Eu estava paralisada. Aquela voz era rouca e, apesar de me sentir quente, aquilo era assustador. Seu braço estava enlaçado na minha cintura e o seu outro, alisava meu rosto.
Depois de conseguir escapar do transe, finalmente abri a boca.
-Q-quem é você? – Falei, quase sussurrando. – Q-QUEM É VOCÊ?
-Oh, minha querida, não precisa ter medo. – Ele me virou e me jogou contra ele. – Você é tão linda...
A AUTORA ME ODEIA (Gomen~)
-O que você quer comigo?! – Eu já estava nervosa.
-Oh, não se preocupe, eu não estou interessado em seus peitinhos. – Ele dá uma risada maliciosa. – Você é tão pequena para mim... Não deve saber me satisfazer.
-EXATAMENTE! CONCORDO PLENAMENTE COM VOCÊ! – Eu estava quase chorando de alegria.
-Ou... Eu posso gostar do tipo infantil. – SOCORRO – Brincadeira.
Ele começou a me olhar friamente.
-Eu sei de tudo. Sei do que você fez, sei do seu passado, e sei dos seus pais. Não adianta fingir pra mim... – Ah, não... – Faça tudo o que eu mando, caso contrário... – Ele aperta com toda sua força meu braço, quase senti como se ele fosse o partir ao meio.
Aquele olhar já respondeu tudo. E eu achando que estaria tudo bem... Por...quê...?
Ele me soltou e eu caí no chão, chorando, enquanto minhas lágrimas caíam na tela do meu celular.
-Ah, eu vi seu celular. – Ele se virou uma última vez. – Você é doente, fala sério. – Ele riu, sumindo da minha vista.
-M-me perdoem... M-mamãe... P-papai...
E tudo voltou a ficar cinza.
LEVI, UM POUCO DEPOIS
Estranho, ela está demorando... Bom, ela só deve ter ficado lá jogando no celular. O problema mesmo é que a comida vai esfriar... Ontem foi tão... Sangue escorre pelo nariz.
-Aaah, aqueles peitos...
-Tendo pensamentos pervertidos de novo, Levi? – Tomei um baita susto quando ouvi a voz daquela garota.
-MICHELLE! COMO ENTROU AQUI?! – Tentei prestar atenção nela, mas ela estava inclinada com os peitos à amostra, o que me fez virar a cara, contrariado.
-Tenho meus truques. – Ela sentou-se no balcão. – E o que você faz aqui, huh? – Ela mudou drasticamente o tom de voz fofo dela. Mas resolvi ignorar.
-Eu estou morando com ela.
-Ora, ora. E ela sabe que você anda se encontrando com uma garota na casa dela? – Ela sorri maliciosamente.
Como ela...
-Como eu sei? Ah, eu não sou burra, meu amigo. – Ela cruza os braços e desce. – Só sou fofa para a minha Asuninha~! – Fez voz fofa e mostrou a língua.
-Bom, é melhor você não tocar minha Asuna, se não quiser ter consequências graves, seu pervertido.
-Pelo menos eu não aperto os peitos dela e a faço cócegas! – Dei um tapa no balcão.
Ela fez cara surpresa. Puta merda, por que eu falei isso?
-Ahá! Eu sabia! Quando morávamos naquela cidade, foi você quem fez barulho atrás da porta e nos espiou no quarto! Você é sim um pervertido! – Ela parecia brava, mas estava rindo.
-Sério, o que eu te fiz?
-Nasceu. – Ela me olhou tão friamente que senti um arrepio na espinha. – Eu sei de tudo, seu imbecil, não adianta se fazer de inocente. Você vai pagar por fazer minha doce Asuna ter sua dignidade ferida.
-Mas o...
-Desgraçado! – Ela ia partir pra cima de mim, até ouvirmos o barulho da porta abrindo.
-Asunaaa~! – Ela ficou “fofa” de novo e tentou se aproximar da Asuna, que não parecia estar nem um pouco bem.
-Asuna, a comida está... – Ela subiu as escadas sem nem olhar para o chão. A garota parecia estar quase chorando de desespero, parece que não estava acostumada a ser dispensada, garota idiota.
Suspirei, acabaria comendo sozinho mesmo. Não queria incomodá-la, eu a conhecia, sabia que quando ela estava assim, ela só queria ficar sozinha para esfriar a cabeça. Eu a conheço...
-Ela... – Enquanto ela ficava com cara de cu no meio do corredor, peguei minha comida e fui jantar na sala.
-Desista. Quando ela está assim, ela só irá melhorar com o tempo. – Dei minha primeira colherada. Sem querer me exibir, mas minha comida é maravilhosa.
-Você! Foi você quem...
-Cala a boca, velho! Você não percebeu que, de todas as coisas, o que eu menos desejo é deixá-la triste? Ela é uma excelente amiga, não quero perder isso. – Depois de alguns minutos, percebi o quão vergonhoso foi o que eu falei, me engasgando e quase morrendo, enquanto ela ficou emburrada no sofá.
Só então fui percebi o quão bela ela estava: sua roupa que lembrava um uniforme escolar, porém um pouco mais sério (existe roupa séria, produção?) (Sei não, te vira lek) (nossa, que útil você) (você quer ter o cu arrombado?) (Brincadeira), mais parecendo uma adulta, apesar de ser apenas uma adolescente.
-Aaah. Que seja. – Suspirou. – Eu acho que vou me despedir dela.
-Tchau... – Ela me ignorou, como sempre fez a minha vida toda.
ASUNA
Eu fiquei abraçada às minhas pernas no pé da cama, sentada. Só conseguia encarar a porta, mas sem mover ou falar nada. Eu não podia, eu não queria. Eu nunca quis, essa era a verdade. Eu sou tão idiota...
-Asunaa~, estou indo, ok? Minha tia vai ficar preocupada se eu ficar até tarde, desculpa! Tchau... – Eu ouvi a voz abafada, mas apenas ignorei. Quando os passos na escada sumiram, eu joguei com toda minha força o travesseiro na porta.
A culpa é toda minha.
-Asuna? – Ouvi a voz do Levi atrás da porta, mas ignorei. – Eu sei que está acordada e me ouvindo. Mas não irá abrir a porta, não é? – Um breve momento de silêncio. – Sua janta está no micro-ondas. Nos vemos amanhã.
Ouvi alguns passos e um sussurro de “boa noite”.
E mais uma vez
...Eu estava sozinha.
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