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História Uma História de Familia - Tornando Público


Escrita por: raquelsd

Notas do Autor


E ai meus leitores lindos, hoje mais um capitulo, espero que gostem.

Capítulo 6 - Tornando Público


O dia seguinte passou tranquilo, Draco passou a manhã em seu escritório e Hermione na biblioteca, não trocaram nenhuma palavra, ambos muito estressados com os últimos acontecimentos.

– Iremos sair logo mais – disse Draco enquanto ambos almoçavam, até então silencio.

– Para onde iremos?

– Vamos ao beco diagonal comprar algumas coisas para você, não quero que me vejam andando com alguém mal vestida, depois iremos jantar.

– Um encontro? – Hermione perguntou irônica tentando irritá-lo.

– Não seja estúpida. Só tenho que fazer este casamento parecer real, com sorte sairemos na primeira página no Profeta Diário.

– Tudo que eu queria, mais fofocas sobre mim. Esse casamento é um sonho virando realidade – respondeu sarcástica.

Acabaram de almoçar e Draco foi para o quarto se arrumar para sair. Hermione tinha voltado para a biblioteca quando o elfo que os servia a chamou.

– Sra. Malfoy! Madame, uma carta acabou de chegar pra você. Bem, uma pra sra e outra pro Sr. Malfoy – Ele segurava duas cartas, uma claramente mais grossa que a outra.

– Obrigada, Fex. – Hermione pegou as cartas e foi para o quarto. Entrando, ela jogou a carta de Draco pro lado e ansiosamente abriu a dela. Era de Hogwarts.

Sra. Malfoy,

Fico feliz em lhe informar que você foi escolhida para ser Monitora Chefe durante este ano escolar. Seu distintivo está incluído...

A carta continuava com a lista de livros necessários e itens restritos, mas tudo isso foi esquecido por ela. Era Monitora Chefe! O cargo pelo qual ela trabalhava desde o primeiro ano, era dela! Sem pensar, ela correu até o banheiro e bateu na porta.

– Draco! Draco! Nossas cartas de Hogwarts chegaram! Eu sou Monitora Chefe!

A porta abriu abruptamente e Draco saiu, uma toalha presa em seu quadril. Ele tinha obviamente saído do banho e vindo correndo.

– Qual o problema? – Ele perguntou, olhando ao redor, com a varinha a postos. Quando nenhum perigo pareceu evidente ele abaixou sua varinha e olhou carrancudo. – O que é tão importante pra você me tirar do banho, Granger?

– Nossas cartas de Hogwarts chegaram e eu sou Monitora Chefe! Veja!  – Ela mostrou seu distintivo. Sem sequer olhar, a carranca de Draco pareceu crescer ainda mais.

– Porra, Granger. Por que eu iria me importar se você é Monitora Chefe? Não é como se eu me beneficiasse com isso. – Draco revirou os olhos e voltou pro banheiro. Hermione apenas mostrou a língua pra ele.

– Não seja invejoso, Draco. Eu vou mandar uma coruja pra McGonagall e ver o que nós podemos fazer sobre onde vamos viver – A porta abriu com essa declaração e Draco espiou pra fora.

– O que você quer dizer... nosso quarto? Você realmente não espera que vivamos juntos?

– Não seja tão idiota. Você realmente acha que alguém vai acreditar neste casamento se nós não vivermos juntos? É um absurdo. Eu tenho certeza que a Professora McGonagall fará algo sobre isso. Não é como se eu quisesse viver com você.

– Que merda! Eu vou ter que passar o ano inteiro com você, não vou? Que droga! – ele disse, olhando para ela, antes de seus olhos se estreitarem de maneira calculista. – Claro, viver juntos vai fazer uma parte de nosso contrato ficar mais fácil. Sim, porque até eu teria problemas em te engravidar se nós não dormíssemos juntos.

– Você tem que constantemente me lembrar isso? – Hermione silvou pra ele – Eu sei o que devo fazer, e te garanto que há coisas muito piores do que ter que dormir com você.

– Então você assume que nossa noite foi boa? – disse saindo do banheiro indo em direção a ela somente com a toalha nos quadris e o corpo molhado.

 Hermione olhou para o tórax musculoso e a pele clara, ela tinha que admitir Draco era bonito e daquela maneira estava tão sexy...

– Não tenho que admitir nada para você Malfoy, eu só estou realizando minha parte no acordo, não é como seu desejasse você... – disse dando as costas e mordendo os lábios sabendo que estava realmente mentindo.

– Sei Granger – disse com um sorriso sarcástico – Repita isso até que você se convença.

– Ah, cai fora! Vá tomar seu banho ou fazer o que você estava fazendo aí dentro. Vou mandar uma coruja para a Professora McGonagall falando da nossa situação.

Hermione desceu as escadas e mandou a coruja para a diretora, explicando sua situação e pedindo ajuda. Quando ela voltou para o quarto, Draco ainda estava no banheiro. Irritada, ela considerou bater na porta e gritar 'fogo'. Tudo pra fazê-lo sair. Ele estava demorando muito. De fato, dava pra ver que ele era ainda pior do que Lilá e Parvati. Finalmente ela foi até a porta e bateu nela.

– Draco Malfoy, pare de monopolizar o banheiro. Eu quero tomar banho, então saia!

– Quer parar de lamentar? Estou quase pronto. Só estou ajeitando meu cabelo, coisa que uma sangue-ruim como você não entenderia. Até porque seu cabelo poderia sufocar uma criancinha. Corrigindo, poderia sufocar uma criança grande, de tão cheio - Draco zombou, saindo do banheiro.

– Idiota – Hermione respondeu – Você está lá há o quê? Uma hora? Penteando seu cabelo? Você é pior que uma garota.

– E eu pensei que esse fosse seu papel, bem, seu e do Weasley, mas eu acho que estava errado. Vá se arrumar, Hermione, porque estamos saindo. – Hermione entrou no banheiro batendo a porta com força.

Draco simplesmente riu sarcasticamente e terminou de pentear o cabelo. Ele colocou roupas limpas e se sentou para esperar. Dentro de quinze minutos Hermione saiu, cabelo pingando nas costas, embrulhada em uma toalha. Indo até o armário ela pegou suas roupas e voltou pro banheiro. Quando saiu novamente Draco zombou dela.

– Sério Granger? Você não espera que eu saia em público com você desse jeito, espera? É ridículo. Volte e ajeite seu cabelo, coloque uma maquiagem, improvise algo.

– Ah, Malfoy para de ser implicante. Eu estou bem, seu canalha.

– Você se olhou no espelho? Bem, não te descreve exatamente. De fato, eu acredito que você está ainda pior do que normalmente, e isso é dizer muito.

 Hermione olhou pra ele, agarrou sua necessaire, e voltou pro banheiro. Vinte minutos depois ela voltou, cabelo menos cheio que o normal e com um pouco de maquiagem.

– Você está feliz agora?

– Bem, isso certamente é um improviso. Vamos, então.

Hermione e Draco aparataram no beco Diagonal, assim que entraram na rua movimentada Draco agarrou a mão de Hermione que deu uma cotovelada no loiro, este segurou ainda mais firme suas mãos, e assim passearam pelas lojas do beco. Compraram seus materiais na Floreios e Borrões, foram na botica e em várias outras lojas. Muitos olhavam para o casal com curiosidade e mais de uma vez com desconfiança, fazendo Draco e Hermione trocarem alguns beijos e caricias para que acreditassem que ali estava um casal apaixonado.

Aquilo tudo era um teatro e os dois agiam como ótimos atores, Draco era um cavalheiro, sempre a auxiliando com as compras e escolhas das roupas e ajudava com alguns embrulhos que não podiam ser encolhidos, simpático com os conhecidos que os encontravam, sempre apresentando Hermione como sua esposa, a segurando pela cintura. Quando alguns mais ousados comentavam, incrédulos, que ela era uma sangue-ruim, ele simplesmente respondia que não conseguiu resistir aos charme, beleza e delicadeza de Hermione. Draco era tão bom em mentir que quando chegou na hora de jantar, Hermione quase que estava acreditando no loiro.

– Hum, meu bem, tem um ótimo café fora do Beco Diagonal que eu pensei que nós poderíamos ir. Muito privado e romântico, perfeito pra nós, já que estamos em nossa lua de mel – falou Draco enquanto andavam de mãos dadas ainda no Beco Diagonal.

– Parece perfeito – Ela respondeu, sentindo como se seu rosto fosse cair por sorrir tanto.

E assim foi a noite deles, Draco e Hermione sorrindo, rindo, dando um show para as pessoas assistirem. Para todos que os olhavam, eles eram a imagem perfeita de um casal apaixonado.

O casal, porém, era miserável. “Fingir estar apaixonado, droga, até fingir gostar dela é cansativo” Draco pensou. “Todo esse negócio de ficar se tocando é nojento. Eu nunca pensei que precisaria acariciar uma sangue-ruim. Essa é a coisa mais humilhante que eu já fiz. O que meu pai diria se visse isso? Ele provavelmente jogaria pedras”.

Hermione deu a Draco um sorriso doce e perguntou:

– Então, imbecil, quando nós poderemos parar com essa farsa e voltar para casa? Se você me tocar mais uma vez acho que eu vou ter que gritar.

– Bem, cara de castor, eu estou pronto para ir há vinte minutos. Você estava comendo tão devagar que eu pensei que teria que ficar a noite toda aqui. Você realmente precisa mastigar cada pedaço trinta vezes? – Draco respondeu com uma voz apaixonada.

– Vamos então, cara de fuinha. Eu mal posso esperar pra me libertar de você.

– Eu digo o mesmo. E não vacile quando eu te tocar. É muito irritante e insultante. Você deveria estar emocionada por ter um Malfoy prestando atenção em você.

– Eu preferiria um abraço da lula gigante do que um vindo de um Malfoy.

– Isso pode ser arrumado facilmente se você continuar persistindo em ser tão chata.

– Engraçado, Draco, muito engraçado. Agora vamos.

Quando eles voltaram para casa, Hermione agarrou seus pijamas e foi pro banheiro, ligou o chuveiro e começou a chorar. Ela nunca havia sido uma grande chorona, mas os eventos desta semana estavam pegando ela. Casar com Draco, ser acusada de traição por Harry e Rony, passar tanto tempo ouvindo gritos e insultos de Malfoy, era muita coisa pra ela.

Ser acusada de traição pelas pessoas que ela mais amava no mundo, bem, ela não tinha pensado que machucaria tanto. E isso era o pior de tudo. Harry e Rony não seriam capazes de compreender por que ela se casou com Draco mesmo se soubessem da verdade. Eles não entenderiam por que ela estava disposta a sacrificar sua vida, sua felicidade, por eles. E uma parte dela não queria que eles a entendessem. Era doloroso o bastante reconhecer isso, e deixar que os outros descobrissem as circunstâncias humilhantes que ela tinha se colocado seria insuportável.

E assim ela se sentou no chuveiro, lamentando as injustiças que o mundo fez com ela. Teria passado a noite toda lá, mas Draco tinha outros planos.

– Droga, Hermione, quer sair daí?  – ele gritou, batendo na porta – Eu quero ir para cama e eu não posso ir até escovar meus dentes. E você reclama que eu demoro no banho? Você esteve aí durante a metade da noite.

Suspirando, Hermione se levantou e saiu do chuveiro. Secando-se depressa, ela vestiu os pijamas e escovou os dentes antes de sair.

– Finalmente. Realmente Granger, você não deveria tomar banhos tão longos. Você parece um rato afogado – Draco zombou.

– Não me enche Malfoy. Eu estava tentando esterilizar todos os lugares em que você me tocou. Eu estava com medo de ter pego uma doença ou coisa assim de você.

Draco a olhou zangado e foi pro banheiro, batendo a porta. Hermione sorriu maliciosa. “O imbecil não conseguiu pensar em uma resposta inteligente pra essa” ela pensou com satisfação. Ela apagou a luz e se jogou na cama, se enrolando em seu lado, pronta pra dormir.

Draco saiu do banheiro e viu a cena em apenas uma olhada. Sua esposa estava na cama de novo, parecia ao mundo que dormia. Ela não estava, é claro, ela estava fingindo, pra que ele não fizesse nenhum comentário constrangedor. “Bem” ele pensou com um sorriso malicioso, “ela vai se surpreender”. Colocando silenciosamente o pé na cama, ele berrou

– Quer dizer que resolveu vim dormir comigo? Sentiu falta do meu corpo? – perguntou sarcástico.

Hermione se levantou com um pulo, olhando ao redor. Draco sorriu de novo. Então ela estava mesmo dormindo. Isso fazia tudo ficar melhor. Hermione bocejou e olhou pra ele.

 – Não é nada disso, este quarto é tanto meu quanto seu. E já que provavelmente teremos que dividir um em Hogwarts, melhor começarmos a nos acostumar, sem falar que é horrível ter que ficar usando este e o outro quarto, minhas coisas estão aqui.

–Você pode usar a desculpa que quiser mas no fundo sentiu minha falta – seu sorriso foi tipicamente Sonserino.

– Pense o que quiser, mas não sairei desta cama. E não ouse me tocar, o aviso de ontem ainda está de pé. – completou retirando a varinha de debaixo do travesseiro.

– Certo, esposa, você pode dividi-la comigo então – ele respondeu se deitando ao seu lado.

Hermione olhou pra ele e colocou a varinha de volta pra debaixo do travesseiro, deitando-se novamente. Ela enrijeceu visivelmente quando Draco puxou as cobertas e se deitou próximo a ela, o que fez Draco suspirar com irritação.

– Droga, Granger, eu não vou estuprar você. Eu não vou nem te tocar. Eu não quero pegar nenhuma doença de sangue ruim, então você pode relaxar. Eu estou cansado e quero dormir.

Hermione não disse nada e tentou relaxar. Rolando em seu lado, tentava dormir. Parecia que Draco já dormia, sua respiração estava tão lenta e profunda. Decidindo fingir que estava sozinha, Hermione logo caiu no sono.

**

– Eu não acredito que ela realmente fez isto – Gina disse com raiva, jogando as coisas de Hermione no malão. Ela, Harry e Rony estavam no seu quarto, empacotando as coisas de Hermione para enviá-la no endereço que a garota lhe mandou através de uma coruja no dia anterior.

– Eu sei. E com ele! Quase todo mundo seria preferível do que Malfoy - Harry desabafou, vendo Gina empacotar. Rony não disse nada, mas eles podiam dizer que ele estava com raiva. Afinal de contas, suas orelhas estavam vermelho escuro.

– Eu realmente não posso acreditar que ela teve cara de voltar pra cá e tentar fazer com que nós o aceitemos. É impossível. Ela se casou com Malfoy, o estúpido, o imbecil cujo o pai quase me matou! Por que ele? – Gina ponderou.

– Eu não tenho ideia. E ela ainda age como se não tivesse feito nada errado, como se casar com ele fosse certo. Eu não posso acreditar que ela nos traiu assim. Ela se casou com a única pessoa que eu não posso perdoar, e eu não vou perdoá-la por isso. Qualquer outro, Crabbe, Goyle, até Zabini, qualquer um é melhor que ele. Afinal de contas, as coisas ele fez a nós... – Harry continuou, como se a lista fosse muito longa mencionar. Ele estava profundamente machucado.

Hermione casada com Malfoy, era como se alguém perfurasse o pulmão dele, dilacerasse um rim, chutasse o estômago, de tanto que feria. Ela, a melhor amiga dele, uma das duas pessoas ele mais confiava no mundo, tinha o traído. Ele pensou que a conhecia, que podia acreditar nela, confiar nela. E ela tinha provado que ele estava errado.

– Eu sinto como se alguém tivesse me chutado nas bolas – Rony disse de repente. Ele estava muito pálido. Vê-los juntos, era como se seu pior pesadelo se tornasse verdade. Só que não era um pesadelo. Ela realmente estava casada com aquele canalha. Seu pai tinha ido até o ministério ver a licença pessoalmente. Ela estava mesmo casada. Ela tinha ido pra sempre. Ele a amava, como amiga, como algo mais até... e agora ele nunca poderia contá-la isso.

Gina deu um olhar simpático para Rony. Ele tinha uma queda por Hermione desde o primeiro ano, segundo ano no mínimo. E ele tinha estado tão perto de lhe contar sobre isto, também. Agora ela se foi e ele foi deixado com um coração partido. Como ele, admitiu, ela também estava em choque por Hermione ter se casado com Draco. Afinal de contas, ele era o canalha que tinha tentado fazer a vida dela miserável desde primeiro ano.

Ter a menina que era uma combinação de irmã e melhor amiga envolvida em um casamento com um salafrário era mais doloroso do que ela poderia ter imaginado. Ainda assim, devia ser pior para Harry e Rony; ela era a melhor amiga deles. Suspirando, ela voltou para a sua tarefa de empacotar as coisas de Hermione pra enviá-las. Não iriam mantê-las aqui: as coisas dela eram lembranças dolorosas da amiga que eles haviam perdido.


Notas Finais


Sei que este capitulo não teve grandes emoções, mas é o decorrer da história. Logo mais teremos grandes novidades. Bjs e aguardo comentários.


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