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História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 74. DEIXA ELA IR


Escrita por: CatarinaGerma

Capítulo 74 - CAPÍTULO 74. DEIXA ELA IR


Fanfic / Fanfiction UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 74. DEIXA ELA IR

Passei o dia tentando ser otimista e me convencendo de que tudo iria acabar bem.

Conversei muito com meus bebês, sei que eles não sentem minha fome ou minha sede, mas sentem minha angústia, meu medo... estiveram inquietos o dia todo mas não consegui me sentir feliz com a agitação em meu ventre.

Senti muito frio durante a noite e só adormeci quando já era dia, ninguém apareceu por aqui, não ouço nenhum ruido, nenhum barulho de carro.

Minha cabeça dói, sinto tonturas e ânsia de vômito, é desesperador.

Ninguém sentiu minha falta e se sentiu, devem achar que estou com meu pai... Por que ele está fazendo isso comigo?

Ele já controla todo o meu dinheiro, o que mais ele quer meu Deus.

O que será que o Johnny está pensando de mim? 
Por que ele não vem logo?
O choro mais uma vez me toma, estou a ponto de desistir quando um barulho de carro me chama a atenção.

Alguém entrou na casa, mas não ouvi nenhuma voz, apenas passos lentos se aproximando e depois se afastando.

Passa um longo tempo, até ouvir outro carro, não saber o que está acontecendo, me deixa ainda mais nervosa, meu corpo treme e minha respiração é descompassada.

Ouço a voz de Henrique e logo em seguida a de meu pai, lamento mais uma vez por não ser o socorro que tanto espero.

Eles conversam entre si, ouço a porta sendo destrancada. Não tenho forças para nada, apenas para pedir por água, mas pela conversa de Henrique, eles já providenciaram tudo para colocar o plano deles em prática.

Ele me pede para assinar algumas folhas, muitas na verdade, eu obedeço, já que ele promete soltar minhas correntes e me dar algo para comer.

Só quero que isso tudo acabe de uma vez, assino as folhas uma por uma e rubrico o verso de todas elas.
Meu pai fica satisfeito, mas não consegue disfarçar o constrangimento de me ver ali.

_Pronto! Posso ir embora?

Ergo as folhas e Henrique as pega, dando em seguida para meu pai conferir.

(P)_ Está tudo certo, conseguimos!

Ele olha para Henrique com um sorriso de lado.

(H)_ Muito bem minha linda, não foi tão difícil não é mesmo?

_Me deixa ir embora agora, por favor.

(H)_ Mas aonde você iria? Com fome, com sede... não posso deixar que saia assim!

(P)_ Henrique, eu já estou indo, vou entregar esses papéis o mais rápido possível para meus advogados.

(H)_ Como assim? Não acha melhor finalizarmos isso juntos?

(P)_ Não vou tomar parte nisso, você teve essa idéia estapafúrdia, agora termine com isso.

(H)_ Já tem o que tanto queria não é mesmo? Graças a quem papai?

_Henrique, você prometeu me soltar... por favor! Meus filhos não tem culpa de nada.

(H)_Nem você minha linda, ninguém tem... mas é assim que as coisas são Anne!

Ele caminha até mim com a chave dos cadeados na mão, abre o que está no meu tornozelo e o libera.

Ele passa a mão no meu rosto, e me encara por alguns segundos...

(H)_ Promessa cumprida, está solta...

Eu me levanto com dificuldade e passo por ele, me segurando na parede.

(H)_ Para onde você vai?

_ Embora!

(H)_Eu disse que ia te soltar, não disse que ia te deixar ir embora.

_Você disse que se eu assinasse, tudo isso iria acabar.

(H)_ Eu não estava mentindo! Vai acabar, mas não do jeito que você gostaria.

Ele afasta a camiseta e me mostra a arma...
 

P.O.V JOHNNY

Passo por baixo do portão da garagem e me esquivo até uma porta que dá acesso à sala da casa, fico junto ao batente e tento ouvir o que se passa lá dentro.

Henrique e seu pai falam alguma coisa entre si, finalmente ouço a voz dela... "Pronto! Posso ir embora?" A voz está fraca e pesarosa, com certeza está sendo mantida aqui contra a vontade.

Pego meu celular no bolso e mando uma mensagem para Mike.

SMS

"Ela está aqui com eles, traga ajuda o mais rápido possível."

Ouço o pai dela dizer que vai entregar os papéis a um advogado, antes que ele saia, me escondo atrás do carro de Henrique.

O Homem passa apressado e sobe o portão da garagem, entra no carro e sai em alta velocidade.

Me esgueiro pela sala, tentado não fazer barulho, conforme me aproximo ouço a voz de Anne, ela está apavorada e implorando por sua vida, me aproximo da porta que liga os dois cômodos e posso ver uma parte da silhueta de Henrique, ele está de costas para onde estou, não consigo vê -la, mas ela está na frente dele.

(A)_ Henrique...por favor! Oque você vai fazer com isso?

(H)_ Armas servem apenas a um propósito minha linda, não se preocupe não vai doer!

Ele está com uma arma na mão, olho para os lados procurando por algo que eu possa usar como arma, mas não vejo nada.

Ele ergue o braço, com a arma em punho e aponta para o rosto de Anne.

(A)_Por favor... não! Não faz isso!

Ela chora já sem forças, não tenho mais tempo, decido agir para acabar de uma vez com aquilo...

Quando finalmente me levanto e tomo a direção de onde ele está, um barulho ao longe me chama a atenção e também a dele.

(H)_ Só pode ser brincadeira...

(A)_ É a polícia? Eles me encontraram...

(H)_ Vem comigo...

Ele puxa Anne, com força pelo braço, forçando ela a se erguer do chão.

_Henrique! Solta ela!

(A)_ Johnny!

Ele a puxa e encosta o cano do revólver em sua têmpora...

(H)_ Eu ia fazer isso de um jeito rápido, sem dor, mas você está me obrigando a agir de cabeça quente.

_Deixa ela ir... a polícia está la fora, machucar ela só vai piorar tudo pra você.

(H)- Machucar ela? Eu nunca machucaria ela... se eu apertar o gatilho agora, ela não vai sentir nada, você já fez ela sentir dores maiores.

_Você já conseguiu o que queria, deixa ela ir...


Notas Finais


OBRIGADA POR LER


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