Permanecemos deitados de conchinha por minutos apenas conversando atreves do calor dos nossos corpos. Será que conseguirei enfrentar tudo o que vinher pela frente com a escolhas que fizemos, minha mãe é tudo para mim, não sei se serei capaz de me virar contra ela por esse amor. Virei meu corpo para encara-lo de frente, preciso sentir cada verdade em suas palavras; seus olhos não parecem mentir para mim. Beijo a ponta de vosso nariz e depois seus lábios que parecem mais doce a cada beijo, consigo esquecer tudo a minha volta com seus beijos. A porta do quarto abre e Suzana nós vê aos beijos e ouço meu nome sair de seus lábios com surpresa e raiva; ambos olhamos para ela em choque, meu coração perece que vai sair do peito com tamanho velocidade em que palpita.
-Mãe. –Ela estava alterada e feroz, seus olhos doces como açúcar agora queimavam.
-Rodrigo saia agora, por favor. –Suzana tentava controlar suas emoções inutilmente.
-Suzana, eu gosto muito da Lua e... –Suzana o interrompe.
-Agora Rodrigo, teremos nossa conversar, mas agora a minha conversa é com a Lua. –Peço para que ele saia e assim ele faz. –Lua o que você acha que esta fazendo?
-Mãe desculpa, mas não consegui evitar...
-Evitar o quê? Que Lua? Me fala. –Doía em mim vê-la daquele estado.
-Me apaixonar mãe, juro que tentei, mas não consegui evitar de me apaixonar pelo Rodrigo. –Lágrimas já escorriam do meu rosto, tentava enxuga-las, mas era inútil.
-Aquelas brigas de vocês eram tudo fachada para vocês ficarem nessa safadeza, né!
-Não, não mãe, no começo realmente o odiei, mas aquela raiva que sentia por ele passou a ser algo maior e mais intenso. Não me odeí mãe. –Levantei da cama e fui até ela e a abracei. –Por favor. Rodrigo e eu nos gostamos de verdade e queremos ficar juntos.
-Não Lua, isso não. –Suzana saiu do meus braços e caminhou até a porta e olhou para mim antes que saísse. –Isso não vai acontecer, essa paixão boba acaba agora. –Fechou a porta, sentei-me no chão em prantos e ali mesma fiquei.
Rodrigo esperava por Suzana no final da escadaria, ela tentou evitar a conversar, mas Rodrigo não lhe deixou escolha.
-Escuta Suzana, eu amo a Lua e ela sente o mesmo por mim, não tem motivo para você ficar assim.
-Não tenho motivo? Presta atenção Rodrigo, gosto muito de você como filho, mas sei o suficiente de você para entender que o que você está fazendo é manipular minha menina. Você nunca amou uma garota e agora diz para mim que você está amando a sua?!
-Ela não é a minha irmã.
-Mas é como se fosse, o que vocês fizeram foi quebrar toda e qualquer confiança que eu e seu pai colocamos em vocês dois. Vocês podem até não ser irmãos de fato, mas isso não muda a forma como nós os vemos, não muda a decepção que sinto. Rodrigo se você estiver apenas brincando com os sentimentos da minha garotinha você vai se arrepender.
-Eu não estou. A Lua é importante para mim e nunca brincaria com ela desta forma.
-Então prove. –Suzana deu-lhe as costas e subiu para seu quarto.
As 20:00 todos nós se reunião para o jantar, meus olhos estavam inchados, Rodrigo me olhava com carinho, mas eu tentava ignorar seu olhar por mais que quisesse o corresponder. Suzana já havia contado para Nicolas sobre Rodrigo e eu, mas até agora não se pronunciará, embora seu semblante demonstrasse total decepção e desgosto. O jantar mal foi tocado por todos, o silêncio era desconfortante e tornava tudo pior, já não aguentava mais e muito menos Rodrigo que quebrou o silêncio de todos.
-Vocês não tem nada a dizer? Porque parece que sim.
-Esta certo. Não vejo mais crianças aqui então vamos conversar como adultos. Inicia Nicolas. –Sobre o ocorrido de hoje, eu espero realmente que não aconteça mais, imaginei que você tivesse crescido Rodrigo e depositei minha confiança em você. Desde que sua mãe morreu você se tornou rebelde, mas sei que foi por falta dela e compreende isso, mas agora essa sua atitude de agir como se tudo o que fizesse é certo já deu, não me casei com o pensamento que teria que vigiar você noite e dia para não agir como um mulherengo com a Lua. Então Rodrigo semana que vem você irá para Santa Catarina me representar na nova negociação de parceria com a empresa do meu amigo, vai ficar por lá tempo o suficiente para esquecer essa bobagem de paixão.
-O quê? Eu não vou ficar longe da Lua, não pense o senhor que vai me afastar de quem eu amo, por que eu amo a Lua e não é o senhor quem vai dizer o que devo sentir e por quem.
-Abaixe o seu tom de voz, você está na minha casa e enquanto você viver aqui e eu praticamente lhe sustentar você vai me obedecer.
-Você sempre foi assim, dono de tudo e da verdade. “Isso é meu, eu que mando e vocês me obedeçam.” Você vivia esfregando na cara da minha mãe que a casa era sua, que o carro era seu e que se ela não gostasse do que você fizesse que fosse embora; por um momento achei que com a morte da minha mãe você tivesse mudado, mas vejo que não. Continua egoísta, o dono da razão, mas advinha, você não é o dono da verdade, você não sabe o que sinto, então não vai me dizer o que fazer como se eu ainda tivesse dez anos.
-Pois é o que parece, que você tem dez anos. Se não quer ser tratado como uma criança não aja como uma.
-Eu não estou agindo como uma, somente estou dizendo na sua cara que não vou desistir da Lua, não vou agir como todos a sua volta que faz o que você manda. Não sou uma mercadoria sua, sou seu filho, infelizmente.
Rodrigo saio da mesa e foi ara seu quarto e lá de baixo todos ouviam ele quebrando suas coisas, levantei para ir vê-lo e Suzana agarrou meu braço para me impedir de ir, mas puxei meu braço de sua mão e sobe, entrei em seu quarto e ele estava socando a parede de seu quarto, corre até ele e segurei seu punho e o abracei, ele chorava, estava descontrolado. O seu corpo caiu junto ao meu e nos sentamos no chão, o abracei o mais forte que consegue enquanto ele chorava em meus braços; meus olhos se encheram de lagrimas ao vê-lo daquele estado. Sofre junto a ele.
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