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História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 45. PRECAUÇÃO EXTRA?


Escrita por: CatarinaGerma

Capítulo 45 - CAPÍTULO 45. PRECAUÇÃO EXTRA?


Fanfic / Fanfiction UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 45. PRECAUÇÃO EXTRA?

Resolvi ir andando até a clínica, já que era bem próximo à produtora, no caminho meu celular começa a tocar.

_Oi sumido, lembrou que eu existo?

_Oi, como se eu pudesse te tirar da cabeça... A Kim falou que você vai sozinha na consulta, quer companhia?

_Henri, não posso te pedir isso... não quero que termine o seu dia fazendo algo que não queira, só para ser gentil comigo.

_Anne, eu tô bem puto com essa situação, mas... Fui eu que me coloquei nela, eu sei que nunca vai passar de amizade, ja entendi isso.

_Obrigada Henri... você deve ter um defeito aterrador, não tem como alguém ser assim tão perfeito.

_Eu ja te falei Anne... Sou um príncipe da Disney!

_Oh! Claro... Como pude me esquecer disso?
Tchau Henri, te adoro...

_Também linda, tchau.

Chego na clínica e entrego meus documentos à secretaria, que agilmente preenche ulgum tipo de cadastro no computador.

Observo outras duas grávidas na sala de espera, uma está sorrindo mostrando alguma coisa para o marido, em uma dessas revistas sobre infância, a outra está com uma filhinha, deve ter uns cinco anos, o marido e a menina tocam e falam com a barriga dela.
Me sinto meio patética ali sozinha...

Começo a mecher na agenda do celular, resolvo procurar em meus contatos as pessoas com quem realmente eu posso contar, bom... elas se resumem à minha melhor amiga e um gentil estranho que mal conheço.

_Senhora Anne?

_Oi, sou eu!

_ Pode entrar, o doutor está esperando...

Guardo o celular na bolsa e vou em direção à sala, um jovem senhor de cabelos grisalhos me recebe simpático, a enfermeira deve ter a minha idade, ela me mostra um lavabo onde devo me despir e me entrega um tipo de túnica aberta na parte de trás.

_Enquanto termino de vestir a tal roupa, ouço a voz da enfermeira, que parecia muito empolgada, saio do lavabo e dou de cara com Johnny.
Não entendo a princípio, mas agradeço a todas as forças do universo por Henrique não estar aqui...

_Pode deitar na maca senhorita!

Me sento e Johnny vem a meu auxílio, a enfermeira a essa altura não lembra nem o próprio nome, tudo que ela faz e olhar para ele e sorrir.

Eu me deito e ouço o Doutor pigarrear...

_Você pode auxiliar a paciente? 
Diz firme olhando para a enfermeira.

A mulher acorda do transe e pega um pequeno lençol, coloca abaixo da linha da minha cintura e levanta a túnica até abaixo dos meus seios.

_Coloque uma perna de cada lado por valor.

Eu o obedeço, o lençol fica acima do meu joelho formando uma "cabaninha" onde o médico parece se esconder.

_Relaxe!

Olho constrangida para Johnny, ele está procurando o médico com um olhar apreensivo.

Sinto o aparelho entrar em mim, e uma imagem aparece na tela cinza, o médico mostra o meu útero e um pontinho, que mais parece um peixinho nadando em um aquário.
Aquilo me deixou mais nervosa do que feliz, ele era real, tinha um bebezinho crescendo dentro de mim...

Ele tirou o aparelho de dentro de mim, finalmente pude esticar minhas pernas e esconder minhas intimidades.
Ele apalpou minha barriga e disse que parecia estar tudo bem, me receitou vitaminas, algumas vacinas e cuidados com a alimentação.

Antes de sairmos da sala a enfermeira pediu para tirar uma foto com Johnny, a maldita tirou o jaleco e colou o rosto no dele, vendo que eu estava encomodada ele ainda passou o braço pela cintura dela.

_Olha se vocês forem fazer um book, é melhor alugar um estúdio ou fazer isso ao ar livre, tem gente esperando lá fora para ser atendida.

O maldito acha graça e a piranha o solta se fazendo de ofendida...

_Pronto nervosinha podemos ir!

_Ah, espera! Doutor, tenho mais uma dúvida...

_Pois não...

_Sabe o que é, o meu parceiro, que não é ele - aponto para o Johnny- sabe...ele é muito bem dotado, tenho que tomar alguma precaução na hora do sexo?

Um silêncio constrangedor tomou conta do lugar...

_Doutor? E então...

O homem que estava olhando para Johnny, me olhou se sentindo obrigado a responder.

_Bom... Na verdade, vocês devem apenas fazer com menos intensidade nesse início, a frequência não importa.

_Ahhh quem bom, fico feliz em saber!

O médico deve estar pensando horrores de mim, mas dane-se, se o Johnny acha que vai me fazer ciúme com uma enfermeira vadia, toma essa e se orienta.

Saímos da clinica em silêncio.

_Vou te deixar em casa!

_Não! Melhor ir cuidar da sua outra grávida, não vai me dizer que ela perdeu de novo a consulta.

_Não... Ela ficou chateada em te ver na produtora, não quis minha companhia.

_Eu também não!

_Onde está seu "parceiro", ele não ia te acompanhar na consulta?

_Teve um problema na boate e não pode vir.

_Boate?

_Ele é dono do lugar onde eu trabalhava, sócio na verdade.

_Estamos conversando a uns 10 minutos e ele ainda não apareceu, vem, eu vou te levar.

******

Ele está dirigindo, eu o observo com minha visão periférica, parece cansado e preocupado, está mordendo o lábio por dentro.
Ele rompe o silêncio, me assustando...

_Ta feliz com ele? Ou ta fazendo isso para me atingir?

_Você sempre acha que tudo é sobre você? O mundo não gira em torno de você estrelinha...

_Só responde Anne...

_O Henrique é um homem incrível Johnny, eu queria ter tido a sorte de ter conhecido ele antes de você aparecer, aí esse bebê poderia ser dele.

O Carro para, tento abrir a porta, mas está travada.

_Johnny, a porta...

_Sabe Anne... Eu te amei no segundo que te vi e eu, assim como você, estou sofrendo com tudo isso, mas isso não me dá o direito de ser cruel, eu sei que você está cansada de sentir dor, mas causar dor nos outros não vai diminuir a sua.

As lágrimas rolam pelo meu rosto, ele tem razão, eu fui cruel, mas não posso e não vou voltar atrás.

_Abre a droga dessa porta! 
-digo aos gritos- Eu não me importo, se você está sofrendo é porque fez por merecer... Agora eu, o que fiz Johnny? Me diz? 


Notas Finais


OBRIGADA POR LER.


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