História Uma nova Araluen - Descoberta

- ... Eles vem aqui de 8 em 8 dias, arqueiro. - falou o homem gordo, loiro e de avental sujo atrás do balcão. - eles estão recolhendo os novos empostos.

Peter fez uma cara de curiosidade, porém muito severa, o que fez o dono do bar, Donner, continuar.

- sim, sim creio que queira saber sobre isso também. O rei aumentou os imposto e para piorar está cobrando semanalmente. - disse Donner e praguejou alguma palavras. - para sua sorte hoje é dia de recebimento.

Aquilo estava pior a cada momento, ele preferia ter uma boa noite de descanso, um café bem quente e algumas horas para escrever em seu livro. Ah, seu livro. Era, depois dá folha de prata e sua capa, o objeto mais preciso que tinha. A algum tempo vinha colecionando rumores, fatos e características sobre os heróis de Arualen, sabia que se terminasse seria o livro mais famoso de todas as bibliotecas do reino. 

O que lhe decepcionava era não ter conseguido tirar nada da boca de Gilan, o arqueiro vivo mais próximo de Will, halt e Horace. A única coisa que o comandante da corporação disse foi " um dia, se você merecer, lhe contarei cada detalhe das jornadas que tiveram enquanto viveram" ele não entendeu como saberia se merecia ou não, mas vindo de Gilan seria qualquer coisa. 

- deseja mais alguma coisa, arqueiro? - disse sussurrando 

- você não me falou que horas eles viriam, estou certo?

- depois do anoitecer. o bar sempre está cheio à noite, então eles recolhem nos fundos. Isso é tudo que você poderia saber.

- Muito obrigado, Donner. - falou Peter entregando mais uma moeda dourada para o proprietário - isso é pela boa vontade, agora se poder me traga mais um café. 

Não demorou muito para a lua aparecer brilhante no céu noturno. Era lua cheia e isso seria bom se fosse preciso uma perseguição. O bar logo encheu, apesar dos preços terem subido nas últimas semanas. mas era inverno, e o povo gosta de uma boa caneca de cerveja escura, conversas soltas e uma boa lareira nas noites frias.

Peter decidiu ficar nos fundos, procurou um bom escoderijo, o que não era  difícil para os arqueiros do rei, seria melhor assim. E quando viu o homem chamado Donner sair do quente salão  acompanhado de uma sacola pequena de dinheiro ficou atento, o que tinha para acontecer seria nesse instante. E aconteceu.

Cinco homens bem vestidos, corpulentos andaram até o local, não eram de céltica. Eram mais claros, castigados pelo frio do norte.

- está tudo aqui? - perguntou o líder para Donner, que confirmou com a cabeça - muito bom, muito bom mesmo. Acho que acabamos por aqui pessoal, não vamos precisar das armas hoje.

- então vamos logo, atner. Já recolhemos tudo por hoje e tudo que preciso é de uma cama quente.

Deram meia volta e partiram sem ouvirem os chigamentos proferidos pelo dono do bar. E com cautela Peter seguiu as pegadas deixadas no chão esbranquiçado pela fina neve que caía. Viu as cinco criaturas atrasadas, tentando subir nos pôneis. Praguejavam aos ventos, mas sem resultados depois de vinte minutos conseguiram calvagar para o sul , e balançando sobre as selas.

No caminho Peter soube que não se tratava de celticos nem hibernianos, era sem dúvida escandinavos. Mas que diabos faziam no sul, e para piorar estavam muitos quilômetros longe de seus barcos. Não demorou muito para chegarem no local destinado: um acampamento muito bem montado, e com muitas cabanas de madeira. "Pela arquitetura era escandinava, como é bom estudar culturas estrangeiras" pensou o jovem aprendiz.

Teria que contar tudo aquilo para Gilan e para o rei Ricard, contida não tinha nenhum pombo nem condições de deixar céltica nos próximos dias. Teria que continuar sozinho, sem sua cabana quente em seaclff,  queria os conselhos do velho arqueiro de Redmont, queria sobre tudo o olhar ardente de Eliza.

Mas estava sozinho, e sozinho continuaria a tarefa.