História Uma história não tão encantada - De saco cheio

Após a batalha de cell, uma batalha sangrenta que quase levou a terra a sua destruição total. Vegeta viu sua vida tomar um rumo ao qual nunca desejou, e ele a os poucos se transformara em um tolo, prova maior era que agora estava em um protótipo de castelo nas montanhas na companhia de Bulma e todos os seres inúteis a quem ela costumava chamar de amigos.

E como se nao fosse suficiente todo o seu esforço para agrada-la ainda assim por pura birra e criancisse ela insistia em não falar direito com ele, mas fria que um cubo de gelo! respondendo apenas o básico ou quando lhe era feita alguma pergunta. Tudo isso com a finalidade de castiga-lo por causa da discussão na noite anterior.

— Estou tão feliz que vieram passar o final de semana comigo, desde que Goku se foi tenho me sentido tão sozinha, ainda mais agora - Chichi disse cabisbaixa alisando sua barriga proeminente.

— Oh Chichi entendemos perfeitamente o que esta passando, entenda que para nós não é sacrifício algum passar o final de semana com você aqui no palácio do grande rei Cutello - Vegeta ri de forma irônica sendo fuzilado por Bulma.

— Fico muito feliz em ouvir isso, tanto é que reservei este quarto exclusivamente para vocês, é o maior quarto do palácio, creio que vão aproveitar bastante hã? - ela da uma piscadinha para os dois e dessa vez é Bulma que ri com ironia.

— Oh se vamos, você não tem noção do quanto vamos.

— É Vegeta, parece que voce esta encrencado - Chichi sussurrou para Vegeta lhe dando cotoveladas.

Nesse momento, Vegeta pôde sentir a veia da sua testa pulsar, o seu sangue ferver e sua paciência que nunca fora grande coisa ir por água abaixo. Desde quando havia se tornado esse ser desprezível? incapaz de provocar medo em alguém, MEDO um sentimento que Vegeta costumava provocar nas pessoas... Ele ja fora um sayajin cruel e impiedoso, as pessoas tremiam so de olhar para ele.

Mas agora... o que de fato aconteceu com o que deveria ser o rei soberano de Vegeta Say?! não passava de um fracote Kakarotto o reduziu a isso, quando derrotou Frezza uma vitória que tinha que ser dele. Maldito guerreiro de classe baixa, sempre o superando e humilhando! agora o havia deixado sem nem ter direito a uma última luta, a sua tão esperada revanche nunca aconteceria e tudo porque Kakarotto deu uma de superior e resolveu bancar o herói morrendo no torneio de Cell. Kakarotto, maldito Kakaro...

Como se fosse capaz de adivinhar o que ele estava pensando o pequeno sayajin pôs-se a falar pela primeira vez sendo observado pelos olhos esbugalhados  que mantinham as três figuras adultas presentes ali.

— Kakaot, Kakaot - Trunks batia as mãozinhas em cima da cama

— D-Desde quando ele sabe dizer o nome do Goku? - perguntou completamente pasma.

— Não me olhe assim isso é coisa do Vegeta... - as duas o olham e ele rosna...

— Kakaot, Kakaot

Trunks repetia com um sorriso largo no rosto, Chichi não mais se segurou e o carregou até a sala afim de mostrar para todos a nova palavra de Trunks.

— Era so o que me faltava Trunks chamar por aquele verme.

Vegeta resmungou em um misto de ciumes e raiva.

— Viu como Chichi ficou feliz? ah muito tempo não a via sorrir desse jeito - ela diz encantada - confesso que isso até cura um pouco a minha dor de cotovelo por ele não ter dito "mamãe" primeiro.

—  Hunf a mim pouco importa o estado de espírito daquela cafona..

— Ai quanta insensibilidade.. agora não adianta ficar emburrado a culpa foi toda sua da primeira palavra do Trunks ter sido "Kakarotto" - disse se divertindo ao mesmo tempo em que começava a pentear os cabelos.

Mas Vegeta não levou na brincadeira, na verdade a um tempo andava frustrado com questões pessoais e não pensou duas vezes em descontar tudo em cima dela.

— Argh você está insuportável desde ontem, tudo bem eu esqueci do seu aniversário, mas... - disse com exaltação voltando a bater na mesma tecla da noite anterior.

— Não é pra tanto? - completou adivinhando o que ele estava prestes a dizer - Vegeta você sabe como o meu aniversário é importante pra mim...

— E voce sabe que eu acho uma tolice essas comemorações.

— GROSSO!

— Eu sou assim mulher, sera que é difícil para voce entender que não vou mudar? Sou um sayajin ou pelo menos o que restou dele - disse firme revelando seu real problema o que de certa forma a incomodou

— Talvez você não seja mais o sayajin que costumava ser, mas isso não é tão ruim.

— É inútil ter esse tipo de conversa com voce, nunca foi uma sayajin! nunca vai entender que eu tenho em mim o sangue mais puro de minha raça correndo em minhas veias e esse sangue fala por mim todos os dias e o que ele me diz é que tornei-me um fraco, que não passo de uma piada. 

Vegeta não media as palavras e muito menos o tom que estava usando, ela estava conseguindo deixa-lo fora de si de uma forma que ele não sabia explicar, Bulma sentiu a visão ficar embaçada por conta das lágrimas que tentava conter em vão e quando desceram por suas bochechas rosadas ela limpou com ríspidez.

— Esta exagerando

— Eu so quero que as coisas voltem a ser como eram antes, quando eu provocava medo nos seres vivos, matava, destruia e tinha todo um Império a os meus pés. Quando o mundo fazia sentido!! - as palavras saíam rasgadas.

— Esta falando de antes de salvar a minha vida, nos aproximarmos e então formarmos uma família?! 

— Exatamente.

— Vegeta...você tem amigos que gostam de voce mesmo você sendo um grosso em tempo integral e os chamando de vermes, tem uma mulher linda que te ama e um filho maravilhoso. Você tem tudo que alguém poderia querer porque será que o único que não ver isso é você?

Esperou por uma resposta que para o seu desespero, não veio, pressionou os lábios com força, ainda encarando o chão acenou levemente com a cabeça em sinal de positivo tentando engolir o que seria um choro, quando voltou a encara-lo Vegeta pôde perceber os olhos cor de mar ficarem perigosamente molhados mais uma vez.

— Nunca é tarde para correr atrás do que realmente desejamos...
 As palavras dela eram ditas com calma e precisão, uma calma que Vegeta desconhecia ou melhor temia.

— O que quer dizer com isso.

— Que eu te deixo livre, livre pra ir pra qualquer canto desse universo, reconstruir seu império e ser um maldito assassino como sempre sonhou.

— Não pode estar falando sério, você esta blefando.

— Nunca falei tão sério em toda a minha vida.

Dito isso ela não mais se manteve ali, saiu do quarto deixando-o sozinho e pensativo, mas não antes de bater a porta com toda a força, fazendo-o fechar os olhos com força por causa do barulho.