Vegeta tentou se aproximar dos dois mas não conseguiu se mover. Estava paralisado, seus olhos esbugalhados ainda tentavam administrar aquela estranha situação.
— P-Papai - balbuciou e tremeu repetindo outra vez com surpresa, aquela palavra "pai" fazia com que um filme passasse por toda a sua cabeça. — Como é possível que ainda estejam vivos? voce foi morto quando o planeta Vegeta se pulverizou - Vegeta praticamente voou em direção ao pai o segurando pelo uniforme falando coisas desconexas e em seguida segurando Nappa pelo pescoço - E você verme inutil eu mesmo tirei sua vida com minhas próprias mãos!
Os dois se entreolharam estranhando aquela reação do príncipe Vegeta, não sabiam o que era mais estranho se o fato de Vegeta não lembrar-se de nada ou as barbaridades que profanava a cada vez que abria a boca.
— O que diabos ha de errado com você? - murmurou o rei Vegeta.
— Voce está bem príncipe Vegeta? deseja que eu chame Raditz, assim ele poderia examina-lo e descobrir o que ha de errado com vossa alteza. - Nappa perguntou em um tom preocupado tocando-lhe o ombro esquerdo, fazendo Vegeta se esquivar.
A o ouvir o nome do irmão de seu odiado rival Vegeta encarou o gigante careca olhando-o com desconfiança.
— Mas é claro... eu ja deveria imaginar que isso tudo não passava de uma brincadeira, Kakarotto miserável como ousa zombar de mim até mesmo depois de morto GRRRR - Vegeta rosnou com ferocidade.
— Kakarotto? o principe por um acaso esta se referindo ao guerreiro de classe baixa filho de Bardock?
— Esta completamente louco, dessa forma não mais poderá ser o imperador do universo.
"Imperador do universo" Vegeta deixou com que as palavras de seu pai penetrassem a sua mente, absorvendo-as digerindo-as com um acentuado prazer.
Era óbvio que ainda não fazia a menor ideia do que estava acontecendo, todavia para nao levantar mais suspeitas decidiu que o mais sensato a se fazer era continuar com aquela encenação.
Vegeta percorreu mais uma vez com seus olhos aquele enorme lugar, tentou encontrar respostas mas a única conclusão era que aquilo realmente estava acontecendo. Paredes brancas por todos os lugares em que olhava, móveis em tons escuros e rústicos, tudo decorado em cores brancas e azuis, estampadas com o brasão real, andou mais um pouco dando de cara com o seu trono real.
Estava tudo ali! era a sua vida e ele finalmente tinha tudo de volta vibrou por dentro com uma excitação aparente.
Dois dias se passaram e Vegeta se viu cada vez mais familiarizado com a antiga vida que levava, sentia-se revitalizado. Nos últimos dias havia se transformado em oozaru liderando um exército de sayajins fazendo com que cada vez mais planetas se rendessem a o seu poder. Entretanto seus ideais não se limitavam somente a conquistas.
Para que seu Império fosse completo e ele se tornasse "O Soberano" precisaria eliminar Frezza. Os sayajins não iriam mais se submeter a os domínios de Frezza, os sayajins não eram empregados e dessa vez sem a intromissão de Kakarotto, pelo menos naquele mundo a vitória seria dele.
— Príncipe Vegeta os guerreiros estão esperando-o para festa.
Anunciou Turles interrompendo os pensamentos de Vegeta, oh sim era verdade os sayajins estavam em meio a uma festa semi-medieval em comemoração a conquista do novo planeta.
— Diga a eles que eu ja vou... pode se retirar Turles.
Turles obedeceu prontamente retirando-se daquele ambiente deixando-o novamente sozinho com seus pensamentos. Vegeta limitou-se a puxar um pedaço do pano de sua tenda observando o que acontecia do lado de fora.
A festa era regada a muito vinho que foi devidamente servido dentro de taças de ouro, carnes mal passadas feitas por escravos e muita música pôde observar alguns sayajins dançando acompanhados de escravas e outros acompanhados de suas devidas esposas sayajins sentiu uma estranha tristeza assolar seu peito.
De que adiantava conquistas, poder, lutas se não tinha o mais importante...se nao tinha com quem dividir suas glórias...nao tinha para quem voltar ao final de cada batalha...
Bulma e Vegeta sempre foram um casal onde o tesão e a tensão se separavam apenas por uma linha fina e tênue e algumas vezes essas duas situações andavam de mãos dadas.
A cientista estava com uma camisola de renda preta, deitada sobre a cama de Vegeta esperando o momento em que ele saisse do banho. Quando Vegeta entrou no quarto com apenas uma toalha em volta da cintura exibindo o seu peitoral musculoso com algumas cicatrizes de batalha, Bulma mordiscou o lábio inferior extasiada com o que via.
— Depois nós mulheres é quem demoramos no banho, quase desistir de esperar o seu banho de noivo - brincou e o silêncio tomou conta do lugar por um tempo.
— O que quer aqui? - disse frívolo procurando algo para vestir sem lhe dar atenção.
— O que voce tem Veggie?
Bulma se levantou da cama decidida a descobrir o problema do seu sayajin. Ja que quando estavam sozinhos e sem perigo de serem interrompidos Vegeta costumava ser mais sutil.
Ela o abraçou por tras começando a acariciar-lhe a barriga, distribuindo beijos pelas costas largas dele que pressionava os olhos com força tentando resistir a aquela doce sensação que o toque da sua humana lhe provocava. Quase sedeu a os seus instintos no entanto bastou lembrar-se do que ocorrera mais cedo, para ser possuído novamente pelos ciúmes.
Uma cena patética onde Bulma e Yamcha faziam um piquenique no jardim, um piquenique regado a bastante risadas diga-se de passagem.
Quando Vegeta virou-se de frente para ela, estava com uma carranca ainda maior que a de costume, os olhos brilhando como duas pedras de carvão incandescentes cravando-os impiedosamente nos dela a fazendo recuar dando passos para tras.
— Quer mesmo saber o que tenho? - ele caminhava em direção a ela conforme ela se afastava - pois bem, pode me explicar o que aquele verme do seu ex namorado faz aqui todos os dias? - Vegeta falava em um tom de voz serio a segurando nos pulsos impedindo-a de fugir,empurrando-a em direção a parede até que a mesma estivesse encostada a ela, dali Bulma nao saia mais. - Não vai me fazer de idiota Bulma.
— Nao entendo porque esta assim, Yamcha é meu amigo, sempre foi. - disse com um tom de voz inocente.
— Amigo? - Vegeta riu com uma ironia assustadora- Nao seja estupida, tudo que aquele verme menos quer nessa vida é ser seu amigo.
— Do que está falando Vegeta?
— Esse inseto te traiu e agora está claro que se arrependeu e te quer de volta. Pensei que fosse mais inteligente Bulma, não imaginei que fazia o tipo masoquista.
— Espera ai voce ta misturando tudo - ela passa as maos no rosto tentando manter a calma - A minha história com o Yamcha - Vegeta grunhiu um som que literalmente a assustou mas não o suficiente para impedi-la de continuar - Minha história com o Yamcha ja acabou, de tudo aquilo so restou uma linda amizade, pensei que confiasse em mim.
Sim, por mais louco que pudesse parecer, Vegeta confiava em Bulma so não sabia de fato como administrar aquela avalanche de sentimentos que surgiram dentro dele desde que a conheceu e a os poucos parecia querer engoli-lo...
— Só te aviso uma coisa enquanto estiver comigo na cama, não admito que esteja com mais ninguém.
Nessa hora Bulma lhe acertou um tapa com toda a sua força o fazendo o som ecoar por todo o quarto e Vegeta ficar vermelho de raiva pela tamanha insolência dela. Poderia mata-la apenas por isso. Poderia matar a ela e aquele inseto se o fizessem de corno so de imaginar tal situação o sangue de Vegeta esquentava novamente. Bulma fecha os olhos a o ve-lo cerrar os punhos e golpear a parede bem do seu lado esquerdo, engoliu em seco, olhando para ele assustada jamais o viu naquele estado, era aterrorizante.
Olhou para o lado se dando conta do rombo enorme que ficou na parede. Vegeta permanecia de costas para ela e possuia as duas mãos na cabeça, provavelmente estava tentando se acalmar naquele minuto. Bulma sabia que aquela conversa seria difícil que dificilmente Vegeta a entenderia, difícil mas não impossível.
— Vegeta, eu não pretendo voltar com Yamcha. - disse de maneira suave com a voz mansa, se aproximando dele que não a respondeu.
— Eu estou aqui não estou? e eu tenho tudo o que preciso com você, nada nunca vai chegar perto do amor que eu sinto por voce. Você é o homem que eu amo, é o homem da minha vida - murmurou o abraçando encostando sua cabeça em suas costas largas.
— Sabe que detesto esse seu papinho romântico.
Vegeta tira as mãos dela do seu corpo completamente perturbado com as palavras que acabará de ouvir. Bulma da uns passos e fica cara a cara com ele novamente.
Primeiramente acariciou o rosto masculino tomado por expressões duras que foram se suavizando a os poucos, assim como a respiração dele, deu um selinho nele que não se opôs. Desde o início os dois sabiam onde aquela briguinha iria parar e mais uma vez estavam ali deitados naquela cama que fora testemunha de tantas noites tórridas de amor.
— É mais não ta detestando, que eu esteja aqui e nós estarmos assim juntinhos, porque se estivesse detestando ja teria me mandado embora q eu sei - ela sorri brincalhona e ele a olha com os olhos escurecidos de desejo.
Vegeta baixou o olhar examinando toda aquela peça de roupa mínima que cobria o pequeno corpo de sua humana, levantando a perna esquerda dela pressionando chocando ambos os quadris, demonstrando ali toda a sua visível excitação fazendo Bulma arfar.
— Isso é pra você aprender que pertence a mim e a mais ninguém, Você é minha Bulma!
— Sou sua, somente sua, sempre fui sua- Bulma falava entre suspiros deixando- se desfrutar daquelas carícias que tanto amava
— Bulma eu não vou mudar - ele silibou as palavras sem deixar de beija-la no pescoço, passeando com suas mãos famintas pelo corpo dela de maneira selvagem, ela segura o rosto dele o fazendo olhar fixamente para ela.
— Você ja ta mudando, agora por exemplo eu sei muito bem que voce quer um beijo.
— Pior que eu quero - confessou com um sorriso torto nos lábios.
A partir daí foi inevitável que alguma coisa realmente acontecesse. Bulma era sempre receptiva e mesmo Vegeta sendo uma fera ela sabia exatamente como doma-lo.
Desde o primeiro contato, o primeiro dia na casa dela, dia esse em que Vegeta se pegou usando roupas cafonas e sobretudo uma camisa rosa, so porque ela queria tortura-lo. Naquela ocasião embora não admitisse ele ja sabia que estava mesmo ferrado nas mãos daquela mulherzinha vulgar.
Sabia tambem que aqueles grandes olhos azuis seriam para sempre o motivo de sua perdição. Ao lembrar desse último fato "da camisa rosa" Vegeta teve que ri com gosto e se pegou olhando para a lua crescente perdida naquele imenso céu negro, imaginando onde sua Bulma poderia estar.
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