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História Uma vida nova, um novo começo... - Mais um dia normal...


Escrita por: Miss_All_Sunday

Notas do Autor


Konochiwa minna-san!

E então? Tudo bem? Ansiosos para o final do ano?

Antes de começar queria avisar que mudei uma conversa entre Zoro e Robin no capítulo passado. Basicamente o diálogo é, Robin pergunta Zoro se ele a ama, e achei melhor mudar o contexto para "você gosta de mim?", quando reli percebi que estava apelativo e forçado do jeito que estava. Gostar já basta, amor... eles não passaram por muita coisa juntos para dizerem que é amor, dese jeito eles estariam mentindo para si mesmos...

Bem, esse capítulo não foi um dos melhores, eu sei... vocês esperaram tanto para um capítulo sem graça... DESCULPA! No próximo (pretendo trazer o capítulo especial de praia, semana que vem se tudo der certo) vai ser maior e todo mundo vai participar.
Podem desfrutar deste capítulo, nos vemos nas notas finais!
Desculpe os erros e boa leitura!

Capítulo 14 - Mais um dia normal...


Fanfic / Fanfiction Uma vida nova, um novo começo... - Mais um dia normal...

 

Já era manhã do dia seguinte, o brilho do sol da tarde penetrava pelas cortinas e adentrava o quarto de Robin, fazendo-a despertar do sono profundo. Ela foi a primeira a acordar, e então, depois de espantar o sono e conseguir raciocinar como normalmente faz, Robin saiu do quarto com cautela para não acordar seus "hóspedes" que ainda dormiam. Ela desceu as escadas de madeira que levavam até o primeiro andar, onde terminava na sala. Robin foi automaticamente até a cozinha preparar um bom café, sem ele em sua vida ela não seria nada. Após colocar a água para ferver, ela olhou as horas no relógio de parede da cozinha. Eram quase meio-dia, não se surpreendeu tanto, já imaginava ser tarde... contando as horas em que chegou na noite anterior, ela acordou praticamente cedo.

ROBIN- Espero que seja a escolha certa a se fazer... -Disse colocando as mãos na cabeça pensando mais uma vez em sua decisão... idiota. Por um momento, ela se assustou ao ouvir passos suaves atrás de si, se aproximando cada vez mais. Se virou rapidamente se deparando com Luffy caminhando devagar em sua direção, ele parou de andar assim que percebeu que já chegara na cozinha. -Ah, Luffy... nem percebi que você tinha acordado.

LUFFY- Acordei faz algum tempo... mas estava esperando mais alguém para me fazer companhia.

ROBIN- Ah, ok... quer café? Estou fazendo...

LUFFY- Claro! -Falou observando a chaleira no fogo. -Vai demorar para que fique pronto? -Ele se virou para a bancada ao lado do fogão elétrico fazendo um pouco força para se sentar na mesma.

ROBIN- Não... dois minutos mais ou menos e a água deve começar a ferver. Gosto de deixar a água no mínimo... deixa o café mais, saboroso...

LUFFY- Tem alguma coisa para comer enquanto isso?

ROBIN- O que seria essa "coisa para comer"? 

LUFFY- Carne? -Disse como se já fosse óbvio.

ROBIN- Provável que não. Não tive tempo de fazer compras... mas tem algumas frutas.

LUFFY- Quem come fruta é animal... -Fez bico, certamente estava emburrado que nem uma criança por não conseguir o que quer.

ROBIN- E pão? Se você tiver sorte, talvez tenha um no armário... coma antes que os fungos resolvam comer por você. -Ela ri graciosamente voltando sua atenção para a chaleira quase apitando.

LUFFY- Pão quase mofado... parece delicioso! 

ROBIN- Vou pegá-lo para você...

Robin se esticou um pouco para alcançar o saco de papel no armário, não precisou de muito esforço, poderia ser a mais alta do grupo, mas fixaram o armário alto demais na parede. Depois que o café ficou pronto, eles foram para a sala assistir televisão, estava passando o noticiário... Eles se sentaram no sofá verde de dois lugares, Robin tinha uma xícara grande de café amargo  e Luffy uma xícara de café com bastante açúcar e abocanhava o pão com uma certa ferocidade. Na televisão, passava nada fora do comum, até que a jornalista começou a dizer algo no mínimo perturbador...

 

JORNALISTA- Voltando com as notícias urgentes... 

"Hoje de manhã foi visto um corpo de uma adolescente de aproximadamente 17 anos, morto, na estação de metrô, testemunhas dizem que foi um caso de suicídio, com a jovem se jogando em frente a um metrô em movimento. Infelizmente nem os parentes e nem a agência em que ela trabalhava deixou pistas sobre algo e nem gostariam de relatar nada á nós. Mas esperamos que nossos repórteres recolham mais alguma informação útil... Meus pêsames para a garota e sua família"

JORNALISTA- Após os comerciais mostraremos uma reportagem de primeira mão, sobre os trabalhistas sujos que ganham a vida de forma indevida... uma investigação que custa as vidas de nossos informantes e de pessoas de bem... não percam!" 

 

LUFFY- Olha! É uma foto minha! -Disse todo animado apontando o dedo indicador para a tela da pequena televisão. -Não me lembro de ter tirado essa foto...

ROBIN- Pelo que entendi, falarão sobre você na matéria e não acho vão dizer coisas muito amigáveis sobre sua pessoa... -Bebericava seu café prestando mais atenção sobre a notícia. -Me disseram que você trabalha para seu pai... ele é empresário, não? O que ele faz?

LUFFY- Vai saber... ele nunca me conta. Eu só o ajudo fazendo alguns cálculos chatos e participando de reuniões mais chatas ainda. Normalmente eles sempre pregam uma propagando falando sobre liberdade, mas geralmente durmo nessas reuniões...

ROBIN- Você dorme nas reuniões? -Ele assentiu com a cabeça enquanto aumentava o som da televisão pelo controle remoto. -Você faz os cálculos mas nem sabe para que servem? 

LUFFY- Meu pai fica bem nervoso quando durmo ou não levo o meu trabalho á sério, mas não me importo muito. Além dele me obrigar a fazer aulas de marketing... é um tédio.

ROBIN- Seria interessante se alguém morresse por tédio... como uma facada no peito! -Ela o olhava séria, seu pensamento bizarro não incomodou o moreno, pelo contrário, ele continuou com o raciocínio.

LUFFY- Já levou uma facada no peito? Doí bastaste... talvez mais que uma pancada na cabeça.

ROBIN- Já levou uma pancada na cabeça? -Luffy assentiu, apesar de se lembrar como foi horrível se levantar depois do desmaio, ele parecia feliz. 

LUFFY- Dadan me acertou com um chinelo na cabeça... ela disse que o chinelo escapou da mão dela, acertou a minha cabeça e me fez cair de um lugar bem alto... cair em queda livre é melhor do que receber uma facada na bunda. Pelo menos, na queda livre você sai ileso, agora, com a facada na bunda, não consegui me sentar por três dias... ainda tenho a cicatriz, quer ver?

ROBIN- Não, eu passo... mas espera, por que levou tantas facadas?

LUFFY- Convivi minha vida inteira em um bar. Eles levam briga de boteco a sério demais. 

ROBIN- E como conseguiu sair ileso após cair de um lugar de altitude elevada?

LUFFY- É normal cair de lugares altos se se machucar muito... não é?

ROBIN- Não, não é! -Robin iria dizer mais alguma coisa, porém, eles ouviram mais alguém andando desajeitado pela casa no andar de cima. Sua curiosidade não iria durar muito, logo Sanji apareceu mau-humorado no começo das escadas pronto para começar a descê-las.

SANJI- Robin-chwan! Bom dia! -Sanji descia as escadas lentamente com uma das mão na cabeça, ele não tinha aquela animação de sempre... -Você poderia fazer aquele chá que disse ontem? Ou um remédio para dor de cabeça? Eu sabia que não poderia ter bebido tanto...

LUFFY- Você bebeu apenas três copos... você faz muito drama!

SANJI- Não importa quantos copos eu bebi, só espero que essa dor de cabeça suma logo... já perdemos um dia de aula e não posso deixar meu velho trabalhando sem mim. Falando nisso, Robin-chan, você vai trabalhar comigo hoje?

ROBIN- Irei... estou precisando do dinheiro. -Robin foi até Sanji, que agora mais parecia um zombie ambulante, e o entregou sua xícara de café que já estava quase na metade. -Beba isso enquanto faço o chá parava você.

SANJI- Obrigado... -Ele virou a xícara bebendo todo o café em apenas três goles. Por um instante, Sanji  sentiu-se renovado e enérgico, acabando com um pouco de sua fadiga e melhorando um pouco seu astral. -Hum, o que coloca nesse café?

ROBIN- Segredo! -Ela abre um sorriso doce de olhos fechados. Com essa frase, Sanji desejou que ela não tenha colocado nenhuma droga no café, ele já passou por uma situação parecida e não foi uma experiência agradável...

SANJI- ... Estou pensando em uma coisa agora... Fique parada Robin-chwan, preciso fazer suas medidas! -Ele se aproximou mais a olhando atentamente de cima a baixo. -103 de seios... 60 de cintura e 90 de quadril, 1,88m... Ok, nós poderíamos sair na rua em busca de seu uniforme. Tenho várias ideias, como um uniforme fofo de garçonete de um neko café, ou até mesmo um bem sexy de empregada doméstica... talvez uma mistura dos dois. O que acha?

ROBIN- Fantasias, para quê? -Disse ficando com o as bochechas um pouco rubras.

SANJI- Para trabalhar ué... você ficaria bem com orelhinhas de gato e vestidinho de empregada.

ROBIN- Pensei que eu seria apenas uma garçonete de um restaurante francês...

SANJI- Robin-chan, como todos os funcionários do restaurante você não é uma exceção, precisa usar uniforme, só que infelizmente não temos mulheres trabalhando por lá. Precisamos procurar uma roupa ideal para trabalhar, afinal é a política do restaurante criada pelo meu avô. Mas não se preocupe, acharemos uma perfeita para você! Que tal um uniforme de enfermeira? -Após citar sobre enfermeiras, ele imediatamente se lembrou de Nami. -Assim sempre que eu me cortar com a faca eu tenho alguém para cuidar de mim... afinal um cozinheiro nunca pode ter suas mãos fraturadas!

ROBIN- Fufu, vou fazer o chá, depois falaremos sobre isso... -Disse por fim indo para a cozinha, mas antes de adentrar a mesma, o som da batida na porta ecoou pela sala fazendo Sanji acordar de seus devaneios. -Alguém poderia atender para mim? Está sem maçaneta, por isso tem que girar o ferro no buraco e puxar com força... se forem dois homens vestindo roupas pretas digam que não estou, por favor.

SANJI- Pode deixar, eu atendo... -Sanji foi até a porta e fez as instruções que Robin o deu, quando finalmente abriu a porta, seus olhos quase saltaram de alegria. -Nami-swan! Hancock-chan! O que fazem aqui?

NAMI- É isso o que eu ia perguntar... o que faz aqui? -Nami não parecia estar nos seus melhores dias, ela apoiava uma mão na cintura e evitava olhar para Hancock ao seu lado.

SANJI- Estou tão feliz que vocês estejam vindo aqui por mim! Não estão fantasiadas de enfermeira, mas é melhor do que nada... -Sanji abriu bem os braços para dar um abraço apertado nas duas, porém, elas passaram reto, entrando na casa deixando-o parado com o olhar apaixonado para o nada.

NAMI- Fantasia de enfermeira? Ninguém liga... eu só quero ficar longe dessa idiota metida a rainha da cocada preta! O demônio em pessoa...

HANCOCK- Ah, ok, eu sou o demônio aqui, não é mesmo? -Hancock olhava Nami com rispidez e desprezo.

NAMI- Sim, você é! E quero que fique longe de mim, não aguento mais ver a sua cara feia...

HANCOCK- Que seja, vá para o meio da rua e espere até que um carro passe encima de você. Acho que é longe o suficiente, não?

NAMI- Fale-com-o-batman! -Soletrava as palavras fazendo uma voz um pouco mais grave do que a sua habitual, enquanto amostrava sua mão com os dedos mindinho e indicador para cima (indicando as orelhas), os dedos anular e médio apontando para frente e por fim o polegar se encontrando com o anular e o médio (tentando representar o batman).

SANJI- Meninas, mellorines, não vamos brigar aqui, vamos? -Sanji que tinha despertado do transe, foi correndo separar as duas que estavam quase se espancando ali mesmo. Ele entrou no meio das duas, e em retribuição elas o olharam com um olhar assustador. -Ah... 

NAMI- Não se mete! -Ela gritou com sangue nos olhos.

HANCOCK- É, não se meta aonde não lhe foi chamado, idiota! -Gritou furiosa, cruzando os braços.

NAMI- Ei, não grita com ele! -Gritou. 

HANCOCK- Grito com quem eu quiser. Ele não é seu escravo e nem cachorrinho de estimação para fazer o que bem entender...

NAMI- Não o trato como se fosse meu escravo... -Quando Hancock citou sobre escravidão, Nami se acalmou e sem aviso nenhum, ficou triste. Estranhamente triste. -Não trato o Sanji-kun como um escravo... ele faz o que faz porque quer!

HANCOCK- Mas parece que ele faz o que VOCÊ quer. Já perguntou como ele se sente? Talvez você o trata como faz normalmente com alguém, mas ele pode ter sido ofendido...

NAMI- Não tem o direito de dizer isso para mim, você trata quase todo mundo como escória! 

SANJI- Garotas, não tem do por quê de vocês continuarem com isso... só precisamos ficar calmas e parar com as ofensas...

ROBIN- Seria problemático se vocês se matassem aqui na minha sala de estar... -Robin surgiu da cozinha entrando no meio da discussão.

NAMI- Eles têm razão... vamos parar por aqui.

HANCOCK- Vamos dar uma trégua, por hora... mas não quer dizer que concordo com você!

NAMI- Idem...

As duas se entreolharam como se conhecessem há anos e se odiassem desde o primeiro dia que se viram. A sala ficou silenciosa, somente o barulho da televisão era que dava vida ao ambiente... o ar estava tenso, era desconfortável ficar lá com as duas se matando mentalmente. 

LUFFY- Mais uma morte? -Luffy disse mais para si do que para fora, mas todos presentes na sala o puderam ouvir claramente. -E desta vez não foi tão longe daqui... -Ele comentou surpreso sobre a notícia do noticiário que passava na T.v. 

HANCOCK- E.eu não creio... -Ela deu um passo para trás assustada quando viu quem foi a vítima da vez. Hancock se sobrecarregava de pensamentos, aquilo poderia significar somente uma coisa... 

ROBIN- O que foi?

HANCOCK- Essa menina... essa menina... ela trabalha comigo! -Ela gaguejava, estava realmente assustada pelo o ocorrido.

NAMI- Eram amigas? -Perguntou mais por perguntar, não se importava com a resposta mas também não queria deixar de perguntar, foi mais pelo impulso.

HANCOCK- Não, ela parecia me odiar e nós nunca conversamos.

NAMI- Então por que a surpresa?

HANCOCK- E.eu... eu... eu não tenho certeza, mas...  ela morreu por atropelamento há duas quadras daqui... por um carro preto. O motorista estava bêbado e um cirurgião roubou um rim e os dois pulmões dela. Ela usava óculos e com o susto que levou quando o motorista buzinou, fez com que ela derrubasse os óculos tornando-a "cega", sem saber o que fazer ela correu para o lado para impedir seu atropelamento, porém, tropeçou em seus próprios óculos e caiu para sua morte...

"JORNALISTA- A jovem foi atropelada por um Honda preto na rua 27. A polícia constatou que o motorista estava embriagado após sair de um mercado, onde o mesmo comprara várias garrafas de saquê. A garota chegou a entrar viva no hospital, porém, após uma cirurgia mal-feita... seus órgãos foram perdidos... o hospital assume toda a culpa, os órgãos sumiram misteriosamente -Eles mostravam uma foto de uma garota sorridente usando óculos vermelho."

NAMI- Como sabia de tudo isso?

HANCOCK- Eu não sei... -Hancock desviou o olhar para o chão. Esse era o jeito de demonstrar que estava mentindo, mas seria complicado demais explicar o verdadeiro motivo. 

*HANCOCK PoV*

Estou abismada, simplesmente não consigo entender... Em um dia eu faço o vendedor de uma loja virar pedra e no outro eu começo a ter sonhos estranhos, como a morte de pessoas próximas à mim... Sonhei com esse dia já fazem alguns meses. Já achei estranho quando ela veio me pedir aqueles números de telefone exatamente como no sonho e agora.... morre? Então se... 

-LEMBRANÇA~SONHO~ON-​

HANCOCK- L.Luffy...? -Hancock estava junto de um grupo de pessoas no meio da rua. O dia estava claro e bonito, e sem muito movimento se você não considerar os pássaros que sobrevoavam assoviando lindas canções. Luffy se aproximava lentamente dela, usava roupas estranhas e seu cheiro não era nada agradável.

LUFFY- Eu descobri tudo... -Luffy não expressava nada. Tinha a mesma cara de um peixe morto.

...

Caixão? Pronto, agora estavam em um cemitério, e estava todos presentes. Mas mesmo assim, sentia que faltava alguém... 

ZORO- Ela sabia que não poderia fazer tudo sozinha... -Zoro se aproximava de Hancock segurando uma criança silenciosa no colo. A criança não emitia sons e parecia estar enrolada em um manto preto. Algumas pessoas seguravam guarda-chuva, mas não parecia ser um dia chuvoso.

-LEMBRANÇA~SONHO~OFF-

Isso é preocupante... não posso deixar meu único parente vivo, morrer. Será que se eu mudar alguma coisa do sonho, poderei impedir o que acontecerá no futuro? Quando Luffy vier falar comigo sobre descobrir alguma coisa, as previsões começarão a acontecer?

ROBIN- Uh... Com licença, acho que meu celular está tocando. -Ela sentia seu celular vibrando no bolso de seu short de pijama, Robin se afastou um pouco para atender a chamada... ela parecia preocupada quando viu quem estava chamando.

É isso! No meu sonho, Zoro segurava um bebê no colo no dia do enterro... ele disse que quando a mãe morre, a cria se entristece... Não posso impedir que ela fique junto do Zoro (até porque isso seria uma filha da putagem), mas poderia tentar impedir de que Robin fique grávida. Ela provavelmente terá um filho, e eu irei impedir esse ato para que no futuro ela não morra... Mas como farei isso? Esse sonho pode estar para acontecer daqui há alguns dias, ou alguns anos... mas talvez seja apenas um sonho normal.

*HANCOCK PoV OFF*

ROBIN- Alô? -Robin atendeu ao celular de capinha roxa. Ela esperava ser uma boa notícia...

LIGAÇÃO ON

-Estamos falando com a senhorita Nico? -Uma voz de tom grave emitia do outro lado da linha. -Quem está falando é o gerente da funerária...

ROBIN- Sim... aqui é a senhorita Nico, algum problema? 

-Então... sobre isso... precisaremos adiar ou cancelar a data do enterro da senhora... -Ele deu uma pausa, parecia estar tentando se lembrar do nome. -Nico Olvia! Ocorreu um problema e... -O gerente parecia estar nervoso, de modo de ansiedade, ele mal conseguia falar direito.

ROBIN- O que aconteceu? -Tentou dar um empurrão para que o gerente terminasse a frase.

-Não sei se vai acreditar mas... o corpo de Nico Olvia foi... 

ROBIN- Diga logo! Sem enrolação, por favor... -Robin já estava ficando impaciente, já se preparava para o que viria a seguir. Como sempre já imaginava que não seria coisa boa... nada de bom acontecia ultimamente.

-O corpo da senhora Nico Olvia sumiu. Talvez tenha sido roubado. Meus funcionários são todos de confiança, e eles não têm motivos para roubarem um corpo morto! Ou a senhora Nico Olvia virou um caminhante morto ou... 

ROBIN- Ou?

-Olha, não acredito em zombies e nem vida depois da morte, mas tenho certeza de uma coisa, meus funcionários não fizeram absolutamente nada. Devido à falta de câmeras de vigilância, não podemos tirar provas de nada... se a senhorita desejar o seu reembolso, pode vir pegá-lo a hora que quiser. Não podemos fazer nada a respeito, infelizmente... desculpe, senhorita Nico. Tenha uma boa tarde!

ROBIN- Como assim perderam o corpo dela? Vocês ficaram responsáveis para... -Robin estava contrariada, furiosa, ela quase jogou seu celular no chão para aliviar sua raiva, mas se controlou. Porém as palavras insistiam em ficar mudas, elas não queriam sair de jeito algum. -Me expliquem uma coisa, como podem perder um corpo? Um corpo de mais de 1 metro e 80 de altura?

-Não podemos fazer nada... sem câmeras e sem testemunhas. Só o que podemos fazer por você é devolver o dinheiro e lhe desejar boa sorte na busca por algum suspeito. Lamento.... estávamos para cremar o corpo dela, mas no dia seguinte... é a primeira vez que nos acontece.

ROBIN- Você pode esperar por um processo! -O gerente nem esperou e desligou antes que Robin pudesse dizer algo mais.

LIGAÇÃO OFF

ROBIN- Não acredito! -Se desvencilhou. Estava tremendo e uma enxaqueca veio com tudo para pior a situação... se sentia envergonhada demais para se esbaldar em lágrimas, só o que queria agora é... sumir. Desaparecer do mundo igual o corpo de sua mãe... -Só porque eles iriam fazer a autópsia(para quem não sabe, autópsia  é um procedimento médico que consiste em examinar um cadáver para determinar a causa e modo de morte) amanhã... -Robin falava baixo o bastante para somente ela escutar, além de tentar tirar toda a raiva pensando em palavões e ainda tentando manter a compostura. Missão impossível, a Robin calma que conhecia estava suplicando para continuar lá... a Robin calma, iria realmente aguentar toda pressão?

LUFFY- Você está bem? -Luffy foi o primeiro a perceber que algo estava errado, enquanto Sanji tentava mais uma vez separar a briga das duas mulheres que mais pareciam crianças. Luffy se aproximou lentamente do corpo gélido e trêmulo da morena que tinha sua atenção voltada ao celular. -Está me ouvindo?

ROBIN- E.estou... -Ela engoliu em seco, com dificuldade, o nó na garganta impedia de realizar tal ato. -Só estou sentindo muito calor. -Robin abana as mãos em direção ao rosto para receber mais ar, estava ficando com muito calor e não conseguia respirar normalmente. -Me leve para o sofá... por favor. A.acho que minha visão está turva... 

LUFFY- Quer que eu pegue água? 

ROBIN- Sim, por favor... -Luffy a ajudou a se sentar no sofá, depois foi na cozinha busca um copo de água para a morena. -Mais essa agora? Será que não posso receber uma notícia boa?

HANCOCK- O que houve? Quem ligou? -Ela parecia estar preocupada, Robin nunca passou mal na vida, no mínimo um resfriado.

ROBIN- Funerária... dizem que sumiram com o corpo dela. 

HANCOCK- Deve ter sido aqueles porcos do governo. Você não me disse que suspeita que foram eles que a mataram? Talvez eles queiram esconder as provas...

ROBIN- Não gosto de falar sobre isso... Mas minha mãe não disse quem foi que a matou ou o porquê, mesmo eu a perguntando... então não tenho certeza. Mas desconfio que tenham colocado veneno em seu café... Ela foi viajar no final do ano passado e desde que voltou, ficou "doente", ela não recusa um bom café, mesmo que seja feito por seu pior inimigo. Nico Olvia, você não tem jeito mesmo... -Disse a última parte dando um sorriso fraco. -Não duvido nada que foram eles...

HANCOCK- Falando desse jeito, até parece que você não puxou esse lado dela... 

SANJI- Robin-chan!!! O que posso fazer por você? Odeio vê-la assim... quer que eu faça algo? Quer que eu te carregue até o hospital?

ROBIN- Não, obrigada. Eu só preciso descansar um pouco...

NAMI- Robin, você está muito estressada... precisa relaxar o corpo e a alma! Que tal um dia no SPA? Lama na cara, banho de água quente que deixa sua pele enrugada, conversa entre idosas reclamando sobre os dias atuais e a inutilidade de seus filhos...

ROBIN- Parece tentador, mas vou ser obrigada a recusar.

NAMI- Ah, que tal uma ida ao parque de diversões? 

LUFFY- Parque de diversões? Eu voto por esse!

SANJI- Não é você quem devide!

De repente eles ouvem barulhos estranhos vindo do andar de cima, como passos pesados e atrapalhados. Alguns segundos depois, os passos foram ficando maiores e mais rápidos, seja lá o que esteja acontecendo, a pessoa parecia estar desesperada e... perdida.

SANJI- Parece que o preguiçoso acordou.

NAMI- Zoro? Por que ele parece estar tão agitado? 

SANJI- Provavelmente se esqueceu aonde está, como ele dormiu aqui pela primeira vez, não reconhece o lugar... idiota!

LUFFY- É bem a cara dele!

SANJI- Uma hora ele consegue chegar aqui na sala... -Despreocupado, ele acendeu um cigarro para fumar habitualmente pela manhã, como sempre faz.

NAMI- Não fume aqui dentro! O cheiro da fumaça vai ficar impregnado nas paredes por uma semana... odeio cheiro de tabaco.

SANJI- Tudo bem, vou lá para fora. -Ele foi caminhando devagar com as duas mãos no bolso para o lado de fora da casa.

LUFFY- Ei, eu estava me lembrando de uma coisa... que tal passarmos uma temporada na praia?

NAMI- Praia? Por que isso tão de repente?

LUFFY- Não sei, apenas pensei que seria legal, já que nunca fui em uma... o que acham?

ROBIN- Por mim tudo bem! Praia parece uma boa...

LUFFY- Exatamente!

NAMI- Praia... verão, praia e biquíni, melhor combinação! Vamos, vai ser divertido!

LUFFY- Estava pensando em levar 300 mil berryes... 

NAMI- T.trezentos mil? O.o que vai fazer com tanto dinheiro?

LUFFY- Comprar uma baleia!!

ROBIN- Com trezentos mil você não compra nem a cabeça dela...

LUFFY- Então vou levar 300 milhões!

NAMI- M.milhões...? Luffy... está maluco? O que vai ganhar comprando uma baleia?

LUFFY- Baleias são legais, além disso, levarei os trezentos milhões e ninguém vai me impedir. Um rei dos piratas precisa de uma baleia...

NAMI- Se é assim, deixe o dinheiro comigo. Do jeito que você é, será capaz de gastar todo o dinheiro com besteiras, como em uma baleia por exemplo. Eu sou responsável!

LUFFY- Mas o dinheiro é meu!

NAMI- E ninguém te perguntou! Estou afirmando, os 300 milhões ficarão comigo e não quero contradições... todo mundo de acordo?

HANCOCK- L.Luffy, se me permite dizer, não é uma boa ideia confiar o seu dinheiro nela... Nami não é confiável e ela não vai deixar você ter a baleia!

LUFFY- É verdade... eu quero comprar a baleia! O dinheiro fica comigo... -Foi interrompido.

NAMI- Todos de acordo? Que bom que ninguém discorda, né? -Disse como se fosse surda e não tivesse escutado Luffy e Boa. -Luffy, me dê o dinheiro no dia que a gente for e se você se comportar prometo pensar na possibilidade de pechinchar um filhote de baleia, uma de pelúcia para ser exata. 

LUFFY- Pelúcia? Mas ela tem que ser do tamanho de uma de verdade!

HANCOCK- Luffy, não seja bobo, ela está te manipulando. Nami não irá comprar uma baleia para você...

NAMI- EU? Manipulando? -Disse colocando uma mão em seu peito se referindo a si mesma, fingindo estar ofendida. -Estou só achando um meio de deixar o dinheiro imune de compras desnecessárias. Quem está o manipulando é você, medusa, a rainha do cinismo! 

ROBIN- Será que podem parar? Se ele quiser uma baleia, deixem-o ter uma baleia...

NAMI- Robin, não incentiva!

ROBIN- Não é minha culpa... deixe o garoto ser feliz! Poderíamos ir no parque de diversões também, fazem anos que não vou em um.

NAMI- Está decidido, vamos para a praia na primeira semana de recesso da faculdade. Ficaremos em um hotel longe da praia, iremos em algum parque e compraremos uma baleia de pelúcia para Luffy. Mais alguma coisa?

HANCOCK- Por que um hotel longe da praia? Não seria mais fácil... -Foi interrompida.

NAMI- Os hotéis nas proximidades da praia são muito caros e ficam muito cheios em épocas de alta, como em férias de verão e festividades. Prefiro ficar em um lugar mais sossegado... -Robin e Hancock estranharam o fato de que Nami gostaria de se hospedar em um lugar calmo, mas deixaram por isso mesmo. -Levem uma garrafa, quero jogar verdade ou desafio novamente!

HANCOCK- Não, aquele jogo estúpido não. Eu tive que beijar o chão daquele restaurante imundo para não ter que fazer cirurgia plástica no nariz.

NAMI- Sinta-se abençoada por não ter saído comigo naquela hora, eu tinha várias ideias na minha cabeça... 

HANCOCK- Na próxima vez, eu escolho o jogo... -Hancock mal terminou a frase e eles escutaram um ruído alto de vidro sendo quebrado e logo em seguida, um estrondo. Os quatro correram para ver o que estava acontecendo, o barulho foi preocupante...

 

NAMI- Sanji-kun, o que houve...?

Sanji estava deitado no chão com roupas e cabelo amassados, parecia que algo pesado caiu sobre ele. Sanji gemia baixo de dor, mas não parecia ter sido muito grave. Ao seu lado, Zoro de pé observava Sanji caído, ele parecia normal, com a cara fechada de sempre.

ZORO- Nossa, ainda bem que caí em algo, não era macio mas dá para o gasto... -Havia um leve tom de sarcasmo em sua voz.

SANJI- Marimo...

ZORO- Foi realmente um boa ideia pular do quarto! -Ele se virou para trás e viu os quatro o olhando com caras assustadas. -O que foi? Não consegui encontrar a porta... -Ele olhou para cima e viu a janela do segundo andar quebrada. -As escadas, nesse caso.

LUFFY- Sugoi! -Ele levantou o pulso esquerdo para o alto e gritou animado, ficou impressionado com o estrago que Zoro fez.

ROBIN- Além de um marceneiro, terei que chamar um vidraceiro... -Disse olhando para a porta de entrada sem a maçaneta e a janela do andar de cima sem as vidraças, não parecia estar nervosa nem nada, estava reagindo normal apesar de suas coisas quebradas.

ZORO- Um eletricista e um encanador também... -Falou ao se lembrar da pia e do chuveiro que quebrou acidentalmente. -Quer que eu te ajude a pagar?

ROBIN- Não precisa, tenho um amigo que pode cuidar disso. Ele me deve alguns favores...

ZORO- Amigo, é? -Arqueou uma sobrancelha.

SANJI- Marimo! Sorte a sua por eu não ter quebrado minha coluna, estava pensando no quê? Queria me deixar paraplégico? 

ZORO- Não tenho culpa se você estava bem embaixo de mim, o que quer que eu faça, pedir desculpas?

SANJI- No mínimo!

ZORO- Então fique esperando suas desculpas... não vai tê-las tão cedo...

 

 


Notas Finais


Vocês devem estar de perguntando, "Luffy fazendo cálculos matemáticos para uma empresa?", a resposta é sim! Luffy faz contas matemáticas para seu pai, ele não é burro só não é esperto, entendem? Inteligência não é sinônimo de esperteza...
E sobre Hancock aparentemente ter o poder de sonhar com a possível morte de pessoas próximas para ter a chance de evitá-las, não vou falar que esse fato é 100% verídico ou 100% falso, mas achei legal abordar esse "poder" para ela... algo inovador talvez? Acho que não, hoje em dia nada mais é inovador...
Desculpe qualquer coisa...
PS: Alguém aí, que está com os capítulos/episódios em dia de One Piece, poderia me responder... que história é essa de Sanji se casar? Estou no comecinho da saga Dressrosa, devido a algumas coisas deixei de assistir One Piece para assistir outros animes que estavam me recomendando, agora vou voltar a assistir One Piece e um amigo meu me disse que Sanji vai se casar... é verdade? Com quem? Ele não quis me contar...


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