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História Unknown Love - Narradora


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Sabe quando você está ali, em seu canto, e começa a pensar na vida? Pois é...

Eu parei pra pensar em um casal que mudou meu 2016.
JoLari... cara! Como eu amei esse casal. Eu amei demais eles. Aquela conexão em um olhar. O sorriso que existia quando tiravam e fazia snap juntos. Todo aquele brilho no olhar dos dois... Mas infelizmenteno esse ciclo acabou.
Devemos aceitar que cada um está seguindo seus caminhos e sucessos separados. Mas quando vemos aquelas fotos. Aquelas fotos que os fandom deles postam nas redes sociai. Cara! Bate aquela saudade. Aquela bad terrível.
Eu sei, vocês devem está pensando... "Nossa, ainda não aceitou que eles terminaram?"
Sim, aceitei sim. Mas sabe de uma coisa? Foram 1 ano, 2 meses e 20 dias, de puros tiros Jolari. De sorrisos soltos vendo a felicidade no olhar deles dois. De puro amor compartilhados desse casal... E isso é difícil de se esquecer, entende? Eu me apaixonei por eles, e tudo o que eles passaram e compartilham pra os fãs de Jolari vão sempre ser guardado em mim.

Quando a gente se apega com algo, é difícil de se desapegar. E isso é difícil pra uma pessoa só.


Hoje eles infelizmente não estão mais juntos. Mas eu vou sempre está junta com eles. Um dia eles possam voltar... ninguém sabe o que o destino nos proporciona, mas eu vou sempre está soltando sorriso.
"Soltar sorriso, sendo que está dizendo que vai estar com saudades? Ke? Não entendi."
Irei explicar...

"Jolari não está mais juntos" quem disse que não está? Eles podem ter terminado, mas nunca irão esquecer tudo o que passou em 1 ano e 2 meses. Em uma entrevista, João disse "A gente passou muito tempo juntos, não só no namoro, a gente já era amigos antes. E continuaremos muito amigos, não tem motivo pra terminar a amizade."
"Seremos sempre amigos. A Lari vai ser sempre uma pessoa especial. Não é por que terminamos o namoro que se esquece tudo o que vivemos."

E isso pra mim, é um motivo pra mim sorrir. É um motivo pra mim sorrir, sabendo que mesmo com o fim do namoro, a amizade ainda prevalece. É um motivo pra mim sorrir, porque não está existindo rancor ou algo do tipo. É motivo pra mim sorrir, vendo que eles estão vivendo. Longe um do outro, mais estão vivendo. Estão vivendo seus caminhos felizes mesmo não demonstrando que podem estar triste.

O sorriso deles que me motivam a continuar seguindo em frente. Eles vão ter outro relacionamento? Vão. Eu vou shippar? Não. Mas se eles estão feliz naquele relacionamento, eu também vou está feliz.

O que estou querendo dizer com tudo isso? É que não devemos ficar pedindo pra eles voltarem porque são escolhas deles. Podem houver outro amores pra eles, mas que não devemos nunca esquecer o sorriso deles quando estavam juntos.

Lari está fazendo o que ela gosta. João também. Tem como ficarem feliz só sabendo que eles estão fazendo o que gosta? Tem como ficarem feliz só vendo a felicidade deles atuando e fazendo show por mundo inteiro? Tem como ficarem feliz só sabendo que eles ainda são amigos e que nunca vão esquecer o que passaram? Tem como ficarem feliz, vendo eles felizes?

Beijos, e que essa bad acabe logo 😔 capítulo GIGANTE 😱😱 MEU DEUS, NÃO TENHAM PREGUIÇA DE LER VIU? TEM TIPO, MUITAS EMOÇÕES

Capítulo 55 - Narradora


Fanfic / Fanfiction Unknown Love - Narradora

Téo ergueu a cabeça pra a mulher de seu irmão que lia uma revista de receita no outro sofá. Olhando bem, Isabela até que pegou um pouco da aparecia dela. De como seu rosto fica sério ao está fazendo algo. O jeito como ela mordia o lábio abaixando a cabeça. Talvez ele tenha observado até demais a garota.

- Tia Helena? – Apesar deles serem cunhados, Téo pegou uma mania de chama-la de tia.

- Oi, querido. – Fechou a revista e lhe encarou curiosa.

- Por quê seu cunhado colocou Isabela no colégio, se Manuela que namorou escondido? – Sua pergunta pareceu a surpreender. – Isabela também fez algo de errado? – A mulher mordeu o lábio pensando em uma resposta clara.

- Bom, pelo o que Rebeca me contou... Isabela que se ofereceu pra ir. Não sei direito o motivo por isso. Acho que deve ser pra não deixar a irmã só lá. Elas sempre foram muito apegadas um com as outras. Nunca se separam. Brigavam o tempo todo, mas nunca se separam.

- Ah, entendi. – Téo balançou a cabeça. – As gêmeas não foram por casamento. Por quê?

- Bom, como Isabela disse ontem. A cólica dela é muito forte. Ela pega febre, vomita sempre. E Manu se ofereceu pra ficar cuidando dela. Já que Otávio e Rebeca foram os padrinhos elas não deixaram eles faltarem. Mas sabe? Eu queria que elas fossem. Fique um pouco triste por minhas sobrinhas não terem ido, mas sei que se não fosse a cólica da Isa elas não perderiam por nada. E isso me alegrou, sabe? Ver que até em qualquer dor e dificuldades elas estão juntos. Eu não me surpreendi por a Isa ter fugido do colégio. Apesar dela sempre ter fugido, mas... esse foi por uma boa causa. – Téo sorriu e coçou a nuca envergonhado pelo olhar de sua cunhada. – Mas por que toda essas perguntas?

- Ah, curiosidade. – A mulher riu negando com a cabeça.

- Não colou comigo. – Falou ainda em riso. Ele revirou os olhos.

- Pra ser sincero? – Ele mordeu o lábio vendo a concordar. – É que sei lá... Sua sobrinha desde ontem quando a vi dar dinheiro pra uma criança não sai de minha cabeça. Deve ser porque normalmente ninguém dá 10 reais pra comprar a voz de uma criança. – Ele riu fraco.

- Ela subornou uma criança? – Ela perguntou rindo novamente. Ele concordou rindo também. – Isabela é fogo mesmo viu. Sabe? Foi até coincidência vocês se encontrarem. De qualquer jeito iria apresentar você e o Pedro pra as gêmeas, já que nunca se viram. Mas estou vendo que vai ser difícil pra isso acontecer.

- Por quê?

- Minha irmã e seu marido acabaram de se mudar pro México por causa das meninas que estão no colégio. Perguntei a ela se não poderiam vim morar aqui. Sabe? O namorado da Manuela mora aqui, eu, você, e o Pedro mora aqui agora, e tem a mamãe também. Mas tem mínimas possibilidade delas virem pra cá.

- Ou seja...

- Não sei. Mas Otávio como é acho que não vai aceitar. Mas até que seria bom né? Elas morarem aqui. Eu vi como você e a Isa estavam. Podem ser grandes amigos. Ou até mais. – Sussurrou a última frase, mas ele ouviu e ignorou.

- Estávamos normal. – Ele franziu a testa. A mulher sorriu.

- Tá. – Ainda com seu sorriso convencido abriu novamente a revista.

- É sério! – Ele falou por ela não ter acreditado.

- Também tô falando sério. – A mulher olhou ele ainda com seu sorriso e voltou sua atenção pra revista.

***

- Para com isso. – Rafael pediu pegando o ante braço de Julia por toda hora ela ficar descendo o short. – Tá doida, Julia. Daqui a pouco vai parar nos quito do inferno de tanto ficar descendo.

- Solta meu braço. – Bateu em seu braço com a mão livre. Rafael revirou os olhos vendo que ela voltou a bolinha seu short.

- Por quê ela está assim? - Bruno sussurrou pra Rafael.

- É eu que sei? – Ele sussurrou também confuso.

- Para de sussurrar seus bestas. – Bateu na cabeça deles.

- Odeio começo do mês. – Bruno murmurou com a mão na cabeça.

- Então é dois. Quando eu chego em casa, todo dia minha mãe me pergunta o que foi as marcas vermelhas. – Rafael murmurou também.

- Se vocês não provocasse também. – Carlos riu pousando o braço no ombro de Julia que rosnou.

- Não me toca. – Rosnou entre dentes. De imediato ele tirou com medo. Bruno e Rafael riu da cara dele.

- 1° ANO. – O porteiro gritou. Julia bufou ajeitando seu cropped.

- Só essa e logo é nós. – Carlos glorificou.

- Para com isso. – Rafael bateu na mão da garota.

- Vai procurar uma mulher pra te aguentar. – Mandou o dedo do meio pra ele.

- Não, já tenho o Carlos. – Rafael piscou pra Carlos.

- Sai daí. Gosto de mulher, porra. – Julia, Bruno e Rafael riu de sua irritação.

- Nossa, vai fazer desfeita mesmo daquela noite que tivermos? Foi tão bom. Tão... Ahh. – Suspirou Rafael em brincadeira. – Mágico.

- Carlos. Oi... – Eles olharam para trás de Julia e Carlos e viu Paula com umas de suas amigas. Carlos tentou evitar um sorriso mas foi quase impossível. – É então... – Enrolou se perguntado ou não isso.

- É assim. Ela ouviu sua conversa e queria perguntar se você era gay. – A menina falou pela amiga. Carlos arregalou os olhos e pisou no pé do amigo que gemeu de dor. A amiga de Paula olhava com o mínimo interesse pra Carlos esperando uma resposta.

- Não, não é isso. – Paula tentou amenizar o clima nervosa. A menina revirou os olhos mastigando seu chiclete.

- É isso sim. – A menina tornou a falar. Antes que Paula dissesse mais algo Carlos respondeu:

- Não, eu não sou. Rafael que só estava brincando. Aliás um brincadeira sem graça. – Murmurou pra ele.

- Ah. – Paula prosseguiu.

- Mas porque? Tem algo contra com gay? – Rafael perguntou já não gostando da atitude de Paula e sua amiga.

- Não, não tenho. É só que é porque eu pensei que ele gostava de mulher, agora ouvido você falar isso eu buguei. – Paula se explicou com um sorriso verdadeiro.

- Ah. – Rafael prosseguiu ainda desconfiado. Ele encarou a menina que mastigava bem perto do ouvido de Julia e riu já sabendo o que aconteceria. A menina encheu a bola com ar e pocou pra acabar com a paciência de Julia.

- Tá comendo bosta queridinha? Ou está chegando em uma idade de sua vó que mastiga com dificuldade por causa da falta de dentes? – Julia perguntou sarcástica fazendo quebrar o contato visual de Paula mas Carlos. A menina arqueou a sobrancelha e fez cara de poucos amigos pra Julia.

- E quem é você pra falar de minha vó? – A garota falou com desdém.

- Sou alguém que está sendo incomodada por uma idiota que tem preconceito com os gays. – Julia debochou. – Não esquece que eles são melhores que qualquer uma como você, que não precisa ser forçada a ser amiga da popular pra ganhar um título. – Paula riu disfarçadamente mas a garota percebeu olhando ela. Ela olhou pros lado e viu aquelas pessoas a olhando. A menina riu debochada.

- Desculpe, querida. Mas eu não preciso de amizade com a popular pra ganhar um título. Não sei se você sabe, mas eu sou a capitã do time feminino da escola.

- Não sei se você sabe. Mas uma de suas queridas “amigas” teve um acidente jogando, e machucou a perna, e adivinha! Ela é a capitã e sempre será né? Porque cá entre nós, ninguém nunca vai ser melhor que ela. Até eu sou mil vezes melhor que você né querida. Ela só te deu a faixa de capitã porque era a amiguinha dela. Lá ela sabe que você está só querendo o título dela.

A menina olhou ao redor e viu que os povos riam de sua cara. A menina soltou um grunhido escandaloso e saiu batendo os pés. Paula ria com a mão na boca também. Apesar de serem amigas, ela já percebeu antes que ela só andava com ela por causa de seu posto de popular. Julia observava a garota berrando com uma cara de poucos amigos enquanto todos riam da menina. A garota berrou chamando Paula e continuou seu trajeto irritada ao som de riso.

- Bom, já vou. – Paula se despediu ainda rindo. – Julia, cara! Você é demais. Eu já disse uma vez pra Carlos que vocês são um exemplo de amizade, e que admiro isso de vocês. – Julia sorriu de lado com o elogio. – Rafa! Eu não tenho nada contra com os gays. Aliás tenho até um amigo. E acredite ele é melhor que minhas amigas da escola. Porque eu posso ser lerda, mas sei que elas só ainda pelo meu posto. Só Tatiana que se salva ali. – Julia, Rafael, e Bruno riram, menos Carlos que estava sério desde de sua pergunta. Paula olhou ele em silêncio. Julia sorriu pro os meninos percebendo os olhares deles dois. – Carlos, eu não só vim pra perguntar aquilo. Aliás eu nem ia perguntar. Eu queria perguntar se você gostaria de sair comigo depois de pegar o resultado. – Falou envergonhada. Carlos sorriu de canto.

- Ele vai sim. – Julia falou pra ele pousando a mão no ombro do amigo. – Assim que pegamos nosso boletim eu deixo ele contigo. As 14H quero ele de volta okay? Eu que perceba que ele chegue tarde em casa que vocês vão ver. Não sei de você sabe, mas sou muito ciumenta com meus meninos. Eles só podem ter eu e a mãe de menina na vida dela. Já não basta aquele ali que vou ter que dividir com minha sobrinha e a mãe. Ele diz que acontece nada, mas eu sei que acontece. Achando que eu sou burra. Aquele ali? Aquele ali é um grande atoa mais é meu grande atoa. O Carlos é meu meninão. Ele...

- Okay, Paula. Eu te encontro. Sozinho! – Carlos cortou Julia quando viu que assustava a menina. Julia revirou os olhos com seu ênfase pra ela.

- Tudo bem. E Julia. Pode ficar despreocupada, eu não vou estrupar ele. Só é um passeio.

- Espero mesmo que não seja o passeio que estou pensando. – Carlos mais Paula coraram. – Vamos mais devagar, entendeu? Nada de pega-pega diariamente ainda mais perto de mim. Sou ciumenta! Vamos devagar que um dia essa fila anda. Aquele ali inventou de ir depressa. Olha o que deu! Embrenhou! Agora ele colocou na cabeça que quer comprar uma casa pra morar com a filha e a mãe. Agora me diz, se eles não tem porra de nada pra quê morar com ela? É fogo entre as pernas. Não sabe segurar o amiguinho que tem lá. – Rafael riu da negação e indicação de Bruno a outra ouvir. – Já aquele ali? Aquele ali diz que gosta de uma mais só vejo ele dando frete pra a primeira que abrir as pernas. Aí pega uma doença não sabe o porque! – Agora quem riu foi Bruno com a indicação de Rafael. – Já esse aqui, não... esse é todo na dele. Todo tímido e não é apressado. Já ouvi uma vez de uma garota que ficou com ele, e ela disse que ele gosta de preliminares. – Sussurrou auditiva. Bruno mais Rafael riu da cara de Carlos e Paula com a situação. – É... Então nada de agarra-agarra com meu caçula, porque pode parar em uma coisa não muito boa e em minhas vistas. Carlos e os outros são da mesma idade, mas ele é o caçula pelo mês, então vamos mas devagar viu? Primeiro uns pega. Depois mais outro. Depois mais outro. E só aí!! Eu mando ele te pedir em namoro. Só aí!!! Digo e repito:: Nada de pega-pega agora. Pega-pega na linha frente só quando estiver no altar com as alianças no dedo!! Nada de guerra entre línguas. Não!! Só um selinho e se eu ver que vai aprofundar eu...

Julia não conseguiu terminar porque Rafael tampou sua boca e deixou ela em seu colo vendo que ela se debatia pra tirar. Paula estava com os olhos assustado com todo depoimento. Julia se aquietou quando viu que ele não ia deixar falar mais nada, mas mesmo assim Rafael não tirou a mão. Paula riu ainda impressionada e olhou Carlos que estava mais vermelho que um tomate.

- Nada ciumenta, sua amiga né? – Paula perguntou rindo. Julia movimentava fazendo gestos com a mão.

- Desculpa por ela. Essa garota é louca. – Carlos falou batendo na mão de Julia quando ela mandou o dedo do meio pra ele.

- Tudo bem. Foi até engraçado. – Riu envergonhada.

- Pra Carlos acho que não muito. Ainda mas quando ela disse que ele gosta de preliminares. – Bruno relembrou rindo. Carlos pisou em seu pé irritado. Bruno sorriu amarelado com dor. Provocar não foi nada bom.

- Por quê eu fui ter um bocado de bando de doidos ao meu lado, meu Deus? – Carlos bufou irritado.

- É melhor ter um bando de doidos como eles, do que ter aquelas amigas da onça que tenho. – Paula repreendeu e riu fraco. Julia conseguiu tirar a mão de Rafael pra falar:

- Concordo. Está vendo? Siga os conselhos da garota seu besta. – Chutou a canela de Carlos e a própria tampou sua boca.

- Vai se ferrar! – Massageou a canela. Paula riu vendo ela mandar o dedo do meio pra ele e ele mandar outro.

- Essa sim é aquela amizade verdadeira. – Paula riu vendo a palhaçada deles. – Bruno, não sabia que você iria se tornar pai. Parabéns. – Sorriu pra ele empolgada.

- Obrigada. – Agradeceu Bruno.

- É menino ou menina? – Bruno sorriu mais bobo ao se lembrar da última consulta no médico.

- É uma menina. – Falou bobo. – Já até imagino com ela deve ser. A cara da mãe. – Paula sorriu com a bobeza dele. – Três meses hoje, acredita? A mãe fez Sexagem fetal pra descobrir o sexo.

- Sério? Que bom. Desejo muita saúde pra ela e a criança. Parabéns aí de novo. – Bruno agradeceu novamente. – E foi planejado?

- Não, não verdade foi um acidente. Quer dizer, um erro. Mas hoje está sendo um dos melhores erros que já vi.

- Você está com cara de que vai ser um pai coruja. – Brincou a garota.

- Já estou sendo. Aquela ali tomou o primeiro lugar de Julia. – Zombou. Julia tirou a mão de Rafael e falou:

- Falso. Só não culpo ela porque ela é minha sobrinha. – A própria colocou a mão de novo. Rafael riu com sua palhaçada.

- Bom, tchau pessoal. Carlos, até daqui a pouco. – Sorriu e acenou tímida e saiu caminhando até sua amiga que soltava fumaça pelos nariz irritada com a demora. Rafael gemeu de dor ao sentir sua mão sendo mordida. Julia levantou batendo em seu braço.

- Nunca mais coloque essa mão podre em minha boca seu grande atoa. – Parou de bater e ajeitou de boné. – Lá sabe eu onde você já colocou isso. – Passou a camisa na boca e arregalou os olhos voltando descer. Os olhos de Rafael estava arregalados que nem a dela.

- Uou! – Exclamou Rafael impressionado. Julia estava vermelha. Bem como André disse: essa blusa está curta.

- O que foi? – Bruno perguntou ao seu amigo

- Nada! – Julia respondeu antes dele.

- 2° ANO. – O porteiro gritou chamando a sala deles. Bruno e Rafael se levantaram e seguiram até o portão. Assim que Julia iria segui-lo atrás, seu celular vibrou. Ela pegou de seu bolso parando de andar.

Número desconhecido: Eu disse!!! Essa blusa está curta!!

Julia olhou pra as pessoas que seguiam até o portão procurando André. Encontrou o mesmo no mesmo lugar que estava com Priscila, guardando o celular no bolso. André negou com a cabeça caminhando até o portão também.

- Julia! – Carlos chamou a despertando. Ela virou pra ele. – Vamos!

- Claro, já vou. – Ela voltou a caminhar e olhou pra trás procurando ele, mas ele tinha sumido entre as pessoas.

***

- Por quê vocês estão assim? – Manuela perguntou estranhando o comportamento de seus pais.

- Estamos normais. – Rebeca falou não querendo demonstrar o que acha sobre a atitude de seu marido ao descobrir que Isabela fugiu pra ir buscar Joaquim.

- Não, vocês estão estranhos. Em vez de estarem chorando rios de preocupação com a Isa, estão de braços cruzados com o rosto virado pra não se olhares.

- Já disse que a polícia já está resolvendo isso. – Rebeca falou novamente.

- Sim, mas vocês não estão do jeito que imaginei. A senhora mesmo! Ontem desde que foi lá no meu quarto está mais acalma que antes.

- Sabe o que é que é Manuela? Que sua irmã está merecendo uns bons tapa. – Otávio se estressou. – Mas espere! Quando ela passar pela aquela porta, ela vai ter o dela. E ninguém vai me impedir. E ela e...

- Marina! – Rebeca o interrompeu antes que é ele falasse o nome de Joaquim. Otávio bufou irritado virando o rosto. Marina apareceu. – Diga a o Ofélio pra preparar o carro. Irei sair.

- Claro. Tem opção pra onde ir? É que o carro está com pouca gasolina e ele irá ainda abastecer.

- Você sabe onde. Estarei esperando lá fora. Ah, e cuida dela. – Pediu se levantado e apontando pra Manu. – Não deixe ele falar. – Falou sem imitir som. A governanta concordou prontamente. Rebeca pegou sua bolsa e saiu pela porta da frente. Manu olhou Marina e ela chamou com a mão. A garota correu até a governanta e a abraçou de lado caminhando pra fora da sala. A mulher apertava seus ombros em conforto sabendo que ela não estava bem. Elas chegaram na cozinha vendo Ofélio comendo um sanduíche.

- Ofélio. Dona Rebeca pediu pra leva-lá pra aquele lugar. – Marina pediu.

- Que lugar? – Ele perguntou confuso.

- Aquele. – Gesticulou com a cabeça pra Manu.

- Qual?

- Sai daqui logo. – Bateu em seu braço. O mesmo ficou murmurando e saiu levando seu lanche. – Quer algo meu amor? – Colocou pra ela sentar no mesmo lugar que estava Ofélio.

- Minha irmã. – Apoiou o queixo na mão cabisbaixa.

- Não fique assim. Ela vai voltar. Isa não iria sair de casa sem falar contigo. – Acariciou o cabelo dela.

- Ela me abandonou. Igual como fiz com Joaquim. Sair sem nem deixar percebido.

- A Isa não iria te abandonar, Manu. Parece de pensar assim. E sobre Joaquim, no futuro vocês podem se encontrar.

- Mas não vai ser a mesma coisa de antes. Ele pode está com outra. Ou eu. Ele pode está com filhos. Ou eu. Ele pode não me perdoar por ter ido embora. Por ter feito se machucar. Julia tinha me dito que ele não sai mais do quarto pra nada. Antes de isso acontecer, ela me alertou. Ela me alertou dizendo que iria machucar ele. Ela me alertou. E agora? Olha como estamos hoje. – As lágrimas caiam em seu rosto sem nem ela perceber. Marina pegou seu rosto colocando em seu peito e acariciou os cabelos dela.

- Ela vai aparecer. Tenha fé. – A garota chorava em se peito enquanto era acolhida nos braços de sua outra mãe. Marina odiava mentir. Mas ela teria que fazer isso por sua menina. Ela tinha que fingir. Se Deus quiser, daqui a uns 40 minutos eles estará em casa.

***

- Que notas são essas, Julia? – A mulher berrou ao ver o boletim da filha.

- As minhas. – Falou de boca cheias sem muita importância.

- 2, 0 em matemática! – A mulher continuava a berrar enquanto sua filha se deliciava com o bolo sem nem ouvir os sermões. – 3, 0 em redação! Redação, Julia! É umas das matérias mais fácil que tem.

- Não é não! – Ela riu quando um farelo caiu de sua boca. Ela engoliu confusa ao ver a mão de sua mãe estendida. – Pra quê essa mão?

- Me dê o celular! – Falou autoritária. A boca de Julia se abriu incrédula.

- O quê? Não! Meu celular não! Oxe! – Deu as costas pra mãe saindo apressada da cozinha.

- Me dê essa merda de celular agora. – Julia virou repetindo mil vezes que não vai dar. – ME DÊ LOGO JULIA ANTES QUE EU PERCA O RESTO DE PACIÊNCIA.

- Pegue qualquer coisa. Mas me celular não! Oxe! Não coloque a culpa em meu celular.

- Você passou essas unidades toda sem um caderno na mão, Julia! Só com o celular na cara. Eu nunca vi esse ano você pegando um livro de história pra ler. Nem o caderno pro dever de casa. O máximo que vi só foi você fazendo 2 trabalhos escolares.

- Eu já disse. Meu celular eu não dou!

- Olha garota. – A mulher respirou fundo tentando pegar paciência. – Joaquim não está aqui. Ele é o único que conseguia amenizar a briga entre a gente. Ou você me dá essa merda, ou eu vou pegar uma borracha de pneu e lhe bater. Você sabe que isso doe. Eu já fiz muito isso com vocês. Vocês estão grande, mas se merecer vai apanhar.

- Por quê logo com meu celular? Pegue meu notebook. Ou qual quer merda minha, mas meu celular eu não dou. – Apertou bem o celular em sua mão.

- Julia. Eu estou perdendo a paciência. Ou você me dá isso agora. Ou eu mesma tomo e vai aumentar mais os dias sem ele. – Julia bufou.

- Posso pelo menos me despedir dele? – Perguntou sarcástica. – Não sei se você sabe, mas minha vida está nele. Não posso sair e não falar nada.

- Não quero saber. Me dê logo. – Julia bufou irritada e entregou que foi pego bruscamente pela mãe. A mulher desligou o celular e guardou em sua bolsa. – Eu vou ir buscar seu irmão. Quando chegar não quero você fora do quarto, entendeu? Até eu chegar, pode aproveitar seu notebook. Irei providenciar alguém que te ajude nas matérias. Já que as aulas extras não serviu pra zorra de nada. – Julia cruzou os braços. – Vamos? O que está fazendo aqui? Já pro quarto. Hoje você não sai de lá. – Julia soltou um grunhido e caminhou pra escada. A mulher olhou novamente pro boletim vergonhoso de sua filha. Olhou o de Joaquim percebido o quão ele são diferentes neste quesito. Joaquim pode ter sim umas notas baixas, mas Julia está pior que ele esse ano. Julia nunca foi de perder em quase as matérias toda, pelo contrário. No boletim havia uma escrito “tarde” como um aviso de que se suas notas continuarem baixas iria mudar de turno.

Ela iria procurar algo ou alguém que ajude nisto. Urgente!

***

- Pra ser sincero. Eu quase estava pensando que você não iria mas querer sair comigo. – Carlos riu fraco olhando seus pés caminhar.

- Por quê? – Paula riu também. Carlos levantou a cabeça e lhe encarou.

- Pensei que você iria desistir por causa daquele discurso de Julia. – Paula riu ao se lembrar de suas palavras.

- Foi engraçado. – Tomou mais de seu sorvete.

- Foi vergonhoso. – Ele retrucou. – Espero que você não tenha acreditado em tudo.

- Ainda estou em dúvida com uma coisa. – Tomou mais de seu sorvete.

- O que? - Perguntou quando a viu que ela não iria continuar.

- Por enquanto vou deixar em segredo. – Fez voz de mistério. Carlos riu revirando os olhos. – Ela é bastante engraçada e ciumenta né? E ela dizendo que Bruno não sabia segurar o amiguinho dele. – Eles riram se lembrando disso. – Na hora eu estava assustada, mas só de lembrar agora minha barriga doe de tanto rir. – Tomou mais de seu sorvete ainda rindo. – Eu não sabia que Bruno ia ser pai. Estou feliz por ele. – Quebrou o silêncio momentâneo que tinha agora pouco.

- É. Eu também estou. – Carlos sorriu.

- Minhas amigas diziam sempre que ele tinha namorada. É com ela? Por que Julia disse umas coisas que parecia não ser.

- Não, não é com ela. É com outra.

- Ele disse que foi como um erro. Por que, se era pra ser só como chamado de acidente? Ah, desculpe minha indelicadeza perguntando um bocado de coisas. Mas é que sou muito curiosa mesmo.

- Não, tudo bem. – Tranquilizou-a. – A criança foi meio que gerada por uma traição. Bruno foi um irresponsável, e acabou no que deu.

- Ah, entendi. Atualmente normalmente, jovens como a gente assim, não iriam aceitar a criança. Acho isso um absurdo.

- E é. Creio que se Kayla não contasse pra ele, hoje a criança nem estaria mais no ventre.

- Ela quis abortar? – Perguntou incrédula.

- Sim, mas ele fez a desisti disso. – Deu de ombro.

- Espero que um dia eu também tenha. É meu sonho ser mãe. – Paula sorriu.

- Sério? – Carlos perguntou.

- Sim. Não agora. Óbvio. Mas um dia. Scott nunca gostou de ouvir eu dizer isso. Ele sempre me repreendia dizendo que não vou ter e pior com ele. – Paula revirou os olhos.

- Ah...

- Desculpa. Te chamei pra sair, e estou falando do ex. Foi mal.

- Tudo bem. – Carlos desviou o olhar pro lado. – Você só quis contar seu sonho.

- É mais eu não devia ter dito dele, Carlos. – Insistiu. – Agora eu estou com você.

- Como? – Olhou pra ela imediatamente, parando de andar.

- Não! Er... Eu quis dizer que agora estamos.... passeando. – Sorriu amarelado e nervosa. Ela tomou mais de seu sorvete e voltou a caminhar rápido. Ele soltou um sorriso quando ela olhou pra trás chamando com a mão pra andar também.

***

- Como ela está?– André perguntou ao Priscila atender a chamada.

- Está bem. Só desmentiu o braço na hora da queda. – Priscila suspirou vendo sua vó dormir. – Eles deram o boletim pra você?

- Sim. Tive que explicar o motivo por você não ter conseguido buscar. Ele está na minha mão.

- Obrigada. Perdi em muitas?

- Só Educação Física. – André riu na linha. Priscila riu também. – Ainda penso como é que você diz que não gosta essa matéria.

- Claro. Minha maquiagem sai toda com o suor. – Fez careta.

- Eu oro muito pra que Lola não siga esse mundo de vaidade. – Priscila revirou os olhos ao ouvir o nome da garota, mas se mesmo assim riu falso.

- Todas nós temos vaidade, querido.

- Ata! – André revirou os olhos.

- Vou ter que desligar agora. Ela está acordando.

- Claro. Fale a ela que mando melhoras.

- Tudo bem. Tchau... Ah, André.

- Oi?

- Sobre aquilo...

- Está tudo bem, Priscila. Eu entendo. Sua vó está no hospital agora. Não se preocupe com isso. Quando as coisas melhorarem nós terminarmos essa conversa. Só fiquei em paz. Eu vou está aqui quando precisar.

- Tudo bem. Obrigada. – Priscila desligou a chamada e suspirou. Percebeu que sua vó estava lhe observando e caminhou até ela.

- O que ele queria?

- Nada. Só dizer que conseguiu pegar meu boletim. Já que não consegui pegar. Está sentido muita dor? – Mudou de assunto.

- Você ama ele? – A pergunta surpreendeu Priscila.

- É claro que amo, vó. – Respondeu atômica.

- Estou perguntando se você, ama ele Priscila! – Falou firme.

- É claro que amo, vó. – Apertou os olhos e as mãos na cama.

- Você ama o André, Priscila?! – Perguntou em um tom mas alto.

- Eu não sei! Eu não sei! Eu não sei! – Repetiu várias vezes no mesmo tom que sua vó. Seus olhos ainda estava apertados e suas mãos ela batia na cama repentina vezes. Seus olhos começaram a brotar lágrimas no canto. – Eu não sei. Eu não sei está bem? Me desculpe... – Sua voz falhou com as lágrimas e ela parou de bater na cama. – André é um cara legal. Ele não merece isso. Ele não merece. André só merece a ela. Só a ela... – Os soluços começam a sair de seu boca. Agora o verdadeiro sentimento da culpa caiu em si.

- Ela quem, Priscila? Ela quem? O que você esconde dele?! – A mais velha perguntou no mesmo tom. Priscila nunca foi boa pra mentir em base de muita insistência. Ou ela tirava a verdade da neta. Ou ela tirava a verdade da neta.

***

- Oh, minha filha. – Rebeca correu pra abraçar Isabela quando ela apareceu em suas vistas. A mulher foi correspondida com a mesma intensidade pela filha. Joaquim sorriu de lado ao rever a sogra. – Eu fiquei tão preocupada. – Se separam e a mulher deixou as mãos em seu rosto.

- Desculpe por isso. Eu pensei que como estava no colégio ninguém iria perceber que fugi. Como ela está? – Se referiu a irmã.

- Preocupada. Hoje ela já estava desconfiada que eu e seu pai não estávamos fazendo nada. Nem chorando ou algo do tipo.

- Você contou a ele?

- Tive que contar, Isa. Ele apesar se tudo é seu pai.

- Ela não está sozinha com ele não é?

- Não, pedi pra Marina olhar ela pra não deixar ele contar.

- Então vamos logo. Vamos. Antes que ele conte. – Isabela apressou pegando a mão de Joaquim e correndo pra fora do aeroporto.

- Mas Isabela. Nem me deixou falar com ela direito. – Joaquim se referiu a Rebeca que corria também ao lado.

- Não dá tempo. Não dá mais, Joaquim. – Isabela falou nervosa abrindo o carro da mãe. – Ofélio, acelera. – Empurrou Joaquim e entrou no banco. A mãe entrou na frente. – Rápido Ofélio! Um dia esse mundo vai acabar e você vai ficar nesta lerdeza.

- Calma. Coloquem o cinto.

***

- Cadê? – Ana entrou no quarto de Julia já perguntando sobre o notebook. Julia bufou batendo a aba com força. – Quebra que aí fica sem. – Ironizou pegando da cama. Julia puxou a coberta se cobrindo irritada. – Isso é pra você aprender que não precisa de celular pra ter um futuro. Pelo contrário! Só faz você não ter futuro.

- Você sabe se meu futuro também pode está aí?

- O que? Não ouvi direito. Repita. – Pediu mesmo tendo ouvido direto.

- Você sabe se meu futuro também pode está aí?! – Julia tirou a coberta e encarou a mãe furiosa.

- O que um celular pode ter pro futuro, Julia? No meu tempo era em livros. LIVROS! Não celular.

- É. Mas estamos no século 21! A pessoa procura onde quiser. E se alguma professora pedir um trabalho? Como vou fazer se a senhora até meu notebook pegou?

- A pessoa procura onde quiser. – Repetiu o que a filha disse.

- Mas não tem como resolver as coisas da faculdade em um livro!

- Você está no 2° Ano no colégio. Não tem pra que resolver isso agora!

- Mas quero ver como funciona as coisas. Será que até nisto é proibido?

- Só funciona as coisas em estudos. Vá estudar primeiro.

- Eu estudo! – Retrucou.

- Abaixa o tom quando for falar comigo. – Apontou o dedo na cara da menina.

- Joaquim sempre foi pior em todos esses anos. Agora só uma unidade que eu perco, vem me proibir de tudo.

- Foram duas unidades! Duas!

- E ainda tem mais duas! Porque não guarda os discursos só no final do ano? Quando souber mesmo se posso perder ou não perder de ano.

- Por que você pode ir pra tarde se não melhorar as notas. E você sabe que de tarde não é bom estudar lá porque é cheio de pessoas erradas. Agora chega! Chega! Estou cansada. – Julia observou a mãe bater a porta do quarto irritada. Julia bufou voltando a cair na cama. Agora que merda ela vai fazer? Ela virou o olhar pra janela e logo foi pra cômoda de estudos vendo o que ela tanto amava fazer. Levantou correndo e pegou colocando a alça no pescoço. Correu pra porta e trancou. Colocou os travesseiros em forma de que possa pensar que ela esteja debaixo e correu pra janela. Admirou um pouco a vista e resolveu tirar algumas fotos com sua velha amiga. A câmera fotográfica.

***

- Larga esse travesseiro. – Laila bateu no braço de sua amiga e puxou.

- Para! Me dá. – Kayla choramingou.

- Só se você me escutar. – Kayla assentiu. – Vou sair com Logan e não sei que horas vou chegar. Então se vire aí pra alimentar essa guria de seu ventre.

- Não chama minha filha assim, sua louca. – Kayla repreendeu e deu um tapa em seu braço. Laila riu divertida e a vez rir também. – Tudo bem. Eu cuido da casa.

- Que bom. Mas falando sério. Tem coisas no armário, você faz algo pra comer, está bem?

- Claro. Não é como se fosse a pior coisa do mundo. – Laila revirou os olhos rindo.

- Tem certeza que vai ficar bem? Se quiser eu posso ficar. – Falou preocupada.

- Vou sim. Pode ir se divertir. Eu vou ficar bem. Nós vamos. – Kayla acariciou a barriga já se desenvolvendo.

- Está bem. Toma seu segundo crush. – Estendeu o travesseiro de volta. Kayla pegou logo se agarrando. A amiga riu negando com a cabeça vendo sua amiga e seu amante. – Tchau. – Beijou a cabeça da amiga. – E tchauzinho meu amor. Titia te ama está bem? – Falou com a barriga de Kayla e beijou.

- Por que ninguém diz que me ama também? Tô me sentindo excluída por minha própria filha. – Kayla choramingou.

- Dramática. – Laila revirou os olhos sorrindo. Elas se despediram e Laila saiu de casa deixando ela sozinha.

- É, meu amor. Somos só nós duas hoje. Eu e você. Você e eu. – Kayla falou para sua barriga.

- Você me excluindo assim, dá vontade de dar meia volta e sair sem rumo. Isso magoou sabia? – Kayla olhou pra porta do quarto vendo Bruno com os braços cruzados caído na batente encarando ela com um sorriso aberto. Kayla sorriu também e bateu na cama pedido pra sentar ao seu lado. Bruno sentou ao lado de seu corpo deitado. Ainda sorrindo beijou sua bochecha corada. – Como está vocês?

- Ela eu não sei. Mas eu estou dolorida. – Kayla fez uma careta e riu.

- Não larga mais esse travesseiro, né? – Bruno puxou de seus braços e a ruiva choramingou.

- Que mania de ficarem pegando o travesseiro do zoto. – Kayla murmurou. Bruno ignorou olhando o travesseiro. – Me dá... Eu quero abraçar algo e só tenho ele. – Pediu como uma criança.

- Vou lhe dar um ursão. Quer? – Os olhos de Kayla brilhou só de ouvir ele dizer isso. Bruno riu.

- Sério? – Kayla perguntou pra ter certeza que ele não estava brincando novamente.

- Sim. – Estendeu o travesseiro novamente. – Quer? – Kayla pegou rapidamente e aconchegou mais no travesseiro. Ela balançou a cabeça empolgada. – Então vou lhe dar um. Aí você larga esse travesseiro, logo.

- Não vai valer muito caro?

- Nada é caro demais quando se trata da minha filha e da mãe dela. – Eles sorriram.

- Sabe? Eu achei que você ainda estava desconfiado sobre você ser o pai. – Kayla encolheu os ombros apertando mais o travesseiro.

- Você não mentiria sobre isso. Eu sei que não. – Kayla sorriu sabendo que ele a conhecia o bastante pra isso.

- Vem. Deita. – Se afastou mais pra ele deitar. Bruno negou rapidamente. – Vem, rapaz. Pode deitar. – Um pouco hesitante ele deitou com o braço abaixo da cabeça. – Como está o boletim mocinho? Espero que esteja bom porque se não já sabe. Nada de conversa com a minha filha. – Kayla brincou. Bruno virou a cabeça sorrindo.

- Não!!! Eu não acredito que você estava falando sério. Merda viu! – Bruno xingou. – Manera pra mim vai.

- Quantos? Sem mentiras.

- Só três. – Fez uma careta.

- Então três dias sem falar com ela. – Brincou.

- Affz que eternidade. – Bruno murmurou pra si.

- Tá reclamando, eu coloco pra cinco.

- Não! Três está bom. – A ruiva riu de seu desespero. – Já pensou? Cinco dias? Isso é demais pra mim. Hoje não conta não é?

- Conta sim. – Concordou.

- Mas hoje ela faz três meses. Manera por favor.

- Não. – Bateu de leve em seu peito.

- Argh! Existe castigo pior que esse?

***

- Argh! Existe castigo pior que esse? – Julia berrou entrando no quarto de Rafael sem bater.

- Bate na porta antes. – Rafael retrucou revirando os olhos. Julia soltou um palavreado e sentando na cama. – Já pensou se eu estivesse nú aqui? Ou fazendo algo inapropriado pra sua idade, linda? – Ironizou girando a cadeira e encarou ela.

- Vai se ferrar. – Julia bufou irritada.

- O que aconteceu? – Levantou da cadeira caminhando até ela.

- Minha querida mãe pegou meu celular e meu notebook.

- Só isso?

- Só isso? Aquilo ali é tudo, Rafael.

- Você que escolheu isso.

- Affz, se eu quisesse mais sermão eu tinha ficado em casa.

- Pra quê a câmera aí? – Mudou de assunto.

- Enquanto vinha pra cá resolvi tirar umas fotos. Nunca mais mexi. – Deu de ombro.

- Deixa eu ver. - Julia tirou de seu pescoço e o entregou.

- Posso...

- Não! Você está de castigo! – Rafael lhe interrompeu sabendo que ela ia dizer isso.

- Idiota. – Murmurou. Rafael deu de ombros passando as fotos.

- Não tem nudes aqui não, né? – Brincou o garoto.

- Hahaha, que engraçado. – Ironizou.

- Gostei. Você melhorou mais desde sua última vez. – Rafael a elogiou e lhe entregou a câmera depois de ter visto tudo.

- É. – Colocou de volta no pescoço. – Posso nem...

- Não!

- Argh! Vou voltar pra casa. – Levantou da cama. Rafael deu espaço pra ela passar já que estava em sua frente.

- Vá mesmo, estou esperando uma pessoa. – Rafael se jogou na cama. Julia parou de andar e se virou com as mãos na cintura.

- Quem?

- Uma pessoa. Nunca viu? – Ironizou.

- Quer saber? Acho que vou ficar mais um pouco. Minhas pernas começaram a doer. – Julia voltou a sentar na cama.

- Não! Pode ir. – Falou nervoso.

- Não, eu vou ficar. – Julia insistiu. Rafael arregalou os olhos ao ouvir a campainha tocar. Julia o derrubou na cama novamente e correu pra porta. Atrapalhado pelo tombo tentou correr também mais só sentiu sua cabeça dar de cara com a porta. Ele gemeu de dor com a mão na cabeça e tentou abrir mais percebeu que estava fechado.

- Julia abre a porta. Julia! JULIA ABRE ESSA PORTA AGORA. – Bateu na porta com força mais nem ouvir a garota ouviu por está lá em baixo. A campainha tocou novamente.

Ela olhou pra a escada e tirou a blusa que usava. Jogou em qualquer canto daquela sala enorme e abriu a porta. A menina que tocava a campainha arqueou a sobrancelha ao ver Julia de short e sutiã na casa.

- Quem é você? – A menina perguntou olhando da cabeça aos pés com desdém.

- Desculpe-me, mas essa pergunta sou eu quem faço, não? – Julia sorriu irônica.

- Ah, claro. Sou Stella. É aqui a casa de Rafael?

- Desculpe-me, mas no mundo se existe muitos Rafael. Você poderia me dizer o sobrenome?

- Poxa, eu não sei. – A menina admitiu frustrada.

- Então me desculpe, não posso te ajudar sem o sobrenome.

- Você é quem? A empregada da casa? – A menina riu debochada.

- Não, fofa. Sou a namorada do filho do dono da casa. – Sorriu debochada.

- Namorada? – Repetiu incrédula.

- Sim. Algum problema com isso, queridinha?

- Não. Nenhum. Acho que errei o endereço.

- É deve ter sido mesmo. – Julia sorriu irônica.

- Bom. Desculpe. Acho que devo ter atrapalhado algo.

- Pois é. – Continuou mentido.

- Adeus.

- Vá com Deus, queridinha. – A menina saiu de sua frente e Julia bateu a porta com força. – Desgraçado! – Caminhou até sua blusa jogada. – Iria me trocar por mais uma de suas vadias. – Reclamou vestindo sua blusa. Ela ouviu o barulho de porta batendo e sorriu vitoriosa pegando sua câmera que também colocou no chão. Abriu a porta e fechou forte pra ele ouvir que ela iria sair. Caminhou calmamente saindo da porta e olhou pra janela de seu quarto. Rafael batia na janela falando algo que ela não entendia e nem iria querer entender. Acenou com a mão sorrindo. Ligou sua câmera e tirou uma foto de seu amigo no desespero na janela. Ela virou de costas e tirou uma selfie com ele atrás. Julia virou novamente pra ele e acenou se despedindo. – Viado! Vadio! Puto! Desgraçado!

***

Quem esse menino pensa que é, pra vim na minha casa, pensando que vai ver minha filha? – Otávio pensou irritado. Ele não deixaria isso acontecer. Isso não vai acontecer.

Otávio se levantou prontamente e em passos firmes e calmos caminhou até a cozinha. Se Rebeca não vai fazer nada, ele mesmo vai.

- Marina! Acorde-a! – Ele ordenou vendo que Manuela dormia tranquilamente com a cabeça e os braços no balcão da cozinha. Marina se virou assustada pra ele.

- Desculpe, senhor. Mas ela acabou de dormir. Ela chorou muito lembrando da irmã e acabou caindo no sono. Ela deve está cansada por não ter dormido a noite. – Marina se explicou sabendo que ele iria acordar pra dizer.

- Não quero saber, Marina. Eu quero ela acordada, agora. – Falou ele firme.

- Mas senhor, deixe-a dormir. Ela está preocupada com a irmã.

- Marina, não me desobedeça! Estou mandando acorda-la agora!

- Desculpe-me, mas eu não vou deixar o senhor acordar ela. – Marina negou.

- Está me desobedecendo, Marina? – Otávio se apoiou no balcão lhe encarando mortalmente. – Você sabe que posso te mandar embora agorinha né?

- O senhor pode me demitir agora, mas eu não saio daqui até quando eles chegarem em casa. – O desafiou se apoiando no balcão também.

- Rebeca tinha que abrir a boca pra você também, né? – Ele riu seco.

- Ela quis me dizer algo sobre minhas meninas.

- Suas meninas? Você deveria parar de ficar chamado elas assim. Ela não são suas filhas. São minhas, e eu faço o que eu quiser com elas.

- Elas podem ser suas filhas. Mas são uma parte de mim. E eu não aceito que elas fiquem infelizes. Elas têm que ter suas próprias felicidades.

- Você não vai acorda-la, né? – Marina negou. – Está bem. – Otávio concordou com a cabeça. Um estrondo se fez presente na cozinha. Ele tinha jogado uma panela no chão. Manuela se remexeu na cadeira mas voltou a dormir. Mas outra panela.

- Para. Está acordando ela. – Marina pediu vendo a garota se remexer incomodada com o barulho pronto pra acordar. Só mais um ela acordaria. – Não faz isso. Pelo amor de Deus. – Pediu quando o viu que ia jogar mais uma panela no chão. – Não faz isso. Eu te peço.

- PARA PAI!! – Eles olhou pra porta vendo Isabela, sua mulher e Joaquim aparecer correndo. Joaquim olhou pra o balcão vendo que ela se remexia e soltava alguns murmúrios baixos. Ele olhou o sogro desesperado. – Por favor, não faz isso. Eu te imploro. Não faz isso. Abaixa. Abaixa isso por favor.

- Olha só, quem resolveu aparecer. – Otávio riu sem humor. – Minha querida filha fugitiva e seu amante de merda. – Ele ria sem humor algum. – Será que ela acorda? Só mais um.

- Otávio. Me dá isso. – Rebeca pediu. – Me dá isso, Otávio!

- Joaquim, pega ela. Vai, rápido. – Isabela mandou. Joaquim atravessou o balcão pra pega-la. Joaquim pegou a nos braços e Otávio percebeu.

- Deixe minha filha aí. – Otávio trincou os dentes ameaçando bater com a panela no balcão. – DEIXE MINHA FILHA AÍ!

- PARA COM ISSO PAI!!! – Isabela gritou com lágrimas nos olhos. Manuela se remexeu nos braços de Joaquim soltando mais múrmuros já ficando alto.

- Por favor, seu Otávio. Ela parece está tendo um sonho ruim. – Joaquim pediu. – Deixe-me leva-la ao quarto. Depois eu desço pra resolvemos isso, mas deixe-a dormir tranquila.

O homem olhou pra a filha nos braços daquele garoto e abaixou a panela lentamente.

- Vá, querido. Leve-a, antes que ele mude de idéia. – Rebeca falou a Joaquim que correu com a garota, para o quarto. Ele subiu e ficou em dúvida qual era mas abriu o primeiro que viu e pareceu acertar. Deitou-a na cama com cuidado e beijou sua testa. Observou-a parar de ofegar aos poucos prelo Beijo e saiu do quarto já podendo ouvir os gritos do andar de baixo. Isabela percebeu ele parecer. “Vá! Fique lá! Rápido! Suba!” decifrou o que dizia e resolveu seguir seu comando. Entrou no quarto e fechou pra amenizar o som dos gritos. O garoto Joaquim sentou na ponta da cama e pegou sua mão. – PARA DE EGOÍSMO, OTÁVIO.

- NÃO É EGOÍSMO. É CUIDADO COM MINHA FILHA. ESSE GAROTO NÃO É DE CONFIANÇA, REBECA! ENTENDA!!

- SE NÃO FOSSE DE CONFIANÇA VOCÊ NÃO ACHA QUE ELE JÁ TERIA FEITO ALGO COM ELA ESSES TEMPO QUE ELA PASSOU LÁ?

- VOCÊ NÃO SABE SE ACONTECEU ALGO OU NÃO.

- ENTENDA QUE ELES SE AMAM. O GAROTO E RESPEITOSO E NÃO FARIA NADA PRA MACHUCAR A MANU.

- ELES NÃO SABEM O QUE É AMOR. ELES SÃO CRIANÇAS, NÃO PODEM SABER O QUE É ISSO.

- Joaquim? – A mão de Joaquim foi apertada com força e ele ergueu a cabeça rapidamente. Sua cabeça estava caída no travesseiro e seus olhos continha lágrimas prestes a cair.

- Amor. – Joaquim pulou em cima dela lhe abraçando desesperado. Deixando as lágrimas caírem, correspondeu ao abraço.

- O que você faz aqui, meu amor? – Joaquim sorriu ao ouvir ela chama-lo assim. Joaquim se separou colando suas testas.

- Eu vim te amar. – Manu sorriu fraca e lhe abraçou novamente.

- Desculpas. Eu não devia. Me desculpe. – Pediu soluçando.

- Xiii, não peça desculpas, linda. – Ele se separou secando as lágrimas de seu rosto. – Te amo, está bem?

- Eu também. – Voltaram a se abraçar emocionados. – Eu também...

- Não pai, o senhor que não sabe. – Isabela se manifestou. Ele olhou ela. – O senhor que não sabe mais o que é isso.

- COMO OUSA FALAR ISSO, GAROTA? – Ele gritou.

- FALOU MESMO. FALO E REPITO: O SENHOR QUE NÃO SABE O QUE É ISSO. VOCÊ PODE ESTÁ A DEZ ANOS CASADO COM A MAMÃE, MAS NUNCA MAIS VOCÊ PERGUNTOU SE ELA ESTAVA FELIZ COM O CASAMENTO. NUNCA MAIS PERGUNTOU SE VOCÊ MUDOU DOS DIAS PRA CÁ, PRA CONSERTAR A SI MESMO. AMOR É QUERER A FELICIDADE DE UMA PESSOA. FAZER DE TUDO PRA TER ELA. AMOR É O QUE EU FIZ: SAI DE UM PAÍS PRA OUTRO, ATRÁS DA MINHA IRMÃ!! NÃO SOMOS MAIS CRIANÇAS. TEMOS 16 ANOS! SOMOS ADOLESCENTES. E VOCÊ QUERENDO OU NÃO UM DIA VAMOS SE CASAR E TER NOSSOS FILHOS. MAS EU DIGO UMA COISA: EU NUUNCA IREI ME CASAR COM OTÁVIO QUE VOCÊ ESTÁ HOJE. NUNCA!!! SE UM DIA EU ME CASAR, VAI SER COM UM HOMEM QUE QUERIA A FELICIDADE MINHA E DE MINHAS FILHAS. ELE PODE SIM TER CIÚMES, MAS ELE NÃO IRÁ IMPEDIR QUE MINHA FILHA FIQUE INFELIZ. VOCÊ DEIXOU DE SER O MELHOR PAI DO MUNDO.

Isabela ficou nas pontas do pé e pegou sua caneca de melhor pai e marido jogando no chão com tamanha. Otávio deu um sobressalto, assustado com os cacos quase bater em si. Ele encarou a filha que tinha um rosto manchados de lágrimas.

- Você acabou com aquela família de anos atrás. – Isabela saiu da cozinha correndo, chorando. Ele encarou a mulher que também chorava com a mão na boca e viu lhe dar as costas seguindo o mesmo rastro que a filha. Sentiu seu coração se apertar com isso e se abaixou pegando um caco quebrado que continha o nome papai dentro de um coração quebrado. Deu alguns passos e viu sua mulher subir a escada saindo de suas vistas. – Manu... – Isabela entrou em seu quatro correndo até a irmã lhe abraçando desesperadamente. A gêmea chorava no pescoço de Manu desesperadamente.

- Calma. Hey, eu estou aqui. Calma. – Manu falou a ela acariciando o seus cabelos. Joaquim olhou pra porta e viu Rebeca aparecer. Ele levantou e da mesma hora ela limpo seu rosto.

- Hey, não esconda as seu sofrimento. – Pediu o garoto parando a sua frente. – Se você se prender um rancor cresce e você sofre em dobro.

A mulher sorriu fraco.

- Você é um menino tão bom, Joaquim. Obrigada por ter aparecido. Acho que se não fosse você, Otávio nunca iria saber o que estou sentido hoje. – Fungou.

- Não me agradeça. Agradeça a suas filhas. Acredite, se não fosse a pessoa que a Manu foi feita pela senhora, não estaríamos namorado. E pela Isa, por ter incentivado que isso aconteça. – Ellen apontou pra as meninas abraçadas na cama. – Você teve ótimos tesouros, dona Rebeca.

- Obrigada. – Sorriu verdadeira.

- Vá lá. Elas precisa de da senhora. – Ele beijou sua testa.

- Dizem que beijo na testa é o afeto mais carinhoso pra mostrar que ama uma pessoa. É verdade?

- É sim. – Ele sorriu beijando sua bochecha. A mulher passou a mão em seu rosto, acariciando, e caminhou até suas filhas. Ele sorriu de canto vendo as três se abraçarem, e fechou a porta deixando-as sozinhas. Ele desceu as escadas e olhou ao redor, seguindo o caminho para a cozinha. Encontrou seu sogro inclinado no balcão olhando um caco em suas mãos.

- Eu destruí minha família, garoto. – Otávio olhou pra ele e depois pra o caco. – Essa caneca costumava ter uma seguinte frase: Para o melhor pai do mundo. Te amamos. Só que agora isso não existe mais. – Colocou no balcão o caco e pegou a panela de antes batendo em cima do objeto quebrado. – Elas me odeiam.

- Elas não te odeiam. – Joaquim caminhou até o balcão ficando na frente dele ao lado do sogro. – Elas só estão decepcionadas e magoadas. Mas isso não significa que elas têm odeiam. – O pai riu fraco.

- Por que acha isso garoto? – Lhe olhou.

- Porque querendo ou não o senhor é o pai das meninas e marido da dona Rebeca.

- Não existe mais isso, menino. É capaz da Rebeca pedir divórcio e levar as meninas consigo. Eu tentei de todas as maneiras, ser um bom pai tirando esses meninos da vida delas pra elas não sofrerem. Eu tentei ser um bom marido pra minha esposa, dando tudo o que lá queria de valor. E esqueci que elas só queria alguém pra apoia-la e ama-las. Eu tentei fazer tudo perfeito, mas não deu certo. Eu tentei de qualquer custo ser perfeito, pra elas três, mas elas só queriam o Otávio imperfeito de antes.

- Ninguém nasce perfeito. Entretanto, é necessário estar disposto a EVOLUIR (se tornar melhor)

- Eu não sei por onde recomeçar para isso. – Otávio falou olhando suas mãos.

(AGORA ARREPENDIDO QUER VOLTAR ATRÁS 🎶 Tá parey!)

- Acho que começando por si mesmo. Se você ama elas, dê um tempo a elas. Elas te amam, mas precisam de um tempo. Principalmente a dona Rebeca. Mas as meninas, não é porque sou o namorado da Manu, mas acho que o senhor deveria solta-las. Elas estão jovens, o senhor deve isso a elas. Protege-la? Sim! Cuida-las? Sim! Mas maneirar nos ciúmes e na proteção. Tenho uma irmã da mesma idade delas. Sou ciumento com ela, sim, pois meu pai morreu sabe? E como sou mais velho acho que tenho o direito cuidar de todos da família, porque o papai sempre me ensinou a isso. Um dia ela apareceu dizendo que estava namorando com um garoto. Óbvio que não aceitei, literalmente, mas lhe dei total liberdade pra isso. Porque eu via no olhar deles que eles estavam se amando. Hoje eles não estão mais juntos, mas sei que ela já foi feliz ao lado dele. Se hoje ela aparecer em minha frente com outro namorado, se eu ir com a cara eu aceito, se não ir, não aceito. Mas Julia é Julia! E vai continuar com ou não de minha opinião. – Ele riu. – E mesmo eu não aceitando o namoro, se eu perceber que ela está feliz, eu quero que ela assim pra sempre, porque eu amo-a e desejo a felicidade dela com quer que seja.

Otávio sorriu.

- Obrigado, garoto. Você me ajudou muito.

- De nada. – Joaquim retribuiu o sorriso. – Opa! – Se surpreendeu com uma garota em suas costas. Ele sorriu quando ela beijou sua bochecha.

- Já lhe falei que estava com saudades? – Ele virou o rosto pra ela.

- Pra parar no hospital não precisa nem dizer. – Ele brincou e recebeu um tapa desajeitado em seu braço.

- Besta. – Falou sorrindo. Eles deram um selinho.

- Você me deu um susto sabia? Nunca mais faz isso. Já imaginou se a Isa não tivesse me contado? – Ele repreendeu.

- Desculpa. – Ela riu e Joaquim revirou os olhos sorrindo. Manu abraçou mais seu pescoço e olhou pra o pai que encaravam eles um sorriso mínimo. – Pai? – Ele sentiu se alegrar ao ouvir a filha lhe chamam assim.

(Não idiota! E que ela não ouviu mesmo a briga 😹 IGNOREM TÔ DOIDA HOJE 😹😹)

- Oi filha. – Sorriu pra Joaquim e depois pra ela.

- Está tudo bem? – Estranhou seu pai não ter falado ou feito nada com eles agarrado.

- Está ficando. – Ela olhou o pai e o namorado ainda estranhando e deu de ombro.

- Tanto faz! Vem, Joaquim, vem. – Desceu de suas costas e saiu da cozinha correndo.

- Vou matar a saudade de sua filha, pode? – Joaquim brincou.

- Só não se aproveite. – Ele brincou ameaçando. Joaquim riu confirmando e caminhou pra ir atrás da namorada. – Hey, Joaquim. – Surpreso por ele ter chamando pelo nome, se virou. – Me desculpe por isso. E por também... ter sempre chamado você de amante da Isa. – Sorriu envergonhado.

- Tudo bem. – Joaquim o tranquilizou.

- E quero que saiba que aceito o namoro de vocês. Agora percebi o quão vocês se amam. E não tem porque não ficarem juntos.

- Obrigado. Prometo que não vai se arrepender pela escolha. Eu amo mesmo sua filha, e se um dia eu fizer algo errado com ela, pode fazer o que quiser comigo.

- Olha que eu faço mesmo viu. – Ameaçou brincando. Joaquim riu e acenou com a mão seguindo até sua namorada apressada. – Agora só falta minhas duas garotas.

(AGORA ARREPENDIDO QUER VOLTAR ATRÁS 2.0 😹😹 IGNOREM 😹😹😹)

***

- O que achou do Brasil? – Rebeca perguntou filha que tinha a cabeça em sua barriga.

- Achei legal. Tem uma cultura tão linda. O pouco que eu vi passeando por lá, é um lugar muito bonito. – Isabela sorriu fraco sentido o quão seu carinho na cabeça estava bom.

- Sua tia Helena me perguntou se porque não iria pra lá. Sabe? Tem a mamãe, a Helena e se marido Pedro, o namorado da Manuela, o irmão do Pedro.... – Isabela franziu a testa com ela dando ênfase no garoto Téo.

- E? – Incentivou a falar.

- É que acho que vou me mudar pra lá. Quer ir? – A menina sentiu na cama alegre com a notícia.

- Sério? – A mãe riu da alegria da filha.

- Sim, o que acha? Ainda não é nada definido! Ainda tenho que resolver tudo. O colégio tanto de lá com o daqui, a mansão de lá, essas coisas.

- Ah que massa. – Pulou no pescoço da mãe feliz. – Eu vou amar. – Se separou sentando. – Lá tem muitos, cof cof gatinhos cof cof.

- Isabela! – A mãe repreendeu rindo.

- Ué, é verdade - Retrucou rindo.

***

- Vai embora quando? – Manu perguntou.

- Já me quer longe novamente? Nossa! Chega vou voltar para o meu país. – Joaquim brincou fingindo-se ofendido.

- Não seu bobo. É só... – Ela abaixou o olhar pra suas mãos que balançava pra frente e pra trás. – Que eu vou ter que me preparar. Sabe? É muita saudades pra uma pessoa só. – Murmurou e o menino sorriu parando de andar e pegando sua cintura fazendo-a olhar pra ele.

- Vamos está sempre juntos mesmo longe. – Joaquim tirou de seu bolso lateral e levantou com a aliança dela na palma da mão. A menina sorriu e fez menção de pegar mais ele fechou. Ela olhou ele confusa. – Tem que prometer que apesar de tudo não é pra deixar de volta comigo. Eu lhe dei, e ela é seu. É seu e não meu. – Pegou sua mão com a mão livre e colocou o anel em seu dedo. - Então não tire de perto de você, por nada no mundo. – Ela assentiu e ficou na ponta de pé lhe abraçando pelo pescoço.

- Não quero tirar você de perto de mim. Você é muito fofo. – Ela choramingou fazendo ele rir.

- Eu sei, gostoso também né? Lindo... gato. – Ela revirou os olhos.

- Convencido.

- Não como assim. Chamo de amor próprio. – Se gabou.

- Ah, claro.

- Quero te beijar. Até agora só lhe dei selinho. Não pode fazer isso comigo. – Ele choramingou passando o nariz em seu cabelo e ela se arrepiou com sua respiração

- Você não pode. Sou casada. – Ela riu ainda estremecendo com sua respiração quente.

- Ah é? – Ela assentiu. – E com quem? – Ele sussurrou.

- Jacob Sartorius, e Cameron Dallas.

- Meu Deus! O que esse garoto tem que eu não tenho? – Se separou e apontou pra si. – Pegou as manias de Julia ficar falando sempre desse Cameron? Menino ridículo.

- Ridículo vai ser minha marca em sua cara se você continuar a falar isso. – Começou a bater em seu braço.

- Para... AÍ... Para Manu... Chega. – Ele pediu e ela parou cruzando os braços. – Eu hein, que nervosa. Bate no namorado por causa de um garoto... garoto. Oxe! – Se atrapalhou com o olhar dela. – Eu morrendo de carência sem seus beijos, me humilhando!!! E eu ganho tapas por causa daquele garoto... garoto. – Ela desviou o olhar marreta.

- Vai procurar uma mulher pra tirar sua carência. – Manu falou irritado sem lhe encarar.

- Vou voltar por Brasil. Sabe? Brasileira é tudo... Já que minha namorada não me quer. – Provocou.

- Está gastando só porque sou da Inglaterra? Porque seu país tem meninas mais “gostosa” que eu?

- Eu não quis dizer isso. – Ele entrou na defensiva.

- Ah, então o que você quis dizer, Joaquim? – Lhe desafiou

Ele fechou e abriu a boca repentina vezes procurando sua resposta.

- Não importa! – Falou quando não achou nenhuma. A menina revirou os olhos bufando. – Também quem precisa de brasileira, quando se tem você, amor? Você é magnífica. Não tem comparação você, com elas né, óbvio. – Riu óbvio. A menina revirou os olhos novamente quando ele puxou ela pela cintura novamente. – Só um beijo, vai. Aproveita que seu pai aceitou o namoro e que não está aqui ninguém.

A menina ficou na ponta do pé aproximando seus rostos. Ele fechou os olhos colando mais.

- Não! – Assoprou e Joaquim abriu os olhos irritado.

- Sério? – Perguntou não acreditando.

- Sim. Tô com dor de dente.

- O que o dente tem a ver com isso Manuela? – Perguntou ele irritado.

- Tem a ver que você pode chupar minha boca. Tem a ver que o dente pode bater um com o outro. Tem a ver que isso doe pra caramba e não vou fazer isso.

- Caramba! Tá difícil hoje, né? Pqp. – Xingou irritado.

- É, vamos se dizer que estou naqueles dias.

- Eu não entendo vocês mulheres. Só porque está naqueles dias, uma hora está triste, outra birrenta, outra mais feliz que o Bob Esponja, e outra como a Exorcista. Agora só falta você viraria o Nemo, e sumir entre os oceanos de bipolaridade. – Revirou os olhos em cada frase dita.

- Vai se ferrar, seu grande merdinha, machista! – Tirou suas mãos de sua cintura e saiu com os braços cruzados, irritada.

- Amor. – Joaquim choramingou ela. – Volta aqui, vai...

***

- Para, André! – A mais velha repreendeu por seu neto não parar de beijar seu ombro e pescoço. – Para menino! – Continuou a repreender rindo.

- Tô carente, mainha. Pelo menos diz que me ama? – Ele falou ainda agarrado a ela que tentava mexer a comida do fogo.

- Não! Sai!

- Vai dizer? – Parou de beijar pra virar a cabeça pra ela.

- Não.

- Então não vou parar. – Ele voltou a beijar faz neodímio a mesma voltar a rir.

- Vai agarrar a Lola, vai. – Ela mandou rindo. A pequena que estava no balcão rindo também negou com o dedinho.

- Não, só depois. Agora eu quero um ouvir da sua boca que me ama.

- Eu vou meter essa panela em sua cara. – Lhe ameaçou. Lola ria descontroladamente da mãe e seu irmão. – Para menino. Vai procurar um mulher.

- Pra quê se já tenho vocês duas? – Falou ainda beijando seu ombro.

- Vá atrás de sua namorada. – Ela mandou tentando parar de rir.

- Priscila está fora de sugestão. – A mulher bateu em seu braço enrolado em sua cintura, repreendendo.

- Atrás da Julia. – Lola sugeriu rindo.

- Por enquanto deixa ela lá. Hoje eu só quero ela. – Mordeu seu ombro.

- Para menino. Oxente! – Ela repreendeu rindo. – Menino chato.

- Só carente. – Ele riu parando de beijar colando suas bochechas.

- Aí eu só lamento. Vá atrás de Lola. Ela quer melhorar de sua carência. – Ela voltou a mexer a panela.

- Quero não. – Lola negou com o dedinho.

- Também não te quero. – André olhou ela dando língua. Ela deu também, birrenta.

- Fala a ele, Lola. Fala que tem muitos meninos te querendo. Fala. – A mulher falou.

- Mãe! – Lola repreendeu vendo a cara de André. – E-e mentira viu. – Ela avisou vendo que ele se separou da mãe pra vim em sua direção. A mulher riu mexendo sua panela. – Não acredite no que ela disse.

- Como é, dona Lola? – Prendeu suas mãos ao redor dela, no balcão legenda encarando cara a cara.

- Oh, querido. Não a culpe. Ela não tem culpa se ela chama atenção dos novinhos.

- Mãe, a senhora não está ajudando muito. – Sussurrou auditiva. A mulher continuava a rir.

- Posso saber o que, que é isso em sua boca? – Lola engoliu em seco.

- Gostou? Foi eu que dei a ela. Sabe? Pra quando ela não beijar, sem em seco.

- Mãe! – A menina repreendeu novamente. – Para de provocar.

- Lola não tem idade pra saber o que é isso. – André falou nervoso.

- Pra fazer o que? O que você fez com a Priscila no dia que Julia estava aqui? – Lola retrucou já de irritando. – Tinha esquecido que a garota que você gosta e sua irmã estava presenciando, André?

- Ela me pegou desprevenido. – Ele trincou os dentes.

- Igual como você pegou Julia naquele momento?

- Não estamos falando de Julia e eu. Estamos falando de você!

- Não temos nada pra falar de mim.

- Temos sim porque você tem 7 anos. Não tem idade pra isso, Lola. Você é nova demais pra maquiagem e namoradinho.

- Meninos, já chegam. – A mulher falou percebendo o clima de seus filhos, mas nenhum ouviu.

- Idaí? Você não acha que também sou nova de mais pra presenciar você e a Priscila se beijando pior que o beijo da Mili com o Mosca?

- André! – A mulher largou a colher de pau na panela fazendo um grande barulho. Ele olhou ela que estava com umas das mais em água cintura. – Você estava fazendo o que com a Priscila na frente das meninas?

- Nada, uê. – Falou óbvio.

- E porque a Lola mentiria?

- Que eu me lembre, Priscila só tinha chegado aqui e me beijou de repente. – Falou se em entender.

- Pior que o beijo de Mili mais Mosca, que é só um encostar!! Você sabe muito bem como é se não ser assim.

- Isso não vem ao caso, agora. – Respondeu já sabendo de como ela falava.

- Claro que vem. Como é que você quase... Na frente delas, seu idiota?

- Foi sem querer, caramba! – Bateu no balcão fazendo Lola estremecer com seu tom de voz. – Eu tinha ido só atender a porta e ela pulou em meu pescoço. Eu não sou de ferro, está bem? Querendo ou não eu sou homem, okay?

- Você não sabe segurar isso aí não é? – Falou no mesmo tom que ele.

- Não estavamos fazendo isso, okay? Só estava ficando quente, mas não estávamos fazendo isso. Por que querendo ou não eu iria parar.

- Isso o que? – Lola falou no mesmo tom que eles pra chamar atenção deles dois.

(Oh crianças curiosas... Jesus.. 😂)

- Nada! – Eles falaram juntos no mesmo tom sem tirar o contato dos olhares.

- Você foi um irresponsável, André! Lola é uma criança, a Julia apesar de poder saber o que é isso estava lá e está começando a gostar de você. Será que você não entende isso?

- Será que a senhora entende que foi um deslize? Foi do calor do momento, caralho!

- Olha o jeito como você fala comigo, garoto! – Ela apontou o dedo em sua cara.

- Desculpas. – Pediu vendo que foi um erro ter dito o palavrão pra sua mãe.

(AGORA ARREPENDIDO QUER VOLTAR ATRÁS 3.0 🎶😂😂 Parey!)

- Eu sei que fui irresponsável, mas não tenho culpa, okay? Entenda meu lado também, poxa.

- Olha, você que sabe de sua vida. Você vai fazer 18 anos daqui a alguns meses, já sabe o certo e o errado.


André: Sabe? Queria te falar uma coisa.

André: Não é uma coisa tão grande.

André: Naquela hora que conversamos atrás do colégio.

André: Que eu tive que ir correndo falando que Priscila estava me esperando.

André: Então...

André: Assim que você tinha saído do nosso lado. Na hora que Priscila te pirraçava. Estávamos discutido.

André: Você deve ter percebido, pois falávamos muito alto. E também você olhou.

André: Naquele momento, eu tinha pedido pra terminar

André; Você começou a dançar e cantar, e parei pra te admirar como sempre fiz.

André: Priscila se irritou com sua indireta e falou pra me encontra-lá na lanchonete em frente a escola pra terminar o assunto que estávamos tendo.

André: Sai as pressas mais não adiantou.

André: Sua avó caiu da escada e não tivemos tempo de terminar a conversa.

André: Eu sei.

André: Se você ver essa mensagem e dizer que não é pra terminar. Eu vou terminar mesmo assim.

André: E se os povos te julgarem...

André: Você segura minha mão, que prometo que não ire solta-lá.

André: Vamos passar todas as dificuldades juntos, está bem? 

André: Andaremos em uma corda bamba, e se cairmos, cuidaremos dos ferimentos um do outro... 

André: Amo você.

André: E mais ninguém.

André: Só você...


Notas Finais


Cara! Eu não tô nada bem 😔
Sabe aquela saudade? Pois é, eu tô com ela. As aulas terminaram, e eu não tô podendo mais ver o crush e nem ele me ver 😿 vivemos em um relacionamento mais complicado que o nó de meu fone 😹

Desculpas o cap horrível, mas foi necessário. Não vou demorar muito aqui, porque cara... É muita saudades pra uma pessoa só. Tem o crush, as amigas, Jolari, a novela cúmplices. Eu não aguento está bem? Não sou de ferro. Sou mulher caramba 😹

Amo vocês e bye 😔


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