1. Spirit Fanfics >
  2. Um Amor Por Escrito >
  3. Despertar

História Um Amor Por Escrito - Despertar


Escrita por: peixinha-sama

Notas do Autor


QUEM AQUI 'TÁ TOTALMENTE MORRENDO DEPOIS DO TIROTEIO QUE FOI ESSE COMEBACK?????
GENTE, NÃO 'TÔ NEM SABENDO ME EXPRESSAR AQUI

"Mariza, para de enrolar e fala do capítulo, caceta. 'Cê demora e ainda fica enrolando, é isso mesmo?" ME PERDOEM
Eu sei que não adianta em nada ficar enchendo as notas de desculpas, mas cara, o Enem/TodosOsOutrosVestibularesQueSouObrigadaAFazer 'tão chegando, todos esses enigmas do que fazer da vida se aprofundando e eu acabo ficando sem tempo pra uma das coisas que mais amo: escrever.
Eu queria MUITO prometer uma data de postagem e me sinto muito errada em não dar pra vocês uma ideia de quando vem o próximo, mas simplesmente as coisas estão fora de controle aqui.
Espero que me perdoem e aproveitem esse capítulo recheado de Namjin. <3
Boa leitura!

Capítulo 14 - Despertar


     Pela primeira vez em provavelmente toda sua vida, Seokjin agradeceu por acordar mais cedo do que se deve acordar em um domingo. Embora esse mais cedo fosse, no caso, meio-dia.

     Abrindo os olhos, estranhou aquele conforto imenso em seu corpo. E só o foi entender quando se deparou com quem estava ao seu lado.

     Kim Namjoon.

     Sorriu, com bombas de lembranças o atingindo. No dia anterior, haviam se beijado pela primeira vez. Havia, também, descoberto que o dono daquela estrofe estava ao seu lado há tempos. Pensar que tudo aquilo era obra do destino e que poderia existir um laço vermelho os ligando esquentava seu interior. Gostava de pensar em destino, embora este faz tempo não lhe fosse muito favorável.

     Olhou com mais cuidado o homem dorminhoco em sua frente, apreciando aquela obra de arte. Desde o dia em que ele foi apenas um chato que entrou pouco antes de fechar, o achou bonito. Esse sempre foi o seu tipo.

     Encostou de leve na bochecha, aonde normalmente tinham covinhas. Seus cílios curtos apenas deixaram o rosto mais bonito. Seus amigos sempre lhe disseram que ele se apaixonava fácil demais. Algumas vezes, bastava um olhar para se apaixonar. Porém, daquela vez, tinha algo a mais: sabia disso. Se fosse qualquer outro, o brilho já teria se perdido antes mesmo dele chama-lo para trabalhar consigo.

     Lambeu os lábios ao pairar o olhar sobre a boca de Namjoon. E aquele beijo? Nunca se sentiu assim com uma troca de carícias. Aproveitou a deixa e lhe deu um selinho, sentindo seu coração se animar. O gosto de um beijo matutino não era tão bom. Isso não foi motivo para que não o beijasse uma segunda vez.

     Ah, e o quanto não se animou no dia anterior? Brincou com os dedos pelo pescoço branco, este que gostaria de um dia deixar uma marca. As mãos grandes de Namjoon faziam algo consigo. Quando aquelas mãos ficaram brincando com suas costas por debaixo da camisa, quase não pôde resistir. Foi complicado não deixar sua própria mão escapar um pouquinho... queria ver o que tinha escondido por pedaços de pano.

     Mas não! Aquela ainda era a primeira vez que deitavam juntos, tinha que se controlar. Foi até sua bochecha e depositou um casto beijo. Se conteve para não fugir os lábios até o pescoço.

     Ele queimava Namjoon. Suas bochechas esquentaram. Queria subir nele e abraça-lo o mais forte possível. Ou receber o peso dele sobre si e apertar suas costas, até mesmo arranha-las. Deveria ser proibido um homem ser ao mesmo tempo charmoso e poeta. Além de bonito. Além de fofo. Além de... tudo bem, ele deveria parar com isto.

     Suspirou. Seokjin sempre teve uma autoestima forte, sempre soube do seu valor. E, mesmo assim, pouco antes de dormir, totalmente imerso no amor e braços de Namjoon, se perguntou se ele mereceria um homem daqueles. Lambeu os lábios e, sem resistir, roubou mais um beijo.

     — Kim Namjoon — chamou baixinho. Por algum motivo desconhecido, amava falar seu nome.

     Roçou o nariz no lóbulo de sua orelha. Logo subiu mais um pouco e beijou este local, sussurrando seu nome mais uma vez. O sentiu tremer e colocou aquele pedacinho de pele na boca, mordendo de leve. Sorriu quando ouviu um fraco gemido.

     Tudo bem, chega. Agora chega de verdade, Seokjin. Aquilo já era demais até mesmo para si: se continuasse, realmente não conseguiria parar. Já estava um pouco excitado, não poderia ficar mais.

     Se aconchegou melhor, colocando a cabeça no ombro de Namjoon e abraçando seu corpo. Confortável. Se perguntou se já houveram casos do coração sair pela boca, porque aquele batimento rápido já estava começando a preocupa-lo. Repousou sua mão no peito de seu amado e sorriu com as batidas calmas dali. Ele parecia dormir bem.

     Ficou então passeando com os dedos pelo seu peitoral, passando pela barriga e cada pedacinho que pudesse explorar por cima da blusa. Quase escorregou a mão para baixo.

     Quando será que Namjoon acordaria? Sobre o que falariam, como agiriam? De noite foram tão naturais um com o outro, mas e se surgisse uma misteriosa estranheza? Engoliu em seco, se esfregando mais no ombro alheio.

     O seu cheiro. Estremeceu quando respirou fundo e veio aquele aroma característico junto. Era bom. Ele estava sentindo o cheiro único de Kim Namjoon. Seu corpo derreteu em ardor e buscou em sua memória aquela sensação. Não, era a primeira vez. Delicioso, até um pouco agridoce.

     Se fosse por ele, esse momento já teria acontecido há muito. Porém, não dependia somente dele. Mesmo que muitas vezes tenha amaldiçoado o outro por ser tão lento e confuso, acreditou que foi melhor assim. A cada dia, cada brincadeira, se apaixonou ainda mais pelas características incríveis daquele homem. Talvez tenha sido exatamente isso: cada pequena paixão acumulada que foi responsável por despertar um amor tão intenso em seu peito.

     — Kim Namjoon...

     — Hum...

      Arregalou os olhos. Ele não esperava ser respondido. Levantou o rosto e viu aqueles olhinhos sonolentos os observando. O sorriso exposto, covinhas para fora.

     — Bom dia.

     — Bom dia — voz rouca, cortada. Desejou gemer para aquele tom.

     Suas pernas amoleceram e agradeceu por estar deitado. Umedeceu os lábios e, como se Namjoon lesse mentes, logo recebeu o beijo que desejava. Um simples selinho fez seu corpo inteiro remexer.

     O contato de manhã era muito mais preguiçoso. Quase não mexiam as bocas. Apenas sentiam a presença alheia com toques suaves. Seokjin afastou um pouco seu quadril, a fim de esconder sua ereção. Se perguntou se seu amado também estaria assim.

     Demoraram para se separar, o fazendo basicamente só por ser impossível manter tal contato para sempre. E não foi por desgrudarem as bocas que se soltaram, ainda praticamente tão perto do quanto estavam.

     — O que foi? — Namjoon perguntou, o nariz roçando ao seu.

     — O que foi o quê?

     — Você não para de me olhar.

     Aquele sorriso sedutor. Seokjin se perguntou se ele fazia de propósito. Apontando para um lado, apenas uma das covinhas ficava visível.

     — Você também não para de me olhar — sussurrou, querendo soar mais sedutor do que apaixonado e falhando miseravelmente.

     — Mas você é bonito.

     Revirou os olhos. Aquele cara não perdia uma chance.

     E ele amava isso.

     — E você ‘tá com a raiz muito grande. Se quer ser loiro, tem que retocar a cor.

     Namjoon fez uma careta e ele riu.

     — Você perdeu uma chance tão boa de flertar. Precisa melhorar nisso.

     Ergueu as sobrancelhas, em desafio.

     — Por que eu deveria saber flertar se já te conquistei?

     Namjoon sorriu o sorriso mais perfeito de todos, apenas para lhe roubar um beijo em seguida. Seokjin suspirou.

     — Você está certo. Já me conquistou.

     E Jin poderia morrer por aquelas palavras. Sentiu suas bochechas esquentarem e ficou sem fala. Mordeu os lábios quando Namjoon sussurrou:

     — Você é tão bonito — arrumou um de seus cabelos para trás da orelha, raspando propositadamente a unha pelo pescoço. — Como eu não seria conquistado?

     E aquilo foi demais para si. Se agarrou ao corpo em sua frente e escondeu o rosto em seu ombro, sentindo-se esquentar mais do que deveria. No movimento, esqueceu do problema em seu baixo ventre e chegou mais perto com as pernas também, as entrelaçando com as de Namjoon. Da proximidade, cada parte de seus corpos se juntaram, até mesmo a que ele queria esconder.

     Ele estava excitado também. Esse pensamento fez Jin engolir em seco e apertar o tecido em seus dedos. Já se imaginava fazendo amor com Namjoon. Seu corpo acima de si, fazendo com que ficassem o mais perto e junto possível. Estava tão apaixonado, tão louco por seu contato. Teve o abraço retribuído e gemeu baixinho, praticamente imperceptível.

     — Namjoon.

     — Hum?

     — Eu gosto de você.

     Ouviu a risadinha baixa, junto de um aperto no abraço e só se sentiu ficar mais vermelho. Namjoon suspirou para dizer:

     — Mesmo que você não flerte, dizer essas coisas já mexem comigo, caramba.

     E imaginou se o mais alto estaria corado, assim como ele.

     Talvez mexer com Kim Namjoon fosse simplesmente a coisa que ele mais queria.

 

     Eles ainda nem estavam namorando e já iria apresentar Namjoon para sua avó. Isso lhe deixou um pouco apreensivo sem muito motivo, afinal: sua avó era mais moderna do que a maioria das avós e sempre aceitou a homossexualidade. Só sentia um certo desespero dela desaprovar seu possível novo companheiro.

     Nem teve muito tempo para pensar em como o diálogo poderia se desenrolar, assim que saiu com o outro para tomar algum café, a viu, na cozinha, tomando um chá. Engoliu em seco quando ela virou seu olhar para si, já notando a presença extra.

     — Vó, bom dia — sorriu, tentando não mostrar o seu nervosismo. — Esse é Kim Namjoon, ontem o chamei para uma visita e, como ficou muito tarde, ele acabou por dormir aqui.

     Olhou para o citado e percebeu sua respiração descompassada. Adoraria saber o que estava passando em sua cabeça. Quis segurar sua mão e lhe dizer que estava tudo bem.

     — Kim Namjoon... — a senhora Kim murmurou, coçando a nuca. — Kim Namjoon! Você é o que Jinzinho sempre fala!

     E foi o bastante para que “Jinzinho” sentisse todo o seu ser avermelhar. Apenas exclamou um “avó!”, já sendo interrompido por ela novamente.

     — Venha mais perto, querido. Ambos meus joelhos e visão são defeituosos e quero te ver melhor.

     Namjoon fez assim como lhe foi pedido, se segurando para não ter um surto. Assim como era observado, observou também. Aquela senhora tinha traços muito parecidos com os de Seokjin, só que envelhecidos. Os olhos eram curiosos por igual e podia os classificar como os únicos não afetados pela idade.

     Cheinha e com cabelos brancos presos em rabo-de-cavalo, o fez se lembrar de sua própria avó, não sabendo se deveria se sentir saudoso ou irritado com a lembrança.

     — Hum, é seu aniversário, menino?

     Engoliu em seco para fazer que não com a cabeça.

     — Porque você ‘tá de parabéns todo dia.

     Mais uma vez Seokjin gritou com sua avó e ela desatou a rir quando viu a face de Namjoon se avermelhar por inteira junto de uma expressão surpresa.

     — Estou brincando, estou brincando! Que jovens são esses que não aceitam uma brincadeira?!

     — Assim você vai assustar o Namjoon!

     — Que assustar o quê! Para namorar meu neto tem que ser mais forte que isso!

     — Aish... A gente não namora...

     — Ainda não?

     — ‘Vó...

     — Já entendi, vou voltar a tomar meu chazinho.

     E voltou a bebericar o chá, como se nada tivesse acontecido.

     Os dois homens da sala continuaram queimando de vergonha por um tempo antes de sequer falarem alguma coisa. Seokjin sabia que seria assim, daí o seu medo de apresentar seus interesses para a sua avó. Se Namjoon fugisse, ele totalmente culparia a ela.

     A senhora Kim, percebendo que nenhum dali falaria alguma coisa tão cedo, reclamou internamente sobre os jovens da atualidade serem muito complicados e já tratou de expulsá-los:

     — Voltem para o quarto! Enquanto meu ouvido não piorar, não quero ninguém perto de mim ficando quieto, não! Vou preparar um bom café e quando ficar pronto, os chamo.

     — Não precisa. Deixa que eu prepar-

     — Seokjin. Não me faça ter que contar para o Namjoon o que você tanto me fala dele.

     Jin apenas pegou seu parceiro pelo pulso e o levou de volta para o quarto. Namjoon nunca admitiria, mas, pelo menos naquele momento, gostaria de ter continuado na cozinha.

 

     — Desculpe pela minha avó, Joon — Seokjin disse em um suspiro, fechando a porta atrás de si.

     Namjoon apenas deu uma risadinha, sem saber muito bem se expressar. Tinha se envergonhado, mas não era por isso que se arrependia de estar lá. Como a própria Senhora Kim disse, teria de ser resistente a essas coisas. Ainda mais se quisesse ficar com alguém tão único como Kim Seokjin.

     — Está tudo bem, de verdade — disse, buscando pelos dedos tortos. Jin aceitou de bom grado a carícia. Ainda se sentia mal pela situação, mas sabia que a sua avó era daquele jeito, querendo ou não. E nem podia criticar tanto: a amava mais que tudo. — Mas diga, hein — sentiu o corpo alheio chegar mais perto, enquanto seus dedos eram acariciados de forma mais doce — o que tanto você fala de mim para ela?

     Eram suas bochechas tentarem recuperar a cor normal, que aquele homem fazia alguma coisa para arruinar todo seu esforço, não era possível! Respirou fundo, resmungando:

     — Não vou te contar.

     Quis odiar aquela risada rouca. Não se julgou muito por não ter conseguido.

     — Agora só conta segredos baseado em trocas?

     — Vivemos num mundo capitalista, sabe? Faz parte.

     Sorriu ao vê-lo revirar os olhos.

     — Que bom que você é lindo — sussurrou —, porque é muito chato. Pelo amor.

     Foi o bastante para soltar suas mãos e bater em seu peito, rindo. O empurrou de leve e se sentou na cama, esperando pela presença ao seu lado. Não demorou a vir.

     Um silêncio leve perdurou por longos segundos. Jin sentia que Namjoon queria falar alguma coisa e apenas não sabia como, já havia aprendido a ler aquele ser: brincando com os cabelos da nuca, mexia os lábios de forma rápida quando ansioso. Como esperado, não demorou muito para dizer o que guardava:

     — A sua avó não se importa de... bom, você gostar de outros homens?

     Apoiou a cabeça em seu ombro. De alguma forma, era complicado estar perto de si sem manter o contato físico.

     — Ela já sabe faz um tempo. Na época, não entendia muito bem, mas foi rápida em aceitar. No fundo, ela fala merda e tudo mais, mas é um doce.

     Namjoon passou os dedos pelos seus cabelos, acariciando confortavelmente sua nuca. Quis saber sobre seus pais, porém entendeu sobre ser muito inconveniente perguntar daquilo. Ainda mais no primeiro dia em que estavam juntos.

     — E aceitou ao ponto que você pode falar de suas quedas para ela? Que fantástico.

     — Não pode ouvir um pequeno comentário sobre você ter sido citado e já fica se achando, minha queda Kim Namjoon?

     Deu de ombros.

     — Faz parte.

     Imaginou como poderia, devagarinho, mudar de assunto. Amava a sua avó, mas, de alguma forma, não queria mais falar sobre ela. Falar dela o lembrava de seus pais, então seu peito começava a doer. Incompreendido, não queria se machucar com aquilo. Não mais, já tinha sido o suficiente.

     Mesmo ir até o trabalho o fazia lembrar da dor. Queria guardar os momentos com Namjoon num potinho, para jamais ser interrompido por sentimentos ruins. Havia uma parte da história da estrofe em que não tinha deixado o outro saber. Uma parte decisiva e importante, que ele queria apenas apagar.

     Se podia apagar letras de música, por que não poderia apagar momentos de sua mente?

     — Hey Jin — a voz suave o chamou de volta para o mundo. Quis agradecê-lo, porém ficou com medo da pergunta que poderia vir em seguida. Não queria ter de dizer onde estavam seus pais. Lágrimas não podem ser seguradas por muito tempo. — Por que você me contratou?

     Teve de resistir ao instinto de suspirar em alívio. Uma pergunta fácil, está tudo bem. Poderia brincar sobre tê-lo chamado unicamente para conquista-lo, não seria totalmente mentira. Só não seria também totalmente verdade.

     — Acho que foi mais impulso — Namjoon riu, mas mesmo assim ele continuou falando: — eu me sentia sozinho e, sabe, com você eu não me sentia mais...

     Não conseguiu completar a frase. Sua voz o traiu, falhando bem no meio

     Um certo medo de contar seus sentimentos para somente depois perder aquele que dizia o amar se fez presente. Por isso ele não gostava de se abrir. E se Namjoon não o olhasse do mesmo jeito, o analisasse como uma pessoa frágil? Não queria ser desprezado. Queria ser forte.

     — É meio que — soltou, desgostoso do silêncio — é...

     — Uma solidão presente mesmo quando você está com outras pessoas?

     O encarou. Seus olhos eram praticamente da mesma cor, porém só os do outro lhe traziam tantos fogos de artifício, bem no interior de seu estômago.

     Não respondeu. Era simplesmente aquilo. Colou a cabeça em seu peito, se o olhasse por muito tempo, derreteria. O coração bateu forte aos seus ouvidos.

     — Eu sei como é — e sentiu o peso de uma cabeça na sua.

     Era mais do que uma troca de segredos. Era uma abertura direto em seu ser, podia até mesmo sentir Namjoon mexendo em seus órgãos, os fazendo revirar.

     — Eu quero um poema — sussurrou então, sem saber muito o porquê.

     Um riso sussurrado nunca soou tão doce.

     — Não quero te soltar agora.

     — Pode ser falado, eu não ligo.

     — Hey, não é tão fácil assim, sabe?

     — Ah, claro que é. Você faz isso o tempo todo.

     Mais uma risada, mais um carinho. Aquele coração batia tão rápido e forte.

     — Se ficar estranho, prometa não rir, okay?

     — Vou me esforçar.

     E passou-se quase um minuto inteiro até que Namjoon finalmente começasse:

     — “Já nasci há tantos anos

           Aprendi a falar, a andar

           Dormi e acordei todo dia dessa longa vida

           Sem nunca parar para pensar como era a sensação

           De fugir de um longo sonho

 

           Sempre pensava:

           Se eles acontecem toda noite, por que devo me preocupar?

           Só agora me ponho a pensar

           De talvez nunca ter realmente despertado

            Foi um grande sonho, com partes em pesadelo

            E só agora acordei

            Para viver essa coisa que chamam de vida”

     Sorriu, se contentando em agarrar com força o tecido em sua frente. Era mais complicado viver do que parecia.

     Por que agora parecia tão fácil?

     — Eu quero ouvir de novo... a música que você cantou ontem.

     Odiava cantar naquela posição, sem motivo algum achava que sua voz apenas saia quando estava de pé. Porém não abandonaria aquele coração, que a cada vez se agitava mais.

     Começou a cantar, sem se importar muito com como sua voz saia, apenas cantou. Uma lágrima desceu, mas ela não o fez desafinar, então a deixou lá, até que se secasse.

     Sentia falta de seus pais.

     Talvez essa fosse a verdade afinal. Depois de morrerem, adormeceu, sem saber mais como acordar.

    

     Sua avó os chamou para o café e o dia rolou da forma mais perfeita possível. Uma tarde folgada, coberta por cantoria, filmes e abraços. Sem contar da dose de poemas e conversas soltas.

     Foi complicado deixar Namjoon voltar para casa, mas sabia que o tempo não pararia por sua paixão. Então aceitou isso sem implicar muito. Namjoon teria que terminar um trabalho de faculdade e, bom, ele faria as mudanças finais na música que compunha há tanto tempo.

     Afinal, finalmente descobriu um nome para ela.

     Awake, por enfim, despertar.


Notas Finais


Reclamação básica: no word eu deixo tudo arrumadinho, os parágrafos certinhos.... aí quando posta no Spirit simplesmente buga TUDO.
Mano, por que, Spirit?
Espero que isso não atrapalhe a leitura de vocês... bom, se atrapalhasse, acho que 'cêis nem teriam chegado até aqui, huashuahs. Mas se for algo que os irritem, me avisem que eu tento dar um jeito.

Ow, sabiam que eu 'tô escrevendo uma Namjin nova? Esta, por estar com vários capítulos escritos, posto todo domingo (pois é, eu postando semanalmente, raridade, não?). É bem diferente dessa aqui, mas eu adoraria que dessem uma chance. <3
https://spiritfanfics.com/historia/comecou-com-um-soco-10081172

E tem essa fic... ah, essa fic. Até já devo tê-la recomendado aqui, mas ela me faz sofrer/sorrir tanto que apenas me atentei a recomendar de novo. Se prezam por uma boa história, totalmente deveriam ler:
https://spiritfanfics.com/historia/as-leis-da-sua-poesia-9329842

Mesmo com toda a minha demora e meus defeitos, por favor não desistam de mim, vocês me são muito importantes. <3
Espero vocês nos comentários/próximo capítulo!

(OBS: eu não esqueci do Especial, podem deixar. <3)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...