1. Spirit Fanfics >
  2. Unknown Love >
  3. Julia - Chapter Special

História Unknown Love - Julia - Chapter Special


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Como todos previam, esse capítulo foi o mais esperado de todos, certo? Como diz o título: Capítulo Especial 😄

Capítulo 49 - Julia - Chapter Special


Fanfic / Fanfiction Unknown Love - Julia - Chapter Special

Meu peito subia e descia rapidamente tentando buscar ar. Era ele! Ele era o Anônimo! André Alencar, o cara que me mandava mensagens.

Ele não precisou falar mais nada pra me ter realmente certeza, sua expressão era surpreso. Talvez ele não queria que eu descobrisse só por uma frase idiota. Ou talvez ele pensou que eu era burra demais pra descobrir em uma só frase besta.

- Julia... - Sussurrou soltando a corda que caiu em meu ombro e passou de volta pra trás. Levantei a palma da minha mão negando com a cabeça.

- Cala boca! - Pedi mordendo o lábio. Neguei e me virei caminhando entre os cordãos tirando da minha frente. Fui até o final e procurei a fechadura do portão que tinha ali. Abri com grosseria e adentrei o mesmo vendo a grande quadra sendo só iluminado com a luz da lua e uma luz em pouco longe mais que iluminava a quadra toda. Virei pra ele e vi os cordãos atrapalhando seu corpo de minha vista. - Entra! - Mandei depois de um suspiro. André caminhou tirando de suas frente e passou entre mim. Fechei o portão e deixei a cabeça cair nele. Apertei os olhos sem falar nada, e levei o braço na altura da testa. Neguei com a cabeça e abri os olhos  encarando a tinta mal pintada do portão. - Como pôde? - Fechei meus olhos mais uma vez ao sentir ele ardendo dizendo que quer chorar. Minha voz saiu tão baixa, que ou ele não escutou, ou ele não tem o que dizer. - Como pôde... - Sussurrei repetindo, e mesmo com os olhos fechados uma lágrima caiu em minha bochecha.

- Eu... eu não queria. - Admitiu ele também sussurrando. Apertei os lábios um no outro deixando mais outra lágrima rolar no mesmo local. - Me desculpe.

Mais outra rolou atrás.

- Você mentiu pra mim. - Um soluço saiu de minha boca. Mais uma lágrima caiu, só que do outro lado. - Você machucou meu coração, mas do que já estava.

Eu não queria ver seu rosto, eu só queria ver a escuridão. A escuridão igual a que estou vivendo hoje.

- Olha, eu te peço do fundo do coração que me perdoe. Eu fui um imaturo e idiota com você. - Admitiu desesperado. - Mas por favor, eu te amo Julia, só...

- VOCÊ AMA UM CACETE. - Gritei o interrompendo.

Virei rapidamente e o vi não muito longe mim. Uma distância ótima na minha opinião. Seus olhos estavam assustado, e pareceu mais assustado ainda quando dos dois lados do rosto as lágrimas rolou.

- Quando Joaquim disse mesmo que você vive chorando, ele não estava mentido. - Falou boquiaberto. Ri seco apertando a ponta do nariz pra não pegar uma faca e meter no peito desse idiota.

- Duvidou? - Perguntei sarcástica. - Você duvidou mesmo que não choraria? Eu posso se fazer de difícil, André, mas quando estou em meu quarto minha armadura cai, ao só lembrar que lá que eu recebia as mensagens de bom dia. - Limpei o nariz que começou a escorrer. - Sabe aquele Omar? Aquele que você tava conversando amigavelmente? Eu o perdoei pelo o que ele fez. Aliás, pra quê eu iria guardar um rancor, se nem em meus sentimentos ele está mais? Eu o perdoei, mas estou vendo que vai ser mais difícil fazer isso com você. Não gosto de ser rancorosa, mas com você vai ser diferente.

Ele se aproximou dando mais um passo, e seu rosto se iluminou mais.

- Por que comigo vai ser diferente? - Perguntou em um fio de voz, e pude perceber seus olhos brotarem águas também. - Não, não responde. - Pediu, mesmo sabendo que não iria responder. - Eu já sei.

- O que você sabe? - Perguntei e engoli em seco. Ele deu mais outro passo a frente.

- Julia, você se apaixonou por mim? - Engoli em seco novamente. Ele continha um pequeno sorriso triste.

- Não. - Neguei com a cabeça. Ele suspirou e abaixou a cabeça. - Eu me apaixonei por um desconhecido, não por você. - Ele ergueu a cabeça pra mim lentamente.

- E qual a diferença entre mim e ele? Somos a mesma pessoa. - Perguntou com a testa franzida.

- Não, você não é a mesma pessoa. - Neguei mordendo o lábio inferior. - No fundo ainda existe essa pessoa que eu conheci virtualmente, mas agora? Agora você não está mais o Lonely.

- E se ele aparecesse de volta? - Pude perceber que suas lágrimas teimosa começou a cair em seu belo rosto. - Você o perdoaria por ter sumido?

Passei a língua entre os lábios e abaixei a cabeça por um minuto depois ergui novamente. Ele me olhava esperançoso e parecia com medo. Dei um passo pra trás quando ele deu um pra frente. Ele parou ao perceber o que quis dizer com isso.

- Não sei... - Limpei o nariz novamente. - Eu preciso... Eu preciso assimilar tudo... tá muito confuso. Eu estou confusa! Eu só preciso de um tempo.

Ele assentiu e mordeu seu lábio inferior perfeito. Até nesta situação esse garoto é gosto...

Foco, Julia! Foco!

- Lhe dou o tempo que for do mundo. Só me perdoe, se quiser eu posso consertar a burrada que fiz. - Se explicou gesticulando com a mão.

- Como? Não tem como consertar o que você fez comigo, André. - Sussurrei e ele deu mais outro passo, recusei novamente e ele parou.

- Não chora. - Pediu sussurrando também. Como ele me pede pra chorar se ele também estava a mesma coisa? - Olha, tem um jeito. Tem que ter um jeito. - Passou a mão no rosto nervoso e depois no cabelo que antes estava arrumado agora desarrumado. - Eu posso terminar com a Priscila. - Sugeriu depois de pensar bastante.

- Não! - Falei firme. - Você não vai fazer isso. - Neguei e abracei meus braços. Sua testa se franziu.

- Por quê? - Perguntou confuso.

- Por que não, André! Você não vai terminar com um relacionamento por causa de mim. Você sabe que não gosto disso. Irei me sentir culpada. - Justifiquei irritada. Ele era louco por acaso?

Ele bufou e puxou seu cabelos soltado um rosnado.

- Será que você não entende que eu te amo, Julia?! Antes mesmo de Priscila aparecer na minha vida, é você que sempre foi e sempre será o motivo de meu sorriso, você consegue entender isso?

- Se você me amasse mesmo faria o que eu estou pedindo. - Falei um tom alto.

- Eu não vou sair desse baile como a nada tivesse acontecido, e deixar você assim. Eu não vou sair, e dizer que está tudo bem pois não está! - Falou também no mesmo tom. - Estou brigado com o meu melhor amigo, por causa da minha burrada! Estou te fazendo infeliz, por causa da minha burrada! Poderíamos está bem agora, mas eu acabei com tudo! Então eu não vou sair daqui, e pegar Priscila pelo ombro e levar pra casa como se nada tivesse acontecido. Passear com ela ao seus olhos como nada tivesse acontecido, e deixar sua situação pior do que já está! Eu me preocupo com você... Não era minha intenção te fazer se machucar, pelo contrário, então não me peça por isso, pois você vai se machucar e vai me machucar também.

- VOCÊ NÃO TEM O MOTIVO PRA SE MACHUCAR. - Gritei.

- EU TENHO SIM. - Gritou também. - POIS QUANDO UMA PESSOA AMA, E VER A OUTRA INFELIZ FAZ SE SENTIR TAMBÉM INFELIZ.

- VOCÊ NÃO TEM MOTIVO PRA FICAR INFELIZ, ANDRÉ. VOCÊ TEM UMA NAMORADA LINDA E QUE POSSA SATISFAZER TODOS SEUS DESEJOS. PRINCIPALMENTE O MAIS CARNAL QUE VOCÊ!! JÁ FEZ QUANDO ESTAVA CONVERSANDO COMIGO!

- TENHO SIM, POIS NÃO É A PESSOA QUE EU AMO. NÃO É A PESSOA QUE EU ME APAIXONEI COM SETE ANOS DE IDADE, AO MEU LADO. ELA NÃO É E NUNCA VAI SER, VOCÊ! PRISCILA PODE SIM SER BONITA, CHAMATIVA, E QUE POSSA SATISFAZER MEUS DESEJOS COMO VOCÊ DIZ, MAS MEU ÚNICO DESEJO AGORA NÃO É CARNAL NEM NADA, É SENTIMENTAL! SENTIMENTAL, POIS SÓ DESEJO FICAR AO LADO DA GOROTA CHAMADA JULIA VAZ SEM NENHUM EMPECILHO PRA ATRAPALHAR.

- VOCÊ NÃO PODE TERMINAR com uma pessoa por mim. - Falhei ao gritar por causa da lágrimas.

- Quando amamos, Julia... fazemos loucuras, mas no final vale a pena quando se custa a felicidade de si e principalmente da parceira. - Deu um passo e levou a mão ao meu rosto.

- Você não pode fazer isso.

Minhas pernas falharam, dobrando os joelhos. Abracei o mesmo sentindo um pouco da parede em minhas costas. Eu chorava com o coração apertado. Como uma criança que não ganhava a panela de brigadeiro pra raspar. Okay, comparação idiota em uma situação dessas, mas eu não tô conseguindo raciocinar tudo o que está acontecendo em minha vida. Estou acabando de pedir, pra o garoto que acabei de descobrir que é o Lonely, pra não se separar da namorada. Qual é! Eu posso sofrer com isso, mas não suportaria que isso acontecesse. Assim como não iria quer que acontecesse comigo, não quero que aconteça com outra. Apesar de eu não gostar da Priscila, não quero o mal dela. Imagino como iria ficar, se meu namorado terminasse comigo pra ficar com outra.

- Olha pra mim, Julia. - Pediu ele e pela sua voz, parecia que tava a minha frente. Neguei várias vezes. Eu não queria que ele me olhasse neste estado. Já estava chorando como uma criança na frente de uma pessoa, imagina deixar ele me olhar com essa cara? Meu lápis de olho provavelmente já deve ter virado rio. - Por favor.

Hesitei mas ergui a cabeça. Ele levou as duas mãos no meu pescoço de ambas ao lado e seus polegares na minha bochecha. Ficamos em silêncio observando um ao outro. Todas suas formas e traços eram perfeitos. Delicadamente seus polegares escorregou em meu rosto no lugar das lágrimas quentes. Ele piscava demorado enquanto não tirava o olho dos dedos, bem concentrado em tirar aquelas lágrimas. Tão sereno que me proporcionava calma em um só toque. André finalmente olhou pra mim, me fazendo ter um frio na barriga e um arrepio na espinha.

-
Eu só queria ter o seu abraço
Pra ver se eu disfarço essa falta de você
Pra ver se eu disfarço essa falta de você
Poder tocar, sentir o gosto do seu lábio
Entrar no compasso que o seu coração bater
Olhar nos seus olhos e dizer

-
Sem você
Não importa se é doce ou salgado
Se tá quente ou gelado
Se faz sol ou vai chover
Eu achei que tava certo, fui errado
Era leve, tá pesado ficar longe de você
Pro escuro ficar claro
O sozinho acompanhado
É só a gente ficar junto e não separado

Meus olhos estavam arregalados, e só ai percebi que cantava essa mesma música no salão e ele seguia.

Céus, ele cantava. ELE CANTA! E eu não sabia disso. Sua voz era tão... perfeita.

-
Eu só existo
Se for do seu lado(2x)
Eu só queria ter o seu abraço
Pra ver se eu disfarço essa falta de você
Poder tocar, sentir o gosto do seu lábio
Entrar no compasso e o seu coração bater
Olhar nos seus olhos e dizer

A música do salão estava abafada, e melhorava mais a sua voz. Eu estava arrepiada da cabeça aos pés e com seus dedos no meu rosto piorava mais ainda minha situação. Ele passou os dedos entre meu cabelo que estava perto do olho.

-
Sem você
Não importa se é doce ou salgado
Se tá quente ou gelado
Se faz sol ou vai chover
Eu achei que tava certo, fui errado
Era leve, tá pesado ficar longe de você
Pro escuro ficar claro
O sozinho acompanhado
É só a gente ficar junto e não separado

-
Eu só existo
Se for do seu lado (2x)

Pisquei surpresa ao só perceber agora que seu rosto estava muito próximo do meu. Ele não se atreveria a fazer isso faria? Ele deu um sorriso fraco e parecia ler minha mente.

André juntou nossas testas, e não desviamos o olhar pra nada no mundo, até eu fechar sentindo sua respiração a meus lábios. Quente...

-
Sem você
Não importa se é doce ou salgado
Se faz sol ou vai chover
Eu achei que tava certo, fui errado
Era leve, tá pesado ficar longe de você
Pro escuro ficar claro
O sozinho acompanhado
É só a gente ficar junto e não separado

-
Eu só existo
Se for do seu lado (2x)

- Você foi a única pra que eu cantei. - Ele sussurrou quando parou de cantar. André roçou nossos narizes e me recusei a abrir os olhos depois disso.

- O que pensa que está fazendo? - Sussurrei também.

- Te amando...

Estremeço ao sentir seus lábios quentes roçar no meu. Seus lábios acolheu o meu inferior e logo soltou puxando o mesmo entre seus dentes. Oh céus...

Lá estava! As tão famosas borboletas que só sentia quando Omar me beijava. Eu não tava conseguindo raciocinar tudo isso. Eu não pensava em mais nada, só que ele estava ali a minha frente, pronto pra me beijar e em como eu queria seu beijo, mesmo eu sabendo que iria me arrepender depois. Não que eu não queira beijar ele, pois quero muito! Mas é complicado...

Meus pés aleatoriamente desceu ficando entrelaçados. Sua boca finalmente se chocou com a minha, e se meus pensamentos já tinha acabado, agora que não processava mais nada. Eu não tava mais em mim. Não ouvia mais o som abafado da música lá dentro, eu só sentia. Sentia todos os meus batimentos, todos! Sua língua deslizou pra minha boca, prontamente, enquanto sua mão esquerda desceu pra minha cintura. Céus, seu beijo era tão bom. Bom não, ótimo! Ótimo não, perfeito! Seu beijo tinha gosto de energético misturado com hortelã, uma combinação perfeita. Levei minha mão direita ao seu rosto aprofundando mais o beijo. Sua língua dominava minha boca em uma incrível sincronia. Meu Deus... que pegada esse homem tem. Era calmo, mais rápido, super estranho isso, mas super delicioso. Seu gosto, seu toque, sua mão na minha nuca acariciando minha bochecha, sua outra mão em minha cintura juntando seu corpo com o meu, sua língua enrolada na minha. Eu não tinha um jeito certo pra decifrar o que estava sentindo, mas que eu estava amando tudo isso, estava. O que ele estaria pensando? Queria saber. Será que ele está sentindo o mesmo que eu? Essa conexão? Esses batimentos acelerados? Esse...

A falta de ar senti, interrompendo esse pensamento, essa frase forte, até demais... Antes dele se separar, o mesmo deu um chupão na minha língua e uma mordida logo em seguida em meu lábio inferior. Esse certamente foi o melhor beijo que já tive.

E novamente repito!

Que pegada esse homem tem...!

Minha respiração estava ofegante que nem a dele, mas eu estava com um sorisso no rosto mesmo tendo dificuldade de usa-lo. Eu tava maravilhada. Sua respiração quente e ofegante batia contra o meu e nossas testas suadas ainda estavam juntas. Abri os olhos contra gosto e no mesmo estante ele abriu o dele. Ele sorria também, que nem eu, só que a diferença era que o dele era mais bobo e apaixonado. Seus olhos brilhavam sem querer desgrudar do meu. Com a respiração voltada ao normal, acariciei seu rosto delicadamente vendo que ele suava frio. Talvez seja por causa do terno. Dizem que terno faz calor. Abaixei a cabeça tirando nossas testa.

- Desculpas. - Pedi sussurrando e tirei minha mão se levantando do chão. Só vi seu sorriso sumir. Caminhei abraçando meus próprios braços, até o pequeno muro que separava a quadra com o lugar que os povos fica pra ver. Olhei através da cerca pra Lua que se encontrava cheia. Senti as lágrimas voltaram aos meus olhos, ardendo os mesmos. - Isso não podia ter acontecido. - Sussurrei pra ele, sabendo que ele está atrás de mim. As lagrimas tornaram a cair, só que no mesmo estante.

- Não podia, mas aconteceu. - Abaixei a cabeça e me arrepiei sentindo sua mão agora gelada tocar meu ombro direito. - Se arrepende?

Ergui o olhar pra Lua novamente e neguei com a cabeça.

- Não. - Não, eu não me arrependia disso. Mesmo sabendo que foi errado e que não pensamos direito nisto, eu não me arrependia. Abracei mais forte meu corpo ao vim um vendo forte me arrepiando e sentindo as lágrimas mais ainda. - Infelizmente, não. - Continuei engolindo em seco.

- Então por que está se lamentando? Por que insiste em pedir pra não terminar com a Priscila?

Virei lentamente pra ele.

- Por quê sei como é da dor de ser traída. Por que sei como iria me sentir ao saber que eu fui o motivo de ter terminado um namoro de um mês e meio.

Sua testa se franziu.

- Perae. - Levantou a mão pedindo como pare! - Um mês e meio? - Perguntou confuso.

- Sim, um mês e meio. - Falei óbvio. - Por que tá perguntando isso? Não se lembra? Nossa, André! Me enganei sobre você viu. - Zombei irônica. Ele soltou um suspiro com a boca aberta, e levou as duas mãos pro topo da cabeça.

- Só estamos namorando deste daquele dia que você descobriu. Isso não faz mais de o quê? Duas semanas? - Perguntou obvio também.

- Não, André! - Revirei os olhos e passei o polegar no canto do olho. - Foi desde de que parei de falar contigo pessoalmente. - Voltei a cruzar os braços. Ele novamente suspirou com a boca aberta e logo soltou um palavrão em seguida puxando seus cabelos.

- Puta merda. - Continuava a xingar puxando seus cabelos. - Eu não acredito nisto!

- O quê? Que esqueceu a data? Ah, é normal mesmo, homens normalmente esquece. É o fato que todos conhecemos. - Zombei ainda sarcástica.

- NÃO JULIA! ELA MENTIU CARALHO. - Gritou me assustando. Pisquei afastando o rosto pra trás. Ele respirava pesadamente apontando pra porta que entramos na quadra. Ele começou a rir seco recuando pra trás. - Eu não acredito que ela pode ter coragem te ter mentindo. - Negou apertando a ponta do nariz ainda rindo seco. Eu tô assustada! - Ainda mais pra você. ELA SABE QUE EU GOSTO DE VOCÊ PORRA! E ELA FAZ ISSO!

- Escuta. - Pedi caminhando até ele e peguei seu ombro fazendo ele olhar pra mim. - Se acalme, e me explique direito. - Ele respirou fundo e apertou novamente a ponta do nariz buscando paciência.

- Essa... - Apontou pra porta novamente irritado. Repreendi com o olhar pra que ele não chame-a assim. - Essa garota, mentiu pra você. Olhe bem... No dia que você descobriu por ter ouvido a conversa com o Joaquim. - Assenti pra ele continuar. - Foi alí, naquele dia, antes de ter... - Tirei minha mão de seus ombro e cruzei os braços. Bati os pés no chão irritada encarando mortalmente ele. Sério mesmo? Ele iria dizer o que eu acho que estou pensando? - Isso não importa agora! - Bufei olhando pro lado. Idiota! - Foi antes.... Argh! Foi naquele dia que eu voltei com ela. E você acabou de dizer que ela te disse que voltou comigo, no mesmo dia que você parou de falar comigo. Isso explica que ela mentiu, Julia! Ela mentiu na cara dura! Ela sabia que eu gostava de você, por isso fez isso. Pois viu que estávamos se aproximando e resolveu mentir. RESOLVEU MENTIR PRA MIM NÃO TER NENHUM LAÇO CONTIGO. - Gritou por último. Ele estava mesmo bastante irritado. Ele voltou a rir seco e sem humor. - E eu pensando que você parou de falar comigo por eu ter feito algo que não te agradou. Como você quer que eu ainda não termine com essa... - Apontou pra porta novamente. Ele respirou fundo. - Com essa, garota? Depois dela ter mentindo pra você?

Coçei a cabeça buscando paciência.

- Okay, que Priscila errou! Mas se ela fez tal ato, é porque gosta mesmo de você. Você mesmo disse que quem ama faz loucuras. - Um nó se fez na minha garganta ao terminar de falar isso. Ah, qual é, Julia?!

- MAS NÃO DO JEITO QUE ELA FEZ. - Gritou.

- ENTÃO É DO SEU JEITO? TEM QUE SER SUA LOUCURA? ELA TEM QUE PEGAR QUAL QUER GAROTO QUE APARECER NA FRENTE E BEIJA-LO, E VOCÊ VAI FICAR SATISFEITO COM SUA NAMORADA FAZER A MESMA LOUCURA QUE A SUA?

- É diferente. - Murmurou depois de um silêncio repentino. Revirei os olhos bufando. - Eu fiz isso pois sabia que não iria me arrepender. Se desse repetiria até a dose se fosse preciso.

Eu também...

Foco, Julia!

- Veja bem. - O fitei. - Você tem uma namorada incrível. Não me interrompa. - Pedi quando vi que ele ia falar algo. Ele se calou, continuei: - Tem uma namorada que te ama. Pra quê ficar dizendo que "repetiria a dose", sendo que tem uma garota que você pode quando quiser beijar? Abraçar sem está pensando o quão errado foi?  Qual é, André! Você não tem que ficar com outra pra satisfazer seus desejos. Tem uma garota lá no salão, esperando você levar pra casa, enquanto você está aqui tentando me convencer de algo que já está decidido. Se você não quer fazer, pelo menos faça por mim... Já parou pra pensar nos sentimentos dela? O que ela sentiria ao saber que seu namorado beijou outra? Você pode não saber a dor, mas eu sei. Eu sei muito bem, e não desejo isso pra as outras pessoas. Podemos não se dar muito bem, mas não gosto de desejar o mal.

- Você quer mesmo que eu saía daqui, como se nada houvesse acontecido? Como eu esquecesse que esse beijo aconteceu?

- Sim. - Minha voz falhou. Passei o polegar no canto do olho tirando o vestígio de lágrima alí. Ele passou a língua entre os dentes, umedecendo os mesmos e desviou o olhar pro lado. Ele concordou com a cabeça sem nem me encarar.

- Tudo bem. - Continuava a mexer a cabeça. Percebi suas mãos entrar no bolso da calça. André tornou a olhar pra mim, decepcionado e pressionou os lábios.

- Se é isso que você quer, é isso que vou fazer. - Agora quem pressionou os lábios foi eu. Assenti com a cabeça e novamente sequei o canto do olho. - Qualquer coisa sabe onde me encontrar. Na janela de seu WhatsApp.

Abracei meus braços novamente e concordei.

- Tudo bem. Obrigado, mas acho que... não vou precisar. - Murmurei. Ele balançou a cabeça e olhou pro lado. Apertou a ponta de seu nariz e virou sem seus olhos nem baterem em mim. Caminhou lentamente e tranquilo até o portão. Engoli em seco vendo ele partir assim. Ouvi o barulho da fechadura enferrujada bater se abrindo. Antes dele abri o portão, literalmente, falei: - Te desejo sorte no seu relacionamento.

- Tudo bem. Obrigada, mas acho que... não vou precisar.


Notas Finais


Sim, imaginem André falando a última frase naquela frieza. Aquela voz magoada e desepcionada repetindo a mesma coisa que Julia disse 😉

Agora podemos surtar. AHHHHHHHHHHHHHHH, PRIMERO BEIJO JUDRE. UM BEIJO QUE NA NOVELA NÃO TEVE 😂😂 Ainda tô chateada! Sou muito rancorosa 😂 (zoa)

Música: Jorge e Mateus - Antônimos )))
Link: https://youtu.be/hi7hH-oHHcA


Capítulo dedicado á:
~Soy_Luttina 😻
~jujubaa123 💕
~rolanlais3 ❤
~julia-moreira 😍
~2a3z4a5z 💙
~marianarosa2004 💚
~LuaSchereaver 💛
~Love_Judre 💜

Se faltou alguém, me perdoe 😉 se também não tem seu nome, me perdoe também, mas escolhi os que mais sou apegada nos comentários, mas isso não quer dizer que não amo vocês né meus amores? 😍

Esqueci de dizer, mas obrigada pelos 41 favoritos. Vocês são tops 👌


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...