Algumas semanas depois
Priscila saiu de sua casa, e bem no momento Omar apareceu.
- Priscila? – Ele chamou e ela ficou rígida ao ouvir sua voz.
Que droga! – Ela pensou.
Com muita coragem, Priscila se virou. Omar sorriu por depois de tantos anos ter lhe visto novamente. A Loira tentou sorrir junto, mas foi uma tentativa falha.
- Nossa, como você continua bonita. – Ele elogio ela sem nenhum interesse. Ele lhe abraçou contente por estar vendo sua amiga novamente.
- Obrigada. – Ela agradeceu murmurando sem corresponder o abraço, mesmo querendo muito lhe abraçar. – Você também continua o mesmo. – Ela disse quando se separaram.
Omar estava com sua farda de polícia e quando ela lhe abraçou sentiu um cheiro agradável de que foi lavada parecendo que foi sua própria mãe que lava. Mas não era a mãe, era sua noiva.
- Por que não me procurou? – Ele perguntou. – Estamos chegando ao meio do ano, e só agora que se reencontramos. Não quer me ver mais? – Ele dramatizou.
- Estive trabalhando. – Ela respondeu sorrindo fraco e começou a caminhar pra subir.
- Está subindo pra casa do André? – Priscila parou e fechou os olhos.
- Sim.
- Eu também. Bora que eu subo contigo. – Ele disse subindo as escadas com ela. – Qual foi? Por que tá estranha? Não tá feliz em me ver novamente?
- Estou. É que eu não esperava te ver, e nem que André também havia lhe chamado. – Ela murmurou.
- Está mentindo. Esta assim porque sabe que estou noivo. – Ela lhe olhou.
- Como?
- É. – Ele sorriu normalmente. – Está com vergonha de falar comigo porque acha que a Cassy é chatinha. Mas não se preocupe, ela não tá aqui Priscila.
Ele riu e ela fingiu um riso pra não deixar ele no vácuo. A verdade é que ela queria mesmo ignorar ele, pra tentar esquecê-lo. Qual é, ele vai casar e é louco por ela. Por que ainda gostar de uma pessoa que não é sua?
- Quando irão casar? – Priscila perguntou.
- Em breve. Não queremos casar esse ano não, pois já terá casamento demais pra uma pessoa que nem tem tantas condições. – Ele riu.
- Espero que vocês sejam felizes. – Priscila sorriu amarelado.
- É, eu também espero. – Ele sorriu pra ela. Priscila percebeu o brilho no olhar dele, ao falar que espera serem felizes.
Ele era o típico garoto de que se for pra gostar ele gosta pra valer. Que sabe o que sente, e não fica se duvidando. Ele segue o coração, e isso é admirável. Se for pra pedir, ele pede logo. Se for pra fazer, ele faz.
Alguns meninos brincam fingindo amar. Mas ele era diferente.
A Loira teve sorte de um dia ter namorado com ele. E agora quem está tendo essa sorte é sua noiva.
Julia estava observando o lado de fora da lanchonete. Sua cabeça estava apoiada na mão, e seu rosto virado.
Ela pensava nas brigas que estavam acontecendo na sua casa. Sua tia estava irritada com a mamãe depois do Renato ter aparecido. Felipe estava contra ela e Joaquim. E pra piorar ele decretou que não irá mais entrar em seu casamento, fazendo assim Luckas mas Julia brigar.
Agora tem que pensar em mais outra pessoa, além da pessoa que entrar com a aliança.
Rafael que havia acabado de entrar, lhe viu sentada pensando e foi até ela.
- Julia. – Julia olhou pra ele quando Rafael sentou a sua frente. – Está triste?
- Não. Eu só eu estou pensando. – Ela sorriu fraco coçando o braço. – Você está mesmo morando com o André né? – Rafael concordou. – Quem diria hein ladrão. – Rafael riu. – Eu nunca imaginei isso.
- De a gente morar juntos?
- De André aceitar. – Rafael acabou rindo do que ela disse.
- Nem eu. Mas ele é bem legal. – Julia concordou. – A família dele também né? Principalmente a prima. – Julia franziu o cenho observando ele sorrindo.
- A Kat? – Ele concordou várias vezes. – Não creio! Tá gostando dela? – Julia levou a mão na bora surpresa. Rafael não respondeu e ela levou isso como um sim.
- Eu não tenho total certeza, mas eu acho que sim. – Não me olha assim. – Pediu ele quando Julia lhe olhou por outros olhos. – Eu disse que eu não tenho certeza.
- Então quando sua certeza clarear, pode vim falar comigo. – Julia disse e sorriu. – Mas não confunda sentimento com desejo não por favor! Você tá aí na seca desde de que fugiu da garota maluca, e vem quer ir pra cima dela. Tá na cara que Kat é frágil, e passa por muita coisa. Não machuca a garota! – Avisou e ele revirou os olhos.
- Não sou mais como no colegial Julia.
- Glória Deus! No colegial você era encapetado enviado do inferno. – Os dois riram. – Lembra quando você ficou com uma, e ainda quis que eu entrasse na suruba?
- Oh, não lembra disso pelo amor de Deus! – Ele negou constrangido e Julia riu. – Naquele dia que Carlos parou de falar comigo.
- Vocês ainda não voltaram a se falar? – Julia parou de rir.
- Não, acho que ele está irritado por ter saído sem dizer nada e deixado vocês aqui. – Ele disse com a cabaça na mão. – Aquele dia que saímos pra contar o que houve comigo, não foi muito bom. Sinto muito não ter sido o que você esperava.
- Tudo bem. Espero que a raiva dele passe antes do casamento. Eu quero que seja um dia em que todos estejam felizes, não que meus dois amigos estão sem se falar.
- Vocês vão casar que dia?
- Setembro.
- Aí Julia! – Rafael disse se levantando. – Eu esqueci que tenho que fazer os pedidos! Os meninos devem estar me esperando!
- Que meninos doido?
- Joaquim, André, Omar, Kat, Priscila. A gente tá tudo lá conversando.
- Ah.
- Não quer ir comigo? – Ele perguntou ao perceber ela ter se isolado novamente na mesa. Julia lhe olhou com os olhos de mimo. – Me espera aí.
- Tá certo! – Julia sorriu empolgada e Rafael riu negando e saiu pra fazer os pedidos.
Julia
- A verdade é que...
- Calem a boca que o gostoso chegou. – Rafael calou André gritando.
- De gostoso aqui só tem eu. – André disse, é eu entrei pra Rafael fechar a porta.
- Pensei que foi encomendar os ingredientes Rafael. – Ouvi Priscila dizer e eu apareci pra eles.
- Encontrei a Julia sozinha e trouxe-a. Espero que não se incomodem André. – Rafael falou indo onde eles estavam e entregando primeiro a Kat seu lanche. Ai ai viu!
- Que nada! André não manda e em porra nenhuma aqui. – Joaquim disse. – André nem é humano. – André chutou sua perna e todos riram. – Vem Julieta. – Eu fui até ele que estava no chão sentado. – Por que tá com essa cara? – Coloquei o braço em meu ombro.
- Joaquim, eu não estou gostando da aproximação do Felipe com o namorado da mamãe. – Eu disse só pra gente.
- Não podemos fazer nada. Felipe gosta dele. – Joaquim pegou o hambúrguer. Eu olhei pra frente e me interessei ao ver a arma do Omar ali na mesinha.
- Oba. – Me inclinei pra pegar mais Omar deu um tapa forte na minha mão. – Ai Omar.
- Não toca.
- Eu só quero ver.
- Se vê com os olhos, não com a mão.
- Meus dedos querem ver.
- Querer não é poder.
- Insuportável! – Sentei novamente.
- Joaquim, cuida da sua irmã ouviu? Ela quer muito segurar em uma arma. – Omar disse apontando.
- Quando eu segurar em uma arma eu vou atirar em sua cabeça. – Falei e ele repetiu zombando da minha cara. – Ninguém mandou ser policial.
- Imagina o estrago que seria se Julia saísse com uma amiga arma na mão quando ela estiver com TPM? – Joaquim disse rindo e todos riram também. – Ela vai atirar em todo mundo que respirar perto dela.
- Não vi graça. – Disse com bico.
- Porra, mulher com TPM é foda. – Rafael disse.
- Vocês homens também tem! – Priscila disse.
- Eu não tenho. – André disse. Não entendi. Porque Priscila estava com as pernas em cima dele? Wtf?
- Nem vem que você tem sim! – Priscila falou apontando. Ele tem mesmo. – Você é o mais que tem TPM masculina.
- Eu admito! Eu tenho. – Joaquim falou. – Mas André se supera.
- Não é verdade.
- André, sabe porque você tem? Porque você tá com estresse no trabalho e com sua família. Tá emotivo. Tá impaciente. Mau humor toda hora. Tenso. Sem contar que tem vezes que você dá um tripé e bate uns ciúmes. Tudo isso causa TPM. – Priscila dizia contando nos dedos.
- A única coisa que ele não tá é com a diminuição do desejo sexual. – Rafael disse gargalhando.
- Vai se ferrar Rafael. – Joaquim e Omar junto com Rafael, riu da cara dele. – Pelo menos não é eu que estou desde de quando a mãe morreu.
- André é mal. – Omar zombou da cara de Rafael.
- Não tô vendo mais graça. – Rafael falou e até eu ri. Que idiotas mano. – Pelo menos não sou eu que tô enrolando com a mina que não vou dizer o nome. – Rafael voltou a retrucar pra André.
- Porra! – Joaquim botou pressão. Eles parecia crianças. – Eu não deixava.
- Pelo menos eu tenho alguém em mente. – André retrucou.
- Porra! – Omar e Joaquim voltou a por pressão e eu ria. Eles são muito idiotas. – Pesado, pesado.
- Olha sua prima aqui.
- É o quê? – Kat enfim falou quando tocou no seu nome e a gente começou a rir, menos André. – Me tire do meio.
- Também acho! Tire ela do meio.
- André gosta de cuidar da priminha. – Rafael zombou.
- Sou o único pra ela.
- Eu me candidato pra ter mais um.
- É o quê? – Kat voltou a falar assustada por estar colocando ela no meio dessa conversa idiota. Eu comecei a rir olhando pra Rafael que tava olhando pro André.
- Kat não é eleição.
- Porra! – Os meninos voltaram a botar pressão.
- Mas pode ser amiga.
- Porra! – Omar e Joaquim são muito idiotas vei. – Agora Kat, me diga sobre o que acha se ser amiga do Rafael?
- Não acho nada. – Ela disse envergonhada e Rafael tentou não sorrir.
- Pô, vocês tá constrangendo a garota. – Defendi ela.
- Eu acho ASSIM. – Joaquim interferiu. – Que os dois deviam namorar, não ser bff. – Eu comecei a rir juntos com a os outros. Que gastação, meu Deus!
- Eu acho ASSIM. – André interferiu. – Que Joaquim devia estar comprando as fraldas da criança. Só acho!
Eu comecei a gargalhar mais alto.
- Porra papai! Porra! – Rafael e Omar começou a botar pressão. – André hoje tá afiadoo!
- Não vejo graça. Vamo parar. – Joaquim disse sem rir. Esses meninos são um diabo.
- Eu aguentei até o último momento! Agora é com você papai. – Rafael disse lhe dando um tapa na cabeça.
- André tá comediando todo mundo hoje. – Omar disse rindo. – E eu vou me sair pra não cair pra mim.
- Vai pra onde? – Perguntei quando ele se levantou.
- Não é porque é domingo que eu não trabalho Julieta. – Ele disse pegando sua arma. Agora entendi a farda.
- Parem de me chamar assim. Meu nome não é Julieta. – Disse.
- Ela gosta de ser chamada de Juliana. – Joaquim disse rindo.
- Nem assim. Idiota. – Revirei os olhos.
- É Julha. – André provocou também. E só agora que fui perceber que ele estava com um copo de uísque na mão.
- Não. É Juliaaaa. – Disse e ele riu. Julhaaaa. Que porra André. Vibes...
- Que Julia que nada. – Rafael falou se levantando. – O nome dela é putinha e acabou.
- Vai se ferrar.
O assunto morreu ali, Omar se foi, e eu comecei a olhar o filme que estava passando. Minha concentração se foi, ao perceber que Priscila estava falando algo baixo com André. Ela parecia estar discutindo algo sério com ele enquanto ele estava calado ouvindo.
André percebeu que eu olhava e eu desviei. Depois de uns segundo eu voltei a olhar novamente e agora era ele que falava. Wtf? O que que tá acontecendo?
- André. – Rafael apareceu da cozinha e André olhou pra a trás. – Viu meu celular?
- Acho que no quarto. – Rafael saiu pra procurar e eu fingi que tava assistindo quando André olhou pra frente novamente. Priscila tirou os pés de cima dele, pegou o copo de sua mão e saiu pra cozinha. Ele levantou também.
- Pra onde vai? – Joaquim perguntou a ele.
- Preciso falar com a Lola. – André respondeu e passou por nós rodando e saindo de casa.
- Mentiroso dos infernos. – Joaquim falou tirando o celular de André e colocando no sofá.
- Eles voltaram? – Perguntei baixo pra Joaquim.
- André e Priscila? – Concordei. – Não.
- Sabe por que eles discutiram?
- Priscila está controlando o André.
- Ele não boneco. – Joaquim me olhou.
- Ela está controlando ele em um bom sentido. – Joaquim explicou. – O André não está bem Julia. Tudo está vindo como uma tempestade pra ele e André não pode beber porque ele precisa estar bem amanhã no trabalho, mas tudo que ele quer é isso. Já encontrou ele bebendo no trabalho. Pense no que aconteceria, se alguém vê-lo naquela situação. O que pode acontecer?
- A empresa pode falir e acabar com tudo. – Falei baixo.
- Agora, você conhecendo o André. E vê-lo a ponto de perder tudo que o pai conquistou, o que faria? Deixaria ele do jeito que está, e acabar com uma coisa tão especial do pai. Ou impediria essa burrada?
- Eu iria impedir. Por que além de ser uma coisa especial pra o seu pai, também era um sonho do André. Ele sempre esteve animado pra assumir a empresa, e de repente ele pode acabar com tudo. Eu cuidaria dele.
- Então é isso que Priscila está fazendo. É isso que todos está fazendo. Menos você.
- Eu?
- Sim. Você Julia.
- Eu nem sabia que ele tava tão mal assim.
- Agora sabe. E invés de você ter se levantado e seguido, você continua aqui.
- Mas foi agora...
- E você continua aqui. – Ele me interrompeu repetindo.
- Mas Joaquim...
- E você continua aqui. – Continuou a me interromper. – Minha querida, vá atrás dele.
Eu fiquei olhando pra ele, e quando dei por mim eu me levantei e sai atrás do André.
- Belo discurso. – Katherine falou sorrindo pra ele quando estavam só eles na sala.
- Obrigada. – Joaquim sorriu convencido.
Eu fechei a porta mas eu não lhe vi.
- André? – Chamei mas não tinha ninguém. Uma senhora acabara de subir as escadas. – Com licença. – Disse e ela me olhou. – Boa tarde. É que eu queria saber se a senhora viu um homem de blusa vermelha com uma bermuda preta e o cabelo bagunçado descendo?
- Sim, sim. Mas na verdade ele não estava descendo não. – Negou com o dedo.
- E o que ele fazia?
- Estava na garagem. – Me preocupei. Merda.
- Obrigada. – Eu entrei dentro de casa. – Joaquim, acho que ele pegou o carro. – Falei e Priscila olhou pra mesinha acho que vendo se a chave estava lugar não.
- Que porra. – Ela xingou pegando seu celular.
- Não adianta. Ele não levou. – Joaquim disse.
- André não pode sair daquele jeito. – Priscila falou sentando. – Agora o que resta é esperar ele aparecer. Que merda viu. Eu pensei que ele estava aqui Joaquim.
- É, mas ele saiu assim que você saiu também. Pensei que ele só iria ficar lá fora sentado nas escadas como algumas vezes e você iria voltar pra conversar com ele.
- Por que está tão despreocupado? Sabe o que pode acontecer se ele pegar o carro?
- André não está bêbado Priscila. Ele sabe o que está fazendo.
- Mas quando ele bebe, do nada ele fica bêbado. Do nada! – Ela gritou no final. – Aí ele pega a porra do carro, e acontece. Você acha que o André vai sair em leso? Lá sabe onde aquele viado vai! A bebida pode fazer efeito em um segundo, e quem vai ficar cuidando dele sou eu.
- Na verdade é a mãe dele.
- E quando a mãe dele trabalhar quem vai ficar? Você? Quem vai dar a porra do banho, enquanto todos estão indo dormir?
- Não vejo pra quê os estresse. André sabe do que está fazendo Priscila.
- Você não está me ouvindo? – Ela gritou com ele. – Eu acabei de dizer que a bebida vai fazer efeito daqui a algum tempo. André bebeu metade da garrafa e não comeu porra de nada hoje. Que desgraça vai acontecer, me diga?
Joaquim não respondeu e ela passou a mão no cabelo. Priscila me viu ali na porta.
- Está vendo o que você fez?
- Opa, não coloque minha irmã no meio. – Joaquim me defendeu se levantando do chão.
- Eu não fiz nada Priscila. – Disse.
- O André está assim, e tudo tem haver com você! – Ela apontou o dedo. – O André foi para universidade por você! Ele queria chegar, formado, só pra começar o trabalho e dar tudo de melhor pra você. Ele queria um futuro com você, e você acabou com tudo. Acabou com tudo! – Ela gritava jogando na cara. – Vocês terminaram, e aquilo lhe destruiu! Quando André volta pra sua cidade, ele simplesmente lhe vê com outro te pedindo em casamento. Ele vê o seu primeiro amor sendo pedida no lugar dele. Ele que devia estar pedindo.
- Não fala assim... – Implorei com lágrimas nos olhos com suas palavras duras. – Eu não tenho culpa...
- Se vocês não tivesse terminado. Na festa da Lola, Jessica não estaria aqui o fazendo se atrasar. E isso não faria eles dois brigarem.
- Não... – Pedi chorando.
- Ele nem ao menos teria conhecido ela! André nunca teria conhecido aquela família e ele estaria bem. Se vocês não tivessem terminado, o André não teria olhando os peitos da Patty naquele dia fazendo assim o seu avô não brigar com ele o tempo inteiro. E cada vez mais que eles brigam, o seu avô perde um dia de vida fazendo assim acabar com a vida do André.
- Por favor...
- Tudo leva pra você! Tudo tem que levar pra você. Os dois estariam bem agora. A Lola e o André estaria bem. O André não teria conhecido a Jessica. Antônio e André estaria bem. Patty não estaria gostando dele, pois vocês estariam comprometimento. A Jessica nunca teria ido procurar o André naquele dia pois vocês estariam juntos e ela nem iria saber da existência dele porque foi você que fez André se cruzar com aqueles irmãos. Tudo foi você. Você e seu egoísmo pra só uma pessoa. Você vai casar e só está pensando em satisfazer o Luckas porque ele gosta de você, mas você não quer assumir que não gosta dele. Que nunca gostou, e querendo ou não nessa história quem saíra mais machucado é o André. Por que vocês se amam, e por causa desse maldito orgulho você não o assume E ISSO SEMPRE VAI MACHUCAR O MEU AMIGO. VOCÊ ESTÁ MAGOANDO QUEM VOCÊ REALMENTE AMA JULIA.
Ela terminou a frase gritando e soletrando cada palavra desde do “e isso sempre vai machucar o meu amigo...”
As lágrimas caiam quente, por cada palavra dura e verdadeira que saia dela.
- A verdade doe né? – Ela perguntou mais calma. – Mas o que mais vai doer, vai ser quando eu pegar você se o André chegar aqui após um acidente.
Priscila saiu da sala indo pro quarto.
Lolinha
Abaixei o livro ao ver uma pessoa na porta.
- André, o que faz aqui? – Perguntei surpresa me sentando na cama e ele veio até mim. Deitou de bruços e abraçou minha cintura com a cabeça em minha barriga. Não entendi.
- Me desculpa. Eu não contei a verdade pra você e fiz Julia mentir. – Ele disse me abraçando cada vez mais apertado. Ele é muito pesado.
- Do que você está falando? – Disse tentando me segurar pra a gente não cair aqui.
- Na sua festa, eu me atrasei por causa da Jessica a irmã do Luckas. Eu não sabia que ela estaria me esperando. Eu tive um dia tão mal, e acabei dormindo quando estava com ela. Eu pedi pra Julia não contar nada, pois se você soubesse não iria querer mais conta comigo.
- E por que está contando agora? – Perguntei sem entender.
- Porque essa distância entre a gente é horrível. Somos irmãos, e você é minha irmãzinha, não quero ficar brigado com você. Passei tanto tempo fora, prometi ficar mais tempo quando voltasse mas estou tão preso no trabalho que não estou tendo tempo direito pra nada. Não quero mais ficar brigado com você Lola. No começo eu pensei que seria como antigamente. Que a gente brigava e do nada voltava a se falar. Ou que a mamãe puxaria nossas orelhas e me fazia se desculpar por pirraçar você. Mas não. Não foi desse jeito. A gente não voltou a se falar, e nem a mamãe puxou nossas orelhas. Por isso estou aqui. Te pedindo perdão por não ter criando coragem antes pra se desculpar.
- Tá tudo bem. – Falei me apoiando em uma só mão e passando a mão em seu cabelo.
Mamãe botou o prato em sua frente.
- Come.
- Não quero.
- Estou mandando comer, não estou perguntando se você quer ou não. – Rosa disse de seu jeito mandona e ele começou a comer. – O que passou pela sua cabeça seu babaca? Beber, sem se alimentar e sair com o carro? Você tá ficando maluco? – Ela gritou.
A Julia tinha ligado para perguntar se o André apareceu aqui, e acabou que ela disse que André tinha bebido e saído com o carro sem nem dizer pra onde iria.
Agora ela está super irritada com ele.
- Desculpe, eu só queria ver minha irmã.
- Eu nunca André, vou te perdoar por ter feito isso comigo. – Mamãe disse agora calma. – Você arriscou a vida que eu dei à você. Você podia morrer, com sua irresponsabilidade André. – Ela voltou a gritar e começou a chorar de raiva. André abaixou a cabeça.
- Desculpe mamãe. – Ele pediu em tom baixo, reconhecendo o seu erro.
- Volta a comer, vai. – Ela disse com tom mais calma e saiu da cozinha. André bagunçou o cabelo molhado, chateado e voltou a comer calado e de cabeça baixa.
- Como vai a escola? – Ele me perguntou quebrando o silêncio.
- Bem. – Ele concordou com a garganta e voltamos a ficar em silêncio.
Desde daquela última conversa, ele não falou mais nada. Comeu, e agora estava lavando o prato que sujou.
- André. – Priscila entrou na cozinha. Ele parou de lavar e ela lhe abraçou. – Fiquei tão preocupada. – Ela disse enquanto não se abraçava.
- Eu queria vê a Lola. – Ele disse ainda abraçando ela. Priscila me viu ali sentada e passeou a mão em seu cabelo. Na porta da cozinha, Julia estava olhando pra os dois e parecia, bem, mais bem triste.
- Acho que já chega de abraços não acha? – Falei e eles se separaram.
- Não precisava ser grossa assim né Lola? – André disse.
- Ah, tá sentindo na pele? – Perguntei e ele revirou os olhos.
- Vamos pra casa ou vai ficar mais um pouco? – Priscila perguntou a ele.
- Para casa. – Mamãe entrou na cozinha empurrando a Julia pelos ombros pra entrar. – André vai pra casa, descansar, pois amanhã ele tem trabalho. E eu quero que jogue na pia, todas as bebidas que tiver em sua casa. E Julia vai me certificar que não tenha nenhuma garrafa em seu trabalho também.
- Eu já fiz isso antes dele sair. – Priscila disse.
- Como fez isso sem me dizer nada? – André perguntou soltando sua mão.
- Cala boca André. Você não tem direito de falar nada aqui. – Rapaz, vê a mamãe estressada é como pedir pra morrer. Não quero nunca fazer ela ficar assim! – Joaquim estão esperando no carro. Adiantem.
Priscila e Julia saiu e ficou só a gente.
- Não estou entendendo aonde você quer chegar com isso. – Ele disse.
- Você não! Fale direito comigo direito porque você não está falando com seus amigos. – Ela disse.
- Eu não entendo pra quê isso. Só foi uma vez, não vai se repetir.
- Espero mesmo, pois se repetir eu faço você entregar a presidência para o Thiago.
- Isso não depende da senhora. A empresa é do meu avô, meu pai. E quando morrer vai ser minha. – Ele gritou. – A senhora não está mais casada com ele pra querer mandar em porra alguma.
Essa foi pesada...
Ele percebeu quando ela não disse nada.
- Bora ver se eu não acabo com essa palhaçada antes mesmo de começar. – Mamãe falou. – Sai daqui André. – Ela pediu com o mesmo tom apontando pra porta da cozinha, mas ele não saiu. – EU MANDEI SAIR. – Ela gritou derrubando a cadeira no chão. – SAI, SAI, SAI. SAI DA MINHA CASA.
Eu nunca tinha lhe visto tão estressada como ela estava agora. André engoliu em seco e saiu da cozinha nos deixando a sós. Ela ficou respirando fundo olhando pra frente.
- Se um dia, você ousar fazer o que ele está fazendo... – Ela começou sem me olhar, só respirando fundo. – O bicho vai pegar pra você também. – Ela me olhou e eu engoli em seco concordando.
Eu nunca mais quero vê-la assim novamente.
André Alencar
- Você vai ficar bem sozinho? – Priscila perguntou a mim quando estávamos na porta. O Rafael não iria dormir aqui hoje. Parecia que ele iria viajar com o pai, não sei direito.
- Vou. – Respondi.
- Se quiser a Kat pode dormir aqui com você.
- Não precisa. Podem dormir em paz. Eu estou bem.
- Eu queria poder acreditar. – Entortei a boca com o silêncio que reinou entre a gente. – André, eu ouvi o que você disse.
- Acho que todo bairro ouviu o que eu gritei pra minha mãe.
- Não estou dizendo sobre isso. – Ela disse e eu franzi a testa.
- Do que você está falando então? – Perguntei confuso.
- A discussão com o Thiago. – Priscila falou. – Eu ouvi...
- Agora entendi porque ficou estranha comigo. – Murmurei.
- Foi legal da sua parte ter me defendido daquele jeito. – Ela sorriu de lado.
- Só não achei certo o que ele fez.
- É verdade mesmo, o que você disse?
- Que não é pra mexer com você? Claro que...
- Você sabe do estou falando. – Ela me interrompeu e eu fiquei calado. – Você me acha boa mesmo?
Sem jeito eu concordei. Não entendi! Sem jeito? Tá ficando viadado André?
- Você não se acha boa? – Eu perguntei e ela negou. – Você não se sente bem consigo mesmo? – Priscila voltou a negar pra mim. – Pois devia. – Coloquei seu cabelo pra trás da orelha e sorri. – Desde de quando você pensa assim? – Voltei a colocar as mãos pra trás.
- Faz algum tempo.
- Não quero mais que pense assim. Você no fundo sabe que o que eu disse é verdade.
- André, a última vez que ficamos a gente estava no colégio. – Ela riu abafado.
- Priscila, na primeira vez que ficamos você era ótima. Acha que depois de tanto tempo de experiência você vai ficar ruim de repete? – Perguntei rindo abafado também.
- Sim.
- Eu só não te faço trocar essa palavra, porque tenho respeito por você.
- E o que vai fazer? Me bater? – Ela brincou cruzando os braços.
- Não. Eu dormiria com você pra te devolver seu alto estima.
- Como se adiantasse.
- Quer duvidar? – Arqueei a sobrancelha lhe desafinado e ela não respondeu.
- E-eu acho que você devia ir descansar. – Ela gaguejou tentando me desafiar também.
- Eu acho que você tá com medo de que eu possa conseguir.
- Nada haver. – Voltou a gaguejar e eu ri, abrindo a porta e entrando. Olhei pra ela convidando ela a entrar.
Ela ficou na porta, ainda recuando e eu neguei rindo.
- Você tem razão. – Falei negando. – Você realmente pode mudar. – Acho que ela não esperava eu dizer isso. – Sim, realmente você não é mais a mesma. – Continuava a dizer. – Você já foi mais corajosa. Costumava sempre tomar a iniciativa. – Sua cara queria me fazer rir, só que eu tinha que ficar negando com a cabeça. – O que eu mais gostava em você mudou. Eu adorava quando tomava a iniciativa, mas agora você não tá mais experiente. O que me resta agora é eu mesmo tomar. – Puxei seu braço pra dentro e lhe beijei. Nem precisou esperar e ela já correspondia.
(AASJDHAKHEOWHELEHAOEUWOWLKLLKHKAAAAAAAAIEHSKSHAKSHJAHA OTP VIADOOOOO)
Fechei a porta e lhe joguei entre ela sem parar o beijo. Porra, como eu estava com saudades disso. Priscila colocou a mão no meu rosto aprofundando mais. Fiz ela subir no meu colo e lhe carreguei indo pro quarto.
Eu nunca agradeci tanto ao Rafael por ele não estar aqui hoje.
Lhe deitei na cama e a falta de ar reinou.
- Não desconta em mim o seu tempo sem fazer.
- Aí que vai ficar mais emocionante. – Falei enquanto tiro minha blusa e jogando lá nos inferno e voltei a lhe beijar.
Porra, eu realmente sentia muita falta disso. Dessa nossa pegação, desse fogo entre a gente. Priscila desceu as mãos pro cós da minha calça de moletom enquanto arranhava meu peitoral. Mordi seu lábio e chupei fazendo ela arfar. Desci os beijos pra seu pescoço e ombro enquanto eu abria sua calça.
Priscila me colocou pra baixo e tirou a sua blusa ficando de sutiã. Sorri pra ela com a mão em suas coxas. Era assim que eu gostava nela. Quando ela ficava no comando. Ela revirou os olhos sorrindo ao perceber o que meu sorriso quis dizer. Priscila pegou meu rosto e me beijou com calma dessa vez. Coloquei o seu cabelo pra trás da orelha e fiquei com a mão direita entre seu rosto enquanto ela me beijava com doçura.
(CARALHOOOOOOO MEU OTP VIADOOOOO EU TÔ FELIZ PRA CARALHO E OLHE QUE FOI EU QUEM ESCREVI AAAAAKAJDKAHDKHAKFHSOSHS EU AMO MUITO ESSE FRIENDSHIP VIADO MEU CORAÇÃO CHEGA PARA CARALHO QUEM MAIS TÁ FELIZ COMIGO????? Tudo bem, eu sei que ninguém shippa esse friendship, mas deixa eu ficar feliz tá? Obrigada, de nada 🐗🐗🐗 Aaaaaaa amores da minha vida)
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