História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 59. RESPOSTA SINCERA

Em uma das melhores noites que já tive, dormi envolvida nos braços do homem que amo, ele fez questão de manter uma mão em meu ventre, acariciando nosso peixinho, me senti tão realizada que tive certeza que nosso bebê também pôde sentir todo o amor que ele sentia e demonstrava por nós.

Acordei ouvindo um balbucio, que a princípio parecia distante, mas aos poucos aquela voz foi invadido meus ouvidos e se juntou ao calor de suas mãos que acarinhavam minha barriga, meus olhos se negavam a abrir, tamanho o sono que ainda sentia, mas não me esforcei para abri-los, eu não iria atrapalhar aquele momento tão íntimo entre os dois.

_"Eu ainda não sei se você é menino ou menina, mas sinceramente...não importa!
Você é um sonho se tornando realidade, eu sempre achei que o amor não chega ao seu ápice se ele não transborda e você é o amor do papai e da mamãe, transbordando...
Se você for menino, talvez nossa relação seja mais fácil, nós vamos ser amigos e eu vou te ensinar tudo que sei e tudo que eu precisei saber e não tive a chance de aprender, talvez algumas dessas coisas deixe a mamãe brava, então melhor ficar entre nós.
Se você for menina... Bom, eu também tenho alguma experiência nisso, mas não me ajudou muito, também vou ser seu amigo, vou tentar te ensinar minhas coisas também, mas pelo que sei das mulheres, você vai me manipular e me arrastar para o seu mundo de contos de fada...
Só peço que não se pareça tanto com a mamãe, ela faz o que quer comigo!
Amanhã vamos saber mais sobre você, espero que esteja bem...
Peixinho não é um bom nome, mas serviria para ambos os sexos... mas não se preocupe, esse não vai ser seu nome!
Eu te amo neném!"

Ele beija minha barriga e fica alguns momentos com o rosto colado nela..

_Seria muito errado se eu estivesse sentindo uma pontinha de ciúmes agora?

Ele sobe até ficar com o rosto frente ao meu ...

_Sim, seria... o meu amor por você é indivisível, ele é somente seu e só o seu amor tem o poder de me levar ao Céu e ao Inferno.

Eu sinto o peso de suas palavras, ele não as diz com rancor e sim com paixão, mas a culpa ainda me consome e ver ele assim tão entregue a mim me faz sentir a pior das pessoas.

_Então, mamãe vamos passar o dia na cama?

_Não me chama assim!

_Por que?

_É assustador e vai demorar muito até eu ouvir isso de forma que faça sentido.

_Tudo bem, mas vamos levantar você precisa se alimentar e já está quase na hora do almoço.

Tomamos um banho rápido e descemos em busca de comida, Clair já havia preparado o almoço, então sentamos e começamos a nos servir.

A campainha toca e Kim logo me vem à mente, ela havia me prometido visitas diárias.

_Pode deixar Clair, eu atendo deve ser a Kim!

Percorri a distância entre a cozinha e a sala, rezando para que ela estivesse sozinha e graças a Deus estava.

_Oi Kim, amiga já disse que não precisava se dar ao trabalho de vir todo dia.

_Eu sei, mas vai dizer isso ao Henri e além do mais podemos fofocar.

_Vem, o Johnny está em casa, íamos começar a almoçar, você já almoçou?

_Não, vim com intenção de almoçar com você.

_Ótimo! Amor a Kim está aqui!

Johnny se levanta e cumprimenta Kim com um abraço e um beijo no rosto.

_Que bom que você pode vir, sua mulher estava subindo pelas paredes.

_Kim!!

_Amiga! podemos jantar juntos hoje, tipo programa de casais.

_Hum... Não sei se é uma boa idéia.

_Claro que é pequena, você precisa sair, tem ficado muito tempo dentro de casa.

_Vou avisar pro Henri - Kim diz entre palminhas-

Almoçamos e conversamos sobre o exame que farei amanhã, devemos ficar sabendo do sexo e sequer tivemos uma coversa sobre nomes.
Kim parece mais animada do que eu, quer saber da decoração do quarto, das roupinhas e a cada tópico novo meu coração acelera 
-como pudi não pensar nisso antes-
Tudo que consigo pensar é em como serei uma péssima mãe.
Minha família deve ter descoberto minha gravidez pela imprensa e sequer um telefonema eu recebi.

_Amor! Ta tudo bem? Parece distante...

_Desculpem, me distraí é tanta coisa em que preciso pensar... Não sei se vou dar conta.

_Eu vou estar aqui pra você amor!

_Eu vou estar aqui pra você amiga, homem só atrapalha nessas horas.

Johnny olha para Kim incrédulo e eu acho graça.

_E o que você sabe sobre "essas horas" Kim?

_Johnny, eu sou mulher, até se eu não soubesse nada saberia mais que você!

_Chega crianças! Vou aceitar a juda e a presença dos dois, tenho certeza que vou precisar de muita ajuda.

O telefone de Kim toca e ela pede licença para atendê-lo.

_Essa sua amiga não me parecia tão sem noção antes!

_Johnny! Nem pense em implicar com ela, é a minha única amiga.

_Amiga o Henri adorou a idéia.

_Ok então! -tento fingir ânimo com a novidade-

Kim foi embora depois do almoço, coma promessa de conseguir um horário para jantarmos hoje.

Eu e Johnny passamos o resto da tarde no quarto, falamos com as crianças e com a irmã dele, resolvemos só contar do exame depois de terminado ou eles não nos dariam paz.

Entrei no banho e arfei com a água quente caindo sobre minhas costas, minha barriga ainda estava tão pequena que atribuí a dor à tensão que venho sentindo.
Vesti meu roupão e me deitei ao lado de Johnny que lia um livro na cama.

_Tomou banho sem mim de novo...

_Sim! Você parecia tão enteressado nesse livro que fiquei com medo de ser rejeitada.

Ele sorri e retira o óculos...

_Ainda temos tempo?

_Sim, a Kim disse que devemos chegar às 20:00.

_Ótimo...

_Pode ler mais um capítulo se quiser!

_Você sabe o que eu quero!

Ele avança sobre mim, e afunda o rosto em meu pescoço.

_Não vai nem perguntar se eu também quero?

_Claro que sim!

Ele me encara e abre o meu roupão.
Repousa a mão sobre a minha intimidade, pressionando o dedo médio que afunda pela minha fenda molhada...

_ Hum... Eu adoro uma resposta sincera!