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História Unknown Love - Julia/André


Escrita por: alvera_Nanew02

Capítulo 38 - Julia/André


Amor: Olá sumido.

Amor: Não fala mas comigo não é?

Amor: Esqueceu de mim fofo?

Eu: Esquecer? Nunca!

Amor: Então por que sumiu?

Eu: Nada! Absolutamente nada!

Amor: Ãnh, sei.

Eu: ....

Amor: Alguma novidade?

Eu: Tipo?

Amor: Tipo! Quando vai se revelar. Ou se quer me contar algo que eu não me contou, não sei anônimo.

Amor: Anônimo, responda.

Eu: Não Julia.

Eu: Ta doida?

Amor: Isso eu sempre fui.

Eu: Por que eu precisaria contar algo pra você? Kakaka.

Amor: Essa risada falsa, mim fez ter certeza que você não me contou algo.

Eu: Que nada!

Amor: Jura?

Amor: JURA ANÔNIMO?

Eu: Sim.

Eu: Calma! Não precisa colocar em maiúsculo.

Amor: Eu juro Anônimo, que se você estiver mentindo pra mim, eu não sei nem o que faço contigo.

Eu: Eu hein... mulher desconfiada.

Amor: Sou mesmo. Só quero cuidar do que é meu.

Eu: Desde de quando eu sou seu?

Amor: Desde de que você virou MY ANONYMOUS.

Amor: Entendeu agora ou quer que eu repita?

Eu: Desde de quando você é tão ciumenta comigo?

Eu: E que história é essa de My Anonymous?

Amor: Primeira pergunta; não sei.

Amor: Segunda pergunta; É seu nome do contato. E também por que você é só meu entendeu agora?

Eu: Ui, como ela é ciumenta.

Amor: ^-^

Amor: O que faz?

Eu: Agora?

Amor: Nãooo.

Amor: Amanhã.

Amor: É óbvio que é agora.

Eu: Nada! Absolutamente nada!

Amor: Ãnh.

Eu: Para de ficar colocando esse Ãnh.

Eu: Dá pra parecer que está desconfiada.

Amor: Mas eu estou desconfiada.

Amor: Ai, já não me respondeu de novo!!!

Amor: Aff'z

Eu: Normal.

Eu: O que quer que eu diga?

Amor: Nada! Absolutamente nada!

Sentia o olhar da loira em mim, a cada dígito. Levantei o olhar sem movimentar a cabeça. Ela de imediato voltou a olhar a tevê, mudando de canal.

- Posso saber o que tanto faz neste celular, André? - Ela perguntou ainda mudando de canal.

- Nada demais, Priscila. Por que a pergunta? - Levantei a cabeça e ela virou pra mim e sorriu irônico.

- Nada. Só curiosidade. - Voltou a olhar a tevê.

- Vou no banheiro. - Avisei, não esperei ela dizer nada e sai da sala. Pronto, duas pessoas no mesmo dia desconfiando de mim. Era só o que me faltava. Entrei no banheiro de baixo mesmo. Quando terminar de usar. Assim que abrir a porta, me assustei ao ver a cara de Priscila vermelha. - Eu hein Priscila. Aparece assim do nada. - Passei por ela pra ir a sala.

- Posso saber quem é amor? - Parei de andar, e virei pra ela. Ela estava com o meu celular na altura cabeça. Ela ergueu uma sobrancelha esperando minha resposta. - Não vai dizer André? - Desafiou balançando o celular.

- Isso não te interessa. - Tomei meu celular bruscamente de sua mão. Apertei o botão, e vir uma notificação da Julia.

- É claro que me interessa. - Olhei ela bufando.

- Não, não te interessa. A única pessoa que eu devo explicação é pra minha vó. - Falei rude. Minha raiva já subia pela cabeça.

- Agora é assim? Depois daquele dia? - Perguntou incrédula.

- Aquele dia foi um erro Priscila. Um erro, que não irei mais cometer.

- Não foi isso que você disse na hora. - Retrucou. Apertei o celular na mão. - Não foi você que ligou o Foda-se? O que foi? Ficou com peso na consciência, por ter traído a piranha?

Dei um passo a sua frente, encarando ela com raiva.

- Nunca mais. Diga isso dela. Nunca mais está ouvindo? Nunca mais! - Ameacei colocando o dedo em sua cara.

- Já sei. - Bateu palmas. - Ela não soube te satisfazer, e você correu pra os meus braços. Eu sabia que era isso, desde de que vir pela primeira vez à mensagem dela no seu celular. E adivinha? Foi no mesmo dia que você estava gemendo meu nome.

- CALA BOCA. - Gritei irritado. Empurrei seu corpo fortemente ao lado da porta do banheiro, apertando seu ante-braços. Ela gemeu de dor. - Cala boca. - Trinquei os dentes. - Você não sabe do que fala. Você acha que só por que dormir com você novamente, eu tenho que lhe dar satisfação de minha vida? Se for isso, está muito enganada. Se você está achando, que só por que voltou, eu tenho que parar minha vida, pra lhe dar atenção, ou até mesmo ser só seu, como diz. Pode tirar o cavalinho da chuva. Não sou propriedade, e nem um objeto seu, pra você dizer que é só seu. Eu posso ter namorado você um dia, mas desde de que você sumiu do mapa, meu amor voltou pra a outra. Então pare de achar, que existe só você no mundo, POR QUE NÃO EXISTE.

Soltei-a, dando um passo pra trás. Ela caiu no chão, fraca e com lágrimas caindo. Levei as mãos na cabeça, pra ver se parava de girar. Puxei meus fios, respirando pesadamente. Ela começará a soluçar, e piorava mais minha situação. Okay! Eu não tenho toda culpa nesta história! Ela provocou pra me fazer tal ato, mas não tirava o fato de ter a machucado. Ela segurava os pulsos enquanto fechava os olhos ao fazer cara de dor e jogar a cabeça pra trás na parede. Tirei minhas mãos de meu cabelo e se abaixei a sua frente. Ela não me viu, pois estava de olhos fechados.

- Olha... desculpas. - Pedi arrependido. Ela assentiu mordendo o lábio inferior, sem abrir os olhos. - Deixa eu ver. - Me referi ao seu braço. Ela não respondeu. Peguei seu braço com cuidado, pra não machuca-la mais do que já estava. Estava vermelho. Muito vermelho. E pulsava rápido. Muito rápido. Soltei, e fui pro outro lado. Peguei-a no colo, por provavelmente ela está fraca. Levei Priscila para o sofá, deitando com cuidado no mesmo.

Que droga, eu só faço merda nesta vida.

Puis a bolsa de gelo, em seu braço. Sentei na mesinha e ela olhou pra mim.

- Olha Priscila, me perdoe por isso... eu não queria machuca-la, mas... mas, eu estava com raiva. Eu me descontrolei... Eu não queria... - Admiti olhando minhas mãos.

- Tudo bem. Você estava em sua razão. - Olhei ela.

- Mas isso não tira o direito de ter te machucado, Priscila. Você sabe que não sou assim. Não faço essas coisas, ainda mais em pessoas próximas de mim.

- Eu já disse, tudo bem. - Sorriu fraco e ficou de lado. - Eu quem deveria te pedir desculpas. Você tem sua vida. E eu a minha. Não deveria fazer isso. Nem falar. Ela é sua namorada né?! Só queria saber por que vez isso comigo.

- Ela não é minha namorada. - Murmurei olhando a mão. - Só, minha amiga. - Um nó se fez em minha garganta ao falar. Não éramos mesmo namorados, só amigos, não é?

- Olha pra mim. - Ela pediu. Hesitei mais olhei. - Se ela é só sua amiga, o que te impede de você poder voltar comigo?

- Você não irá entender. É difícil de entender. - Mordi o lábio.

- Então, me explique direito, André. Por que se você não namora. O que te atrapalha a voltar comigo?

- Por que nesta história toda, não vai ser só eu metido. - Meus ombros caíram. Ela apertou os olhos, suspirando.

                 Julia Vaz

- Hey pirralho. - Chamei Felipe. Ele fingiu não ouvir por ter chamado assim. - Hey testão. - Prendi o riso ao ver seu rosto raivoso. - Passa o controle.

- Não. - Escondeu o controle abaixo de si.

- Vou falar com a mamãe que você rumou um pedregulho no gato da Meire. - Ameacei. Meire era a vizinha.

- Fale. - Deu língua.

- MAMÃE. - Gritei.

- Não, não, toma. - Deu o controle rapidamente. Ri. Sempre funciona. Peguei o controle e ele cruzou os braços fazendo bercinho. Coloquei em meu canal de música. - Ah não Julia.

- Xi. - Pedi fazendo sinal de silêncio. Ele bufou.

- Pra quê me chamou Julia? - Mamãe chegou perguntado. Olhei Felipe e ele me olhou também, quase se ajoelhado no chão pra me contar.

- Nada. Só queria saber onde meu celular está.

- Pelo amor. Você vive com o celular na cara o tempo todo. - Revirou os olhos.

- Pois é, mas eu não achei. - Fiz beicinho.

- Se você procurasse direito iria achar. - Retrucou. Agora quem rolou os olhos fui eu. Ela saiu novamente da sala, reclamando como sempre faz. Mães! Fiquei observando Felipe levantar de fininho do sofá. Quando ele foi passar a minha frente, ele correu. Pirralho desgraçado! Corri atrás dele também. Quando disse que meu celular tinha perdido, não estava mentindo. Ele subia as escadas rindo, enquanto eu o xingava de tudo que é nome. No final do corredor, Felipe parou e virou. Coloquei a mão na cintura.

- Me dê meu celular. - Dei a mão. Ele riu negando com a cabeça seu corpo pareceu rígido e olhou através de mim.

- Foi ela que começou. - Apontou pra mim. Virei a cabeça pra ver com quem ele está falando. Não acredito que caí novamente nisto. Virei novamente e não vir mais Felipe.

- IDIOTA. - Berrei batendo o pé no chão.

Desci as escadas dando pulinhos em cada degrau, cantando a irritante música que Rafael cantou quando estava bêbado. Oh música chatinha. Fica na cabeça o tempo todo.

- Para de cantar essa música insuportável. - Não morre mais.

- Graças a você, bocó. - Reclamei dando um beijo em seu rosto. - O que faz aqui?

- Bom, hoje não teve aula, então a única coisa que restou foi vim infernizar sua vida. - Falou da forma mais natural. Neguei com a cabeça sorrindo.

- Você sempre inferniza minha vida, Marcus. - Provoquei. Rafael cerrou os olhos.

- Eu já mandei parar de me chamar assim. - Falou sério.

- Por que? Por que? - Briquei cantando um trecho da musiquinha. Ele negou rindo, com a mão no nariz. Ele ficou me encarando como seu eu fosse doida.

- Por que sou um bolinho de arroz. - Completou. Mordi o lábio tentando abafar o riso mas foi impossível. - Nunca mais me mostre essa musiquinha chata. - Revirou os olhos.

- Eu te mostrei o do feijão? - Perguntei pensativa. Ele cerrou os olhos. - Calma, eu não vou mostrar. - Levantei as mãos na defensiva. - Só cantar.

- Não, Julia. Não, não, não. - Colocou as mãos no ouvido andando pro sofá.

- Eu sou um bolinho de feijão
De feijão

Meus amigos me chamam de negão
De negão

O tio arroz quando ve ver começa a rir
Começa a rir

Mas pelo menos tenho boca pra sorrir
Por quê Por quê?

Por que sou um bolinho de feijão.

Cantei o seguindo. Ele soltou um grunhido e um palavrão logo em seguida. Se joguei no sofá rindo.

- Essa música vai ficar na minha cabeça agora. - Bufou se jogando em cima de mim.

- Sai seu gordo. - Empurrei ele. Ele levantou, não por que consegui, mas sim por vontade própria. Claro, eu fracote.

- Gordo? - Argueu uma sobrancelha. Mandei um olhar de óbvio. - Isso daqui é gordo? - Levantou um pouco sua camisa. Uau! Abafa o caso. Claro que já tinha visto isso antes. Mas é sempre a mesma reação quando vejo isso. Meu Deus... - Deu pra perceber que não. - Abaixou, tirando o paraíso de meus olhos. Ele riu da minha cara de decepcionada. Essa academia que ele tem na casa se seu pai está fazendo efeito.

Caminhei olhando minha mão na frente do corpo, até o sofá. Virei a cabeça quando percebi que Joaquim e Manuela pararam de falar.

- Oi, Manu. - Comprimentei a sentando no sofá, e pegando o controle.

- Oi, Julia. - Sorri pra ela. Olhei pro Joaquim ao seu lado, que estava me encarando enquanto seu corpo era sustentado pelos cotovelos colado na coxa. Desviei o olhar pra tevê. - Bom, eu vou deixar vocês a sós.

- Não, Manu. - Pedi levantando do sofá. - Fica aqui, vamos assistir um filme. - Emplorei ela olhou pra Joaquim como se perguntasse se pode. Olhei Joaquim a ponto de vê-lo negar com a cabeça.

- Desculpa, mas sua mãe está me chamando pra ajudar a lavar as roupas. - Andou em passos depressa a minha frente.

- Então eu também vou. - Levantei do sofá, ela virou pra mim me impedindo de andar mais.

- Não, você, fica. - Falou pausamente. Arquiei a sobrancelha lhe encarando confusa. Ela tornou a sair depressa. Dei de ombro dando um passo pra ir também.

- Você, fica. - Joaquim falou firme. Virei pra ele e ri irônica.

- Até parece. - Voltei a virar.

- Estou pedindo pra você ficar, não estou mandando. - Ele tornou a falar. Soltei um rosnado caindo a cabeça pra trás.

- O que você quer Joaquim? - Virei pra ele nervosa. Ele levantou lentamente do sofá. - Já não basta você dizer tudo aquilo pra mim, ainda...

- O que eu disse foi tudo de boca pra fora. - Ele me interrompeu, parando a minha frente. Ri seco.

- Ah claro, tudo de boca pra fora, sei. - Falei sarcástica. Ele suspirou passando a mão no rosto.

- Escuta, me desculpa, okay? - Pediu nervoso. Revirei os olhos cruzando os braços. - Eu não deveria ter te dido aquilo. Aquilo eu estava no momento de raiva. Eu tinha descoberto que você e o Jorge se beijaram depois de eu ter te avisado que era pra ficar longe dele. Poxa, Julia... Eu só quero o seu bem, eu sei quem Jorge é.

- Mas isso não tira o fato de você colocar o papai no meio. - Falei em um tom alto. Seus ombros caíram junto com sua cabeça. - Quando foi isso? - Perguntei agora baixo. Ele olhou pra mim confuso.

- Quando foi o que?

- Quando foi que você achou que o papai amou só a mim e esqueceu de todos. - Voltei a falar alto. Ele suspirou e olhou sua mão se virando.

- Quando você nasceu... - Deixou a frase e começou a caminhar em passos lentos entre a mesinha. - Eu era pequeno, não entendia muito bem, mas eu tinha olhos Julia. - O segui com o olhar sem falar nada, só escutando. - Eu via tudo. A felicidade de tanto no do papai quanto o da mamãe... Eu, com uma blusa do Brasil, gigante no meu corpo e uma bola de futebol ao meu braço, pronto pra mais uma partida de bola com meu pai. Ai vem a tia flora, dando uma incrível notícia. Minha irmã nasceu. A casa estava cheia, toda família Vaz estava presente por ter sido mais uma reunião em família. Óbvio, eu estava feliz. - Virou pra mim na frente da mesinha a minha frente. - Muito feliz... - Sorriu lindamente. Soltei um sorriso fraco. - Minha felicidade estava a mil. Cara! Eu ia ganhar uma irmãzinha pra me cuidar. Pra poder olhar quando mamãe e papai sair pra ir em um jantar romântico por ser o aniversário de casamento. Todos estavam feliz. Mas minha felicidade acabou, a cada dia que passava e não via mais o papai no jardim pra jogar bola comigo. Fiquei com ciúmes, raiva, decepcionado. - Balançou a cabeça pressionando seus lábios. - Eu queria meu pai de volta comigo. - Sua voz falhou ao terminar de falar essa frase, e seus olhos se encheram de lágrima, que nem o meu. - Só queria uma partida de bola de novo. Só queria cair no gramado por a blusa ter me atrapalhado, e ser levantado por meu pai.

As nossas lágrimas caíram juntas. Eu me sentia culpada. Eu não sabia que ele sentia isso. Ele nunca demonstrou essa... mágoa a mim.

- O papai amou todos nós Joaquim. - Sussurrei me inclinado pra pegar suas mãos que estavam quentes. Apertei. Ele riu entre lágrimas.

- Não estou dizendo que ele não me amou, Julia. - Apertou também minhas mãos. - Ele me amou também. Amou a mamãe. Amou o Felipe. Mas estou dizendo que sentia falta de toda atenção que tinha antes de você chegar. Passou alguns anos, e resolvi esquecer essa mágoa que tinha. Não fazia sentindo ter uma mágoa por sua própria irmã, e passei a te amar mais do que já amava antes. - Apertou novamente. - Realmente, eu tinha esquecido dessa bobeira, mas a raiva naquele dia me consumiu e me fez falar isso. Era só coisa de criança, ciúmes onde não deveria ter. Quando o papai morreu, e mamãe começou a te evitar, ali, eu virei o homem da casa, entende? Não tinha mais homem pra cuidar da mamãe, de Felipe e de você, então assumi o posto. O único homem, que pode cuidar da princesinha do papai. Então por favor, não pense que ainda tenho mágoa ou raiva de você porque eu não tenho. - Assenti pressionando os lábios um no outro. - A única coisa que tenho é ciúmes sua, com outro homem, por que o resto é só resto. - Rimos ao terminar. Separamos nossas mãos pra limpar o rosto manchado de lágrimas. Paramos de limpar e ficamos se encarando. Ele de sério, foi pra bobo. - Amo você.

- Eu também amo você. - Sorri e rodei correndo aquela mesinha pra abraça-lo. Pulei em seu pescoço o apertando com toda força do mundo. Só Deus e eu sabe o quanto senti falta do abraço de meu irmão.

- Que bonito hein, que cena mais linda... (BERRO! Ke) - Felipe chegou nos atrapalhando. Se separamos e olhamos pra trás de Joaquim onde estava o pirralho. - Será que eu estou atrapalhando os irmãozinhos aí?

- Xii. - Joaquim e eu se olhamos e depois olhamos a criatura que batia os pés no chão e os braços cruzados. - Acho que não é só você que está demostrando ciúmes, viu Joaquim. - Ri.

- Vamos pegar essa criança e encher de X O? - Joaquim perguntou a mim. A cabeça de Felipe caiu pro lado como um cachorrinho, confuso, por não saber o que é X O.

- Vamos sim. - Concordei sorrindo maléfica. Assim que Felipe abriu a boca pra perguntar, Joaquim o pegou no colo e correu com ele berrando, pra o sofá. Joaquim o derrubou no sofá e eu pulei em cima deles enchendo os de X O. Felipe já não berrava, Felipe ria descontroladamente tentando se esquivar.

- O X, é pra beijos, e o O pra abraços. - Papai nos explicou fazendo o X e o O no papel. - Qual vocês escolhe pra dar em sua mãe? - Olhou pra nós dois que estávamos sentado em suas duas pernas.

- Eu prefiro o O. - Joaquim respondeu primeiro que eu.

- E eu prefiro o X. - Retruquei dando língua a ele. Ele deu também. Ficamos discutindo qual o papai deve escolher, o X ou o O.

- Chega. - Papai nos interrompeu. Se calamos de imediato. Sua cara de repreensão nos dazia arrepios. - Eu acho que os dois vai ser melhor. - Sorriu brincalhão. Soltei um ar que nem eu sabia que continha no mu pulmão. - Vamos, ela está fazendo a papinha de seu irmão. - Apressou a gente. Pulamos de sua perna. Ele foi na frente de nós dois e com o indicador nos lábios pedindo silêncio. Fiz o mesmo movimento caminhando devagarinho sendo seguida por Joaquim atrás de mim. Depois de muitos minutos caminhando em silêncio até a cozinha, paramos ao lado da batente da porta. Papai acima de Joaquim e Joaquim acima de mim, só mostrando a cabeça. Mamãe estava de costas pra nós na frente do balcão coando algo. Papai saiu de trás da gente e voltou a caminhar em silêncio sendo seguido por nós. Ele parou nas suas costas e olhou pra gente contando com os dedinhos.

- X O, X O. - Gritamos juntos. Mamãe deu um pulo soltando um grito assustada. Antes que ela pudesse dar bronca, pulamos em seu corpo abraçando. Papai beijava seu rosto enquanto abraçava sua cintura, enquanto eu e Joaquim beijava suas costas e laterais e também abraçava sua cintura.

- O que deu em vocês? Para! - Ela pedia tentando não rir. - Para vocês três. - Ela caiu na risada também. - Para! Vocês vão acordar Felipe. - Continuávamos fazendo X O nela enquanto ela ria e tentava tirar nossos braços. - Chega! Eu me rendo. - Ela levantou as mãos. Paramos de abraçar e beija-la e ela virou pra nós dois. Ela cerrou os olhos lra nós, ao ouvir q babá eletrônica. Pisquei sorrindo como um anjinho. - Vocês acordaram deu irmão. - Deu bronca na gente. - Posso saber o porque disso agora? - Atrás dela, vemos o papai negando com o dedo.

- O papai, que armou tudo. - Falamos juntos. Papai cerrou os olhos.

- Ah, seu pai? - Virou pra ele que sorriu amarelo. Joaquim e eu se olhamos, e começamos a rir em silêncio. Papai nos encarava como "vocês vão ver mais tarde". - Já que seu pai teve a brilhante ideia de armar isso, ele vai ter que terminar de fazer a papinha de Felipe, enquanto vou pegar ele no quarto.

- Amor, eu não sei fazer isso. - Apontou pro coisinha no balção.

- Problema é teu. Dê seus pulos. - Caminhou pra sair da cozinha. - Na hora de ser criança todo mundo sabe. - Foi a única coisa que ouvimos ela falar. Paramos de rir ao ver a cara do pai.

- Na hora todo mundo sabe jogar a culpa em cima de mim né? - Voltou a sorrir divertido e balançou a cabeça.

             André Alencar

[...]

Coloquei mais um prato na mesa.

- Por que você não pode voltar com a menina? - Minha vó, repetiu novamente. Bufei.

- Eu já lhe disse. Se eu voltar eu vou ter que parar de falar com a Julia. E eu não quero isso. - Repeti, colocando o garfo e a faca no prato.

- Bom, pra mim tanto faz. - Revirei os olhos. Novidade! Levantei a cabeça pra encara-la. Ela estava de costas abaixada, pra ver o forno.

- Qual você prefere? - Perguntei depois de alguns minutos de silêncio.

- Do quê? - Perguntou ainda sem me olhar.

- Delas. Julia ou Priscila? - Perguntei aflito. A opinião de minha mãe, é o que mais importa pra mim.

- Cauã Reymond. - Revirei os olhos ao ouvir sua baixa risada. Ela fechou o forno e olhou a mim. - Brincadeira. Não, não é brincadeira, é verdade. - Se atrapalhou nas palavras. - Por que na real, Cauã Reymond e uma perdição. Misericórdia. - Se abanou com o pano de prato. - Com aqueles cominhos e aqueles braços, aquela voz grossa e rouca, aquele...

- Vó, as meninas. - A interrompi. - As meninas. Não aquele viadinho. - Bufei irritado.

- Ele não é viado, pelo contrário. - Piscou os olhos sorrindo boba. - Mas sério. Eu acho que a Julia. - Sorri de canto. - Ela é toda mulher de atitude. Não liga pra essas frescuras de hoje em dia. Também, toda humilde e tem papa na língua. Gostei dela. Boa escolha, filho. Boa escolha. - Sorriu orgulhosa.

- É, talvez eu tenha feito uma boa escolha, mesmo. - Sorri bobo, ao imaginar minha mulher acordando ao meu lado todo os dias. (Onw, meu homem. Só falta nós casar, pra que isso aconteça, viu, Mozão? ♡)

- Iii. - Minha vó afinou a voz rindo. - Vai atender a porta logo, e tira esse sorriso do rosto cabeção. - Zombou. Revirei os olhos saindo da cozinha. Vir Lola no sofá assistindo seus desenhos.

- Você não atende não né pirralha? - Perguntei, passando por ela é dando um tapa em sua cabeça. Ela resmungou algo que não ouvi. Abri a porta sem perguntar quem é ou ver no olho mágico. Mania! Pisquei os olhos surpreso. - Você? - Perguntei confuso. A mesma mulher, que me ajudou a ir no hospital quando tive um acidente estava na minha porta uma hora dessa?! Ela sorria abertamente.

- Oi André. - Pisquei ainda surpreso por ela ainda lembrar meu nome.

- Como descobriu onde eu morava? - Perguntei. Ela mordeu o lábio, mas assim que abriu a boca pra falar, uma voz conhecida entrou na frente.

- O que faz aqui, Alicia? - Minha vó parou ao meu lado, encarando raivosa a mulher.

- Você conhece ela? - Perguntei ainda mais confuso. Elas duas me olharam e engoliram em seco. Ergui a sobrancelha esperando uma resposta delas duas que se olhavam aflitas. - Responde vó, vocês se conhecem?


Notas Finais


Como muitas pessoas pediram pra Joaquim e Julia se acertarem, eu fiz de última hora. O que eu não faço por vocês, né verdade? Olhe que eu nem tinha planejado fazer isso. O Flashback, foi a última coisa que pensei em fazer 😂
Espero que tenha gostado, foi de última hora, mas fiz com muito amor...

André, o que foi isso? Foi você que falou tudo aquilo pra Priscila? Estou assim oh 😱😱

Como todos já sabem!!!! Trarammm! Alicia, voltou... 😱

Se der, eu posso postar outro mais tarde.

Chegamos em 36 favoritos... tem como não amar vocês? 💜

Eu estou com um super bloqueio de criatividade... os capítulos reservados está acabando, e eu ainda não fiz nenhum capítulo está semana. 😕 não sei o que fazer


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