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História Unknown Love - Narradora


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Embarque nesta aventura, onde o mundo parece mais uma montanha russa 😂😂😂 nem narrou.

Boa leitora e como eu disse nesta aventura que este capítulo está 😂

Capítulo 51 - Narradora


1 mês depois...

O pôr do sol já se encontrava entre o fim da pista, acima da casa que tinha ali. Ali tornou uma ótima vista pra o garoto quando chegava do trabalho e via. Sua palma da mão apertava a alça da mochila enquanto apreciava a vista. Um pequeno sorriso saiu de seus lábios a se lembrar de uma de suas conversas com Julia.

"Gosto de observar a vista. É linda! Trás uma energia positiva pra quem a observa. O pôr do sol acontece, pra que lembrarmos que mais um dia está indo, e uma noite estreladas está chegando. Faz lembrarmos, que apesar de qualquer dificuldade que aconteceu, a lua está chegando pra mostrar que não devemos se lamentar pelo dia ruim, pois o dia está acabando pra recomeçar outro."

Ela certamente escolheu as palavras certas.

Sorriu uma última vez e virou caminhando até sua porta. Girou a sua chave e abriu. Deixou a mochila ao lado da porta e fechou. Rodou o olhar por tudo e não viu ninguém, só ouviu um barulho vindo da cozinha. Caminhou tranquilamente até lá e sorriu com a cena. Rosa e Lola sujas de farinha de trigo, enquanto a mulher tentava ensinar a pequena a mexer a massa de bolo. Lola tava sentada na cadeira em frente ao balcão e Rosa atrás de si mexendo sua mão. Rosa estava com o cabelo sujo e Lola com seu lenço sujo também. Cruzou os braços e se apoiou na batente observando as duas.

- Não mexa muito rápido, pois pode desandar. - A mulher falou delicadamente com Lola ensinando os movimentos.

André estava maravilhado com a cena. Tem como não chegar em casa, e ver uma cena dessa e não ficar bobo? As duas mulheres de sua vida cozinhando? Era a cena que ele nunca queria esquecer.

- É tão bom chegar, e ver vocês assim. - André falou bobo. As duas ao ouvir a voz dele, olhou e sorriram. Sua vó saiu do trabalho faz duas semanas, após André ter conseguido um trabalho em uma livraria nova que abriu, depois dele ter insistido tanto, mas com uma única condicão: Só fazer faxina aos sábados na casa de sua ex patroa. O trabalho de André Nno era grande coisa, mas dava pra sustentar a casa, e também, era bom pra ele. Já que André sempre gostou desses tipos de coisa.

Ele estava gostando de tudo isso. Desse André mais maduro que ele se tornou.

- Já que não temos nada pra fazer, resolvi ensinar a Lola. - Rosa sorriu pegando a colher de pau que Lola soltou pra correr a ele. André pegou-a no colo e beijou seu rosto. Ele a observou estranhando sua aparência. Antes de perguntar, sua vó já falou: - Caiu no intervalo.

Lola afundou o rosto na curva de seu pescoço. André afagou suas costas em consolo. Ele suspirou triste.

- Não ligue pra eles. - Sussurrou em seu ouvido. Ela concordou sem tirar o rosto de lá. Caminhou até o balcão e deixou sentada. - Eles riram? - Perguntou passando o polegar em sua bochecha.

- Sim... foi horrível, irmão. - Abraçou ele novamente. André suspirou olhando sua vó.

- Ela veio chorando, tive que a convencer de que ia ensina-la. - Falou derramando na forma. - Ela me contou que o único que não riu, foi aquele namoradinho dela.

André se separou dela quando viu seu corpo ficar rígido. Sua feição de triste foi pra fechado.

- Namoradinho? - André perguntou incrédulo.

- A mãe tá brincando, André. - Lola falou tentando passar positivo. - Né mãe? - Perguntou como pedido de socorro. Rosa riu alto colocando a bacia agora vazia no balcão.

- Sei não viu. - Continuava a rir e pegou a bacia levando a pia. André estalou a língua no céu da boca e encarou sua vó.

- Quem é esse babaca? - Perguntou raivoso.

- São crianças. Deixa eles viverem. - Bateu no seu braço com o pano de prato.

- Mãe! - Lola repreendeu.

- Quê? Vai me dizer que vocês não se gostam? - Rosa perguntou cinicamente.

- Não! - Os dois repreenderam juntos.

- Lola não tem idade pra... namoradinho. - André fez cara de nojo ao falar "namoradinho". - É só uma criança. Criança só minha né, meu amor? - Apertou de leve seu nariz.

- É, só dele. - Lola deu língua a mãe e abraçou seu tronco. - E de mais ninguém.

- E do cabelo loirinho com olhos verdes, não? Como se chama mesmo? Luís...!

- Lucca. - Lola revirou os olhos a corrigir.

- Tá vendo? - Dona Rosa apontou pra a pequena encarando ele. - Ela mesmo confirmou que ele era o namoradinho dela. - André abriu a boca pra retrucar mas a companhia soou. - E, deve ser a visita. - Bateu a mão no corpo pra tirar a farinha e correu pra por a forma no forno. - André, abre lá. - Pedi ajeitando o temperamento.

- Você vai me explicar muitas coisas depois viu mocinha? - André avisou apontando o dedo pra Lola. A pequena engoliu em seco. Nem "namoradinho" ela tinha, como vai explicar? André caminhou pra sair da cozinha. E pode ouvir Lola repreender com a mãe que era culpa dela. Ele soltou um leve riso e correu quando tocaram novamente. Chutou a mochila mais pro lado e abriu. Seu sorriso saiu do rosto aos poucos surpreso, com a garota a sua frente. Piscou ainda mais surpreso. - Julia...

***

- Silvana, deixe o menino em paz. - O pai de Lucca falou tedioso. O pequeno ouvia da escada os pais discutindo.

- Você nunca liga pra nada né? Seu filho dava de abraços com aquela garota insolente, e você nunca diz nada. Sou eu que sempre tenho que fazer as coisas aqui.

- Sabe o que eu acho Silvana? Que você está sendo uma mãe muito egoísta. Deixe o menino viver, se ele gosta da menina o que que tem? São crianças, um dia isso acaba.

- E se não acabar? - A mulher cruzou os braços e bateu os pés no chão. - Ele vai passar o resto de sua vida gostando de uma garota, que... que... Argh! Ela é doente. - Terminou incrédula. Lucca abaixou a cabeça suspirando.

- Meu Deus Silvana. - O homem se estressou. - Pare com esse preconceito ridículo. A menina tem culpa se a doença lhe pegou? Pelo amor de Deus... invés de ficar aí com seu preconceito, porque não vai lá aconselhar seu filho que está triste? Ele descobriu hoje que a menina tinha essa doença. Ele gosta dela!

- ELE NÃO TEM IDADE PRA GOSTAR DE ALGUÉM. - Gritou.

- LUCCA TEM SETE ANOS. É NORMAL UMA CRIANÇA ACHAR QUE GOSTA DE ALGUÉM. UM DIA ESSE SENTIMENTO INFANTIL PODE ACABAR, MAS POR ENQUANTO VAMOS ACONSELHAR O NOSSO FILHO. O TEMPO VAI PASSANDO, SE O SENTIMENTO DELE NÃO FOR, NÃO PODEMOS FAZER NADA. NÃO EXISTE IDADE PRA SE APAIXONAR SILVANA.

- MAS NÃO TEM COMO ALGUÉM SE APAIXONAR POR ELA. É IMPOSSÍVEL.

- Não Silvana. - Ele negou jogando o jornal na mesinha. - Não é impossível. Impossível é seus preconceitos. Já imaginou se você também tivesse a doença? Deus me livre e guarde, nosso filho tivesse essa doença? Todos nós podemos ter. Cuidado Silvana! Se hoje você deseja o mal de alguém, amanhã você pode ter um preço. - O pai virou e caminhou deixando a mulher incrédula. Assim que pôs o pé na escada viu seu filho sentado no degral com a cabeça baixa. - Está vendo o que você fez? - Apontou pra o pequeno encarando a mulher. Silvana se intortou pra vê-lo. O homem negou e voltou a subir a escada. - Venha filho. Vamos pra o seu quarto. - Pegou seus ombros o levantando. Eles terminaram de subir a escada e foi ao quarto do menino em silêncio. Adentraram e o pai conduziu até a cama. Suspirou colocando o mais novo em seu colo. - Olha, não ligue pelo o que sua mãe diz, tá bem? Eu posso nunca ter visto ela, mas sua namorada deve ser linda.

- Ela não é minha namorada. - Ele murmurou olhando seus dedos que mexiam frequentemente.

- Bom, mas você gosta dela né? - O pequeno concordou sem olhar o pai.

- Sim, mas só somos amigos.

- Olha ai, um grande passo campeão. Logo logo vocês vão se tornar melhores amigos, e depois vai avançando pra amigos que se pegam, e depois passa pra amigos namorados. - O pai fez voz de espanto. O menino riu e finalmente olhou o pai. O pai sorriu vendo o sorriso de seu filho. - Posso saber o quem é o motivo de seu sorriso? - Fechou a mão como microfone e pois pra eles.

- Você! - Levantou aos mãos pro ar.

- E quem a outra? - Colocou de novo o microfone improvisado pra ele.

- Ela! - Jogou os braços pro alto também.

- E ela quem? - Repetiu o gesto.

- Lola! - Eles riram com tudo aquilo.

- Grita mais alto, acho que sua mãe não ouviu. - Provocou o pai ao perceber sua mulher atrás da porta.

- Lola!

- Mas alto filhão, vamos.

- LOLA! - Jogou os braços pro alto e deixou cair seu corpo na cama.

***

André e Julia ainda se encarava.

Ele não pode deixar de reparar sua vestimenta. Julia vestia um moletom da Adidas azul forte, com um shortinho quase tapado. Suas mãos estavam no bolso no moletom que era a frente de sua barriga. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo que deixava seus castanhos iluminados com cachos soltos. A semana atrás, Julia tinha iluminado seu cabelo e cortou um pouco. Ela estava linda com aqueles cachos novos que usava diretamente. Mas o que mais de bonito em sua vestimenta era seu pequeno sorriso no rosto.

- André. - Balançou a cabeça em comprimento. O garoto estava surpreso. O que Julia fazia naquela tarde em sua porta depois de todo ocorrido entre eles? Julia ao perceber sua cara confusa resolveu dizer o motivo por sua presença. - Sua mãe... Ela... Ela me convidou... - Falou tentando achar as palavras certas. - Pois...

- Sabia que não chegaria agora. - Completou pra ela. Claro! Como se ele não conhecesse sua mãe e Julia. Ele sabia que se Julia soubesse que ele estaria aqui, ela não viria.

- É... - Concordou suspirando na tentativa falha de não ter conseguido mentir.

A garota levou sua franja de lado pra trás da orelha por ter caído.

- Julia querida. - A voz cantarolando de sua vó interrompeu seus olhares. Eles olharam pra ela ao lado de André. - Sai seu inserível. - Bateu o pano de prato em André. - Deixa a meninas na porta e nem convida pra entrar. - Empurrou com o quadril o garoto e pegou o braço de Julia puxando pra dentro. A mulher logo abraçou fortemente que foi correspondida. - Ai que saudades de você. - André fechou a porta e olhou elas vendo se separar. - Como você cresceu. Ficou com feição de uma mulher mais velha com esse cabelo. Tá linda.

Julia riu maravilhada.

- Obrigada.

Dona Rosa meteu a mão na maçaneta e abriu a porta. Logo fechou não vendo ninguém. Julia e André se olharam preocupado. A mulher olhou atrás de Julia procurando.

- Cadê o seu irmão? Ele não vinha também? - Perguntou Rosa. Julia abaixou a cabeça levando as mãos pro bolso do moletom.

- Ele... Ele não quis. - Murmurou triste e logo ergueu a cabeça. - Ele está muito mexido... depois da namorada ter ido pro México sem o avisar.

- Pera! Ele está bem né? - André perguntou desespero pelo amigo.

- Tá tá bem sim, mas... tá sofrendo. - Julia respondeu.

André se sentiu culpado por não está mais falando com ele neste momento. Joaquim precisava dele neste momento. Ele devia isso a ele, pois quando Priscila sumiu Joaquim estava ao seu lado o aconselhando. Okay, que nenhum dos dois estão na melhor fase do relacionamento, mas iria ser como sempre foi. Um ajudando ao outro, como os verdadeiros amigos fazem.

- Oh tadinho. - Rosa manifestou. - Imagino como ele deve está. No último dia que ele veio aqui tava tão feliz falando dela. Deve está sendo difícil pra ele, né?

- É. - Julia concordou. - Bom, mas esquece isso. Cadê a Lola? - Perguntou animada.

- Iii menina. - Rosa bateu no ar. - Ela está por aqui comigo. - Levou a mão na testa. Julia riu.

- Ue, por que?

- Eu fui falar do namoradinho dela, e quase vi a hora dela meter a colher de pau na minha cara. - Brincou rindo. André fechou a cara e cruzou os braços ao se lembrar da conversa na cozinha.

- Ela está namorando? - Julia perguntou surpresa e rindo.

- Não! - André e a pequena falou juntos. Lola saia de cara emburrada da cozinha. Julia sorriu e abriu os braços. Logo Lola correu até ela feliz de a ver novamente. Elas se abraçaram com Lola ao seu colo. André sentiu novamente uma ardência em seu braço direito e gemeu fraco olhando a vó e esfregou.

- Tira esse sorriso idiota do rosto, que a visita é só minha. - Falou baixo só pra ele. André bufou revirando os olhos. Julia e Lola finamente se separou e deixou a pequena no chão. A mais nova sorria abraçando a mãe, enquanto observava o rosto de Julia confuso e assustado. André cutucou a vó e balançou o rosto pra Julia. Ela olhou pra a garota vendo seu rosto de interrogação.

- Por quê... ela... - Apontou pra Lola olhando os mais velhos. Lola olhou pra a mãe e depois pra Julia. A pequena passou a mão na cabeça tirando o lenço. Os olhos de Julia ficou mais ainda esbugalhados. - Lola, você tem câncer?!

***

Joaquim finamente conseguiu pular a janela. O garoto olhou pro céu e viu que estava querendo anoitecer. Olhou pra porta de sua casa e correu pra que sua mãe não saía naquele mesmo momento. Essa festa seria ótimo pra ele esquecer aquela garota.

Manuela não merece as porras das minhas lágrimas. - Pensou ele parando na casa já cheia.

Festa, bebidas, e mulheres! Era tudo o que queria agora. E agradeceu aos seus amigos que o convidaram pra ir. Okay, que festa as 6 tava cedo demais, mas quem liga? Ele só queria curtir.  Esquecer essa merda de garota!

Adentrou a casa já sentindo seus ouvidos doerem pela música alta. As pessoas que tinha ali quase todas ele conhecia, pois era do colégio. Caminhou mais um pouco e conseguiu encontrar três de seus amigos. Parou a frente deles e cumprimentou cada um com um toque de mão.

- Só veio vocês? - Joaquim perguntou a eles.

- Não, o Max foi buscar mais. - Levantou a latinha de Skol Beats azul. - Pensei que não viria.

- É, eu tô tentando esquecer essa vida. - Olhou de relance pra uma garota que o encarava. - Quem planejou a festa?

- Daniela. - Harry deu de ombro.

- Daniela, Daniela? - Perguntou não acreditando.

- Sim, ela voltou a mora e aqui, por isso a festa.

- Fala brô. - Max chegou ao lado de Jorge com latinhas de cerveja. Joaquim pegou uma de sua mão e deu um toque com os dois. Joaquim abriu sua latinha e olhou ao redor procurando ela. - Cara! Daniela tá mô gostosa. - Joaquim olhou pra ele imediatamente.

- Você viu ela? - Perguntou rápido. Os meninos olharam pra ele assustado pelo o jeito que seu amigo disse.

- Perae! - Jorge quebrou o silêncio momentâneo. - Foi ela a garota que você perdeu a virgindade? A que você não queria contar pra a gente mas contou pro seu amiguinho, André?

***

A garota de mexas roxas olhou pros dos lados pra ver se alguém tinha a visto escalar a janela. Virou e caminhou até uma porta entreaberta. Abriu e percebeu ser o banheiro e não tinha rastro de seu cunhado lá. Correu pra cama pegar seu notebook. Ela encontraria ele de qual quer jeito. Isabela não iria fazer viagem de balde atoa. Maldito Joaquim! E ela pensando que ele estaria em casa, sofrendo como todo adolescente apaixonado faz quando seu coração dá um desilusão. Levantou a aba e quase revirou os olhos ao ver a imagem de fundo.

- Tão melosos eles. - Falou sozinha. Deslizou o dedo até o Google e pesquisou o Facebook. Invasão de privacidade? Nem é. Só querendo saber onde esse maldito garoto foi pra concertar a burrada que sua querida irmã fez. - Descobri. - Comemorou ao ver a conversa dele com um tal de Harry contando sobre uma festa que iria ter. Rolou os olhos ao ver o garoto dizendo que tinha muitas gostosas lá. - Fala sério! Esses povos não respeita nem o instinto feminino. - Bufou.

- Joaquim? - Isabela olhou assustada pra a porta. - Joaquim. - A voz feminina batia na porta agoniada. Isabela fechou o notebook rapidamente e pois ao seu lado. Entrou na coberta grossa desesperada da mulher entrar e ver ela. - Vou entrar.

- Droga! - Xingou eternamente e fingiu está dormindo. Okay, que pra um corpo de homem e pra uma mulher é bem diferente, mas ela tinha que salvar sua pele e de seu cunhado. Já imaginou a bronca que ele teria a não está em casa? Ela poderia muito bem pra ir debaixo da cama, mas não fez.

- Filho, tá dormindo? - A mulher perguntou. Isabela se remexer na cama e fingiu um ronco. - Estranho, Joaquim nunca ronca. - A mulher falou desconfiada. Isabela xingou mentalmente e fingiu outro ronco. Se não consegue uma vez, vamos tentar novamente, certo? - Bom, tanto faz. - Isabela respirou aliviada. Esperou por mais alguns tempo até ouvir a porta fechar. Levantou da cama soltando uma risada.

- Quem não consegue diferenciar um corpo de uma mulher com um de um homem? - Isabela perguntou rindo óbvia. Anotou o endereço e foi até a janela.

Isabela caiu no chão em uma posição perfeita e respirou fundo sorrindo e levantou.

- O que uma irmã não faz pela outra? - Falou sozinha. Olhou pro lado e viu um garotinho olhando ela assustado. - Lhe dou 10 reais, pra não contar a ninguém. - Tirou a nota de dentro de seu sutiã e estendeu a ele. O menino sorriu e foi pegar de sua mão mais ela puxou. - Promete por sua mãe mortinha debaixo do carro?

O menino de primeira pensou com medo de ver sua mãe morta debaixo do carro e logo concordou.

- Sim. - Isabela deu a ele sabendo que ele não contaria. É criança, criança quando diz essas coisas ficam com medo. Ela observou ele correr dizendo que ganhou 10 reais. Ela riu. Criança é fogo.

- Subornado uma criança de 7 anos? - Isabela virou e se deparou com um menino. Alto, cabelo encaracolados. Seus braços estavam cruzados e uma de sua mão no seu queixo negando com a cabeça. - Que feio.

- Tenho mais 10 reais aqui, você quer também? - Perguntou Isabela sarcástica.

- Me chamando de criança? - Perguntou o garoto arqueando as sobrancelhas.

- Como diz o ditado: Se a carapuça serviu. - Caminhou pra sua frente pra sair. O garoto riu se virando seguindo ela.

- Sou Téo. - O garoto se apresentou.

- E eu estou de passagem. - Isabela olhou o papel que anotou o endereço da casa.

- Grossa.

- Idiota.

- Surpreendente. - Téo riu. Isabela parou e se virou pra ele.

- Sabe o que é mesmo surpreendente? - Isabela falou. - Eu está conversando com um garoto que nunca vir na vida, enquanto poderia está atrás do menino que é a vida de minha irmã. Sabe o que é surpreendente? É eu ter fugido das grades daquele inferno, pra ir atrás da felicidade de minha irmã. Sabe o que é surpreendente? Eu ter

Isabela parou de falar pra respirar por ter falado rápido demais. Téo olhava ela com cara de espanto. Ele foi pra trás dela quando percebeu sua dificuldade de respirar e levou a mão em seu coração ajeitando sua postura.

- Hey, calma. Respira. - Pediu ele. - Vamos, acompanhe minha respiração. - Ela fez o que ele mandou. Não demorou muito e ela já estava um pouco melhor. Ela pegou de sua jaqueta sua bombinha usando logo em seguida. Ela guardou novamente e encarou ele. - Você tem problema de respiração? - Isabela assentiu. - Por que não me contou?

- Eu te conheci agora, bocó. - Téo coçou a nuca envergonhado.

- É mesmo. - Concordou envergonhado.

O que eu tinha na cabeça pra falar isso? - Pensou ele desesperado.

Isabela sorriu de canto vendo ele corado. Esse garoto acabara de ficar preocupado com ela? Era isso mesmo Brasil?

- Bom, é melhor eu ir procurar ele. - Ele sorriu fraco e acenou com a mão. Isabela acenou com a mão também e se virou mais logo virou pra ele novamente. - Aliás, meu nome é Isabela. - Sorriram juntos.

- Nome lindo, Isabela. - Téo elogiou-a. - Espero te ver novamente, Isabela.

- E novamente repito: estou de passagem. Mas também espero te ver novamente. Agora eu tenho que ir mesmo. - Se apressou.

- Claro, tchau. - Acenou com a mão novamente.

- Tchau. - Virou pra sair, mas virou pra ele novamente. - Tem certeza que não quer o dinheiro? Sabe? Vai que você conte. - Brincou. A boca de Téo se abriu incrédulo pronto pra retrucar mais está sem palavras. Ela jogou a cabeça pra trás rindo alto. Ela virou e correu pra ir atrás de seu cunhado deixando ele lá sorrindo que nem idiota.

***

- Eu não acredito que não contou que era ela. - Jorge continuava a reclamar. Fazia mas de 30 minutos que ele reclamava a mesma coisa.

- Ah, para de ser chato. - Joaquim reclamou abrindo sua quinta bebida de Skol Beats vermelha.

- Cara! Manera um pouco. - Harry pediu a ele. Joaquim mandou o dedo do meio pra ele e tomou sua cerveja.

- Deixe o garoto, Harry. Ele quer só se divertir. - Joaquim ficou rígido ao ouvir a voz da garota. Ele virou e se deparou com Daniela com um vestido branco colado mostrando suas perfeitas curvas, e seu cabelo solto deixando seus cachos com luzes. Em sua mão ocupava uma latinha também. - Tim tim. - Ela bateu sua latinha com a dele. - Joaquim, que bom te ver de novo.

- É. - Concordou. Ela sorriu.

- Aproveite a festa. - Piscou discreta e se virou. Joaquim mordeu o lábio inferior obervando o quanto ela estava mais evoluída da última vez que se viram. A garota saiu de suas vistas passando pelas pessoas. Joaquim já sabia o que ela quis dizer com o "aproveite a festa". Depois de alguns minutos ele procuraria. Ele bebeu mais de sua bebida e sua visão parou a porta da casa.

- Cara! Eu acho que estou vendo coisas. - Falou Joaquim assustado observando a garota olhar ao redor com a pior cara de nojo.

- Claro, você bebeu 5 Skol Beats da vermelha, como não quer ver bicho? - Jorge ironizou rindo.

- A Manuela não é bicho. - Joaquim repreendeu.

- Cara! Me dá isso aqui. - Breno pegou sua latinha. - Até Manuela você está vendo. Chega de beber não acha? - Joaquim não ligou pra o que ele dizia e caminhou lentamente até sua amada. Manuela estava de costas ainda observando com nojo toda aquela festa. Ela virou e sorriu aliviada.

- Manu?

***

- Por que não me contou antes? - Julia perguntou quando André e Rosa saiu da cozinha pra ver o bolo no forno.

- Achei que não fosse preciso. - Lola encolheu os ombros.

- Oh meu amor, sempre vai ser preciso quando o assunto é você. - Julia abraçou seus ombros e deixou um beijo em sua cabeça. Lola sorriu. - Agora me diz, quem é esse seu namoradinho?

- Ele não é meu namorado. - Bufou cruzando os braços. Julia riu. - Por que todo mundo diz isso.

- Só não ligue pra isso. Sabe? Eu fui gostar de um garoto só quando tinha 15 anos.

- O André?

***

- Você bem que poderia ter dito que ela viria aqui. - André repreendeu com a voz baixa e olhou de relance pra a sala. - Eu poderia ter pelo menos me arrumado direito.

- Ah André, vai dizer agora que é vaidoso. - Sua vó revirou os olhos.

- Não sou vaidoso, mas olhe meu estado. - Apontou pra si.

- Estou vendo normal. - André bufou irritado. - Ela cresceu, né? - Olharam pra sala. - Ficou mais bonita com o novo cabelo. Seu rosto ficou um mulherão.

- É, ela está linda mesmo. - Sorriu vendo Julia beijar a cabeça de Lola.

- Eu hein... as duas são tão lindas juntas, que se não fosse pela idade, os povos iriam pensar que são mãe e filha. - Rosa riu.

- É, Julia tem um grande amor por ela.

***

- Não, não é o André. - Julia quebrou o silêncio envergonhada.

- E quem é? - Se ajeitou no sofá.

- Ele se chama Omar, conhece?

Lola abriu sua boca pensando se conhecia ele. Omar...

- Omar. - Lola falou contente ao se lembrar do garoto.

- Conhece?

- Sim, ele é o novo amigo do André. Ele é bonito.

- É, ele mesmo. - A mais velha concordou. - Achou mesmo ele bonito?

- Sim, mas só mais o André.

- André? Só mais André o que? - Perguntou confusa.

- Só mais você com ele. - Lola deu de ombro. Julia novamente ficou envergonhada. - Mas me diz, depois do Omar, você gostou de mais algum menino? Quem é?

Meu Deus, como as perguntas de Lola está afiadas. Jesus do céu... - Julia pensou desesperada.

- Sim, mas não conta a ninguém. - Sussurrou desesperada.

- E quem é? - Sussurrou também. Julia chamou com a mão pra falar em seu ouvido.

- Eu tô gostando de seu irmão.

- Do André?! - Lola perguntou falando em voz alta.

- Lola! - Julia repreendeu por seu tom de voz.

- O que tem eu?

***

- Vish! Já não basta eu ter crescido com as pessoas me confundindo, ainda vem você também.

- Isabela?

- Não, aqui só é um camaleão imitando meu rosto. É claro que sou eu cabeça de tambaú. - Falou sarcástica. Joaquim suspirou triste por não ser ela, mas não pode deixar de revirar os olhos do modo de sua ex cunhada. - Vem, vamos sair daqui. Meus ouvidos são muitos sensível pra essa música escrota. E também, já estou cansada de ouvir essa porra de música! O seu sorriso, me deu onda... Você sentando mozão, me deu onda... que vontade de te ter garota... Eu gosto de você fazer o quê? Meu

- Okay, eu entendi. - Joaquim a interrompeu antes que ela cante a verdadeira frase. Isabela como é, não se pode duvidar. Ela pegou se braço e puxou pra sair daquele lugar. Caminhou entre o gramado, pra trás da casa. A música ainda estava alta, mas dava pra conversar normalmente. Só tinha dois casais ali se pegando.

- Nojentos. - Isabela murmurou olhando feio pra a cena.

- Fala isso agora, mas quando você e Benjamim se pegavam, só faltava a cama e a camisinha pra acompanhar. - O garoto retrucou.

- Menino, eu vou dá em sua cara! - Levantou a mão pro rosto dele. Joaquim revirou os olhos cruzando os braços.

- Diga logo o que você quer aqui.

Isabela abaixou a mão e abraçou seus braços.

- Minha irmã. - Sussurrou. O rosto de Joaquim ficou sério e frio.

- Já não basta você aparecer aqui, com a cara idêntica a dela, ainda vou ter que ficar ouvido sobre sua irmãzinha idiota? É melhor eu voltar pra lá, vai que eu encontre uma bem melhor que ela. - Joaquim bufou e tornou a caminhar de volta pra casa, mas Isabela o impediu pegando sua mão.

- É sério. Só... me escuta. - Implorou. Ele depois de alguns minutos se encarando concordou voltando pra trás da parede.

- O que aconteceu? - Cruzou os braços pronto pra ouvir aquela ladainha. Isabela olhou pro outro lado vendo os casais saírem e depois pra sua mão.

- A Manu está no hospital.

***

- O que tem você? - Lola sorriu amarela. André sentou no sofá ao lado da pequena com as sobrancelhas arqueadas. - Nada! A gente só estava falando que... quer dizer, eu estava falando sobre você pra Julia.

- O que?

Antes que Lola pudesse falar, a campainha tocou. Lola e Julia sorriu aliviada quando ele levantou pra atender.

Assim que André abriu a porta foi surpreendido com seus lábios sendo colados de forma urgente. Ele já sabia quem era! Mesmo atônito ele correspondeu.

Julia observava a cena surpresa com tudo isso. Sentia sua barriga embrulhar observando o jeito que ele apertava sua cintura. Lola percebeu o olhar de Julia pra porta e olhou também soltando um "affz" de sua boca. Eles não tem pelo menos um pinco de consideração com uma menor aqui? Com uma visita aqui? Okay, que ele foi pego de surpreso, mas pqp... Isso doeu mais de perto do que imaginava, pra Julia.

Julia passou o polegar no canto de seu olho ao perceber uma gota de lágrima e tirou. Chega de lágrimas, certo? O mal que Julia era muito sentimental e emocional.

Okay que os dois ainda namoram, mas tinha que ver isso de perto? Já era difícil ver de longe.

A menor olhou Julia e percebeu que já era pra dar um basta. Fingiu uma tosse falsa que o fez se separarem. Os dois olharam pra as meninas no sofá de imediato, mas o de André só foi pra a de Julia. A loira tirou os braços do pescoço dele e cruzou os mesmos encarando mortalmente Julia.

André soltou um palavreado e passou a mão na boca tirando aquele batom marcado pelo beijo.

- Posso saber, o que ela faz aqui? - Priscila perguntou dando ênfase no "ela".

- Não sei se você sabe, Priscila. Mas essa casa ainda é minha. - Dona Rosa saiu da cozinha falando sarcástica.

***

- Hospital? Por quê? - Joaquim perguntou desesperado e preocupado.- Ela está bem? Pelo amor de Deus, diga que ela está bem. - Pediu implorando.

- Manuela passou esse mês todo, sem se alimentar.

- O que? Como? Vocês não viam ela almoçando? Vocês estudam no mesmo colégio. - Falou ele puxando seus cabelos nervoso.

- Sim, estudamos no mesmo colégio, mas já ouviu falar em uma escova de dentre e um vaso sanitário? - Falou ela sarcástica e sem paciência.

- O que? Ela está com Bulemia? - Perguntou confuso.

- A diferença entre Bulemia é que a pessoa faz isso por achar que está fora do peso, mas a diferença no caso dela, é que seu intestino não dirigia nada que ela colocava na boca. Ela comia e ia pro quarto colocar pra fora. E em momento nenhum desconfiamos disso. Até que encontramos ela desmaiada no quarto á três dias atrás. Ela acordou depois de ter tomado três bolsa de soro, e...

- E... - Pediu pra continuar.

- E só pediu por você, Joaquim. Chamou por você pra ficar ao lado dela.

- Joaquim. - Eles olharam assustandos pro lado. Daniela parou ao lado deles sorrindo. - Até que fim te achei.

- Quem é essa garota, Joaquim? - Isa perguntou encarando Joaquim.

***

Lola riu discreta e eternamente pela cara de bunda de Priscila depois da queimada de sua mãe.

- E eu posso convidar quem eu quiser pra vim aqui. - A mais velha continou.

- Sim, eu sei, mas é que... - Tentou se explicar.

- Não existe mas Priscila. - Rosa a interrompeu. - Julia é da família assim como você também é. Se não gosta dela, só podemos lamentar.

- Claro. - Sorriu amarelado. - Está certíssima. Desculpe-me, ser tão indelicada. É que chegar na casa onde meu namorado mora, e ver outra provavelmente não cai bem.

- Claro, tudo bem. - Rosa concordou com a cabeça.

- Priscila, será que podemos ir lá em cima? - André perguntou desviando o olhar de Julia com o dele pra a loira.

- Claro, amor. - Priscila acenou com a mão pra elas. André pegou sua mão e puxou pra a escada subindo. - Ai, espera aê. - Reclamou com ele por está quase tropeçando entre os degraus. André não ligou e continou até parar no seu quarto. Empurrou seu corpo pra dentro e fechou a porta.

- Posso saber, à que merda, você veio fazer aqui? - André perguntou nervoso.

- Não posso mas vim te visitar?

- Poder pode, mas você não avisa antes não?

- Ah qual é André. - André bufou e respirou fundo buscando paciência. - Eu só vim visitar meu namorado.

- A gente deu um tempo. - Trincou os dentes irritado com o cinismo da garota.

- Pois é, a gente deu um tempo, não terminamos.

- Mas dá um tempo não inclui você vim na minha casa e ir logo me beijando.

- Não estou entendendo sua raiva. Eu fiz o que muito fizemos. Está assim, só por que sua paixão está? Seu amorzinho? Vamos acabar com isso né, André? Está ficando feio você namorando a 2 meses e pensando em outra. Ainda mais quando é aquela zinha lá. Julia nem beleza tem e acha que todos tem que ficar concorrendo a quem ganha aquele coraçãozinho machucado.

André pegou pelo seus braços apertando. Priscila abriu seus olhos surpresos e assustado ao ver o olhar de fúria dele. A loira engoliu em seco, se lembrando da tarde de quinta que eles tiraram pra assistir o filmes a dois meses atrás.

- Ah dois meses, Priscila? - Perguntou André irônico, apertando mais ainda seus braços. - Que engraçado, pois só acho que estamos a um mês e meio juntos. Você acha que pedi um tempo porquê? Eu sei Priscila que você mentiu pra Julia sobre ter voltado com você só porquê estava me aproximando dela. - Priscila ficou mais horrorizada do que já estava. - Agora pare você! Pare que isso está ridículo! Antes de eu voltar com você, você já sabia que não tinha esquecido a Julia, e mesmo assim concordou. Entrou no jogo, mesmo sabendo qual era as regras. - André soltou seu corpo brutalmente pra trás.

- VOCÊ ME USOU PRA ESQUECER A JULIA. - Priscila gritou chorando com as mãos nos braços.

- NÃO PRISCILA! VOCÊ ME USOU. - Priscila chorava e ao ouvir o que ele disse parou o olhando sem expressão mas surpresa por dentro.

- Co-mo?

- Você me usou, Priscila. De algum jeito, mas me usou.

***

- Não é nada do que você está pensando. - Joaquim falou a Isabela nervoso.

- Sua namorada? - Daniela perguntou a ele.

- Não é nada do que eu estou pensando? - Isabela recuou pra trás.

- Não. - Exclamou pelas duas perguntas.

- Eu fiquei te esperando, e você estava com outra? - Daniela perguntou irritada.

- Não é nada do que você está pensando. - Joaquim falou a Daniela desesperado com a situação.

- Você só sabe dizer isso? "Não é nada do que estou pensando" Sabe o que eu estou pensando? Que você é um idiota. Eu não vim aqui atoa Joaquim. Eu vim pra consertar a burrada que ela fez. Você sabe que eu poderia morrer pulando sua janela? Aquela zorra é alta. Eu perdir 10 reais comprando a voz de uma criança. Perdi 10 minutos de meu tempo, conversando com um garoto gato e gostoso que cá entre nós, ele é hiper mega pagável.

- Você pulou minha janela? - Ignorou tudo o que ela disse por está incrédulo que ela invadiu seu quarto.

- Claro, como eu iria saber onde você estava?! - Falou óbvia. - Olha, fique aí com ela, eu vou voltar pro México. - Isabela passou ao seu lado em passos largos e estressados.

Joaquim suspirou e soltou um palavrão logo em seguida. Daniela olhava tudo sem entender nada do que se acontecia. Sua garota estava no hospital e o que ele podia fazer? Ela está no México e ele no Brasil e ele não tinha dinheiro pra comprar a passagem se avião.

- Sua namoradinha é estressada, viu. - Daniela zombou. Joaquim olhou ela.

- Eu tenho que ir. - Não teve nem tempo de se despedirem pois Joaquim já tinha corrido atrás de Isabela. Ele corria entre a calçada e viu uma garota com a mesma roupa de Isabela no ponto de táxi entrando em um dos carros. - Droga. - Xingou ao está longe demais e o carro ter dado a partida. Olhou pro lado e viu um táxi. Abriu rapidamente se acomodando no banco de trás. - Pro aeroporto.

***

Julia olhou pra trás quando ouviu o barulho de sandália batendo nas escadas.

Priscila descia correndo enquanto vestia sua jaqueta por está vermelho pelo aperto que André fez. A loira olhou pra a única na sala e sorriu irônica.

- Feliz? - Julia franziu a testa confusa. - Tudo culpa de você!

- Eu? - Julia riu apontando pra si e levantou do sofá caminhando até ela.

- Sim, você! - Apontou o dedo na cara dela.

- Agora que deu. - Riu sarcástica.

- Sim, você é a culpada por tudo isso aqui. - A loira berrou. - Por isso que odeio você. Você vai pagar caro por tudo.

- Ainda está aqui, Priscila? - André perguntou irritado descendo as escadas. - Pensei que tinha pedido pra ir pra casa. - Parou atrás dela que nem se importou de se virar.

- Eu já vou. Depois conversarmos melhor. - Falou ela encarando Julia mortalmente.

Julia acenou com a mão sorrindo vitoriosa. Priscila levou a mão na maçaneta e abriu saindo. Bateu a porta bruscamente deixando eles a sós. Julia apontou pra a porta encarando ele.

- Está vendo por que não queria que terminasse com ela? - Julia perguntou ainda apontando pra porta. - Por isso! Pois sabia que a porra toda iria sobrar pra mim, mesmo sabendo que não iria ter merda nenhuma incluída a mim no assunto.

- E se não for culpa sua vai ser de quem? - André perguntou deixando um sorriso escapar. A boca de Julia se abriu incrédula por até ele está culpando ela. - Do Nemo que não é.

- Você. É. Um. Idiota. - Julia o xingou pausadamente. André riu vendo o seu bico inconformada. Ela empinou o nariz e cruzou os braços batendo em seu ombro de propósito. André continuava a rir sem olhar ela caminhar até a cozinha.

- Aliás... - André se virou e caminhou até ela que parou no meio do caminho. Seu corpo se arrepiou ao sentir a respiração quente de André na sua nuca. - Não foi o Nemo que me apaixonei, certo? - Sussurrou em seu ouvido fazendo o  coração da garota quase saltar pela boca. - Certo? - Repetiu ainda em seu ouvido causando sérios problemas pra ela. Sua cabeça concordou e logo ela soltou um palavrão por ter concordado sem nem perceber. O garoto sorriu. - Que bom, florzinha.

O corpo de Julia se contorceu ao sentir seus lábios dar um beijo em sua nuca. Os lábios que um dia já teve contato com sua boca, estava agorinha em sua nuca como uma provocação tentadora. André sorriu e passou por ela terminado o caminho pra a cozinha, deixando a garota desordenada com o que acabara de acontecer. Céus... como ela sentia ainda seus lábios lá no local, fazendo se estremecer só de pensar.

***

Joaquim corria naquele enorme aeroporto atrás da gêmea de sua ex. Maldito seja o motorista que errou o caminho entrando em uma zorra de um engarrafamento. Ele se tombava com as pessoas que tinha ali, e sempre tinha que ir pedido desculpas atrapalhando mais ainda de seu tempo. Ele olhou por todo o grande local não encontrando ela. Passou a mão na cabeca pensando se ela já teria embargado. Voltou a correr a o centro de embarque mas parou ao ver uma garota na fila de passagem caminhando até um caixa.

- ISABELA. - Joaquim gritou. Isabela olhou pro lado e viu ele correndo. Ele passou entre as barras pra ir ao encontro dela. - Você... não pode ir sem mim. - Falou ofegante quando parou ao seu lado.

- O que é que você está fazendo aqui seu maluco? - Xingou batendo em seu braço.

- Próximo. - A mulher que ia atende-la chamou.

- Não, espera. - Isabela pediu a ela. - Sai daqui, Joaquim. Eu preciso comprar logo pra voltar ainda hoje.

- Não, eu já disse, não posso ir sem você. - Joaquim insistiu.

- Desculpe atrapalhar o casalzinho ai, mas está atrapalhando as outras pessoas e me atrapalhando também. - A mulher rabugenta falou.

- Olha aqui, moça. - Joaquim bateu irritado no balcão. - Será que pode ser menos rabugenta e esperar nos dois se resolvemos aqui? A garota que eu amo está no hospital querendo me ter ao lado. Essa garota ao meu lado é só a irmã dela que veio a outro país pra me buscar por que não aguenta ver a irmã assim. Então pare um pouco porque invés de está discutindo com você eu poderia está resolvendo meu problema, mas não, a incrível aqui, quer me atrapalhar. Você sabe o quão é difícil ficar ao longe da pessoa que ama? Não, provavelmente nem sabe, pois seu espelho só anda em sua bolsa de maquiagem ai nesta bolsa de trabalho. Mas ela aqui, não precisa de espelho, pois tem uma irmã gêmea pra se ver. E não é nada bom ver sua outra cara sem vida e só enfurnada em um quarto mais branco que um papel deitada em uma coma enquanto toma mais de uma bolsa de soro pra se manter viva.

A mulher olhava ele assustada com tudo o que ele disse. Igualmente Isabela, mas ela sorria orgulhosa se seu cunhado pegando o jeito. Joaquim pegou a mão de Isabela sem nem tirar o olhar dela.

- Vem, Isabela. Amanhã voltaremos aqui, de preferência em outro caixa que a mulher não tenha um kit de maquiagem na bolsa de trabalho. - Puxou sua mão caminhando estressado ao lado dela.

- Gostei viu cunha. - Isabela o elogiou. - Pra onde vamos agora?

- Pra minha casa. Se der compramos a passagem na internet mesmo, e amanhã logo cedo sairemos.

***

- Mas me diz, Juh. Como vai a vida? - Rosa perguntou levando o garfo da lasanha que ela tinha feito na tarde. Julia sorriu e se ajeitou na cadeira.

- Ah, vai bem. - Nem tanto... - Minhas notas estão melhorando. Voltei a falar com minha mãe sem desconfiança alguma. E no colégio anunciou que vai ter um trabalho comunitário em asilo de idosos e com portadores de deficiências.

- Ah que bom. - Rosa sorriu. - Não sabia, o André nunca me conta essas coisas do colégio.

- Por que não tem necessidade?! - André falou óbvio.

- Ah, cala boca. - André revirou os olhos bebendo seu refrigerante. - Continue querida.

- E eu estou muito animada pra que sábado chegue. E também vai ser bom, né? Eu não faço nada no sábado, melhor está fazendo algo que preste do que ficar na cama colocando séries em dias.

- Isso é verdade. - Rosa concordou apontando o garfo a ela. - E você, André? Vai fazer também.

- Sim. - Falou sem ânimo na voz. A mais velha revirou os olhos.

- Você é todo zé. - Agora quem revirou os olhos foi ele.

- Juh. - Lola chamou. Julia olhou-a esperando dizer. - Você disse que voltou a falar com sua mãe. Tá feliz?

- Tô sim. Eu amo minha mãe e só tenho ela e os meninos. Foi difícil vê-la me ignorando só porque sou a cara do pai. Então sim, eu estou feliz com ela me enxergando de novo. Mas foi tão estranho... Ela começou a me ignorar, antes mesmo do papai morrer. E ainda sem motivo nenhum.- Julia falou pensativa.

- Fico feliz que ela seguiiii... - Parou de falar ao observar todos a olhando com as sobrancelhas erguidas. - Seguiu a vida percebendo o erro que fez e consertou. - Meteu uma colher de lasanha cheia na boca pra não falar mas nada.

- É. - Julia concordou ainda estranhando sua fala cortada e seu nervosismo. Ela deu de ombro voltando a comer sua comida.

- O que foi, André? Está tão calado. - Rosa puxou assunto. Ele olhou cada um na mesa. - Tem a ver com a Priscila filho?

- Também. - Murmurou mexendo sua comida.

- Vocês terminaram de uma fez por todas? - Rosa perguntou. Julia se ajeitou na cadeira já se sentindo-se desconfortável com a conversa, e olhou pro prato com a mão na nuca.

- Não... ainda não.

- Se você quer terminar, porque não termina logo? Isso vai dar pra parecer que você está a iludindo.

- É, mas não está sendo uma escolha minha.

A respiração de Julia parou ao ouvir ele dizer. A garota olhou pra ele.

Ele estaria indisposto com o namoro, mas mesmo assim estava com ela por causa dela?

O verdadeiro peso da culpa correu em seu corpo.

Eu estou fazendo ele infeliz? Que burra eu sou. - Pensou ela nervosa.

"- Eu me preocupo com você... Não era minha intenção te fazer se machucar, pelo contrário, então não me peça por isso, pois você vai se machucar e vai me machucar também.

- VOCÊ NÃO TEM MOTIVO PRA SE MACHUCAR. - Gritei.

- EU TENHO SIM. - Gritou também. - POIS QUANDO UMA PESSOA AMA, E VER A OUTRA INFELIZ, FAZ SE SENTIR TAMBÉM INFELIZ.

- VOCÊ NÃO TEM MOTIVO PRA FICAR INFELIZ , ANDRÉ. VOCÊ TEM UMA NAMORADA LINDA E QUE POSSA SATISFAZER TODOS OS SEUS DESEJOS. PRINCIPALMENTE O MAIS CARNAL QUE VOCÊ!! JÁ FEZ QUANDO ESTAVA CONVERSANDO COMIGO!

- TENHO SIM, POIS NÃO É A PESSOA QUE EU AMO. NÃO É A PESSOA QUE EU ME APAIXONEI COM SETE ANOS DE IDADE, AO MEU LADO. ELA NÃO É E NUNCA VAI SER, VOCÊ! PRISCILA PODE SIM SER BONITA E CHAMATIVA, E QUE POSSA SATISFAZER MEUS DESEJOS COMO VOCÊ DIZ, MAS MEU ÚNICO DESEJO AGORA NÃO É CARNAL NEM NADA, É SENTIMENTAL! SENTIMENTAL, POIS SÓ DESEJO FICAR AO LADO DA GAROTA CHAMADA JULIA VAZ, SEM NENHUM EMPECILHO PRA ATRAPALHAR."

- Vou pro quarto, quero tomar um banho e dormir. - André anunciou tirando ela das lembranças do baile. Ele levantou da cadeira levando seu prato pra pia.

- Não vai querer a sobremesa? - Rosa perguntou a ele assim que ele ia passar pra sala. Ele se virou e sorriu de canto.

- Não, amanhã eu como. - Caminhou até sua vó e deixou um beijo em sua cabeça. Foi até Lola e beijou seu rosto. Rodou a mesa e deixou um beijo demorado na bochecha de Julia. Ele se separou e sorriu fraco voltando a caminhar pra sair da cozinha. - Boa noite meninas.


Notas Finais


GENTEEE, QUE CAPÍTULO ANIMADO E CHEIOS DE EMOÇÕES TRANSBORDANDO. DIO MIO 😲😲

Manu no hospital chamando por Joaquim.

O mistério da doença de Lola, que se chama a pior doença. Câncer... Sério, acredite... Eu não ia colocar, câncer, mas minha tia, faleceu de câncer. E eu vejo em Lola, ela. Toda sua bondade e carisma. A elegância e inteligência. Sério, eu vejo todinha ela. Por isso que coloquei, pois de algum jeito me faz lembrar dela. 😔 então isso é como uma homenagem pra ela. Pra grande mulher que ela foi um dia e está sendo lá no céu ❤

Julia visitando a casa de André...

Mas perae! Nada se compara da queimada que Rosa deu a Priscila, certo? Certo? Que bom, florzinha...

Vocês piraram quando André fez isso? Pq eu pirei geral escrevendo. Aquele beijo na nuca que só André sabe fazer. Céus... André sabe fazer isso tão gostoso em mim. Fico até arrepiada só de lembrar. Mas tive que emprestar ele pra Julia, né? ANDRÉ JÁ PODE VOLTAR PRA CASA 😹😹

Lucca... esse vai dar trabalho quando crescer pros pais viu 😂😂 quem é o motivo de seu sorriso? Lola! Quem? LOLA! 😂😂

Cara! Vocês conseguiram mesmo a Isa na fic, não foi? 😂😂 vocês são de mais, ainda teve Teobela 😂😂
Isabela subornado uma criança por 10 reais 😹😹 tadinho... e ela chamando o Téo de gostoso. Meu Deus, todinha eu e ~rolanlais3 😹😹😹😹
Mas como ela disse: estou de passagem 😆

Espero que tenha gostando do Cap meus amores. Amo-te ❤


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