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História Uma vida juntos - Praia e uma calçada cheia de estrelas, part. 1


Escrita por: Brunacsoares

Capítulo 18 - Praia e uma calçada cheia de estrelas, part. 1


Emma iria viajar de avião pela primeira vez na sua vida, ela não parava quieta em seu lugar no avião. Depois de cinco horas e meia presa dentro dele, o avião tinha perdido a graça para ela. 

O sol começa a nascer no horizonte, Ezra cochilava com a cabeça encostada em meu ombro e Emma assistia um filme deitada no meu colo. Seus olhos mau piscavam.

- Olha querida, o sol está nascendo - digo apontado pra janela e ela se levanta num pulo.

O horizonte está aquela mistura perfeita entre o laranja e o azul, o sol queima ao fundo, uma pequena bola de fogo. Emma encosta a testa na janela e fica ali, olhando e olhando ate o céu estar por inteiro azul.

-Eu adoro ver o sol nascer - ela diz

-Sim, é bem bonito mesmo - digo aninhando ela no meu colo novamente e acariciando seus cabelos - estamos quase chegando querida.

 

A Califórnia era um contraste gritante a Rosewood. Aqui era quase quente em pleno inverno, as pessoas eram todas bronzeadas e bonitas, quase como se tivessem saído de uma capa de revista. Emma pula de felicidade, afinal ela iria ver a praia de verdade pela primeira vez. Ela queria muito ir para o Havaí, mas Ezra e eu estamos em turnê com o livro, então a Califórnia era o que tinhamos de mais próximo do Havaí. Era muito fácil agradar Emma, mesmo não sendo para o destino exato que ela queria "estamos indo pra praia, mamãe! Isso que importa" ela disse com a boca cheia de bolo de chocolate na semana passada, quando informei que não iríamos para o Havaí, mas iríamos pra praia e Ezra sorriu 

- A criamos bem - ele disse, beijou os meus lábios e abraçou Emma com toda a força possível - estamos indo no caminho certo

 

Quando saímos somos atingidos pela imprensa, Emma estava no colo de Ezra. Não chamávamos só a atenção por sermos escritores reconhecidos internacionalmente. Somos mais reconhecidos pela história de A, e aqui não seria diferente. Uma avalanche de perguntas acontecem, não são simples, algumas são da época que passei na casa de boneca, a época que ainda me causa pesadelos.

-Olha, podemos responder outro dia. Marcamos uma entrevista, mas não hoje! Não agora, não com a nossa filha aqui - Ezra diz num tom firme. Ainda estou segurando o olhar de Emma, é um combinado.

Não é a primeira vez que isso nos acontece e ela está por perto, então arrumamos essa brincadeira. Se ela acompanhar meu olhar o tempo inteiro, ela tem o direito de ganhar um doce. Sim, não é certo. Mas é bem difícil manter o olhar de uma criança de três anos fora das malditas câmeras desses sangue sugas.

-Essa história já acabou a tanto tempo, superem - eu digo bem alto, ainda olhando pra ela. Ela sorri.

Sei que não foi por que disse algo engraçado ou por que ela acha a situação engraçada, tenho certeza que não. ela está orgulhosa de me ver lutando esse pesadelo, afinal a gente não conta nada, mas ela me escuta gritando quando eu tenho pesadelos, ela vê que cada vez que eu recebo uma mensagem no celular eu fico paranóica. Se tiver a foto do papai ou de alguém que ela conhece, ela sorri e me passa o telefone. Mesmo sem saber o que aconteceu, mesmo sendo que eu devo cuidar dela, mesmo sendo ela a que deveria ficar apavorada. Emma cuida de mim.

Conseguimos sair do aeroporto com certa dificuldade, um carro da editora nos esperava do lado de fora. Equipado com uma cadeirinha e uma tela, que deveria ser para Emma assistir filme até chegarmos no hotel. Eles, a editora, eram incríveis com Emma. Eles sabiam que ela era grande parte da minha inspiração e da minha sanidade, eles viram Emma crescer desde a barriga. Ela é filha deles também.

- Mamãe? Eu não escuto a praia -ela diz triste.

-Oh querida, estamos um pouco longe demais para ouvir a praia - Ezra responde enquanto prende Emma na cadeirinha.

-Você vai tomar banho no mar comigo, papai? - ela sorri pra ele. Os dentinhos quadradinhos de leite estavam iluminados pela felicidade.

-Seu desejo é uma ordem. Aliás, eu precisava de uma desculpa para entrar no mar - ele diz beijando a ponta do nariz dela - convenhamos, a mamãe não iria me deixar ir na praia sem um bom motivo - Emma ri e eu reviro os olhos.

-Eu nem sou assim.

-Sem protetor solar então?

-Você só pode estar louco.

Ele estende a mão para Emma e eles dão um 'hi-five" e eu reviro os olhos.



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