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História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 76. TUDO SE VAI


Escrita por: CatarinaGerma

Capítulo 76 - CAPÍTULO 76. TUDO SE VAI


Fanfic / Fanfiction UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 76. TUDO SE VAI

P.O.V MIKE

Estou a dias sem dormir, minhas esperanças quanto a encontrar Kim com vida, já estão se esgotando.

Mas preciso encontrá-la seja de que jeito for, não posso imaginar que seu corpo esteja jogado em um lugar qualquer, já procurei em Hospitais, IML, a polícia também está a sua procura, mas não vejo impenho deles nisso.

Quando foi que eu deixei ela escapar? Eu nunca quis um relacionamento sério, mas...ela me fazia bem, fui estúpido, orgulhoso e a joguei nos braços daquele maldito.

Quando aceitei ser advogado da Anne, o máximo que esperava era um conflito familiar que me levasse ao tribunal, mas uma tragédia sem precedentes foi onde me meti, quando a polícia invadiu aquela casa, como sempre, agiu tarde de mais...

Agora Kim esta desaparecida, provavelmente morta, e o único que sabe o que houve, está morto.
O pai de Anne, que na verdade não é pai, mesmo com todas as provas que constam contra ele, nega tudo.

P.O.V JOHNNY

Meus dias tem sido sombrios desde o ocorrido, tenho tentado encontrar motivação para continuar minha rotina. As pessoas tentam me confortar, me encher de esperanças, palavras vazias...

Todas as vezes que entro naquela, que deveria ser a casa da minha família, sim... eu acreditava que um dia estariamos todos juntos vivendo ali, a saudade aperta em meu peito.

Hoje recebi uma ligação de Mike, ele continua procurando por Kim, o único que poderia nos dizer com precisão o que aconteceu com ela, não vai... não pode.

Naquele dia... assim como ele mesmo previu, a polícia invadiu a casa, assim que ouviu o disparo de sua arma, ele não teve chance.

Mike me informa todos os dias sobre o andamento das investigações, os nomes dos envolvidos não me causam mais surpresa.

Busco forças para fazer a única coisa que faço desde aquele maldito dia, ir ao hospital. Passo meus dias naquele quarto, os corredores brancos e silenciosos já me parecem familiares.

Ela está em coma desde quando chegou, passou por três cirurgias, os médicos me informaram antes de cada cirurgia que a prioridade é manter ela viva o máximo possível, já que os bebês ainda estão muito pequenos e seria pouco provável sua sobrevivência aqui fora.

Ando pelo corredor que dá acesso ao quarto de U.T.I, a minha mente fantasia a possibilidade de que quando eu abrir a porta, ela vai estar acordada, sorrindo e me perguntando porque demorei.

Mas a cena é a mesma, ela está na mesma posição, um tubo em sua boca a mantendo viva, os únicos sons que se pode ouvir, são do monitor cardiaco e do respirador.

Toco sua mão gelada e deposito um beijo em sua testa...

_Eu estou aqui meu amor, acorda logo, quero que esteja comigo quando eles chegarem...

A barriga dela está linda, os bebês estão se desenvolvendo bem, apesar das circunstâncias. Tem sido difícil lidar com a imprensa, cada dia inventam um fato novo sobre a situação, eu não faço questão de me informar sobre nada do que dizem, mas as notícias sempre dão um jeito de chegar até mim.

Hoje trouxe mais um livro para ler para ela, "The Shack" de William P. Young, achei em suas coisas, com certeza não estaria em minha prateleira, me certifiquei de que era um leitura apropriada, já que as crianças estão ouvindo tudo agora.

Um livro sobre perda...com certeza fiz uma má escolha.

Olho mais uma vez para seu rosto, ela está apenas dormindo... tão tranquila, mas não consigo mensurar a quantidade de medicamentos que estão mantendo ela assim.

O médico responsável entra no quarto e eu respiro fundo antes de ouvi-lo.

(Dr)_ Bom dia! Acabei de ver os exames de hoje, os bebês estão bem, ganhando peso, os pulmões estão se desenvolvendo dentro da normalidade, em um mês já será possível fazer a cesária, se tudo continuar bem é claro.

_E ela... como ela está?

(Dr)_ Do mesmo jeito, como já te expliquei, não temos como saber como ela reagiria à retirada da sedação, porque não podemos fazê-lo, se ela entrasse em choque sem que os bebês estejam prontos, seria fatal para eles.

_Depois da Cesária, como ela fica?

(Dr)_ É uma cirurgia de altíssimo risco, vamos retirar aos poucos a sedação, não totalmente... retiramos os bebês e se ela reagir bem, mantemos o coma induzido por mais algum tempo.

Um mês, era o tempo que eu teria antes de meus filhos chegarem, mas minha vida continuaria a ser vivida dentro do hospital, afinal seriam prematuros e passariam mais alguns meses na U.T.I Neonatal.

A noite chega e eu tenho que
deixá-la, a pior hora do dia... Na minha cama eu não tenho descanso, demoro horas para dormir e quando finalmente acontece, sou assombrado por pesadelos, na maioria deles, acordo com o barulho do monitor cardiaco apitando, o som que eu mais temo ouvir.
Quando não sonho com Anne sentada na poltrona de amamentação que ela mesma escolheu, nossos filhos no colo, ela me olha e abre o sorriso mais doce e de felicidade plena, eu me aproximo e posso sentir o cheiro do perfume dela, beijo sua cabeça posso sentir meu rosto afundar em seu cabelo, o cheiro de seu shampoo cítrico invade minhas narinas, ela me olha e seus lábios se movem em camera lenta, posso ler um "Eu te amo" em seus movimentos.

A luz do sol invade o quarto e a sensação de acordar é a mesma de levar um soco no estômago... tudo me é roubado mais uma vez, o perfume dela, o sorriso.. tudo se vai e só fica o vazio, a dor... 


Notas Finais


OBRIGADA POR LER


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