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História Uma nova vida - Omissões de verdades surpreendentes


Escrita por: Vampira

Capítulo 47 - Omissões de verdades surpreendentes


Fanfic / Fanfiction Uma nova vida - Omissões de verdades surpreendentes

Quando acordei novamente, sentindo- me bem melhor do que antes, ouvi os três conversando na sala e fui até lá, para tentar esquecer os sonhos bizarros que tive nessa soneca que me pareceu quase um dia.

- Que bom que está acordada. Tudo bem? – o Sam me perguntou.

- Sim, por que não estaria?

- Você dormiu por 16h seguidas. Achamos que algo estava errado – eles me explicaram. Isso explicava porque o sonho havia durado tanto tempo assim.

- Não. Eu só precisava colocar o sono em dia mesmo. – Olhei ao redor. – Que horas são?

- Hora do café da manhã.

Digamos que eu me animei com essa informação. Dirigi-me até o balcão e ouvi a seguinte pergunta:

- Está se sentindo bem para cozinhar?

- Com certeza.

Fiz um café da manhã de comemoração que todos, menos o Castiel, experimentaram, mas eu compreendia os motivos deles. Como o Sam prometeu lavar a louça depois, nem me preocupei e fui ver o mundo exterior. Quando vi, ele já estava ao meu lado, abraçando-me.

- Senti tanto a sua falta – ele disse.

- Eu também. Mas sabe que eu te via bastante?

- Nas alucinações?

- Sim. Você me dava broncas, perguntando-me por que eu não tinha conseguido sair de lá ainda.

- Mas agora você está livre. E não vai voltar para lá – ele disse. – Não vou deixar.

Sentamo-nos na grama e perguntei:

- Vocês estão fazendo tanto por mim. Como posso retribuir?

- Mantendo-se em segurança.

- Só isso?

- Já é difícil o suficiente, não acha? – ele deu risada.

- Ei, não sou tão inconsequente assim – respondi, também rindo.

- Só um pouquinho menos.

Com isso eu tive que concordar. Dias se passaram e não era sempre que o Dean estava no chalé. O Castiel sumia e voltava mais ou menos quando queria, mas sempre podia ajudar no que era necessário.

Um dia, quando eu já estava acordada e o Sam não, o celular dele tocou e atendi. Não gostei da voz que ouvi:

- Sam, você precisa me ajudar! – O desespero na voz dela quase me comoveu.

- Oi Charlie, aqui é a Katherine. Ele está dormindo – eu expliquei. – O que aconteceu?

- Então, lembra-se daquela caixa que estava fechada quando você veio aqui com o Castiel? – Ela perguntou. – Eu consegui abrir. E, agora, se eu não fechá-la, muita gente vai arrumar problemas.

“Pra que abrir a caixa? Eu sabia que era uma péssima ideia”, pensei, mas não disse nada.

- Vou acordá-lo.

Deixei o celular na sala e fui acordá-lo. Coloquei a mão em seu ombro e falei:

- Sam... Acorda. A Charlie te ligou.

- O que ela quer? – ele perguntou zonzo.

- Lembra-se daquela caixa que ela queria tanto abrir? – ele assentiu. – Pois ela conseguiu. E agora precisa conter o que quer que tenha saído de lá.

Ele se levantou, cansado, e foi atender ao telefone. Não fiquei escutando a conversa, pois achei que era muita infantilidade. Aí, quando ele voltou, a expressão facial dele tinha mudado radicalmente.

- Foi muito sério?

- Foi – ele confirmou. – Hein, vai ficar bem sozinha por um tempo? O Castiel logo vai aparecer. – Ele perguntou com cautela.

- Vou sim, não se preocupe – eu disfarcei o ciúme com um sorriso. Não sei se meu olhar me entregava. – Pode ir ajuda-la.

- Logo voltarei, e ficarei apenas com você.

Ele me beijou e começou a arrumar uma mala para dias demais para o meu gosto, enquanto isso eu não deixei que ele saísse com fome e resolvi ir fazer o café da manhã, só um pouco mais cedo do que o normal.

Quando ele chegou à cozinha, agradeceu-me, me fez companhia mais um pouco e foi embora. Quando ele estava saindo, disse:

- Se cuide. O único que sabe desse lugar é o Castiel, mas, se mas alguém aparecer...

- Eu sei. Esconder-me e fugir.

- É. Não precisamos de mais ninguém com problemas aqui.

Depois de um abraço de despedida ele se foi. Eu sabia que ele fazia isso havia anos, mas, mesmo assim, eu estava preocupada com ele. Sabe-se lá o que havia saído daquela caixa.

Aproveitando minha solidão, comecei a organizar as ideias e os trágicos acontecimentos de quatro anos atrás tomaram minha mente. Todas as mortes, toda a culpa, todas as circunstâncias e todos os envolvidos. Eu não sei o que disso tudo mexia mais comigo, só sei que eu queria que isso fosse apagado e que eu nunca mais me lembrasse disso. Mas, infelizmente, as coisas não estavam favoráveis a mim.

Logo, o Castiel chegou visivelmente abalado. Bateu na porta, fui atender, e logo fiquei preocupada com ele. O que havia acontecido no tempo em que ele estivera fora?

- Cass...

- Oi – o desânimo estava pesando no ar.

- Aconteceu alguma coisa... – eu disse, sem saber como começar. – Tem a ver com a Charlie...

- Não tem a ver com ela. – Ele respondeu bruscamente. – Mas eu já soube do que aconteceu. O Sam e o Dean estão lá com ela.

- O que foi que te deixou assim?

- Sabe... – ele se levantou e começou a andar. Isso nunca era um bom sinal. – Eu conheci uma pessoa, faz tempo, em circunstâncias muito ruins, e a ajudei. Confiei nela como ela confiou em mim, ou pelo menos eu achava que ela confiou em mim. Aconteceu muita coisa ruim com ela, que ela superou e continuou vivendo, fazendo algo muito nobre até, algo que eu não esperaria. Aí eu achei um registro do que eram as mentiras que ela me contou, as verdades que ela me escondeu... Isso que me abalou.

O discurso dele chegou até a me emocionar. Mesmo sem ter mais nada humano, os sentimentos haviam ficado.

- Quem é essa pessoa? – ousei perguntar, com medo da resposta.

Ele não falou nada, só me entregou um jornal, cuja manchete de primeira página, cujo título estava em letras garrafais, foi o suficiente para tirar todas as palavras da minha boca.

Continua...



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