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História Um Amor Por Escrito - Um fim de semana jogado fora


Escrita por: peixinha-sama

Notas do Autor


Sabe aquelas pessoas chatas que falam que vão postar mais regularmente e aí demoram duas semanas? Pois é. ;w;
Porém, contudo, todavia, estou escrevendo uma one-shot Yoonseok com Lemon e também pretendo postar um especial de Natal para essa fic! Okay, ainda preciso de toda inspiração que não tenho, mas quem sabe acontece um milagre natalino, né?
Aos que comentaram, desculpe por só respondê-los hoje~ meio que hoje foi minha única chance de realmente ficar um tempo razoável no notebook. ;w; Eu sempre leio pelo celular, mas para responder, meio que tem que ser pelo notebook (é meio psicológico mesmo, heuhe).
Bom, é isso! Boa leitura!

Capítulo 5 - Um fim de semana jogado fora


Jin: Nammie, você está vindo?

     Ele não estava indo.

Jin: Será que te prenderam no trabalho?

     Não, eles fizeram tudo, menos prendê-lo lá.

Jin: Namjoon...?

Jin: Você deve ter saído mais cedo

     Ele saiu mais cedo. Bem mais cedo.

Jin: Sei lá, poderia ter me avisado.

     A mensagem foi entregue, mas não visualizada. E nem viria a ser no fim de semana inteiro.

     Havia tantas contas para serem pagas. Havia tão pouco dinheiro guardado. Será que teria de recorrer para seus pais? Mas eles foram bem claros quando o expulsaram de casa. Talvez se implorasse e falasse que na época estava confuso... Mas ele não estava confuso na época. Pelo menos não sobre aquilo.

     Seu celular vibrava. Ele não tinha avisado nem o Jin e nem o Hoseok sobre o acontecimento. Deveria tê-los avisado. E havia tantas contas para pagar. E se agora já não desse para pagar o aluguel daquele apartamento? Teria de passar outras noites na rua? Não tinha nenhum amigo próximo o suficiente que pudesse deixá-lo passar a noite. E a fome? Socou a parede, sentindo a dor forte o bastante para que quebrasse seus ossos. E então se lembrou que se os quebrasse, não teria como pagar o hospital.

     Por quê? Se perguntou mais uma vez. E então mais uma vez. E outra. E mais uma até cansar e perceber que não queria pensar sobre uma resposta.

     Poderia simplesmente chegar segunda na faculdade e olhar no mural de estágios se haveria alguma coisa para si ali. Mas segunda demoraria para chegar e então como ele levantaria da cama? O celular continuava vibrando. Deveria ser Suga perguntando onde estava o pornô corrigido. Ele poderia pegar o celular e explicar o ocorrido para os três. Ele deveria. Mas sua mão não se mexia. Então ele simplesmente continuou ali.

     Você realmente acha que vai conseguir se manter em uma profissão que odeia tanto? A mensagem de Suga ecoou em sua mente. Em uma das vezes em que Namjoon não parava de reclamar sobre a profissão e faculdade, seu amigo lhe soltou essa bomba. Como fazia com tudo, ele decidira não pensar sobre o assunto. Mas agora era como se o destino tivesse lhe dado um tapa na cara, dizendo: Tá vendo, otário? Quem mandou odiar tanto o que faz? Agora se fode aí.

     Não consigo. Essa foi a resposta que teve para a pergunta do outro. Mas agora que já tinha admitido isso, o que faria? Ele estudou tanto e conseguiu passar na faculdade que “queria”, desistir seria como jogar esses anos fora, não? Se lembrou então das noites que não dormira porque ia para o curso de noite específico para contabilidade.

     Ele é muito inteligente, disse um professor seu para seu pai em uma conversa que Namjoon não deveria ter escutado. Mas faz tudo com muita desmotivação, em uma empresa, por exemplo, certamente alguém mais dedicado irá se prevalecer.

     Meu pai deveria tê-lo escutado. Eu deveria tê-lo escutado.

     De todos os planejamentos que tinha pensado para o fim de semana, não conseguiu cumprir nenhum. Não corrigiu o pornô do Suga. Não pisou para fora de casa. Comeu apenas miojo. Não escreveu. E tampouco respondeu às mensagens que vieram, não sabendo como se desculpar com os que deixou no vácuo. Principalmente Jin. Namjoon não teria mais desculpas de se encontrar com o mais velho, já que agora nem chegaria a cumprir aquele trajeto novamente. Então, imediatamente ou aos poucos, eles deixariam de se falar e Namjoon seria apenas só mais uma sombra que passou pela vida de Kim Seokjin.

     Aceitando esse fato na noite de domingo, sentiu muita vontade de chorar, mas então se negou e apenas virou em posição fetal, esperando que toda sua solidão e desesperança passassem com a noite. A noite passou. A infelicidade não.

     E mesmo assim ele foi para a faculdade. Anotou o que tinha de anotar. Pesquisou o que tinha de pesquisar. Olhou o mural de estágios apenas para ver que não tinha nada ali para si. E foi embora como tinha de ir. Pegou o ônibus que iria para o trabalho como costume e apenas percebeu o que estava fazendo quando já tinha descido no ponto em que descia para ir para a empresa. Bufando, percebeu que agora só poderia esperar o seu ônibus para casa e aceitar o tempo perdido.

     Então, olhando para o lado sem motivo algum, viu um homem que mais parecia um modelo andando em sua direção. Com fones de ouvido, ele parecia alheio ao mundo em sua volta, então Namjoon podia muito facilmente colocar o capuz do seu moletom e esperar que o outro não o visse. Todos os seus sentidos pediam para fazer isso, por isso ele estranhou quando se percebeu na frente de Seokjin, chamando-o pelo apelido.

     Primeiramente Jin olhou para si com aquele mesmo olhar pedido, mas quando raciocinou quem era, seu olhar endureceu. Namjoon apenas engoliu em seco enquanto via o mais velho tirar os fones de ouvido, percebendo que não sabia o que falar para ele agora que o tinha em sua frente.

     — Olha, fico feliz que você não esteja atropelado ou morto ou sequestrado, como eu tinha pensado — Jin começou, assim que pausou a música em seu celular. — Mas mesmo assim não é muito legal deixar alguém esperando.

     Namjoon abriu a boca para responder, mas, com o coração na boca, não conseguiu achar as palavras. Era difícil olhar para aquela feição dura de alguém que normalmente era tão doce. Após uma pequena espera, Jin bufou e, fechando os olhos, recolocou os fones e voltou a andar, como se nunca tivesse se esbarrado com o outro.

     Vendo-o ir embora, Namjoon apenas soltou, sem pensar muito:

     — Eu fui despedido.

     Seokjin parou de andar. Tirou os fones. E então se virou.

     Um pouco envergonhado, o loiro apenas continuou, com uma mão coçando a nuca:

     — Eu voltei para casa direto e... Não consegui pensar direito o resto do fim de semana. Desculpe.

     Jin não falou nada, mas se Nam tivesse olhado para seus olhos, teria visto que eles amoleceram quase instantaneamente. 

     O mais alto apenas ficou olhando pro chão, sentindo o rosto queimar. Confessar ter perdido o emprego envergonhava mais do que ele imaginava. Ele não sabia que reação esperar, mas obviamente ele nunca adivinharia a que veio.

     — Eu tô indo num mercado aqui perto... você tá com o tempo livre?

     Então Namjoon viu o seu ônibus parar no ponto.

     — Tenho.

 

     Foi caminhando com o mais velho, sendo totalmente guiado por ele, já que não sabia absolutamente nada daquela região quando se passava do ponto. Ele não entendia por que o coração insistia em pular do seu peito, mesmo já tendo passado alguns minutos desde a confissão.

     — Desculpe por ter te julgado — o acastanhado disse subitamente, quebrando o silêncio que estava instaurado entre eles.

     Namjoon apenas negou com a cabeça.

     — Não tinha como você saber — disse simples. Olhou para ele e percebeu que também era olhado. Vendo aqueles olhos como normalmente eram, brilhantes e doces, percebeu que queria sempre que os visse assim. Seu coração se acalmou um pouco, então ele permitiu-se perguntar: — e você achou que eu tinha sido sequestrado?

     Jin desviou o olhar, olhando para a outra direção.

     — Eu só sou um pouco... preocupado.

     — Ah é, tinha me esquecido que era minha mãe — disse, se lembrando do momento que tiveram na sexta-feira. Suas bochechas estranharam o sorriso, já que não fazia tal movimento com a boca já há alguns dias.

     O mais velho, ainda sem olhar para si, lhe deu um peteleco. E Namjoon apenas começou a rir, se esquecendo momentaneamente das contas, do emprego, e de tudo que rondava sua vida. Jin o olhou com as sobrancelhas arqueadas como se não acreditasse que estava andando com alguém tão idiota, mas não demorou para que começasse a rir também.  

     O resto do percurso foi feito com Seokjin reclamando como havia perdido a noção do estoque e agora tinha que deixar tudo na mão do Taehyung (nome que Namjoon descobriu pertencer ao alienígena que o atendeu há um tempo) para ir comprar ingrediente. Mas quando chegaram no mercado, antes de entrar, Jin parou de andar e começou a encarar o mais alto.

     Nam o encarou também, esperando o que ele teria para falar. E no meio da troca de olhares, ele apenas ficou absorvendo cada detalhe daqueles olhos tão brilhantes e escuros. Se surpreendeu quando viu suas bochechas corando um pouco, mas não pôde notá-las muito, já que logo em seguida Jin disse:

     — Eu estou meio que precisando de ajuda na confeitaria. Você não gostaria de trabalhar comigo?

     Algumas vezes, um ponto de luz pode aparecer na sua vida. No meu caso, foi um ponto rosa.


Notas Finais


Capítulo curtinho, mas é o que teve para hoje... ;w;
É isso, até os comentários ou o próximo capítulo! o3o
Beijos! <3


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