História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 11. O JANTAR

Acordei por volta das 11 da manhã, hoje vou jantar na casa do Johnny, pela primeira vez desde que cheguei aqui vou a um salão de beleza. Fiz as mãos e os pés, depilação e apenas lavei e dei uma hidratada no cabelo. Passei em uma rua de comércio porque precisava de um vestido, mas decidi comprar uma saia mid, bem justa e acinturada e uma blusa de alcinhas e com um decote discreto.

As 18 horas Johnny veio me buscar.
Abro a porta para ele que parece ter perdido a fala... _O que foi?
Exagerei?

_Na...não! Claro que não! Tá linda meu amor!
Nos abraçamos ainda na porta...posso tirar um pouco do seu batom?

_Hoje você pode tirar tudo!

_Ok, vou ligar pra casa cancelando o jantar então...

_Seu bobo, me beija logo!

E assim ele fez, o beijo quente de sempre, demorado e cheio de desejo.
Peguei minha bolsa e ele entrelaçou nossos dedos e saímos em direção ao carro, hoje ele mesmo dirigia.

_Você pode me dizer quem eu vou conhecer hoje?

_Hum... hoje só meus filhos!

_Eles vão gostar de mim?

_Saberemos daqui a pouco...

_São adolescentes né, se eles me odiarem?
Coloco você no carro e te devolvo onde te achei... amor, eles vão te adorar e se não gostarem de primeira, vão gostar depois de te conhecerem melhor, fica tranquila!

_Tá bom!  E o resto da família?

_É difícil juntar todo mundo, mas assim que der minha mãe marca um jantar na casa dela e te apresento todos eles. Minha irmã você vai conhecer logo, ela trabalha comigo.

Chegamos à casa de Johnny e estou suando frio e com o estômago embrulhado.

A casa é simplesmente maravilhosa, digna de uma estrela de Hollywood, tem um jardim na entrada, muito bem iluminado, a porta de entrada é bem larga e alta.
Na sala tem um lustre gigante e a decoração é bem peculiar.

_Nossa! É maravilhosa...a sua casa é linda!

Ele sorri e agradece...
_Que bom que gostou.

Aparece uma empregada e nos cumprimenta, ele me apresenta a ela e pede que chame as crianças.

Nos sentamos no sofá e logo eles aparecem descendo as escadas, os dois estão sorrindo, então já fico mais tranquila.

Jack parece tímido, aperta minha mão e sorri para o pai, Lily é mais extrovertida, diz que estava curiosa par me conhecer e fez elogios à minha aparência.

_O Prazer é meu, Johnny fala de vocês o tempo inteiro, confesso que estava bem nervosa, mas...vocês não são mais crianças como ele vive se referindo!

Eles riem...

_Como não? São meus bebês, Johnny fala esfregando o cabelo dos dois.

_São bem crescidinhos, são maiores que eu!

_Meu amor, qualquer um é maior que você... agora todos riem de mim, eu tento conter o riso e dou um tapa no braço dele.

A empregada reaparece para avisar que o jantar está servido.

Johnny puxa a cadeira para mim, me dá um beijo na testa e me pergunta se estou com fome.

_Sim! Muita!

_Que bom! Pedi para as meninas fazerem uma coisa especial para você.

Quando olho para as travessas vejo que prepararam arroz, feijão preto, batata frita, bife e salada.

_Ai Johnny, não acredito que fez isso!
Puxei ele pra mim e dei um celinho, obrigada meu amor! Mas vocês vão gostar disso?

Lily diz que pelo cheiro, com certeza está bom...eles se servem e de fato adoraram a comida.

Conversamos durante o jantar, eles não paravam de me perguntar sobre o Brasil, me contaram como dividiam o tempo deles entre París e LA. 
Johnny apenas observava com um sorriso discreto nos lábios...parecia feliz e isso me deixou feliz também.
Pulamos a sobremesa, e eu que já tinha me esforçado para comer o mínimo no jantar, fiquei com receio de ficar com a barriga inchada, não ia ficar nada legal com a roupa que escolhi.
Tomamos café na sala e Lily pediu que eu subisse com ela a seu quarto para me mostrar uma coisa.

Ela fechou a porta atrás de mim e pediu que eu sentasse em sua cama... percebi que ela não ia me mostrar coisa alguma.

_Tudo bem Lily?

_Sim, tudo...eu queria conversar a sós com você!

Engoli seco..._tudo bem, sobre o que você quer falar?

_Você ama meu pai? De verdade?

Fiquei paralisada tentando formular uma resposta, mas foi isso que saiu...

_Eu não sei Lily!

_Não sabe?

_Não, nos conhecemos a pouco tempo...Ele é incrível, sinto uma coisa por ele, mas...

_O que você sente?

_Necessidade... é isso que eu sinto! É como se eu precisasse dele, o tempo todo!
Isso é estranho?

Ela sorriu _Não sei...mas parece bastante com amor!

_Quantos anos você tem garota?

_Apenas 16 rss, não sei nada de amor, mas pelo jeito e frequência com ele fala de você, acho que ele também tem "necessidade" de você. Só não machuca ele, por favor! Fiquei feliz em saber que ele se libertou da Amber, meu pai é a pessoa mais doce do mundo, ele nunca vai te fazer mal, se algum dia você deixar de gostar dele , não faça jogos apenas vá embora.

Eu dou um abraço nela, e a tranquilizo... _Te prometo que sempre vou ser honesta com ele e com vocês dois!

_Obrigada Anne! Agora vamos descer se não ele vai ficar enciumado.
Descendo as escadas já posso ver o olhar de Johnny e está preocupado.

_Aqui está ela pai, inteirinha!

Eu vou ao encontro dele que me abraça e pergunta se está tudo bem?

)Sim, nós começamos a conversar e nos empolgamos!

_Conversar sobre o que?

_Você!

_Hum...Ele desvia o olhar ainda intrigado. Lily você é minha filha, não minta...sobre o que vocês falaram?

_Pai, eu tinha que saber quais as intensões dela, saber se ela te ama, se vai ser uma boa esposa, Lily fala e dando risada.

_E a que conclusão chegou? Ela me ama? Ele fala me olhando, sorrindo e cerrando os olhos.

_Ela não soube dizer se te amava, mas falou que tem necessidade de você.
Eu olho para Lily reprovando o que ela revelou.

Johnny, põe a mão em volta do meu rosto e o vira para ele, leva a mão até minha nuca e me beija...devagar, aproveitando cada sensação, se afasta um pouco me olhando nos olhos, leva a boca até meu ouvido...

_Eu também tenho necessidade de você!