- Julia, você não sabe o que eu descobri. - Rafael chegou na mesa correndo.
- É mesmo? - Ironizei tomando o suco.
- Sim. E você é a que mais precisa saber agora.
- O que é? - Tirei o canudo da boca pra falar. Coloquei novamente tomando mais.
- Segura a bomba. - Concordo com a cabeça tomando mais o suco. Ele jogou o jornalzinho da escola na minha frente. - Desculpas falar assim, mais o Omar está te traindo.
Cuspir o suco da minha boca na cara do Bruno. Como? O Omar? Meu namorado? Ouvi o Bruno resmungar por causa do banho de suco no rosto. Peguei o jornal a minha frente, vendo a imagem bem na frente da primeira página.
- Foi de hoje. - Respondeu sabendo que iria perguntar isso.
Bati na mesa com força levantando bruscamente da cadeira. O refeitório todo olhou pra mim. Passei por Carlos que pegou meu braço.
- Não vai. - Ele falou.
- MIM SOLTA CARLOS. - Puxei meu braço bruscamente.
A cada passo que dava, minha raiva aumentava cada vez mais. Os olhares pra mim eram curiosos.
- DESGRAÇADO. - Xinguei abrindo a porta com forca. Eu queria chorar, mais minha raiva não deixava.
Sentia gente correndo pra mim alcançar. Mas meus passos eram longos. No final do corredor, o idiota apareceu. Cerrei o punho da mão direita andando até ele.
- Amor. - Ele falou quando mim aproximei.
Dei um murro certeiro debaixo de seus olhos que fez ele cair no chão.
- Porque vez isso? - Ele perguntou ainda no chão com a mão no lugar machucado.
- Você está mim traindo Omar?
- Como... Como... - Falou sem conseguir falar.
- Como descobri? Não seja idiota. - Joguei o jornal que tinha pegado, com tudo em cima dele. - Se fosse pra trair, era pra ter mais cuidado não acha? - Ironizei quando ele olhou.
- Não é isso, isso está errado. - Ele levantou do chão.
- Viado. - Levei a mão em seus ombros. Dei uma joelhada em suas partes de baixo que o fez se contorcer.
Virei-me pra trás vendo o Joaquim e meus amigos. O povo que estava atrás deles estavam olhando tudo abismado. Passei por eles correndo. Eu tinha que ir pra casa. Eu tenho que pegar minha mochila e ir pra casa. Minhas lágrimas começaram a cair. Era sofrimento, misturado com raiva e decepção.
[...]
Eu: Queria que você saísse do anônimo, e vim mim abraçar :'(
Lonely: Que droga! Eu também queria que estivesse te abraçando.
Lonely: Eu sou um covarde.
Eu: Não, você não é. Você só é tímido.
Eu: Mas... Sabe aquele velho ditado?
Eu: Quem avisa amigo é?
Eu: Então...
Lonely: Não fica assim Juh. Ele não te merece.
Eu: É, agora sei.
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