir, eu fui desiludida e hoje vivo a realidade da vida.

- Lucy, mesmo longe eu sempre te amei, mas toda vez que tentava falar com você, você não atendia ou mandava sua mãe dizer que não estava. 

- Se me amou, porque não voltou quando pôde? - Lágrimas queriam escorrer, mas as segurei.

- Eu precisei continuar, mas estou aqui agora Lucy.

Eu cheguei ao meu limite.

- Por favor, me ajude, eu estou aguentando firme, mas já não suporto mais.

- Luce? - Ele me encarou atônito. 

O dia amanhecia. Eu estava um caos e agora chorava nos braços de quem um dia eu já amei.

- Luce, agora que estou aqui, deixe-me cuidar de você, vou fazer com que você volte a ser a Lucy que eu amo novamente.

Ele me chamando de Luce de forma doce, dizendo que vai me salvar... Mãe acho que finalmente sairei desse abismo.

- Natsu, eu já não posso voltar a ser quem eu era, meu coração se partiu e junto com ele todos os meus sonhos.

Me desvencilho de seus braços.  Lágrimas escorrendo incessantes, preciso ir embora agora, preciso fugir daqui, a vergonha está tomando conta de mim.

- Lucy, por favor, deixe-me alcança-la.

Natsu gritava por mim enquanto eu corria para fora da balada.

Mais lágrimas escorriam por meu rosto.

Não queria olhar para trás, não queria abrir meus olhos, estava tomada por vergonha.

Sai em disparada pela porta de saída. Natsu ainda corria atrás de mim.

De repente, tudo o que ouvi foi um grito de pânico e agonia, eu já não sentia mais nada, alguma coisa me atingiu enquanto eu corria pelas ruas fugindo.

- Luceeee. - Natsu gritava, mas eu não podia mais vê-lo.

- Lucy fica comigo - Senti lágrimas molharem meu corpo. Natsu estava chorando.

- Sinto muito Natsu, eu aguentei firme a minha vida, seis anos aguentando, desde que você se foi e meu pai nos traiu. Mas eu caí num abismo sem volta.

- Luce você não pode morrer, não pode me deixar, não agora que eu voltei.

Vozes das pessoas à volta, falando apavoradas e sons de sirenes se fizeram presente e foram as últimas coisas que pude ouvir. 

- Natsu, obrigada por tudo, estou partindo, mas saiba que um dia eu te amei de verdade. Adeus.

Enfim a escuridão tomou conta do meu corpo, o abismo conseguiu me engolir, mãe eu achei minha salvação, mas foi tarde demais.

Porém agora posso ser livre, como um pássaro voando pela noite.


Notas Finais


Conseguiram desvencilhar-sem dos ninjas cortadores de cebola, ou eles foram mais rápidos?
Espero que tenham gostado.
Até Breve minna


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