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História UM CONTO SEM FADAS - CAPÍTULO 77. POBRE PAPAI VIÚVO


Escrita por: CatarinaGerma

Capítulo 77 - CAPÍTULO 77. POBRE PAPAI VIÚVO


P.O.V JOHNNY

Hoje decidi vir com minha irmã na casa da Anne, o quarto dos bebês ja está pronto e decidi que seria exatamente do jeito que ela deixou, mas precisamos levar tudo para minha casa.

Noéli, Funcionária de Anne, vai conosco, ela nos ajuda a empacotar as roupinhas e as coisas pequenas.

O telefone toca, temendo que seja do hospital, eu mesmo corro para atender.

(X) Alô, por favor a senhorita Anne.

_ Quem é?

(X) Estou ligando do Hospital de Riverside, Temos uma paciente que esteve inconsciente e sem identificação, ela acordou a pouco e conseguiu nos dar este número de contato.

_Meu Deus! Ela se chama Kim?

(X)_ Isso mesmo! O senhor é da família?

_Não, mas não se preocupe, logo alguém entrará em contato ou irá pessoalmente.

(X)_ Estaremos aguardando então, obrigada.

Ligo para Mike, uma boa notícia enfim...

(M)_ Oi Johnny, a Anne está bem?

_Sim, não é nada com ela, eu acabei de receber uma ligação, você não vai acreditar.

(M)_ Do que está falando?

_ A Kim, ela está viva... me ligaram do hospital onde ela está, em Riverside, você precisa ir até lá.

(M)_ Eu não acredito, isso é sério?

_ É claro que é, como se eu fisse brincar com uma coisa dessas.

(M)_Ok, eu estou indo para lá agora.

_Tudo bem, não esqueça de dar notícias quando a encontrar.

Respiro aliviado, isso é realmente uma coisa boa acontecendo? Só falta você voltar para mim meu amor...

*****

Os dias passam se arrastando, os bebês estão ótimos, Kim já foi transferida para um hospital aqui em Los Angeles e logo terá alta.
O quarto dos gêmeos está pronto, Lily e Jack ficarão comigo depois do parto, vamos nos revezar, já que serão dois quartos de U.T.I.

*****

Falta apenas uma semana para o dia previsto pelo médico e a medicação vai começar a ser diminuída gradualmente. 
Ela precisa dar sinais de recuperação, eu sei que os médicos não contam com isso... mas preciso manter a esperança, ou vou enlouquecer.

O envolvimento de Amber no sequestro já está sendo explorado pela imprensa, ninguém próximo a mim vai ter paz tão cedo, o pai de Henrique foi preso, mas provavelmente nunca pagará pela morte da mãe de Anne, o crime é antigo e o único que sabia dos detalhes era Henrique.

No momento só quero que apodreçam na cadeia, não me importa por quais crimes eles serão levados até lá.

P.O.V MIKE

Kim receberá alta hoje, estou indo buscá-la, ela ainda está trantornada com tudo que aconteceu, foi um trauma muito grande e a notícia dos estado em que Anne se encontra não ajudou.

Johnny mantém a esperança de que ela vá acordar, mas sempre que vou lá, os médicos são bem céticos quanto à essa recuperação.

Em Riverside, Kim me recebe com um abraço forte, acho que a ficha ainda não caiu, ter sobrevivido a tudo que ela passou foi um milagre.

(K)_ Mike, não sei se estou pronta pra voltar para casa, você me disse que ele está morto, mas eu sinto como se ele ainda me pudesse fazer mal.

_Eu entendo, você passou por um grande trauma, mas não se preocupe, você vai para a minha casa por enquanto, pedi a Johnny mais tempo para ficar com você.

(K)_ Obrigada, mas você não tem nenhuma obrigação de fazer isso...

_ Claro que tenho, eu deixei você escapar uma vez e quase te perdi, não vai acontecer de novo!

Ajudo ela a se levantar e aguardo enquanto coloca a muda de roupa que eu trouxe.

(K)_ Mike, podemos passar no Hospital em que a Anne está?

_ Não acho uma boa idéia, você ainda está debilitada e ela... ela está inconsciente Kim.

(K)_ Eu sei, mas gostaria de ver ela...talvez ela possa ouvir alguma coisa.

_ Tudo bem, mas não crie este tipo de esperança, os médicos não estão otimistas.

Entramos no meu carro e seguimos para o hospital onde Anne está.

Chegando no lugar, converso com uma enfermeira e peço que ela chame o Johnny, ele precisa autorizar a visita e também só pode entrar uma pessoa por vez.

(J)_ Kim! Que bom te ver...

(K)_Eu preciso ver ela Johnny...

(J)_ Vou falar com o médico para que você possa entrar.

(K)_ Espera... como ela está? E os bebês?

(J)_Ela está em coma, os bebês estão bem, crescendo e eles chegam em três dias...

(K)_ Três dias? Meu Deus! Ela precisa acordar...

(J)_ Quem sabe você não dá sorte e ela te ouça e acorde?

(K)_ Ela pode ouvir?

(J)_ Os médicos dizem que não, mas a medicação dela está na dosagem mínima, eu prefiro acreditar que ela vai me surpreender a qualquer momento.

_ Ok, você entra mas por favor Kim, não vai se esforçar ou se desgastar muito, você deveria estar em casa de repouso.

P.O.V KIM

Uma enfermeira me acompanha pelo corredor silencioso, o único som é o dos meus sapatos em contato com o piso branco e laminado.

Ela abre a porta e me sede o espaço para entrar...

(X) Por favor não toque nos aparelhos ou nos acessos nos braços dela.

_Tudo bem...

Ouço o monitor cardíaco e conforme me aproximo seu rosto vai se tornando visível, tem um tubo saindo de sua boca e monitores com dados que não consigo decifrar.
Ela está pálida e com as mãos geladas, não fosse aquele tudo em sua boca, pensaria que ela está dormindo.

A barriga está muito maior do que me lembrava, mas ainda assim é muito cedo... aquele cretino...
"Acorda amiga... você precisa estar aqui, você tem que amamentar seus bebês.
Você vai deixar o Johnny cuidar sozinho deles, tem certeza? Eles vão dormir a hora que quiserem, imagina o jeito que vão se vestir, igual filhos de ciganos... e imagina só quando ele sair para passear, o tanto de vadia que vai dar em cima do pobre e sexy papai viúvo?
Mas é você quem sabe...quer ficar aí dormindo..."

Meu coração dispara e eu quase morro de novo quando sinto os dedos dela envolverem levemente a minha mão... 


Notas Finais


OBRIGADA POR LER


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