História Uma x nova x aventura - Trupe x Fantasma

TrupeXFantasma

Chrollo

A agua escorria pelo queixo pingando na pia, estava escuro como de costume, as cortinas fechadas, raramente ele olhava um relógio ou abria as janelas, por consequência ficava perdido no tempo sem noção de dia e noite, dia, semana ou mês, após secar o rosto foi para a sala avia um garrafa de cerveja em cima da mesa, sentou-se no sofá e abriu sua mão, seu Hatsu foi ativado e surgiu seu Skill Hunter, seu livro se abriu em sua habilidade Indoor Fish, seus dois peixes brancos surgiram, essa era uma de suas técnicas favoritas, pois permitia manter o adversário vivo pelo tempo que desejasse, pois ele seria incapaz de morrer ate q fosse desfeita, uma técnica com uma beleza mortal, talvez esse fosse o motivo para gostar dessa técnica, avia se passado um mês desde que lutou com Hisoka na torre celestial e mata-lo, pelo menos a ultima vez que olhou um calendário esse era o tempo. Chrollo avia sumido do mapa, não gostava de ficar em um lugar fixo. Sua cerveja já avia acabado, por vezes ele se perdia em um profundo devaneio e esquecia as coisas a sua volta.

Levantou-se e andou pelo quarto como de costume, viu seu reflexo no espelho na parede a sua direita aranha em suas costas, estava lá como sempre oficialmente a aranha tinha apenas doze membros, Hisoka estava morto, desde sua morte Chrollo avia procurado por possíveis candidatos, mas nenhum pareceu interessante, não tanto quanto ele, Hisoka era especial, fez com que eu ficasse mais forte, que melhorasse minhas habilidades, mas agora que ele morreu me sinto bastante vazio, como se não fizesse mais sentido. Todos os seres seguem algo mesmo seus membros, os membros da trupe são o corpo e o corpo segue a cabeça, mas a cabeça também segue algo, seja um objeto ou uma pessoa, por ganancia, por inveja ou ate mesmo por vingança, eu sempre busquei aquilo que chamasse minha atenção, sendo fútil ou não, por isso sempre achei que minha habilidade era perfeita, Skill Hunter, há habilidade de caçar habilidades, me permitindo ter tudo que eu quero. Sempre quis lutar com ele, mas éramos impedidos por regras, mesmo assim ele me fez buscar poder para termos uma linda luta, como ambos queríamos, mas agora Chrollo já não sabia oque buscar, pois seu objetivo já avia sido alcançado, e passou a se sentir vazio.

Seu espelho mostrava a cruz de são Jorge em sua testa, seu símbolo, seu regente. O mesmo Chrollo fez no dia seguinte e no seguinte, no seguinte, no próximo, e no próximo. Sua insatisfação, só aumentava, sua vida já não tinha sentido, sua cerveja já avia acabado, assim como seus cigarros e qualquer outra coisa que contenha álcool em seu quarto, estava prestes a pedir mais pelo telefone quando alguém bateu em sua porta. Era trupe, Chrollo estranhou, eles nunca chegavam adiantados e raramente viam todos juntos, Chrollo foi ate o quarto e colocou uma calça e atendeu a porta, todos entraram, Nabunaga reclamava sobreo o quarto que estar abafado e sujo, Frank abriu as cortinas e janelas, era noite, uma fresca corrente de ar entrou pelo quarto deixando o ar mais leve, Chrollo se sentou no sofá.

- Por que estão aqui, não os chamei, e isso jamais aconteceu de vocês se reunirem assim.

- Não – disse Nabunaga – não e normal nos reunirmos assim mais tínhamos que o procurar.

- E por que vocês estavam se reunindo?

- Sei que e contra as regras, mas tínhamos um assunto importante para tratar com você.

- Qual seria?

- Hisoka – disse Machi – ele não morreu – Chrollo não entendeu o que ela queria dizer, Hisoka avia ficado com boa parte do corpo ferido, com o rosto desfigurado, e morreu.

- Sei que acredita que ele morreu, mas após lutarem eu fui ate o necrotério, e ele ressuscitou bem na minha frente, ele usou nen para que após seu coração parasse, sua habilidade contraísse seu coração como se fosse uma massagem cardíaca.

Chrollo entendeu o que estava acontecendo, ele começou a sentir algo diferente, empolgação.

- Ele... Ele disse que nos caçaria, um a um e nos mataria, em um jogo doentio de caça e caçador – ela se manteve em silencio por um tempo – ele parecia certo de que nos mataria, e ele conhece o cara da corrente que foi capaz de selar seu nen e matar Uvo, então achamos que deveríamos avisa-lo.

Ele não poderia esperar mais, não foi capaz de se controlar, sempre foi conhecido por manter a calma em qualquer momento sem transparecer qualquer sentimento, mas pela primeira vez ele deixou transparecer um sorriso, após isso não pode mais se conter e riu, sem se importar, podia ver que seus membros se espantaram, mas nesse momento não se importava com mais nada, continuou rindo, com o som ecoando pelo quarto e para qualquer um que quisesse ouvir, depois de alguns segundos pode se controlar e parou de rir, se sentou novamente e olhou seus seguidores, avia um novo alguém que não era capaz de determinar o gênero, usava um uma roupa branca feminina amarrada por um laço preto. Abriu sua mão direita e seu Skill Hunter surgiu em sua mão.

- Vamos ver o futuro, mas antes estamos em que parte do mês?

- Na terceira semana, sua luta com Hisoka foi há quase dois meses.

- Entendo... Todos preencham as folhas.

Todos colocaram seu nome completo, tipo sanguíneo e a data de nascimento, Chrollo pegou as folhas e começou a escrever, esse poder era estranho e funcionava de uma maneira, curiosa , pois não se lembrava do que escrevia, era como se sua mão se movesse sozinha, que na verdade era o que acontecia, pois quem escrevia era um ser crido pela habilidade de materialização. Todos receberam as folhas as leram mentalmente.

- Machi, poderia ler a sua – pedi de forma gentil.

“O quinto mês procurara seus irmãos,

Que estão perdidos em meio às semanas,

Para lhes contar sobre a morte de um mês bastardo,

E anunciar uma terrível noticia.

Os dez meses restantes se unem em busca do ano perdido,

Juntos procuram em todas as estações,

E o encontram na primavera em meio ao verde.

Os dez meses reunidos contam o renascimento do mês bastardo,

O ano encontrado celebra a volta de um inimigo,

E a chegada da morte que se aproxima...

Um novo mês surgira, ele será tão perigoso quanto o bastardo,

Mas tão fiel quanto uma memoria amiga,

Carregando a morte em suas mãos e o gelo em seus olhos.

Os meses reunidos seguiram para o norte,

Encontraram a encarnação da própria escuridão,

A onde as trevas o esperam,

Evite o continente, onde o nen mais perverso habita,

Pois lá os meses serão encurtados para semanas.”

- Como estão a de vocês? – perguntou.

Chrollo avia ficado curioso sobre aquilo que ouvira, tudo nas previsões sempre era confuso, mas nunca era impossível de se interpretar, e pela sua experiência com a profecia, tinha uma precisão assustadora e isso o deixava preocupado.

- Todos estão iguais, exceto pelo primeiro verso – disse Phinks.

- O mês bastardo e o Hisoka isso e obvio – Frank era mais inteligente do que parecia.

- Os dez meses somos nós, os dez membros restante da trupe – Machi também sempre o surpreendia.

- O ano perdido deve ser o Chrollo.

Apesar de sempre o surpreenderem, Chrollo já avia deduzido tudo isso, mas somente uma parte lhe intrigava...

- Mas e quanto à “encarnação da própria escuridão”.

- Isso era algo que queria tratar com vocês – disse – creio que isso se refira ao continente negro.

Nenhum deles parecia saber a que eu estava me referindo, principalmente Nabunaga que parecia o mais avulso de todos.

- Continente negro e um lugar que não constas nos mapas nem em nenhum livro de historia, e poucos sabem dele, ou melhor, sabiam, o rei de Kakim organizou uma incursão com ajuda da associação Hunter para o continente, com o intuito de colonizar e extrair qualquer conhecimento. Fico surpreso de vocês não saberem disso.

- Estivemos ocupados atrás de você chefe – disse Frank.

- resumindo nos vamos para lá.

- Mas a previsão não diz que lá encontraremos a morte – disse Shalnark.

- Sim, mas lá podemos descobrir riquezas e tesouros que ninguém nem imagina, e principalmente, a quem acredite que o conhecimento de nen veio de lá e que na verdade, não o usamos da forma correta, se o usando errado, já somos incrivelmente fortes imagine se o tivermos de sua raiz.

Fizerem silencio durante alguns segundos, Chrollo se levantou o vento vindo da sacada veio em suas costas, e um arrepio subiu pela sua espinha. Chrollo e todos na sala sentiram uma aura assassina em volta em nen, o instinto que colocaria os de mente fraca de joelhos, uma pessoa surgiu na grade da sacada, era um garoto, usava uma camisa regata vermelha e um short preto, tinha cabelos brancos como a neve e olhos de um matador, mas o mais surpreendente era que ele era uma criança, não mais do que treze ou catorze anos, tinha olhos frios como o “gelo”, novamente um sorriso veio ao seu rosto, e Chrollo finalmente percebeu o que queria dizer o terceiro verso.