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História Um Amor Por Escrito - Ele não havia quebrado nada...


Escrita por: peixinha-sama

Notas do Autor


OLHA QUEM VOLTOU ANTES DE UMA SEMANA
A PESSOA
QUE
ESTÁ
DE
FÉRIAS
Mentira, ainda vou ter que ir na quinta.. mas ignoramos esse dia -w-
Eu sempre agradeço cada comentário separado, mas quero agradecê-los aqui também, eles realmente me ajudaram a criar vergonha na cara e escrever. <3 Também quero agradecer os favoritos que, mesmo às vezes alguém não comentando, favoritar já me mostra que está lendo e também me deixa feliz!
Então, vamos para o capítulo?

Capítulo 4 - Ele não havia quebrado nada...


     Com certeza o melhor jeito de acordar era fazê-lo quando não tinha de ir para o inferno, também chamado de faculdade. Era uma sexta-feira e, por no dia anterior ter sido feriado, a faculdade emendara (ao menos isso faziam de bom). Embora ele ainda tivesse de ir para o trabalho, ter a manhã livre com certeza era um motivo para deixar seu humor um pouco menos azedo.

     Namjoon sabia que todo universitário com um pouco de senso, usaria essas horas a mais para repor o tão prejudicado sono. Mas ele também sabia que não tinha senso, mesmo tendo o QI de 148, nenhuma parte dele contribuía para pôr um pouco de juízo na sua cabeça.

     Nesse exato momento se arrumava, em plenas sete da manhã, para ir para algum lugar que ainda não sabia qual. E, com certeza, uma coisa que poderia representar bem seu lado gay era sua paixão ardente por roupas. Gostava de se vestir bem e tinha a teoria de que seu armário valia mais do que o apartamento inteiro. Agora mesmo apostava em uma camisa simples branca junto de um colete jeans, calça também jeans e, sua peça favorita: um converse vermelho de cano alto. Ah, como amava aquele tênis. Ele tinha a valiosa teoria de que quanto mais sujo estivesse o converse, melhor ele seria, mas essa teoria não valia para aquele. Fazendo questão de sempre deixá-lo brilhando, o exibia orgulhosamente.

     Então, após passar um tanto de gel no cabelo para deixá-lo em pé, começou a se perguntar para onde iria. Pois aí lembrou-se da confeitaria em que Jin trabalhava, pensando que seria bom tomar um café-da-manhã no local. Até pegou seu celular, cogitando em avisar o outro que iria para lá, mas então acabou por decidir fazer uma surpresa.

     Talvez tivesse sido mais sensato ir depois para já ir direto para o trabalho... notou, já no ônibus. Ah, foda-se.

     Estranhou o quanto o ônibus parecia mais interessante naquele dia, realmente fazia diferença em tomá-lo para um passeio em vez de para trabalhar naquela empresa tãão divertida. Observando a paisagem, percebeu que passava por uns lugares bonitos naquele trajeto, inclusive uma praça que nem sabia que existia. Vendo um casal de mulheres, algo complicado de se ver abertamente na Coréia, se lembrou do casal que escrevia.

     Tomando a mão dele, sussurrou:

     — Eu sei que a maioria vai achar isso estranho e talvez seja isso que me impediu até hoje de aceitar o que sentia por você. Porque na verdade eu já estava apaixonado assim que te vi.

     O outro não conseguiu cogitar o que ouvia, uma confissão? Uma confissão dele? Era seu amigo, era um homem, deveria sentir nojo! Mas por que seu coração soava tão animado? Mesmo com seu coração discordando, libertou suas mãos e disse raivoso:

     — Mas é claro que a maioria vai achar estranho! Nossos pais podem até no expulsar, isso não é aprovado na Coréia e nem em muitos países! Isso, isso é—

     — Emocionante, não é?

     E Namjoon decidiu que essa cena aconteceria num parque, o resto ainda pensaria sobre quando chegasse em casa. Pensando em mais algumas coisas que poderiam ajudá-lo a organizar a história, não viu o tempo passar e logo estava na sua hora de sair. Andou os minutos de sempre, em uma velocidade reduzida, já que dessa vez não tinha o bendito cartão para bater.

     Porém, chegando lá, se deparou com algo que não esperava: a confeitaria fechada. Bufou, chateado. Seokjin já havia lhe contado que sempre abria o estabelecimento às sete horas da manhã. Será que ele decidira emendar? Então, já preparado para ir embora, só mandou uma mensagem para ele:

Namjoon: hoje você não abre?

     E já guardou o celular e se pôs a andar, até que ouviu:

     — Namjoon? — vindo da janela. Eh? Alguma força atraiu ele?

     — Jin? — se virou e o viu.

     — Não, sua mãe — e sorriu. — Matando aula, é?

     — Olha, pode não parecer, mas sou um aluno de ouro. — Retribuiu o sorriso. — E prazer em te conhecer, mamãe. Nem sabia que você tinha um útero.

     E então Jin começou a rir aquela sua risada tão escandalosa e aberta enquanto Namjoon se dispunha ao seu sorriso de boca fechada. “Babaca”, Seokjin disse pouco antes de parar de rir, logo em seguida o mandando entrar.

     — Aqui não abria às 07h00? — Namjoon perguntou, vendo que ainda estava tudo para arrumar.

     — Algum despertador não tocou — respondeu, um pouco envergonhado. — E sua faculdade emendou?

     — Aham — disse, dando mais uma olhada no local.

     O mais velho parou para olhá-lo e, analisando-o de baixo para cima, perguntou:

     — Você veio tão bonito... Vai se encontrar com alguém?

     — Não... — Namjoon resmungou baixinho, surpreso com o elogio repentino. Não sabia direito como responder a elogios e se perguntou se deveria elogiar o outro também. Obviamente o achava lindo, igual a, provavelmente, qualquer um desse planeta Terra, agora falar isso de uma maneira natural era o maior problema.

     Mas Seokjin pareceu não esperar uma resposta mais completa, já que só sorriu e se dirigiu para a cozinha, logo depois falando:

     — Desculpe se você veio para comer alguma coisa, mas ainda estou preparando tudo...

     — Tudo bem, eu consigo esperar.

     — Se quiser, pode sentar-se ali — e apontou para uma cadeira.

     — Eu posso te ajudar...

     Se calou quando ouviu uma risada baixa do outro junto de uma sobrancelha arqueada.

     — Você não é aquele que quase queimou a casa, já quebrou mais de metade dos pratos e quebra tudo o que encosta?

     Namjoon sentiu o sangue subir para suas bochechas.

     — Aish. Um “não” já seria suficiente.

     Mas então Jin o encarou um pouco e abriu mais o sorriso, Namjoon já sacou na hora que dali não viria coisa boa:

     — Até que seria uma boa chance para você parar de comer congelado, não é?

 

     — Ai meu Deus, o que você fez com o pobre pepino?

     O acastanhado não acreditava no que via, não achava nem que se desse uma faca na mão de uma criança com Parkinson, ela faria algo do tipo. E crianças não têm Parkinson! Então como Namjoon tinha feito algo como aquilo?!

     O mais novo coçou a nuca, também se perguntando como havia feito aquilo. Então Jin apenas suspirou, decidindo arduamente que julgá-lo não era o melhor a ser feito.

     — Vem aqui — disse por fim, indo para trás dele e pegando na sua mão. Com outro pepino em mãos, posicionou a mão dele da maneira correta e foi ajudando com os cortes. — Agora sim que eu pareço sua mãe — riu baixinho.

     Namjoon não disse nada, estava surpreso demais com os cortes tão perfeitos que estavam saindo de suas mãos — com a ajuda do outro, mas se ignora esse pequeno detalhe — e o que mais o surpreendeu: quando Jin soltou sua mão, ele continuou fazendo certo! Um pouquinho mais torto, mas ainda estava parecendo com o corte de um pepino.

     E Jin também o ensinou a cortar tomate e a picotar algumas frutas, como morango. Mesmo que com esse ele tenha feito sob pressão, já que o mais velho considerava inadmissível estragar um pobre e indefeso moranguinho, ele ainda o fez bem.

     Enquanto ele se ocupava em cortar, Seokjin já tinha colocado os bolos e doces para assar e terminado de assar os salgados, que já trouxera prontos. Namjoon nem se sentiu chateado pela sua lerdeza, tinha conseguido não estragar alguns vegetais e frutos e isso já era inacreditável. Sem contar que não tinha quebrado nada! Nada! Deveria sentir-se orgulhoso.

     Logo após foram arrumar as mesas e por fim tudo já estava arrumado.

     — Você não vai abrir? — perguntou ao ver que o acastanhado se dirigia para a cozinha e não para a porta.

     — Depois de todo esse trabalho duro, merecemos um lanche, não acha? Qual você quer?

     — Pego o mesmo que você.

     E então Jin desapareceu de sua vista. Namjoon aproveitou esse momento sozinho para examinar o local. O que realmente prevalecia era a cor rosa, que estava em tudo quanto era lugar, mas também podia-se ver alguns toques de branco. As mesas eram lindamente enfeitadas com uma toalha de mesa branca, contrastando a mesa rosa. Tentava absorver mais detalhes daquele local, Jin chegou e sua atenção se voltou para ele.

     Igual da primeira vez que o vira, a mesma sensação de achar que era um modelo veio para sua cabeça. Mas agora ele não vinha com um sorriso programado, mas sim com aquele seu aberto bonito que, com certeza, combinava muito mais com ele.

     — O que está olhando? — perguntou em tom de deboche, com meio sorriso.

     — A sua beleza.

...

PutaQuePariuNamjoonVaiSeFoderPorQueVocêNãoSeguraEssaLínguaSeuFilhoDaPutaDoCaralhoCaceteQueQueEuFaloAgoraAiMeuDeusQueNãoAcredito-

     E Seokjin realmente se mostrou surpreso com o repentino comentário, tendo por alguns momentos a bochecha avermelhada. Mas então apenas sorriu, dizendo logo em seguida:

     — Então pode olhar mais.

     Isso foi um flerte? E o pobre Namjoon já não entendia mais nada. Supondo que não, apenas agradeceu pelo lanche e voltou toda a sua atenção para ele. Viu o outro comendo também e teve de se surpreender com o quanto de comida ele enfiava na boca. Segurou o riso, pensando que ele parecia um esquilo comendo.

     Jin obviamente comia muito mais rápido do que si, tanto até que terminou o lanche quando Namjoon ainda estava na metade. Assim que acabou, fez cara de chateado, como se o pão tivesse, misteriosamente, sumido do seu prato. O loiro apenas se disponha a olhá-lo, achando, de certa forma, fofas tais reações.

     — Por que você não pega mais um? — perguntou finalmente, já que o outro realmente parecia querer comer mais.

     — Mesmo eu comendo mais um, ao final dele, vou querer mais outro — disse, com um bico.

     Namjoon ergueu uma sobrancelha, pensaria que era uma brincadeira se a frase não tivesse sido dita de maneira tão séria.

     — Não sei como isso é possível — riu baixinho. — Uma hora você tem que ficar satisfeito.

     — Aí acabaria todos os pães do estoque — sorriu, dando de ombros —, eu realmente amo comida.

     Então o mais novo não aguentou e começou a rir, aquilo era impossível. Mas se tratando daquele cara, que cada vez apresentava características novas, não duvidava tanto assim.

     — É verdade! — Seokjin resmungou, irritado.

     — Não duvido~ — respondeu, tratando de terminar o sanduíche. — Aquele menino que me atendeu outro dia — disse quando engoliu a última mordida, se lembrando repentinamente —, ele não trabalha mais aqui?

     — Ele está em semana de provas, então não vai vir — se levantou, recolhendo os pratos.

     Namjoon levantou também, pensando sobre como o chefe daquele menino era legal, nunca que o seu o deixaria faltar por estar em semana de provas. Duvidava que, mesmo amputando um braço, poderia tirar alguns dias de folga.

     O mais alto pegou sua carteira, pronto para pagar Seokjin assim que ele voltasse, mas, quando o mais velho voltou e viu a carteira, empurrou sua mão.

     — Espero que não esteja pensando em me pagar depois de tudo o que fez.

     — Você quer dizer estragar um dos seus pepinos e te fazer me dar aulas de culinária?

     Seokjin riu aquela risada doce e então olhou-o bem nos olhos. Namjoon sentiu-se corar, mas não desviou o olhar.

     — Quero dizer me fazer companhia — disse e então desviou o olhar. — Sinceramente, algumas vezes pareço um velho solitário.

     — Você deve ser só uns dois anos mais velho que eu, hyung. — Sorriu. — E eu insisto.

     — Então eu sou o seu chingu basicamente, né peste? — Reclamou com um bico. E então, enquanto o mais novo ria, olhou para a carteira e pareceu pensar um pouco, mas logo balançou a cabeça e disse: — não vou aceitar. E agora já tenho que abrir a confeitaria.

     — Está me expulsando?

     — Pois é.

     — Aish. — Pôs a mão no coração em forma melodramática, mas como pedido do outro, caminhou para fora do local.

     Assim que estava fora do local, não soube como deveria se despedir. Nem queria se despedir, aquela havia sido uma manhã divertida. Então, em meio à bagunça que era sua cabeça, Jin perguntou:

     — Te vejo de noite?

     E ele apenas respondeu, sem nenhum pingo de dúvida.

     — Claro, Jin.

 

     Se não precisasse trocar de roupa para um terno e pegar sua pasta de trabalho, nem teria se preocupado de voltar para casa, já que basicamente só pôde tomar um banho, brisar um pouco, soltar umas palavras nos papeis, comer um cup-noodles e então ir trabalhar. Porém, naquele dia, estava indo estranhamente animado para aquela empresa.

     Amanhã seria sábado e então ele compraria umas verduras e frutas, já que agora sabia descascar e cortar. Nunca gostou de cozinhar, mas agora sentia que conseguia pelo menos não queimar a panela, estava confiante. Também escreveria quando chegasse em casa. E também corrigiria o pornô do Suga. Sem contar que, há quanto tempo ele não ia na praça perto de casa para correr? Iria correr no sábado também!

     Com esses pensamentos, quando seu chefe veio falar consigo, ele sorriu em cumprimento. Mas Chung-Hee não merecia seu sorriso. Ele apenas o mandou para a sala do seu superior e era como se seus olhos sorrissem.

     Namjoon não havia quebrado nada naquele dia.

     Então por que quando ele encostou na maçaneta da sala do chefe do seu chefe, ela quebrou?

     Estava havendo um corte de funcionários.

 

     E talvez aquele relatório não tivesse sido suficiente.


Notas Finais


O que dizer nas Notas Finais? Realmente não sei.
Então termino aqui com os meus beijos para você que chegou até aqui, e até os comentários ou o próximo capítulo. <3


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