Quando escuto alguns barulhos na cozinha eu me espreguiço no sofá notando que faltava espaço para mim. Abro os olhos e a televisão estava ligada em um volume mais baixo, virada para outra direção e olho para a direção da cozinha.
Claire está ali mexendo na frigideira, parecendo distraída. Levanto do sofá me espreguiçando de novo e olho para a televisão vendo a notícia do jornal que passava.
-- Já acabou o desenho!
Olho para ela e a vejo sorrindo para mim que retribuo e me aproximo da cozinha vendo ela fritar dois ovos e preparar duas torradas junto com o café.
-- Bom dia, conseguiu dormir?
-- Bom dia... Sim, eu apaguei... E você?
-- Como uma pedra! – Ela sorriu – Não sou pesada demais para você carregar no colo?
-- Na verdade não...
Nós sorrimos e ela começou a ajeitar as coisas na mesa e fiquei observando ela preparar tudo com o cuidado e a delicadeza que só ela mesma tem.
Quando acabou, sentamos de frente para o outro e começamos a comer... Apesar de simples, estava tudo uma delícia.
-- Está muito bom.
-- Não sou das melhores cozinheiras, mas sei o suficiente para não morrer de fome. – Ela sorriu.
Enquanto comia ela observava a televisão e eu observava ela, os traços doces e bem desenhados de seu rosto... Os olhos azuis intensos e de cor viva que nos permitia afundar analisando cada risco de diferente tom que o compunha.
Quando ela desviou da televisão me pegou olhando para ela e como não adiantaria disfarçar mesmo, eu ri e ela me acompanhou.
-- O que foi?
-- Nada...
-- Eu estou suja em algum lugar?
-- Não, Claire... Desculpe, só estava olhando.
-- Tudo bem... – Ela riu.
Ela continuou a olhar para a televisão e desviei dela agora, parando meus olhos em seu capacete em cima de uma caixa de papelão ao canto.
-- E a moto?
-- Ah, aposentada... Tive que bancar a séria e comprar um carro para ir trabalhar.
-- Não tem mais?
-- Tenho, mas está hibernando.
Eu ri e terminei meu café junto com ela que já levantou colocando as coisas na pia e me meti para ajudá-la.
-- Não precisa, Leon...
-- Não seja teimosa, vá se arrumar que eu lavo a louça.
-- Nossa, eu tenho em minha casa um homem que lava louça... – Ela riu – Me senti agora.
Eu ri com ela que guardou as coisas e saiu para o quarto me deixando com a louça. Era pouca coisa, então acabei rapidamente e fui ao sofá dobrar as cobertas e o lençol deixando mais organizado.
Pego uma camisa na minha mala e uma calça jeans junto com minha jaqueta quando vejo ela já saindo do quarto... Ela usava um jeans escuro e uma regata de renda preta, destacando seu cabelo ruivo que descia graciosamente solto pelos seus ombros e seus olhos azuis vibrantes.
Mas o jeans... Destacava a perfeição e o delineamento das pernas dela assim como a regata terminava de mostrar o corpo perfeitamente esculpido que ela tinha. Então desvio antes que me olhe e perceba.
-- Pode ir no banheiro e se trocar no meu quarto.
-- Tudo bem...
Eu vou para lá e quando passo por ela sinto o perfume adocicado que vem de seu corpo me fazendo andar mais devagar, então sacudindo a cabeça para parar com isso vou ao banheiro.
Faço o necessário, escovo meus dentes e troco de roupa. Meu jeans escuro, camisa verde escura e minha jaqueta de couro tradicional... A minha favorita.
Saio de lá e volto na bolsa espirrando um pouco do meu perfume e percebo que ela me observa com um sorriso nos lábios.
-- O que foi?
-- Nada...
-- Estou sujo em algum lugar?
-- Não... – Ela riu.
-- Vamos?
-- Sim!
Ela levantou da cadeira e pegou a bolsa com a chave do carro, mas eu discordei com a cabeça.
-- Não, vamos com o meu.
-- Tem certeza?
-- Sim.
-- Tudo bem... Deixe sua mala aí, falamos com o recepcionista para deixar seu quarto pronto e depois levamos para lá.
-- Pode ser.
Deixando as chaves no balcão e eu deixando a mala no chão mesmo, saímos de lá para o elevador e do elevador para o primeiro andar até o recepcionista. A Claire tomou a frente nas falas me deixando apenas para assinar os papeis para ficar por uma semana já que era mais barato esse pacote fechado do que dias soltos.
O rapaz ainda se derretia com a Claire e quando ela sorria por alguma coisa, ele quase fazia nas calças. Eu via corações saindo da cabeça dele, mas ela não parecia corresponder em nada, apenas era educada e simpática com o garoto.
Partimos para o carro e segui as coordenadas dela até o shopping principal da cidade, chegando em uma construção grande e de aparência moderna.
Quando entramos no lugar, havia várias pessoas correndo para lá e para cá e ela me guiou pelo lugar até uma loja de roupas masculinas.
-- Essa loja é ótima! Comprei o presente do Chris aqui...
-- Legal, vamos ver.
Entramos no lugar e uma moça super elegante veio nos atender e finjo não notar o olhar de cima abaixo que ela dá em mim.
-- Posso ajudar?
-- Queremos comprar algumas roupas para ele.
-- Preferência por alguma coisa em especial?
-- Camisas normais... Polo talvez.
Eu gostava de ver a Claire se expressando com as pessoas, por isso deixava ela tomar a frente. Mas mesmo comigo calado, a mulher da loja falava olhando diretamente para mim e não para a Claire que já parecia ter notado e estar irritada.
-- Por aqui...
Ela se virou me olhando fixamente e eu ri desviando com a Claire me encarando feio, então eu levantei os ombros e ela seguiu a mulher.
Eu vi diversas peças, optei por algumas e a Claire por outras que dizia que ficaria muito bom em mim. Depois fui ao provador ver se tudo cabia e notei a quantidade exagerada para uma semana, se é que ficarei tanto assim.
-- Saia para eu ver!
-- Espera aí...
Coloquei uma calça jeans mais clara que eu tinha adorado e uma camisa azul turquesa que ela escolheu, mas que eu não tinha gostado muito... Mesmo assim eu saí e ela ficou me analisando sentada em uma poltrona.
-- O que achou?
-- A camisa caiu muito bem em você, mas essa calça ficou horrível...
-- Sério?
-- Sim, não ficou bom.
-- Ah, eu achei que a calça caiu bem, ficou um pouco mais justa e mostra mais suas pernas.
As palavras da mulher da loja fizeram a Claire encará-la com uma cara de “não se meta”.
-- Por isso mesmo! Não fica legal assim, calça escura é o melhor para ele...
-- Tem que deixar seu irmão escolher as próprias roupas, senhorita.
-- Ele não é meu irmão!
Ela virou para mim parecendo brava e notei que era melhor decidir logo para sair o mais rápido possível da loja.
-- Devolva essa calça, ficou horrível.
Eu ri do jeito dela e entrei no provador sem discutir porque se tem uma coisa que aprendi quanto as mulheres, é que quando estão irritadas, apenas balance a cabeça e concorde com tudo que ela diz.
Troquei de calça, colocando uma escura e outra camisa que eu escolhi. Ela gostou e aprovou, então fui para próxima camisa e para próxima e depois para próxima novamente. A Claire analisava e parecia sincera quando falava, mas a mulher ao lado sempre dizia que tudo estava bom e não perdia a chance de me fazer um elogio diferente.
Solto um suspiro quando acabam as roupas e a Claire me ajuda a escolher algumas que ela gostou e que eu gostei e ela também. As calças, só peguei as escuras, nada de clara.
No balcão quando fui pagar vi que a mulher não tirava os olhos de mim e a Claire parecia mais irritada. Quando me entregou as sacolas, saímos rápido comigo recebendo uma piscada da mulher que fez a Clair revirar os olhos e bufar fora da loja.
-- Nossa, só faltava ela arreganhar a blusa e se trancar no provador com você... Que oferecida! Como podem existir mulheres assim?
Eu ri do jeito indignado dela e continuamos caminhando até que vi uma sorveteria, então apontei para lá.
-- Que tal um milk shake para você se acalmar?
-- Ah, me comprar com comida é um golpe baixo...
Voltando o sorriso para seu rosto, o meu volta também sendo impossível não se contagiar com seu jeito.
Eu pedi um de chocolate e ela pegou o de maracujá me fazendo rir quando nos sentamos e deixamos a sacola de lado. Ela mexeu em uma das sacolas para mostrar a camisa turquesa e sorriu.
-- Achei essa linda demais!
-- Acredito em seu bom gosto.
-- Não acredito...
Ela puxou um cartão da loja que estava ali e mostrou para mim um número escrito do lado de trás.
-- Ela te deu o número dela!
-- Quem diria... – Eu ri.
-- É sempre tão fácil assim para você?
-- Geralmente.
Ela me encarou como se eu tivesse dado a resposta errada e riu de mim que a acompanhei, mas apenas falei a verdade. Tem muita mulherada por aí que se joga para qualquer um e parece que gostam de mim para isso.
-- Quer sair com ela?
-- Não.
Com extrema raiva ela amassa o cartão e joga no lixo do lado me fazendo rir novamente enquanto toma seu milk shake.
-- Por que está tão estressada?
-- É que fico indignada com as mulheres que se jogam para cima de qualquer homem bonito que veem pela frente.
-- Mulheres...
-- Não, mulheres oferecidas.
-- Sim, isso mesmo.
Continuamos nosso milk shake em silêncio, mas com o passar dos minutos vi que ela suavizou a expressão de estresse e puxei outro assunto.
-- E então, me fala da Terra Save...
-- Ah, todos estão meio perdidos lá sem saber direito o que fazer depois do que aconteceu.
-- Eu soube que seu ex chefe tramou uma das grandes.
-- É, o Neil extrapolou...
-- Eu apenas soube que ele entregou vocês de bandeja para uma mulher louca.
-- É, resumindo a história, foi isso mesmo...
-- Me conta.
-- Bom, é... – Ela suspirou.
-- Se não quiser falar, tudo bem.
-- Não, estou bem...
Ela desviou um pouco o olhar e pela primeira vez vi um olhar abatido e amargurado nela que começou a falar.
-- Estávamos reunidos quando fomos atacados... Nos levaram para uma ilha muito afastada e isolada. Acordei em uma cela e em outra encontrei a filha do Barry, a Moira...
-- Aquela que estava no aniversário do Chris?
-- Isso... Ela tinha acabado de entrar na Terra Save e já deu de cara com isso. Mas a questão é, que a mulher que nos levou para lá queria cobaias para um experimento simples, mas mortal. O medo. O medo era sua arma. Se algum de nós sentisse muito medo, teríamos um vírus que se manifestaria em nosso corpo causando mutação e obviamente levando a morte...
-- Nossa, que cabeça a da mulher.
-- O nome dela era Alex... Wesker.
-- Wesker?
-- Sim... Ela era uma das crianças Wesker e tinha a mente tão prodigiosa quanto nosso antigo amigo.
-- Ela está morta?
-- Sim, graças aos céus...
Ela ficou calada parecendo que algo naquilo a perturbava, então esperei que continuasse, mas ela fixou o olhar na mesa e nem ao menos piscou.
-- Claire?
Os olhos azuis tão alegres de antes me olharam ainda mais abatidos agora e me arrependi de ter puxado esse assunto.
-- Você está bem?
-- Lembranças... É a pior coisa, não o momento em si, mas as lembranças que permanecem.
Isso é completamente verdade... São essas lembranças que me torturam cada vez mais, mas no momento não é das minhas que tenho que falar.
-- Me conta.
-- Na ilha não estávamos sozinhas... Tinham criaturas que antes era a comunidade que habitava o lugar. Pelos documentos que encontramos, faziam experimentos, torturas e mutilações... Eram terríveis, fortes e alguns quase invulneráveis. – Ela suspirou – Antes de eu conseguir sair de lá, a Moira ficou presa e eu...
Ela abaixou a cabeça agora me deixando ver a testa contraída e seus olhos vermelhos pelo que dizia.
-- Eu a deixei para trás...
Ela disse com uma voz chorosa e notei como isso mexia com ela e que lá no fundo também tinha lembranças que a comiam aos poucos por dentro.
-- Eu fui salva depois... E Barry voltou a ilha e conseguiu resgatá-la bem e mesmo comigo indo ajudá-los, minha consciência pesou.
Foi aí que eu vi como o sentimento da culpa pode acabar com a vida de alguém se permitirmos... Isso não é bom. Não podemos deixar que isso aconteça, e assim como ela quer me ajudar, eu tenho o mesmo dever com ela.
-- Nenhum deles me culpa, mas... Não precisam, eu faço isso sozinha.
Ela continuava de cabeça baixa e quando vejo que passa a mão no rosto devido a uma lágrima, eu saio da minha cadeira e sento na da ao lado dela, puxando a sua para perto de mim e passando meus braços ao redor dela que me abraçou e escondeu seu rosto em meu peito.
-- Não fique assim... Não deixe que essa culpa tire seu sorriso que é a coisa mais bonita e preciosa que já vi em toda a minha vida. Ela está bem e é isso que importa. Todos estão bem.
-- Ela era minha amiga e a deixei lá... Eu devia ter ficado para morrer com ela se fosse o caso.
-- Não, se não fosse resgatada o Barry não encontraria a ilha e vocês duas poderiam ter morrido... Não se culpe por isso.
Ela me abraçou mais e a puxei para mais perto sentindo o perfume doce que ela tem e o toque delicado de seus braços ao meu redor.
Com ela ali abraçada em mim, parece que minhas lembranças e culpas não tem mais sentido... Os males ao redor não parecem mais tão preocupantes e obsessivos.
Acho que realmente é verdade quando dizem que a companhia e o carinho da pessoa certa, pode mover mares da nossa vida... E talvez essa pessoa na minha vida seja essa mulher incrível, forte, determinada, meiga e extremamente linda e apaixonante.
Viro meu rosto mais para seus cabelos sentindo mais seu perfume e a suavidade dela, aproveitando os minutos dela tão perto de mim... Mas ela me solta do nada me causando um mal estar tremendo.
Eu queria continuar assim...
-- Já melhorei... Obrigada.
Ela sorri de um jeitinho meigo e termina o milk shake e eu a acompanho agora sentindo uma leve angústia no peito por ela ter se afastado e eu ter perdido seu carinho.
-- Vamos passear pelo restante do shopping?
-- Vamos sim...
-- Você está bem?
-- Estou...
Meu desânimo foi automático com o afastamento súbito dela, mas melhorei a expressão e seguimos para fora de lá caminhando e olhando as vitrines.
Quando passamos em frente a uma loja de jogos ela me olhou com um sorriso no rosto e eu retribuí já imaginando o que ela queria.
Fomos para lá. Guardamos as sacolas no guarda volumes e compramos fichas para jogar pelo lugar todo, mas quando chegamos em uma máquina onde o objetivo era matar zumbis, rimos descontroladamente.
-- Vamos deixar esse jogo para nossa vida real, o que acha?
-- Concordo plenamente... – Eu ri.
Continuamos até chegar em poltronas para simular corridas de carro e entramos... Eu fiquei indignado quando ela ganhou de mim e tivemos que jogar mais nove vezes para eu rebater e acabamos empatando.
-- Essa coisa não está funcionando direito...
-- Segundo seu senso de direção que já tenho de experiência, não me admiro que não tenha ganhado.
Eu a encarei e ela riu da minha cara me fazendo afastar os pensamentos de anos atrás e seguimos até a pista de carrinhos choque. Nem precisamos nos olhar para ir para lá e entrar...
Ali foi nossa perdição. Ficamos muito tempo naquilo e nossa extrema vontade de acertar um ao outro nos possuía de um jeito que nos esquivávamos dos demais para acertar a nós e nossa tarde foi com gargalhadas incontáveis.
Quando finalmente saímos, ainda ríamos como crianças. Pegamos as sacolas e caminhamos para fora do shopping reparando que o lugar estava quase vazio, então a Claire me puxou para uma locadora.
-- Vamos pegar alguns filmes para amanhã!
-- Tudo bem...
Ela era muito empolgada, gostava de romance e comédia dizendo que dispensava a ação nas férias e eu concordei. Compramos pipocas também para fechar o clima de cinema e mais umas bobagens e fomos ao carro.
-- O que achou do nosso dia?
-- Muito melhor do que eu pensei que poderia ser...
-- Que bom que se distraiu... – Ela sorriu.
-- Obrigado, Claire.
-- Não me agradeça ainda... Ainda tem muito para eu fazer por você.
-- E eu por você para agradecer.
Ela sorriu e se espreguiçou no acento. Continuamos o caminho até chegar no nosso prédio e assim que entramos o rapaz já me deu a chave do meu quarto.
Subimos até lá para checar e deixei as sacolas ao lado com ela se jogando no sofá e dando pulinhos sentada.
-- É, parece bom... – Ela riu.
-- Acredito em você.
-- O que vamos fazer amanhã além de assistirmos filmes e engordarmos no sofá?
-- Hum... Boa pergunta.
Eu poderia fazer algo por ela... Está se dedicando tanto para me ajudar e fez tanto por mim hoje que nem ela mesma pode imaginar. Talvez eu deva a levar para um lugar legal amanhã à noite.
-- Conhece algum bom restaurante?
-- Sim... Nossa, tem um que servem uma comida de lamber o prato.
-- Legal, então vamos lá amanhã... Por minha conta.
-- Hum, vai me levar para jantar?
-- Vou.
-- Legal...
O sorriso dela foi maravilhoso e a acompanhei admirando aquele brilho nos olhos que me faziam navegar naquele azul.
-- Vamos lá para baixo pegar sua mala?
-- Sim, vamos...
Quando dou um passo sinto meu celular tocar com uma mensagem chegando e a abro já ficando estressado sabendo quem era.
“Leon... Por favor. Fale comigo.”
Ignoro e o enfio no bolso de novo, mas reparo o olhar desconfiado da Claire em mim e sorrio apenas.
-- Problemas?
-- Não, é só... Não importa.
-- Tudo bem.
Saímos do quarto e fomos na direção do dela apostando corrida pelas escadas... É claro que me senti como um garoto de dez anos. Mas essa eu ganhei.
-- Também, com pernas de dois metros tinha que apanhar se não ganhasse!
-- Olha o bullyng...
Nós rimos e entramos no corredor para ir ao apartamento dela, mas ela me empurrou de leve ainda sorrindo.
-- Pelo menos vai ter um lugar para você hoje...
-- É, chega de invasão, dormir no seu apartamento é um abuso.
-- Eu que convidei, não se sinta mal por isso.
Ela riu e quando colocou a mão no trinco vi que tinha alguém atrás de nós nos encarando com uma expressão curiosa e parecendo nada satisfeito.
-- Chris?
Ele encarou a Claire e subitamente me lembrei do que estávamos falando no segundo anterior e como ela disse, o irmão encrencaria se soubesse que dormi no apartamento dela.
-- Como é que é essa história do Leon dormir com você no seu apartamento?
A Claire gela e apesar de sermos inocentes, eu também não ia gostar de saber disso da minha irmã.
Quando ele tira os olhos dela para olhar para mim. Ele parece bravo e prestes a me jogar do último andar se não for bem convencido de que não rolou nada.
Acho que precisaremos ser bem convincentes...
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