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História Uma Estranha No Meu Quarto - Capítulo 32 - A verdade!


Escrita por: DamnGirl

Notas do Autor


Oiii Fantasminhas!! Como têm passado? O formato deste cap é um pouco diferente, espero que não tenha problemas.
Vi que ontem batemos nosso recorde com incríveis 32 visualizações e queria muito agradecer. Espero de verdade que estejam gostando, apesar dos erros que cometi e tudo mais. .
Sem mais delongas vamos Lá!

Capítulo 38 - Capítulo 32 - A verdade!


— NÃOOOOOOO! Eu sou louco!! Não me internem!! Eu vejo os fantasmas, eu juro. — Choramingo e grito, e sou ignorado. — NÃÃOOO!! Isso não pode estar acontecendo... não pode. KEVIN! KEVIN!!

 Grito feito um louco enquanto Michael e Nick me arrastam pelo corredor que leva a garagem, cada um me segurando por um antebraço. O que é muito contraditório para alguém que está desesperadamente tentando provar suas faculdades mentais. Fito Jaynet de forma suplicante que nos segue pela casa com uma expressão aflita, e estendo a mão a ela.

— Kevin não está em casa Christian. — Michael me responde com um ar de pena e os dois me colocam encostado na parede. — A gente vai ligar pros seus pais e tudo vai ficar bem. Não se preocupe. Nick, pega um calmante ou uma “parada” para ele na cozinha.

         Ah meu deus, já estão me tratando feito um doente mental.

          Nick logo retorna com um copo na mão e uns três comprimidos. Os dois me imobilizam no sofá e enquanto ele tenta enfiar os comprimidos em minha boca...

— JAYNET, ME AJUDA POR FAVOR!!

 

3 horas antes....

 

— Conseguiu?

         Roosevelt balançou o cartão magnético no ar e Jaynet pulou em seus braços, quase o derrubando. Ele a girou pelo ar, ambos cobertos de empolgação. Agora vejo-o mais como um amigo de Jaynet do que como um concorrente então não sinto muito ciúmes.

— Você é o cara!!! E ainda conseguiu o meu! — Ele entrega o cartão e ela obseversa sua foto com um sorriso nostálgico. — Onde você encontrou?

— Estava embaixo de um vaso de plantas! Foi deveras difícil encontrar, levei horas. O escritório do seu pai é bem tecnológico, acho que teremos problemas para invadir lá a noite.

— Eu disse que seria bem difícil, mas com meu cartão as coisas vão melhorar cerca de 50%.

— Assim espero. — digo.

         Jaynet segura a mão de Roosevet com preocupação e exige que ele olhe para ela.

— E sua esposa, Roosevelt? Não entrou mais em contato com você?

— Não.. — Respondeu relutante e baixou a cabeça. — Não quero saber dela. Mas acho que Carlisle está tramando algo, precisamos ser cautelosos.

— Nossa essa história de vocês é tão... tão... Seu irmão te matar com uma besta e se casar com sua esposa e agredi-la até ela perder o filho, que era seu. E ela ainda foi com ele! Se eu fosse ela nunca mais chegava perto do seu irmão.

— Jaynet!! — Repreendo-a, que coloca a mão sobre a boca percebendo a merda.

— Desculpa Roosevelt!

         Um silêncio constrangedor se instala entre nós. Roosevelt parece pensativo, e tenho a sensação de que ele se encontrou sim com Alana, mas não ouso perguntar. Ele já havia feito demais ao contar tudo que aconteceu com ele quando o dois fantasmas se foram.

E que história! Encaro-o com pena. Deve ser um assunto difícil.

— E aí Christian? — Roosevelt me lança um olhar inquisitivo e curioso, quebrando o silencio. — Já contou aos seus amigos sobre tudo

— Não. — Suspiro — Mas vou contar hoje mesmo, já até deveria ter contado.

— Tem certeza que quer contar Christian? — Jaynet franze o cenho. — Só você e Kevin já seria suficiente, não?

— Não. — Responder Roosevelt em meu lugar. — Precisamos de todos eles. E ainda é pouco...

— É melhor eu ir de uma vez.

         Me despeço de Roosevelt e sigo até a saída de sua enorme casa. Jaynet me segue com um olhar preocupado, contudo não diz nada. Entro no carro sabendo que já adiei isso demais e que não será fácil. Deveria ter contado assim que descobri que sou um mediador e não agora que preciso da ajuda deles. Não agora que sem tempo para lidar com o sentimento de negação que eles podem vir a ter.

O caminho até minha casa passa despercebido, como se eu estivesse, em piloto automático e acabo chegando mais cedo do que pretendia. Olho para Jaynet enquanto o portão da garagem se abre e vejo-a mechando nos dedos nervosa. Seguros suas mãos e beijo os nós dos seus dedos, tentando acalmá-la, e a mim mesmo também.

— Vai dar tudo certo, Jaynet.

         Estaciono e desço do veículo. Meus pés reagem sozinhos seguindo o caminho habitual que leva a dentro da casa e, assim que chego a sala vejo os dois esparramados no sofá, assistindo a velozes e furiosos 8. Nick pega uma pipoca na vasilha come.

— E ae virjão, chegou cedo hoje. — Michael me estende o pote e pego algumas pipocas me acomodando em outro sofá, um pouco distante deles. — Assiste com a gente, tá foda esse último filme.

         Não obrigada, já assisti com Jaynet.

— Ah ta, claro. — Pigarreio pensando em um forma de começar. — Então, vocês não vão malhar hoje?

         Desde que o plano foi revelado eu vinha tentando fazer mais coisas com dois, me aproximar. Isso incluía de ir a festas e ficar a chapado, a ir À academia malhar. Essa última eu até gostava, e pretendia continuar. A academia vem dando resultados muitos bons em meu corpo. E pode ser útil em minha “profissão”, já que na maioria das vezes tenho que usar a força contra os fantasmas que encontro. Olho para o meu braço vendo-o um pouco maior e fico satisfeito com o treinamento.

— Não vou, tô com preguiça. — Ele cutuca nick. — Tu vai?

— Pra onde?

— Academia.

— Que se foda.

— É, acho que a gente não vai hoje.

         O assunto se encerra e os dois voltam a olhar. Suspiro e me preparo para ter de assistir o filme todo antes de contar, no entanto Michael volta a olhar para mim de um jeito estranho. Ele come outra pipoca e sua sobrancelha se franze.

— Christian... Não estou reclamando mas ultimamente você veem andando demais com a gente. O que está acontecendo?

— Verdade!! Muito esquisito.

         Nick pausa o filme e volta o olhar para a gente, interessado. É única deixa que terei para contar tudo, então respiro fundo e tento organizar meus pensamentos. Jaynet se senta na mesinha de centro e nos encara apreensiva o que não ajuda em absolutamente em nada.

— É que veem acontecendo uma coisa comigo há algum tempo e eu preciso da ajuda de vocês. — Disparo.

— Sobre sua virgindade?

— Não nick! Ah meu deus eu não sei por onde começar. — Detenho a atenção dos dois agora, que mal respiram esperando. — Desde que a gente se mudou para essa casa aqui há quase um ano, eu vejo umas coisas...

— Coisas?

— Pessoas para ser mais exato... Pessoas na casa.

         Michael pisca atônito e Jaynet abaixa a cabeça e balança.

— As empregadas? — Nick dá risada. — Também as vejo uma vez por semana. A maior parte das vezes na minha cama.

— Isso não vai dar certo, Christian é melhor deixar esses dois para lá.

— Não! — Digo, olhando para ela e eles seguem meu olhar, assustados. Volto a falar com eles. — São pessoas que a gente pensa que não estão aqui, e que não eram para estar, mas estão. Pessoas que morreram, como a filha do ex dono dessa casa, por exemplo...

— Jaynet Becker? — Assinto e Nick se contorce no sofá. — Você vê ela pela casa? Como um fantasma?

— Sim um fantasma. — Respondo mais calmo, no entanto o silêncio de Michael me intriga. — Não só ela, eu vejo todo tipo de fantasmas em todo tipo de lugar. Se lembram quando eu freei o carro bruscamente início do ano? Foi um fantasma que entrou na frente. Ainda não sabia diferenciar direito.

— hummmm...

         Um torturante silencio se estendeu pela sala. Os dois trocaram olhares como se analisando minha situção, e quando enfim se voltaram para mim seus olhos estavam muito mais sérios e preocupados do que eu jamais havia visto. Michael segurou meu braço de forma delicada e atenciosa.

— Christian, que tal você contar isso para uma psicóloga?

— O que?! Não! Eu não preciso de uma psicóloga, preciso da ajuda de vocês..

— Com os fantasmas? — Indaga Michael num tom cético.

— Sim! Me levanto irritado. — Vocês me conhecem desde criança, sabem que não sou de inventar as coisas.

— Ninguém está dizendo que você inventou, talvez só tenha acontecido. Você ficou de coma por um tempo, pode estar com estresse pós traumático, ou alguma viadagem dessas.

— Nick! Eu fiquei de coma por que um fantasma me empurrou do terceiro andar da escola! — Gritei, vendo que os dois agora se seguravam para não rir. — A janela estava quebrada no dia anterior e eu tinha um monte de cacos de vidro em meu corpo, é muita coincidência, não acham?

— Acho que você se aproveitou da janela quebrada e do seu acidente para inventar tudo isso.. — Michael arfou e arregalou os olhos. — Ah Meu Deus, talvez você tenha passado lá, visto a janela quebrada e se cortado.  Sem querer, por acidente... E você não lembra de ter ser cortado.

— Não me lembro de ter me cortado, por que foi um fantasma que fez isso comigo. — Olho para as pequenas cicatrizes que ainda restam em meu braço e não acredito que ele possa insinuar que eu teria coragem de fazer isso comigo mesmo conscientemente. — Eu lutei com ele, a Jaynet também, ele tentou beijar ela e...

— Meu deus, que horror!

         Nick pegou o celular e começou a discar um numero com dedos apressados. Lancei um olhar para ele desconfiado enquanto Jayent sinalizava para eu sair dali. E então eu ouvi ele dizer um nome que fez meu coração congelar.

— Senhora Randall? Desculpa ligar assim, espero que eu não esteja atrapalhando...

— Mãe? Está tudo bem, não é nada só o Nick de sacanagem.

         Arranquei o celular da mão dele rápido e desliguei, sentindo meu corpo tremer pela fúria.

— Porra, não acredito que você ligou para minha mãe! Que dedo duro do caralho.

— Eu devia era ligar para o hospício! Você está louco, precisa de um calmante e de um médico.

— É brincadeira dele, Christian. A gente acredita em você, não é Nick? — Michael lança um olhar de cumplicidade a ele como se eu não pudesse ver. — Você devia vir com a gente a uma lanchonete, o que acha? Lá podemos conversar melhor.

— Porra Michael você acha que eu sou burro? Quer saber esquece, quando o Kevin aparecer ele confirma tudo para vocês.

— Você contou pra o Kevin da sua imaginação ou o Kevin real? — Pergunta Nick em um tom debochado.

         Perco a calma e todos os limites e me surpreendo ao acertar um soco em seu nariz. Ele segura o ferimento me olhando de forma assustada e me viro correndo em direção as escadas que levam ao meu quarto. Espero me trancar lá até que Kevin saia do seu quarto e converse melhor com eles, mas antes que eu consiga abrir a maçaneta da porta, sou surpreendido por Michael, que agarra meu braço e me prende.

— Que palhaçada, me solta!

         Nick logo se une a ele, segurando meu outro braço e os dois refazem o caminho até a escada. Entro em pânico, e olho para minha fantasma particular, que rola os olhos de forma de dramática.

— Não queria dizer nada, mas eu avisei.

 

Agora.....

 

— JAYNET, ME AJUDA POR FAVOR!!

— Eu não sei o que fazer?!

— Joga algo no chão! — Grito, enquanto luto para não engolir os calmantes.

         Jayent olha para a interseção da sala com a cozinha estudando algo que possa ser movido. Ela então ergue a mão como Roosevelt costuma fazer e se concentra em um enorme quadro pendurado. Ele balança levemente mas os meninos não parecem notar. Sou obrigado a engolir os comprimidos e, não faço a mínima ideia do que eles me deram, mas sinto lentamente a sonolência se abater sobre mim. Solto um bocejo involuntário e embora ainda esteja consciente, não consigo lutar contra os dois. Amoleço no braço de ambos, indefeso.

— Para aonde devemos levar ele?

— Não sei, Michael. Estou com pena de leva-lo a um psiquiatra, talvez a gente devesse ligar de novo para a senhora Randall.

         Michael assente e sou carregado novamente para o sofá. Eles me deitam nele, ajeitando meus braços e minha perna. Encaro o teto cada vez mais fora de mim.

— Eu os vejo... Estou dizendo a verdade.. diga a eles Jaynet.. — Digo, sem saber se ainda estou acordado ou dormindo.

         Um estrondo me sobressalta e quando olho para o lado, o Blu-ray está no chão e a TV parafusada na parede treme violentamente, lutando para se libertar. Os meninos observam estarrecidos quando Jaynet enfim consegue arrancar o objeto. O parelho de 75 polegadas voa de forma furiosa e cai no meio da sala, seu vidro se estraçalhando em mil pedaços.

         Nick fecha as mãos em punho e me encara com raiva. Solto outro bocejo, mas consigo me sentar. Estou tão drogado que não sinto emoção alguma.

— Como você fez isso?

— Não fiz nada, foi a Jaynet!!!

         Os objetos que estavam no suporte da TV começam a cair; Fotos, vasos, DVD’s, tudo voa pelos ares. Jaynet não para, ela vai até as paredes e derruba os quadros, despregas as cortinas da janela e quebra a mesa de centro. Michael se encolhe e faz o sinal da cruz, visivelmente apavorado.

— Faz ela parar, faz ela parar!!

— É algum truque, Michael! — Dispara Nick, tremendo. — Isso é loucura..

— Nem se o Christian fosse o melhor mágico do mundo! É um fantasma mesmo, só pode ser.

— Mas o que está acontecendo aqui?? Por que nossa sala está destruída?

         Kevin corre os olhos pelo cômodo averiguando os estragos, segurando seu notebook e as chaves e algumas sacolas de compras. Ao vê-lo Jaynet se acalma, pois sabe que Kevin não vai deixar que eles me levem a lugar algum. Ele estuda meu rosto e não consigo enxerga-lo como deveria. Luto contra minha pálpebras cada vez mais insistentes em se fechar.

— Contei para eles que um sou um mediador.

         Minha voz sai meia estranha e Kevin rapidamente se aproxima de mim, sentando-se irritado ao meu lado e tenta me levantar, mas estou zonzo demais para se sentar como ele.

— Que merda vocês deram para ele? — Sinto Kevin batendo levemente em meu rosto mas não consigo manter meus olhos focados. — Christian? Christian? Vocês dois são retardados?!

— Não é nada grave, daqui há um tempo ele volta ao normal. — Ouço a voz de Nick dizer. — Ele estava falando que vê fantasma e o caralho!

— Mas ele vê! — Ouço Kevin gritar. — Eu também vi, mas não vejo mais. Só os ouço.

         Os três ficam em silêncio e estou drogado demais para ver o que está acontecendo. Imagino eles enfiando os comprimidos na garganta de Kevin, mas vejo o vulto de algo sendo estendido a mim.

— É agua, Chris.

— Ah, em vocês eles acreditam! — Bebo a agua, estou com sede, entretando o liquido me embrulha o estomago. — Que merda, Nick! Sinto que vou desmaiar a qualquer momento.

— Desculpe, fiquei nervoso por você.

         Kevin conta toda a história por mim; desde que o aparecimento de Jaynet até o os papéis de Heather nua na escola, conta também como ele passou a me ouvir ainda em coma, e que por um momento ele mesmo viu Jaynet, mas agora não consegue vê-la mais. Esse último me surpreende, mas não tanto quanto os meninos. Sinto eles se remexendo no sofá, inquietos a cada palavra que ele diz sobre o meu trabalho.

— Jaynet?

— Estou aqui, Christian.

         Sinto seu toque sobrenatural em minha mão, aquele estranho formigamento e vejo levemente seu vulto loiro ao meu lado. Saber que ela está comigo me acalma consideravelmente e até me esqueço do quanto estou tonto e suando. Bebo mais água e me sinto levemente melhor. Recosto a cabeça no sofá e tento manter meus pensamentos em ordem.

— Tem uma possibilidade da Jaynet reviver. — Digo e acho que os estão surpresos, inclusive Kevin, pois os ouço sibilar. — Mas para isso preciso da ajuda de vocês, preciso que vocês estejam dispostos a cometerem uma loucura.

         Os vultos se mexem e os três parecem cochichar entre si. Esfrego os olhos enquanto espero que tomem uma decisão e minha visão melhora consideravelmente. Kevin é o primeiro a me encarar.

— Se existe uma possibilidade, pode contar comigo. Gosto muito dela. Também já disse que você não precisa fazer tudo sozinho.

— Você disse loucura.. — Pigarreia Michael, pendendo a cabeça para o lado. — Que tipo de loucura exatamente?

          Seis pares de olhos me encaram repletos de expectativa.  Não espero que eles concordem em invadir uma instituto internacional, mas agora que comecei vou até o fim. Olho para Jaynet de soslaio e tomo um longo fôlego antes de anunciar:

— Quero que vocês me ajudem a roubar um corpo congelado por criogenia da empresa do senhor Becker.  

         Suas expressões vívidas e apavoradas espantam o resto de esperança que ainda pairava em mim. Estou prestes a subir para o meu quarto e pensar numa forma de executar o plano sem eles, quando vejo Nick olhar rapidamente o celular, e então se virar para mim com um sorriso que me enche de vontade de beijá-lo.

— Quando? Por que eu tenho um encontro na sexta.


Notas Finais


Até que fui rápida né? kkkkkk Estou tão empolgada de estar no final que a inspiração está fluindo (ALELUIA IRMÂO!!!). Se por acaso alguém estiver acompanhando a outra fic eu não vou abandonar não, é que Inferno de Richard por ser mais elaborado, com capitulos enormes e ser algo de época, com príncipes vampiros e tudo mais, me toma muito tempo e quero muito terminar Uma estranha no meu quarto antes de virar o ano . É isso aew, Beijão, e obrigada :) <3 <3


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