História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 57. QUEM MAIS SERIA?

O almoço foi servido e como eu esperava Henrique me alfinetou o tempo inteiro, Kim não percebeu, ou fingiu que não percebeu nada.

Pedi que Clair service o café na sala, estava desejando mais que tudo, que aquela situação acabasse o mais rápido possível.

_Meninas eu tenho que ir, a Kim não estará na Personalité, então não posso me atrasar, obrigada pelo almoço minha linda.

Ele me abraça apertado...

_Imagina Henrique, não tem pelo que agradecer, vocês serão sempre bem vindos.

_Bom, então eu vou indo, diga a Clair que a comida estava maravilhosa.

_Kim, você não precisa deixar ele sozinho, provávelmente vou dormir o resto da tarde, não precisa ficar aqui.

_Tem certeza amiga?

_Não Anne, prefiro que ela fique não vou ficar tranquilo com você sozinha.

_Henrique, eu estou bem e tenho a Clair, não se preocupem.

Ele se aproxima e põe as mãos em volta do meu rosto e me olhando nos olhos fala carinhosamente...

_Promete que se precisar de algo, vai me chamar?

Procuro Kim com o olhar, já que minha cabeça está presa entre as mãos de Henrique, ela apenas observa a cena sem esboçar reação.

_Ok...eu prometo!

Ele beija minha testa e me abraça novamente.
Kim, também me abraça e se despede...

_Então ta bom amiga, fica bem tá!

Acompanho eles até a porta e me despeço.

Vou até a cozinha, onde me sirvo de mais uma xícara de café... A campainha toca e eu mesma vou atender.

_Tudo bem?

_Sim, me desculpa é que eu esqueci uma coisa...

Antes que eu possa esboçar qualquer reação, ele segura meu rosto com força e me beija desesperadamente, tento empurra-lo para longe, sem sucesso, ele é muito maior e mais forte do que eu.
Depois de muito espernear ele finalmente me solta...

_O que foi Anne? Eu sei que você também quer...

_Você não sabe de nada! Sai da minha casa agora!

_Como assim? Ontem você parecia estar gostando...

_Porque eu estava, mas isso foi antes de saber que você estava namorando minha melhor amiga!

_Ah esse é o problema? Você estar namorando não é problema...

_É...claro que é! Mas eu estou sozinha nessa droga de casa, estava carente e até ontem achava que você era um cara incrível...
Não vai mais acontecer Henrique!

_Ah Anne... Você ainda vai me deixar louco! 
Você sempre soube o que eu sinto, sempre me mateve por perto, porque você também sente o mesmo.

_Não Henri! Você entendeu tudo errado... Você foi um amigo maravilhoso, você é um homem incrível, lindo, gostoso de mais...mas eu amo o Johnny, ele é minha vida...

_Até vocês brigarem de novo, aí vem vem pra minha cama...

_Nós transamos uma vez e eu não estava com ele, você não pode me acusar de te usar...

_É...mas ontem gozou chamando meu nome.

_Henrique chega! Você está com a Kim agora, ela é uma pessoa maravilhosa, vocês podem dar certo.

_Não Anne ela é insuportável!
Você não sabe o que tenho que aguentar, mas vale a pena, assim posso ficar perto de você.

_Não sei quem é você, ou se fingiu o tempo todo ser um cara bacana, mas você não vai usar a minha amiga desse jeito.

_E o que eu ganhei sendo um cara bacana? 
Tchau minha linda, a gente se vê.

Ele sai batendo a porta e me deixa estática, mais confusa do que já estava.

Voltei para o quarto, me deitei e tentei dormir, mas falhei miserávelmente.

Já no início da noite decido ligar para o Johnny, nos falamos todos os dias e ele ainda não havia ligado.
O telefone chama até cair, tento mais algumas vezes e nada... Mais uma noite sozinha, mas amanhã ele chega para o fim de semana e espero que chegue com disposição.

Me preparo para tomar banho, pego uma calcinha e uma camiseta do Johnny, sem ele em casa não tenho muito interesse em ficar me arrumando para deitar.
Depois de quase uma hora de banho, me visto e desço para comer...

Estranhamente as luzes já estão apagadas, há apenas uma luz fraca vindo da sala de jantar, me aproximo e sinto um perfume familiar, ao chegar na porta vejo velas e um vaso com rosas sobre a mesa posta.

Meu coração já bate acelerado ao imaginar o que está por vir...

_Johnny! Amor você está aqui?

Sinto duas mãos quentes envolvendo meus quadris e me abraçando por trás, o hálito quente no meu pescoço e ouvido antecedendo a voz grave que me fez estremecer...

_Quem mais seria meu amor?

Me viro de frente para ele e laço seu pescoço com minhas mãos, trazendo seu rosto até o meu alcance, o beijo com desepsero e pressa, ele me ergue do chão e eu envolvo minhas pernas em sua cintura...
Nossas línguas travam uma batalha ardente, ele chupa minha língua e eu mordo seus lábios, o ar se faz rarefeito e nos olhamos, encostamos nossas testas e nos procuramos um no olhar do outro.

_Tava com tanta saudade!

_Já não está mais?

_Johnny! Eu sei que você preza pelo romantismo, mas será que você pode abrir uma excessão e me foder agora mesmo?

Ele sorri gentil e me beija novamente, eu puxo a barra de sua camisa, mas logo sou colocada no chão novamente.

_Não! Primeiro o jantar, depois a sobremesa. -Ele diz sorridente-

_Amor a fome que me toma agora não é por comida!

_Pequena, eu também te quero muito, mas você precisa se alimentar, e quando subirmos para aquele quarto, não vamos sair de lá tão cedo.

Nos sentamos à mesa e comemos, ele tomou vinho e eu suco, conversamos sobre as gravações, ele havia adiantado algumas cenas por isso veio um dia antes.

_Já gravou as cenas de beijo?

_Algumas

_Como assim algumas? Quantas são?

_Anne, você quer mesmo falar sobre isso?

_Você pode dizer que a atriz tem bafo e o quanto é horrível fazer cenas de beijo.

_Hum... Na verdade... Anne, não há com o que você se preocupar.

_Se tivesse eu também não saberia não é mesmo?

_Ok...é melhor mudarmos de assunto, fala de você...o que você fez esses dias, alguma novidade?