História Um Amor Por Escrito - Os Kim's

WriteMonster: Ele tá preparando um cu ou fazendo uma cirurgia?

Suga: ...

WriteMonster: Isso daqui tá muito teórico, precisa de mais emoção.

                            Não tá parecendo seu Lemon habitual, o que aconteceu?

Suga: é meio complicado escrever uma transa quando se tá tão na seca

           CÊ FAZ IDEIA DE QUANTO TEMPO FAZ QUE NÃO VEJO UM PÊNIS AO VIVO?

WriteMonster: Todas as garotas de 13 anos escritoras de Lemon discordam

Suga: Por isso que elas escrevem coisas como “movimento de tesoura”

WriteMonster: Okay, não nego

                            Mas você não era daqueles que a cada dia estão em uma cama diferente?

Suga: Era. Passado.

           Me apaixonar fodeu com a minha vida, cara

           Sem brincadeira

WriteMonster: Ainda aquele seu vizinho? Você não tinha visto ele entrar no apartamento com uma garota?

Suga: Descobri que era a irmã dele

           A situação até que foi engraçada, um dia te conto

           Mas o seguinte é que: tenho fortes pressentimentos que ele seja gay, ou seja, tenho uma chance

           O único problema é que até lá fico na seca, não consigo escrever pornô e perco leitores.

WriteMonster: Bom, vai na fé

                            Como que ele é?

Suga: Parece que ele é uma quarta irmã de “As Meninas Super Poderosas”

           Sério, ele brilha muito

           Quase me deixa cego cada vez que olho pra ele

           No começo irritava, mas agora, tudo o que eu quero é que o purpurina me note

WriteMonster: Você poderia chamar ele pra sair, tentar ser doce com ele, essas coisas.

Suga: Quem sabe um dia que eu estiver mais confiante

WriteMonster: Você quer dizer bêbado?

Suga: Exatamente

           Vou tentar ver se consigo escrever algum pornô que preste, se eu demorar mais um pouco pra postar, acho que perco tudo o que restou dos meus leitores

WriteMonster: Beleza, depois me manda.

     Esqueci de contar que comecei a trabalhar numa confeitaria, Namjoon percebeu assim que fechou o notebook. Ah, conto outro dia, decidiu, já se jogando na cama. Pensando em purpurina, então lembrou-se que ainda não havia respondido o pobre amigo Hoseok e, ao abrir o Kakao, se sentiu culpado pelas vinte e quatro mensagens não visualizadas.

Sol: NAMJOOOOON

        ME DISSERAM SÓ AGORA QUE TE MANDARAM EMBORA

        TÔ PASSADO

        ULTRAJADO

        E MAGOADO

        E AGORA?

        O QUE SERÁ?

        VOCÊ NÃO TÁ ME RESPONDENDOOOOO

        VOCÊ TÁ BEM?!?!?!

        EU IRIA AÍ TE VER

        MAS NÃO SEI ONDE VOCÊ MORA

        EU SOU UM AMIGO HORRÍVEL

        ME PERDOA

        EU ME ODEIO

        VOCÊ AINDA NÃO ENTROU NO KAKAO?

        MAS EU PRECISO SABER COMO CÊ TÁ!

        PORRA NAMJOON

        ;-;

        É SÁBADO E VOCÊ AINDA NÃO ME RESPONDEU

        POR QUE FAZER ISSO COMIGO, JESUS?

        É DOMINGO E VOCÊ AINDA NÃO ME RESPONDEU

        É SEGUNDA E VOCÊ AINDA NÃO ME RESPONDEU

        ...

        Tô bem triste ;-;

     Com uma pontada no coração, o loiro só conseguiu responder:

Namjoon: Desculpa...

     A resposta veio quase que instantaneamente.

Sol: VOCÊ TÁ VIVO

        Como você tá? D:

     Namjoon suspirou, percebendo o quanto não era merecedor da amizade daquele pequeno pedaço de sol. O havia ignorado por tanto tempo, e mesmo assim, o que ele perguntava era se estava bem.

Namjoon: Sim, sabe aquela confeitaria que fomos uma vez? Vou começar a trabalhar lá

Sol: Você

        Confeitaria

        Quê?

Namjoon: Pois é.

Sol: Porra, o dono daquele lugar deve tá muito vidrado em você

     Então Namjoon sentiu as bochechas corarem um pouco, imaginando se realmente haveria a chance de Jin estar afim dele. Enquanto se convencia que não, recebeu a outra mensagem:

Sol: Pera, então aquele dia você foi lá por causa dessa pessoa

        SAFADENHO

        Sabia que cê tava crushando alguém

     ...

Namjoon: Nada a ver.

     Foi a única coisa que ele conseguiu responder até vir a próxima mensagem. O quão rápido aquele cara digitava?

Sol: Quando eu puder, vou ir lá ver vocês <3

        Quero ver se eu aprovo, hein

     Suspirando, Namjoon percebeu que não adiantaria discutir com ele, então, ao sentir os olhos pesarem, decidiu que o melhor a fazer era se render ao sono.

Namjoon: Vou ir dormir, boa noite.

     Mas quem disse que o pobre Namjoon conseguiu dormir? Mesmo com seus olhos pesando, ele não conseguia deixar de sorrir para o emprego mais fácil que já conseguira.

     “— Eu destruo tudo o que toco, o que você acha que aconteceria entre mim e um monte de louças caras?!

     — As minhas louças não são tão caras.

     — Eu nem sei cozinhar.

     — Eu te ensino.

     — Eu assustaria os clientes!

     — É só pegar o hábito e treinar um sorriso de boneca.

     — Mas eu acabaria mais te atrapalhando do que ajudando!

     E então Seokjin bufou alto. Ô bicho teimoso.

     — Você quer ou não quer, Namjoon?

     E Namjoon não entendeu por que ele contrataria um cara que não sabia nem cozinhar, nem não quebrar coisas caras e nem atender clientes. Pelo mesmo preço ele obviamente conseguiria uma pessoa mais apta para o trabalho. E mesmo sabendo disso, ele respondeu:

     — Quero.

     Então Jin sorriu grande, não parecendo nada arrependido pela escolha.

     — Vamos comprar os ingredientes que preciso e quando chegarmos na confeitaria acertamos a parte formal.”

     Namjoon não conseguiu evitar de sorrir. Nem precisar evitar o sorriso. Estava no quarto escuro sozinho, livre de qualquer julgamento. O que ele ganhava por trabalhar na empresa era mais do que ganharia na confeitaria, mas com certeza se sentia muito mais disposto a ir pro trabalho sabendo que iria se encontrar com Kim Seokjin e não com Chung-Hee. Então subitamente se lembrou de não ter dado boa noite para seu agora chefe e, quando ia fazê-lo, recebeu uma mensagem do mesmo que estava em sua cabeça:

 Jin: Boa noite, Nam! Até amanhã ^~^

Namjoon: Boa noite, Jin. Até.

     Seu coração, por algum motivo, começou a bater forte, então, em tentativa de acalmá-lo, tentou dormir. Como não fazia há um tempo, o sono veio intenso e rápido.

     — Nam... Já?

     Claro que Namjoon tinha chegado adiantado. Ele poderia ser um ser bem tapado, mas não chegava ao nível de se atrasar para o primeiro dia de trabalho. O pior de tudo do trabalho foi não ter pensado em que roupa deveria usar, ele tinha quase certeza que não deveria ser terno. Até mesmo chegou a perguntar para seu novo chefe, do qual recebeu a melhor resposta de todas:

     Jin: Sério, Namjoon?

     Então colocou uma roupa casual, se lembrando de quando via Jin com um avental sujo que estampava o nome da confeitaria. E agora já estava lá, quinze minutos adiantado graças a uma comida congelada devorada às pressas.

     — Olha, eu posso ser um desastre, mas não costumo me atrasar — disse com um meio sorriso, já indo para onde o outro estava na cozinha.

     — Bom, eu tinha minhas dúvidas — Namjoon se fingiu de bravo e Jin riu — mas admito meus erros. Quer começar agora e sair um pouco mais cedo?

     Namjoon fez que não com a cabeça.

     — Eu iria te esperar para o ônibus de qualquer maneira — disse, e se satisfez quando viu o outro sorrir enquanto olhava para o outro lado. Sorriu também. Quando que o movimento havia se tornado tão rápido? — Não tem problema nenhum eu começar um pouco mais cedo, de verdade.

     O acastanhado deu uma risadinha, implicando logo em seguida:

     — Duvido que você era tão doce no outro trabalho.

     Ele apenas deu de ombros.

     — Não nego. Mas meu outro chefe também não era tão bonito.

     Seokjin riu mais uma vez, mas não durou muito, já que logo em seguida pegou um avental que estava a poucos metros de si e deu na mão do outro.

     — Tae está atendendo os clientes e enquanto termino de preparar um bolo, você pode lavar a louça?

     O loiro engoliu em seco, teria de batalhar muito para aquela tarefa. Mas se comprometia a não quebrar nada! Okay, tentaria não quebrar nada. E ele pegou na primeira xícara, colocou detergente na esponja e estava pronto para sua batalha! Então ensaboou, ligou a torneira e-

     Crash!

     Escorregou.

     E foi assim que Namjoon perdeu o trabalho.

     Na verdade não, mas quase. Jin apenas se virou para ele e não soube se olhava para aquela xícara que ele tinha personalizado justamente para a confeitaria ou para o homem que havia acabado de quebrá-la em pedacinhos tão minúsculos que ele não poderia nem contar. Já Namjoon ficou na mesma dúvida, apenas encarando os cacos do que antes era uma xícara e se perguntando se deveria levantar o olhar.

     — Namjoon — ele tentou manter a voz calma, mas em vez disso apenas fez com que ela soasse psicopata. — A vassoura e a pá estão no banheiro.

     E voltou a olhar para o bolo, como se nada tivesse acontecido. Mas quando o outro decidiu por fim olhar para seu rosto, viu uma veia em sua testa pulsando e o sorriso assassino tremendo. É, o melhor a fazer era pegar a pá e a vassoura mesmo.

    Suspirando, ele juntou os cacos em um saquinho, não conseguindo acreditar em si mesmo. Sério que no primeiro dia de trabalho ele já quebrara a primeira coisa que parou em suas mãos? Então, em vez de jogar aquele saquinho fora, resolveu guardá-lo: talvez funcionasse como um amuleto contra aquela aura da destruição que o perseguia. Difícil, mas quem sabe?

     Voltando para a cozinha, viu que Jin já quase terminava aquele bolo que recheava: um de churros que estava com uma aparência fantástica. Ficou indeciso se deveria voltar para a louça ou se Jin lhe pediria pra fazer alguma outra coisa, então esperou para que ele virasse o rosto para si.

     — D-Desculpe — pediu, um pouco encabulado, coçando a nuca. Desculpas não eram muito do seu forte, mas sabia que o outro merecia. Tinha sido contratado puramente pela amizade e agora acabara de quebrar um de seus pertences.

     O rosto de Jin amoleceu e logo ele suspirou sorrindo, como se estivesse lidando com uma criança.

     — Eu vou levar esse bolo até o balcão e depois venho para ajudar com a louça — disse simplesmente, já levando o bolo pronto para lá.

     Namjoon decidiu não encostar em nada até que o mais velho chegasse e foi, certamente, uma sábia decisão. Logo que Seokjin voltou, pediu para que Namjoon lavasse a louça pois ele enxugaria. E assim foi feito.

     O loiro até poderia ter começado a acreditar em uma entidade divina depois de manipular, com todo o cuidado que lhe faltava, as delicadas peças brancas com enfeites rosinhas. Em um determinado momento, Jin riu de si pela demora e exagero que ele estava levando com as peças e Nam apenas resmungou sobre aquilo ser complicado para amaldiçoados como ele. A conversa levou ao rumo de situações das mais diversas em que ambos tinham sido desastrados e azarados.

     Namjoon só poderia dizer que aquela foi a louça mais divertida que ele já lavou. E isso contando que ele não lavava louça há muito tempo, contando que em seu lar só comia comida congelada, portanto sempre jogava a embalagem fora. E os talheres eram mais complicados de quebrar, o que tornava a situação mais prática. Mas agora, realmente lavando uma louça enquanto conversava com alguém o fazia sentir uma sensação de saudade que ele nunca imaginou poder ser causada por louças sujas.

     Não demorou muito para que eles terminassem com a louça e Seokjin fosse ensinar como fazer alguns lanches.

     — Aqui fica a maioria dos ingredientes — disse apontando para um monte de tupperware com verduras picadas, saladas e frios. — Eu já pico todos de manhã, mas caso falte algum, tem mais no estoque, só que ai eles estão inteiros. A maionese, cream cheese e outros molhos ficam aqui na geladeira, já separados — abriu ela e mostrou o canto que ficavam.

     — Jin hyung! — apareceu aquele menino com sorriso quadrado na porta — pediram dois lanches de frango com cream cheese. — E assim que terminou a fala, que pareceu notar Namjoon ali. Abrindo aquele seu peculiar sorriso quadrado, então foi até ele e disse: — você é aquele lá que vai começar a trabalhar aqui, né?

     Não, estou com esse avental porque ele é bonito. Controlando seu senso sarcástico que só usava com Suga, ele respondeu corretamente:

     — Sim, Kim Namjoon. Muito prazer.

     — Ai meu G-Dragon, outro Kim! — o menino, que Namjoon já descobrira pelo mais velho se chamar Taehyung, gritou entusiasmado, surpreendendo os seus dois hyungs. Se virando para Jin agora, insistiu: — Eu falei que devia mudar o nome da confeitaria para “Os Kim’s”, é o destino!

     Seokjin apenas suspirou divertido, balançando a cabeça. Então chegou perto e deu dois tapinhas na sua cabeça, dizendo em seguida:

     — Vai lá ver se tem mais alguém pra atender, vai. — Taehyung então fez um bico enorme com os lábios emburrado, mas se virou e foi para cumprir sua função.

     Jin deu uma risadinha e explicou para o confuso da situação:

     — O nome completo dele é Kim Taehyung.

     Namjoon fez um “O” com a boca em compreensão, logo dando um riso contido. Os dois em seguida se lembraram dos lanches que teriam de fazer e Jin sugeriu que, enquanto ele fizesse um, o outro fosse copiando seus movimentos para fazer o segundo.

     Assim foi feito e Nam até que se saiu bem, mesmo o lanche de Seokjin, por algum motivo desconhecido, ter ficado mais bonito e, provavelmente, mais saboroso. Acabaram por decidindo deixar Jin fazer o outro lanche para o cliente e deixar esse para eles mesmo comerem. Então os lanches de Namjoon só seriam abertos para o público quando estivessem no mesmo nível que os de Jin, o que, para o mais alto, era impossível, mas tudo bem.

     Então o dia se seguiu com o mais velho ensinando o outro a como preparar alguns lanches, chás e cafés, e também pedindo coisas simples, como varrer o local e limpar as mesas. Dando 17h, Taehyung se despediu de Namjoon com um aceno e de Jin com um abraço apertado que, por algum motivo desconhecido, deixou o mais alto dos três um pouco... desconfortável? Nesse horário o pico de clientes que vinham pela pausa da tarde diminuiu e eles comeram um lanche juntos. Namjoon comeu aquele que ele mesmo tinha preparado e percebeu a diferença entre os sanduíches, se perguntando como isso era possível já que ele tinha usado os mesmos ingredientes.

     O resto do dia se passou calmo, seguido daquelas mesmas funções que o novo funcionário já começava a ficar acostumado com e eles nem perceberam quando o ponteiro das 19h00, que era quando a confeitaria teria de fechar para eles arrumarem tudo, soou. Na empresa tudo parecia passar muito devagar, e ele pensava que seria assim com tudo que não fosse a escrita, pois esta era a única coisa que o salvava daquele tédio que o perseguia desde a adolescência. Um dia tinha vinte e quatro horas, cada hora sessenta minutos, cada minuto sessenta segundos e cada segundo era demorado para si, portanto cada dia passado era uma batalha vencida. E assim se seguiram seus dias até sua fase adulta, mas naquele dia era como se as horas passassem como deveriam ser passadas, como se ele até fosse uma pessoa normal. Isso soou, de alguma forma, libertador, como um calmante, mas que Namjoon esperava não ter efeitos colaterais.

     Arrumadas as mesas, que felizmente o mais alto conseguiu não quebrar nenhuma, eles seguiram para o ponto de ônibus juntos igual iam desde algumas semanas atrás e aquele vento noturno fazia parecer que nada havia realmente mudado. Andar com o mais velho por aquelas tão conhecidas ruas lhe fez pensar que se não fosse por aquela estrofe sua ter sido recitada ele nem teria feito um amigo tão especial. O silêncio entre os dois estava acolhedor, vinha de um cansaço de trabalho duro que ambos tiveram e o loiro simplesmente não queria quebrá-lo, então guardou o fato para si.

     Mas enquanto esperavam o ônibus chegar no ponto, Namjoon refletiu se não deveria mostrar-se grato diante tudo aquilo e a questão consumiu os minutos que os dois esperaram até chegar o ônibus do maior. Ele suspirou e disse um simples “até mais” com um sorriso de despedida, recebendo um “até amanhã” de volta, junto com o sorriso mais brilhante que já vira.

     E a alguns passos do ônibus, enquanto a fila em sua frente diminua e eliminava suas chances de sentar, ele parou um pouco, engoliu em seco e se virou:

     — Seokjin — o homem chamado levantou o olhar, surpreso. — Aquela estrofe que você recitou para mim em um dia que ainda estávamos nos conhecendo... Você não tem ideia de como aquilo foi importante pra mim.

     O mais velho não teve tempo nem de fechar a boca que entreabriu e nem de responder, já que logo o outro só sorriu e subiu para o ônibus. E Namjoon subiu satisfeito para o veículo, tinha tomado coragem. Agora seu coração palpitava rápido e ele se sentia subitamente assustado e feliz. Essas reações? Ele já não tinha as escrito para algum personagem seu? Mas sentir era bem diferente, bem mais assustador. E bem mais incrível.

     Assim que chegou em seu apartamento, comeu uma de suas comidas congeladas, por ser uma das únicas coisas comestíveis que havia em seu lar, e logo tratou de começar um trabalho para a faculdade. Estava adiantado em relação a ele, já que só deveria ser entregue depois de duas semanas, mas apesar dele odiar a matéria, não era de seu feitio deixar as tarefas para última hora. Mas volta e meia sua mente vagava aleatória e, sem nem ao menos perceber, escreveu no seu caderno que só devia haver contas:

     “E valeu a pena seguir em frente

     Porque lá na estrada estava você

     E agora aqui estamos nós

     Caminhando por essa árdua estrada conhecida como vida.”

     E, vendo que havia saído um poeminha de sua brisa, ele ficou feliz, mesmo tendo percebido que ficou meio tosco. E então postou no mesmo site em que tinha postado a outra estrofe, em homenagem secreta ao Seokjin. Era um site em que pessoas podiam postar pequenas frases e coisas do gênero, sem precisar ter uma conta. Algumas colocavam o seu apelido logo embaixo do texto em questão, e mesmo Namjoon se chamando de WriteMonster no único site que já tinha postado, colocou nesse como anônimo, igual como feito na estrofe postada dois anos atrás.

     Sem se importar muito com o resultado ou com o que pensariam sobre essa estrofe tão medíocre, ele voltou a fazer seu trabalho. Assim que terminou e já era madrugada, conversou um pouco com Suga sobre o livro que andava lendo e algumas fanfics também, além de ouvi-lo reclamar sobre aquele maldito crush que não o notava. Também falou com o Hoseok sobre seu novo emprego, e, como Namjoon devia ter cara de mãe Joana, ouviu longas reclamações sobre seu vizinho rabugento que parecia o odiar.

     Iria dormir e seus olhos ansiavam por alguma quantia de sono, então decidiu ir mandar boa noite para Seokjin, mas antes que o fizesse, recebeu uma mensagem do mesmo:

Jin:“E valeu a pena seguir em frente

      Porque lá na estrada estava você

      E agora aqui estamos nós

      Caminhando por essa árdua estrada conhecida como vida.”

                                                                                                                Anônimo.

      Já que você parece gostar de poemas ^^

      Boa noite, Nammie!

     E essa deve ter sido a bomba para eu perceber o quão especial você há de ser para minha vida.