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História Monster In Me - Kill Em With Kindness


Escrita por: swanegoalsg

Notas do Autor


HELLO BABIES, Julia levantou uma boa questão, qual será o nome do casal que não é casal?
#Hami #Miha #Miry, estou aberta a sugestões, me ajudam nessa.

Capítulo 7 - Kill Em With Kindness


Fanfic / Fanfiction Monster In Me - Kill Em With Kindness

 

 

Ir ao orfanato pela primeira vez fez com que eu enxergasse o mundo de uma forma diferente. Mesmo não sendo a típica filha de papai, eu vivia em um mundo fechado, e as crianças abriram a porta que me isolava do mundo ao meu redor.
 
Você aprende tanto com essas crianças, que mesmo em situações bem difíceis, não deixam de sorrir, de ter esperança que um dia as coisas irão melhorar. É bonito ver a forma como elas não se fazem de coitadinhas, muito pelo contrário, encaram a realidade como se fossem adultos. Na verdade, acho que alguns adultos não suportariam a vida que essas crianças levam, reclamariam o tempo todo.


É muito mais cômodo reclamar do que lutar para fazer com que determinada situação melhore. As crianças não gostam da pena de ninguém, e sim do afeto, é disso que elas precisam. Querem se sentir importantes, amadas e desejadas.

 

Levam com elas o sentimento da rejeição, e isso faz com que elas se questionem o que há de errado com elas. É difícil explicar e fazer com que elas entendam que não há nada de errado com elas, e que o problema está com os seus responsáveis.

 

Não estou aqui pra julgar ninguém, só não consigo entender como uma mãe ou um pai consegue abandonar um filho, maltrata-lo ao ponto da criança desmaiar. Isso não entra na minha cabeça e jamais entrará. Não consigo considerar uma pessoa que faz essa atrocidade um ser humano. Nem um bicho faria isso, é uma maldade sem fim.

Muitas crianças carregam traumas e medo pelo resto da vida. Nem mesmo o melhor tratamento psicológico pode fazer esse quadro mudar. Cada pessoa é impactada de uma forma com as coisas que ocorrem em sua vida, assim como cada uma reage de uma maneira.

 

Uma mistura de sentimentos me invade toda vez que atravesso as portas do orfanato, eu sinto que sou uma pessoa diferente. Apeguei-me a cada criança e suas histórias. Venho pensado em adotar uma, mas algo me diz que a hora certa ainda não chegou. Grant diz que assim que se estabelecer melhor irá adotar a pequena Harpe, uma loirinha com enormes olhos chocolates e com um sorriso sem dentes, ela é um encanto. Grant me contou que ajudou no resgate dela, e que ele foi o primeiro a ter contato com ela, e que assim que ela o viu, grudou em suas pernas e não queria soltá-lo mais. Desde então eles dois desencadearam sentimentos profundos um pelo outro. Hoje Harpe está com cinco anos, e com o passar dos anos, as crianças mesmo esperançosas, vão vendo as chances de serem adotadas diminuírem, isso se deve ao fato das pessoas procurarem mais bebês para adotar. 


- Tia Mia, a aula de hoje foi tão leeeeeegal. - Uma Alex ofegante se aproxima.
 

- Que bom que gostou, irá gostar mais da próxima aula, será em sua homenagem. - Comento enquanto arrumo as coisas na minha bolsa. Algumas meninas estão repassando as danças no canto da sala, outras já se despediram e foram tomar banho, e outras estão junto de Alex, em minha volta.


- OMG, não me diga que iremos dançar Fifth Harmony. - Exclama ao colocar a mão na boca.


- Digamos que sim. - Dei de ombros e desliguei o som. Alex soltou uns gritinhos, ela é completamente louca pelas meninas do Fifth Harmony, e quando descobriu que algumas coreografias foram criadas por mim, ela enlouqueceu, fez diversas perguntas, a ideia de que eu conhecia as ídolas dela, fez a menina se apegar a mim.
 

- Você é a melhor, Tia Mia, a melhor. - Seus braços magros abraçaram minha cintura. Depois disso uma conversa sobre quais cantores elas queriam dançar nas próximas aulas se estendeu.
 

- Vejo vocês na próxima aula, comportem-se, mocinhas. - Beijo cada uma e sigo em busca de Grant. Encontro-o na entrada se despedindo de Harpe, a pequena não quer que ele vá, é assim todos os dias. Ele vem visitá-la mesmo quando não damos aula.


- Olha quem está aqui. - Grant diz ao me ver, Harpe vira em minha direção, seus olhos vermelhos do seu choro, sinto uma pontada no meu coração.

 

- Tia Mimi, pede po Gran me levar com ele. - Ela bate seus cílios pra mim, pidona. Abaixo até estar na sua altura e beijo seus cabelos.

 

- O tio Gran não pode te levar com ele agora, meu amor. Mas algo me diz que em breve sim. - Afago a menina e olho para o meu amigo, sua expressão deixa claro o quanto ele está sofrendo.


- Você semple fala isso. - Resmunga.


- Girassol vem aqui. - Grant a chama, ela sai dos meus braços e se joga nos dele.

 

- Eu prometo a você que logo estarei de levando para morar comigo, você só precisa esperar mais um pouco, está bem? - Aperta seu nariz.

 

- Plomete de dedinho. - Ergue seu mindinho na direção de Grant, ele sorri.


- Plometo. - Ele a imita, e beija sua testa. Elena, uma das voluntárias vem buscar Harpe, e ela vai o caminho todo de costas, olhando para o Grant.


- Vou pedir a guarda dela, não posso mais adiar isso, não aguento mais ter que deixá-la aqui. Meu coração se quebra todas às vezes. - Grant desabafa assim que estamos a caminho do restaurante onde iremos encontrar minha mãe.


- Imagino como deve ser difícil pra você ter que se despedir dela, mesmo sabendo que ela está bem e bem tratada. Você a quer em sua vida de forma permanente, na sua casa, no seu cotidiano. Quer ser o pai dela e que ela seja a sua filha. - Coloco uma mão em sua coxa e aperto-a.


- Estava esperando ter condições melhores, para assim não ter a guarda negada. Só que não consigo mais esperar, simplesmente não dá. Não posso continuar fazendo isso comigo e com ela. – A voz dele entregou como seu coração se encontrava, quebrado.

 

- Você sabe que tem meu apoio para o que precisar. Tenho certeza que irá conseguir a guarda da Harpe, a conexão de vocês é incrível e visível para qualquer um, vai dar tudo certo. – Assegurei, não será uma batalha simples, mas tenho esperanças de que será uma batalha vencida.

 

*********

Encontrei minha mãe sentada na sua habitual mesa no Nobu Malibu, mamãe é completamente apaixonada pela comida e a vista desse restaurante. Consegui distrair Grant e aos poucos ele foi deixando aquela expressão desolada e voltou a ser o brincalhão de sempre.

 

- Pensei que não viria mais, trinta minutos atrasada, Mia Swanepoel. – Mamãe nos saudou com um sermão.

 

- Não tive a intenção, demorei mais do que o esperado no orfanato, desculpa. – Abracei-a e Grant fez o mesmo.

 

- Olha como esse menino é um colírio para os meus olhos, cada dia mais bonito. – Mamãe sempre caiu de amores por ele, acho que ela ainda fantasia meu casamento com ele.

 

- Olha para a Senhora, se eu não conhecesse seu marido, você estaria em meus braços dois segundos depois de te encontrar. – Galanteador e puxa saco como só ele pode ser. Mamãe deu aquele sorriso sem graça, mas de quem está adorando, o típico ''continua, aumente meu ego''.

 

- Parou o flerte ai vocês dois. Vamos ao que interessa. – Abri o cardápio, estou faminta.

 

- Você fica ai suspirando pelo inglês e deixa esse pecado ambulante dando sopa, então não reclama. – Olhei boquiaberta para minha mãe.

 

- Nem começa, está tudo acabado. – E com essa deixa, contei para eles minha conversa com Harry, nem preciso dizer que Grant ficou com um sorriso bobo no rosto né? Digamos que ele não é fã do Styles, em todos os sentidos. O almoço ocorreu tranquilo, logo cortei o assunto Styles e começamos a falar sobre a adoção de Harper, mamãe disse que tem uma amiga que é assistente social e que irá conversar com ela, pedir alguns conselhos e principalmente sua ajuda. Grant começou a abraçar e beijá-la, demonstrando assim sua gratidão.

 

Ao passar pela porta do restaurante demos de cara com o casal do momento, Barbie Malibu e Ken Holmes Chapel, vulgo Amanda e Harry, isso é algum tipo de perseguição, Karma? Por um momento pensei em passar direto e pagar de mal educada, mas a loura aguada fez questão de nos cumprimentar, enquanto Harry lançava olhares para Grant, segurei-me para não rir, a tensão entre eles sempre foi gritante.

 

- Mamãe disse que a Senhora irá se juntar a nós no jantar beneficente da empresa do papai nesse fim de semana, fiquei imensamente contente com essa notícia, é sempre bom estar em sua presença. – Ô Barbie bajuladora, revirei os olhos. Não prestei atenção no que minha mãe respondeu, preferi pegar meu celular e ver minhas mensagens.

 

- Oh, tudo bem minha querida, será um prazer lhe ajudar com isso. Entrarei em contato em breve. – Mamãe se despediu e caminhou em direção ao seu carro, lançando-me um olhar considerável.

 

- Olá Mia e Grant. – Harry resolveu se pronunciar.

 

- Olá de novo Harry, não posso dizer que faz tempo que não te vejo, pois estive com você essa manhã, mas é sempre bom te rever. – Aproximei dele e beijei sua bochecha, apenas para provocar a Barbie Malibu que fervia ao lado dele. Ele ficou um pouco chocado com minha reação, e eu muito satisfeita comigo mesma. Grant apenas acenou com a cabeça na direção dele.

 

- Oh, Oi Barb.. Ops, Amanda, que bom ver você também, mas já estou de saída, eu e o Grant temos muitas coisas pra fazer. Tchauzinho. – Sorri irônica e ergui minha mão dando um tchau de balançar os dedos. Grant me puxou pela cintura para o seu lado e conforme nos afastávamos do casal vinte, ele se aproximou do meu ouvido, mordeu minha orelha e disse ''você é muito má'', o que causou uma pequena crise de risos da minha parte. Hoje é apenas o primeiro dia da minha nova versão e eu já estou amando, mal posso esperar para o que está por vir. 



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