História Uma funjoshi maluquinha - Cap 20

Japão - Cidade de Tokyo.

Ambiente - Mansão Sakamaki.

20:30 da noite, dia 24 de agosto.

[ Mei Mei on]

Pensar que já faz exatamente 9 meses, desde que fugi da mansão da família dos irmãos Sakamakis, então faz bastante tempo que não vejo ninguém da mesma. No entanto, eu sinto bastante falta de cada um deles. Como será que estão todos...? Como será que o Kanato e o Azunsa estão? Será que finalmente estão namorando? Contaram para alguém? É segredo? E a Yui, como será que ela está com o Ayato? Será que estão igual quando cheguei na mansão? Como estarão Kou e Subaru? Eu não sei como nenhum deles estão, porém espero que estejam bem. Eu não posso voltar, pois a pessoa que me fez mal é um deles...

- Eu jamais, poderei retornar a Mansão dos irmãos Sakamakis! – digo a mim mesma em voz alta, estando sentada na cama de Derick, meu olhar no momento se prende ao nada, porém meus pensamentos são distantes.

Derick, o mesmo é como um anjo. Cuida de mim como se eu fosse uma filha, mas me mima de mais como todo pai ou padrinho faria. Eu tenho meu próprio quarto, ao decorrer desses meses ele comprou várias coisas para mim me distrair enquanto ele estiver fora no trabalho, porém no fim de tudo prefiro ficar no quarto do mesmo. Nas horas que ele não está trabalhando me dá aulas particulares, e ele é melhor do que muito professor que vive se achando e dizendo que tem mestrado disso, doutorado daquilo, que os filhos são os reis e rainhas do universo. Só que adivinha, os mesmos não sabe dar um aula decente para seus alunos.

Acabo por me levantar da cama, então decido dar uma volta pelo jardim, o mesmo é magnífico e espetacularmente lindo. Tem variedades incríveis de flores das mais belas e raras do mundo, porém as minhas favoritas são as rosas brancas e vermelhas, e também camélias vermelhas e brancas, que me chamam bastante atenção por estarem em todo lugar no jardim. Elas são a minha eterna paixões...

O perfume do local me faz esquecer qualquer preocupação assim que o adentro, pois o jardim fica no centro da mansão como uma estufa. Entretanto, a vários jardins ao redor da mansão, mas esse sem dúvidas é o meu favorito. Então após sair do quarto ando até o jardim, porém caminho até chegar ao centro do mesmo me sentando na mesa que usamos para tomar chá, isso sendo bem as vezes.

- Quanta mordomia, por que uma vadia como você está recebendo tudo isso? Também deve dar a torta a direita esse seu rabo, pois do jeito que você é não me surpreenderia mais nada que você faria! – diz uma voz que não consigo acreditar ser de Subaru. 

- V-Você... Como? – pergunto já de pé com os olhos marejados, então corro até o mesmos que está próximo a mesa, porém ao abraça-lo sinto um forte empurrão da parte dele e acabo caindo sentada sobre o chão frio do local repleto de flores e perfumes, onde estou no momento próxima a mesa de tomar chá.

- Me larga sua vadia imunda! Você acha que eu sou ele, apenas pela aparência? É isso que vocês chamam de amar alguém? Amor...? É uma palavra sem sentindo, sem significado para muitos, mas já para outros como eu é sem razão alguma! O amor é um sentimento tão neutro dentro do meu peito, porém muitas vezes não consigo nem ver sentindo na existência dele nas pessoas... Ainda mais em monstros como você! – diz a pessoa, a qual pensei de primeira ser Subaru, mas o mesmo logo acaba se transformando em um garoto de cabelos castanhos escuros e curtos, olhos da mesma cor e de pele parda.

O corpo do mesmo muda completamente, então me deixando assustada, me fazendo lembrar do passado, a qual são as memórias tristes e amargas que trago, mas as esqueço e refaço só pra desejar esquece-las novamente e nunca mais querer lembrar delas... Porém, sempre que esqueço me perguntou o “por que quis esquece-las...?” É como se fosse um ciclo sem fim, lembrar somente para querer esquece-las novamente e querer lembrar o que esqueceu.

Vestígios chocam minha mente de um passado mais amargo e mais distante, me deixando intacta no parada no mesmo lugar sem mover um músculo. Todavia, sinto lágrimas escorrendo por minha face desesperada. Com certeza ao olhar nos olhos castanhos escuros, acompanhados de um brilho insano e vingativo me traz as lembranças de um passado triste, sombrio, perigoso, amaldiçoado, marcado por minha própria descendência e existência. A lembrança do passado, a qual eu não sabia da mera existência, na verdade ele dói mais do que aquele que eu vivi, o mesmo eu não podia lembrar de exatamente tudo, pois havia algumas memórias que ainda não faziam sentindo, as mesmas estavam perdidas e as outras foram esquecidas como se fossem apenas sonhos ou algo do tipo. Todas as minhas lembranças, surgem todas a tona como um enorme choque mental.

- Você deve estar pensando... Quem sou eu? Eu sou quem eu quero, pois posso assumir a forma de qualquer pessoa! Até mesmo de um dos irmãos Sakamaki ou Mukami, por exemplo: Yuma Mukami! Porém, acho que você não sabia disso. – diz o garoto me olhando com desprezo e com um sorrisinho prepotente sobre seus lábios.

- Eu não me lembro, é muita coisa de uma só vez... Qual é o seu nome...? Quem realmente é você? E-Essas lembrança são verdadeiras? Por favor, me diga! E-Eu imploro! Como assim, Yuma Mukami? – pergunto me levantando trêmula do chão, a qual estava desde o momento que o mesmo me empurrou e acabei caindo sentada sobre o mesmo.

Ele mira olhando em meus olhos, parece muito mais que ele quer me destruir. Acabo me ajoelhando sobre o chão, porém estou tremendo perante aos mesmos olhos que subemetem meu corpo a se destruir aos poucos, os mesmos me fazem perder todas as forças do meu corpo e teme-los mais do que tudo no mundo.

- Te conto o que quer saber, mas você irá me obedecer? Se sim, então comece a se despir e colocaque está roupa! – diz o garoto, então me entregando um vestido preto sem mangas, curto até os joelhos e logo atrás a barra do mesmo chega a parecer uma capa que arrasta pelo chão.

Retiro minha roupa na frente do mesmo, pois minha mente está tão longe presa nas lembranças que nem presto atenção se estou sendo observada com olhar de malícia ou nojo, pelo mesmo. Depois de me vestir com a roupa que o mesmo me entregou, escuto a voz do ser dentro de mim rir como se tivesse feliz com tudo o que está acontecendo no momento. Algo muito ruim estar perto de acontecer, mas espero que ninguém se machuque! Se for só eu a ser machucada... Então assim será, porém eu não quero que ninguém além de mim se machuque, pois no fim isso é algo que eu tenho que resolver sozinha!

- Você parece muito mais uma cadelinha obediente... Minha vontade é te destruir eu mesmo, porém eu não posso mudar o destino por mais que eu queria! – afirma o mesmo me levantando e agarrando meus cabelos só para me jogar outra vez no chão, em seguida ele pisa em meu rosto e chuta meu estômago repetidas vezes sem parar. No entanto, minha decepção em ter as lembranças é tão grande que nem consigo chorar por mais que queira, apenas deixo que o mesmo se divirta em me machucar.

Minha mãe e meu pai, a qual convivi eram apenas mentiras...? Nossa família foi apenas uma ilusão? Minha vida foi apenas uma mentira? Sendo assim quem sou eu...? Quem eu sou...? Um monstro...? O que sou? Uma humana ou um monstro?Um anjo ou um demônio? Ou talvez, até seja uma anomalia... Meu dom eu sei que é só trazer desgraça a todos que amo, pois minha vida no fim de tudo não passou de uma grande farsa. Só quero que tudo acabe, pois eu quero que tudo seja só um pesadelo, mas é não é!

- Desculpe-me, por não ser a melhor pessoa do mundo! Desculpa, por não servir para nada! Desculpa, se não presto! Desculpa, por tudo o que te fiz! Eu peço perdão, apenas por ter nascido e existir nesse mundo! Eu não lembro o que eu te fiz um dia, mas me desculpa, por existir! – digo me levantando após a sessão de chutes, mas vou ao chão sem forças cuspindo sangue e com os olhos marejados, porém não conseguindo chorar por mais que queira.

- Suas desculpas, não mudam nada! Perdão? O que é isso? Vai mudar alguma coisa? Se não, eu não quero ouvir seus pedidos de desculpas e perdão! Eu vou te odiar até o fim da minha existência! Você queria saber meu nome não é? Meu nome real é Light, então quanto tempo minha querida prima... – diz surrando em meu ouvido, após se abaixar e segurar meu rosto contra o chão duro e frio do belo jardim.

- V-VOCÊ??? Eu te matei! Você era meu amigo, mas tentou me machucar... – acabo me perdendo nas palavras e apagando com a visão de eu e ele a muitos anos atrás, quando ainda éramos amigos de infância.

[Mei Mei off — Reiji on]

Faz exatamente 9 meses que ela fugiu, porém nesse tempo os relacionamentos de todos caminharão bastante. Subaru e Kou, mesmo sendo os que namoraram a menos tempo que todos nós, eles são os que mais parecem estarem mais tempo junto. Entretanto, eles não esqueceram a Mei Mei, assim como todos nessa mansão, mas também como esquecer a pessoa que transformou a vida de todos para melhor.

Alguns dias depois de eu e Shu, termos feito sexo no meu quarto sem pensarmos muito nas consequências futuras no calor do momento, então deixei que passasse algum tempo, pois também precisava pensar bem se era o que e ele e eu queríamos, porém eu finalmente tomei coragem e o pedi em namoro, logo um tempo depois de Mei Mei ter sumido sem mais nem menos da Mansão. Todavia, ninguém ainda entendeu motivo de sua fiha, porque a mesma havia cada vez menos discutido com Subaru, e estava se dando bem com todos. Perguntamos até mesmo aos vampiros que haviam se aproximado dela, e se tornado amigos da mesma, porém eles nada sabiam do desaparecimento da mesma, nem o motivo, para onde poderia ter fugido ou sido levada.

No dia que pedi Shu, em namoro, o mesmo demorou um certo tempo para se decidir, porque no fundo não passa de um garotinho com medo, que tenta se isolar do mundo e todos com seus fones de ouvido, pois com isso ele está sepoupando de ouvir certas coisas. Ayato e Yui, também começaram a namorar depois de quase um mês que a mesma sumiu, no entanto, faz um tempo que conversei com Subaru, que estava mais aéreo que devia. Já Azunsa e Kanato, os mesmos se assumiram uma semana depois que ela sumiu. Exatamente, muita coisa mudou, desde sua chegada, mas sua ida também nos mudou ainda mais do que ela estar presente nas nossas vidas.

- Mei Mei... – digo atordoado, após porta ser aberta lentamente, então a garota caminha a passos lentos e exaustivos para dentro da mansão, porém ela simplesmente apareceu do nada.

Atrás dela há um garoto um de cabelos castanhos escuros e curtos, olhos da mesma cor e de pele parda. O jovem rapaz, têm uma aparência peculiar, mas o que era mais peculiar era seus olhos cheios de ódio, rancor, repulsa, desprezo e com um sorrisinho prepotente sobre os seus lábios ao olhar para a garota a sua frente, a mesma estando mórbida no momento. A garota está totalmente aérea e mórbida, ela está trajando um vestido preto sem mangas, curto até seus joelhos e logo atrás chegando a parecer uma capa que arrasta pelo chão quando ela caminha está a barra do belo vestido. O garoto a empurra com força, assim fazendo a cair no chão como se ela fosse um nada, porém a mesma apenas ficou parada no mesmo local sem mover um músculo de seu corpo, após cair sobre o chão.

- O que está acontecendo aqui? – pergunta Shu, descendo as escadas calmamente com os fones de ouvido, mas ainda não percebendo nada.

- Ouvi um barulho ouve algo? – pergunta Kou, o mesmo estando acompanhando de Subaru, porém não demora nada para que todos estarem presentes na sala.

Mei Mei continua no chão, a mesma está do mesmo jeito que caiu. Ela está como se fosse um brinquedo nas mãos do garoto, que chuta seu estômago e a pisa sem dó em vários locais de seu corpo, sendo principalmente em sua barriga e cabeça. Porém, quando seus olhos encontram com todos reunidos ela começa a derramar lágrimas, logo em seguida a mesma se levanta gemendo de dor e se colocando de pé diante de nos. Todos paralisaram ao notar a mesma que parecia um fantasma, porque sumiu e do nada reapareceu sem mais sem menos.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI???!!! – grita Subaru, se exaltando.

- E-Eu... – a mesma abaixa a cabeça deixando as lágrimas caírem, porém o garoto a puxa pelos cabelos e em seguida a joga aos pés de Kou e Subaru, que a olham com os olhos marejados, mas os mesmos não derramando uma única lágrima.

- Você sumiu sem mais sem menos... Queremos uma explicação, porque até agora ninguém nessa casa entendeu o motivo! Nós te amávamos! – diz Kou, deixando suas lágrimas caírem por sua face que se torna dolorida e sofrida.

O mesmo deixa seus sentimentos tomarem conta de si, então cai de joelhos a frente da mesma. Subaru se ajoelha para aparar o namorado, que tenta a todo custo tocar a garota, mas não consegue. O garoto caminha até chegar perto de Mei Mei e abaixar ficando da mesma altura, contudo, ele acaricia os cabelos da mesma e do nada os puxas com força, fazendo a mesma encarar Kou e Subaru.

- Eu posso explicar tudo, porém depois disso vou destruir todos vocês na frente dessa anomalia que nem humana é! – diz o garoto com o mesmo sorrisinho prepotente em seus lábios e os olhos cheios de desprezo pela garota, que apenas chora sem emitir sons. Ela apenas deixa suas lágrimas escorrerem sem parar por sua face, estando repleta de arrependimento.

- Como você pode explicar isso? – pergunta Yui de mãos dadas a Yato, ambos estão em pé perto da escadaria.

Ele solta os cabelos da mesma, então se afasta andando calmamente olhando Mei Mei com ainda mais desprezo, mas também como se ela fosse sua presa e ele o caçador. Subaru tenta ajuda Kou a se recompor, porém quem está prestes a desabar é ele. No entanto, ele se esforça ao máximo para não demonstrar isso a ninguém, mas eu consigo facilmente ver apenas por suas feições que estão mudando sem parar diariamente desde o sumiço da garota, que resolveu reaparecer sem aviso em uma noite comum.

- Eu apenas tomei a aparência de um de vocês e a estuprei, então ela achou que foi um de vocês e fugiu. Mas ela acabou encontrando Derick, o mesmo é uma pessoa que fez muito mal a ela quando pequena. Ah, e descobriu que sua vida e tudo não passou de uma grande mentira. – diz quase rindo da situação de todos nós a assumir a forma de Yuma, o garoto muda completamente até mesmo sua voz e jeito de agir são idênticos.

[Reiji off]