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História Unknown Love - André


Escrita por: alvera_Nanew02

Capítulo 57 - André


Um dia qualquer que não interessa á ninguém... 😹

- Não, não, não. – Falei sozinho seguindo aquele bonequinho com o meu, atrás da bola. – Não, viado. – Mordi meu lábio inferior involuntariamente. – Merda! – Bufei jogando as costas no sofá, quando o outro time fez um gol. Assim que ia apertar pra tirar o replay a companhia bateu. Involuntariamente olhei pra o lado pensando em quem seria. Minha mãe e Lola saíram pra passear; Omar disse que iria sair com uma mina aê; Joaquim ainda está no México e só iria vim hoje a noite. E quem mais seria? Vai ver é algum discípulos de Cristo querendo me incomodar. Revirei os olhos com essa suposição. Até umas 15 H eles incomoda. Voltei a olhar pra tevê já decidido que não iria. A companhia voltou a tocar, e eu bufei. Vai que seja o carteiro trazendo a conta de luz? Ninguém sabe. Deixei o controle ao meu lado e levantei pra seguir até lá. O povo me incomoda até em um domingo á tarde. Povo chato.

- Olá, André. – O que essa garota tem, que eu sempre me surpreendo quando ela aparece em minha casa? “ Ohh, burro... É a Julia Vaz. A garota que você é apaixonado está na porta de sua casa te cumprimentando. Burro.” Pensei. E porque ela sempre cora ao me ver? “Ohh, burro... É porque sempre que ela bate em minha porta – qualquer delas – você faz um favor de não vestir a camiseta.” Às vezes sou tão burro.

- O que você quer? – Me mantive sério e a fez envergonha-se pelo meu jeito grosseiro. Ela soltou um suspiro.

- Eu vi sua mensagem. – Começou ela.

- Agora? Depois de uma semana e meia?

- Sim. – Respondeu em um tom estranhando. Meu olhar foi pra através de seu ombro.

- Entra como nada tivesse acontecido. Agora. Entra. - Mandei em um sussurro.

- Por... – Virei seu rosto antes que ela olhasse pra trás, e selei seus lábios com o meu. Ela parece ter se assustado com meu der repente mas não liguei puxando seu braço pra dentro. Ainda com nossas bocas coladas fechei a porta atrás de mim. Me separei dela e ela estava parecendo confusa. – O que...

- Não sei se você sabe, mas esse bairro não é tão seguro como o seu, Julia. – Revirei os olhos ao falar.

- Mas... Não entendi. – Sua cabeça caiu pro lado como um cachorro abandonado.

- O “dono” da rua estava te encarando. – Fiz aspas com o dedo ao falar dono.

- E...

- E que aqui, se algum desconhecido entrar no bairro, eles desconfia e tira a dúvida da onde você é. É uma rixa entre os bairros. Você como é de um bairro diferente, eles podem rixa contigo e sabe lá o que pode acontecer.

- Por isso me beijou?

- Sim, pra mostrar a ele que você só veio me visitar e que eu te conheço pra ele nem desconfiar ou bolir contigo.

- Ah, valeu.

- Tanto faz. Diga-me o que especificamente veio fazer aqui? – Julia começou a roer a unha do polegar, mostrando estar nervosa. Arqueei as sobrancelhas, querendo ri daquilo. Essa sua situação está realmente engraçada.

- É assim. – Jogou o braço descendo. – É que eu odeio ficar brigada com alguém, principalmente quando é com alguém que eu gosto. Então me pede desculpas.


- Manu... – Joaquim choramingou.

- Eu não quero que você vá. – Manu choramingando também.

- Mas você jogando minha roupa não vai adiantar nada. – Joaquim riu quando ela cruzou os braços fazendo bico. – Ah, para vai. – Ele sentou ao seu lado com a mão em suas costas.

- Eu não quero você sozinho lá.

- Por que? Não confia em mim?

- Confio, mas é que você é muito bonito pra ficar sozinho lá. Ainda mais que lá é o Brasil. Piora tudo.

- Hey, pode ficar despreocupada porque ninguém vai tirar você de meu coração. Quem aquelas meninas são, comparada contigo? Nada.

- Ah, Joaquim. Elas são brasileiras. Brasileiras são um nível bem mais alto que Britânicos. Entre 10 a 1 lugar. Inglaterra está no 4 e Brasil em 1° Lugar.

- Mas sua mãe tem sangue brasileiro.

- Minha mãe, Joaquim. Puxei o sangue do papai. E o papai é britânico também. – Ela revirou os olhos.

- Mas o que importa é que você é filha de uma.

- Ata!

- Olha, posso até concordar que o Brasil tem as mais bonitas meninas, mas você? Cara, você não é desse mundo. Manuela, você é simplesmente as meninas mais puras e verdadeiras do mundo. Essas meninas do Brasil podem ser bonitas, mas não valoriza o que tem. Você é diferente delas, só pelo simples fato de que não precisa mostrar o útero pra conseguir homem. Beleza e aparecia não é tudo no mundo. Agora me diga, se eu fui pra Inglaterra, quando começamos a se paquerar, o que foi que eu disse?

- Que não namorava porque nenhuma menina te interessava.

- E o que mais?

- E que as meninas de seu país nunca iriam te merecer o suficiente.

- E o que mais?

- E que essas meninas são tudo umas oferecidas que só quer dá pra qualquer um que aparece, e depois aparece tudo grávida pra só aí criar juízo na vida.

- Hey, não foi assim que eu disse. – Ele se defendeu e ela riu. – Eu disse em uma fala mais comportada, porque apesar de tudo é mulheres e mulheres merecem mais respeito.

- Eu sei. Eu que quis mudar pra o lado que penso delas. – Manuela falava rindo e Joaquim teve que rir também.

- Você não existe. – Joaquim falava rindo negando com a cabeça. – Por isso que você é única. – Ela sorriu e eles se aproximaram pra se beijar.

- Manu. – Eles se separam constrangidos quando ouviram Rebeca entrar no quarto aberto. Joaquim pegou uma roupa começando a dobrar.

- Sim? – Manuela perguntou olhando pra porta que tinha a mulher lá.

- Arrume suas coisas. Iremos junto com Joaquim pro Brasil. E se Deus quiser, é pra ficar. – Rebeca saiu antes que eles falasse algo. Joaquim sorriu com a menina pulando em si, feliz pela notícia.


Tive que rir com isso. Sério, eu não me aguentei. Sua birra mandando eu pedir desculpas era a melhor.

- Porque você está rindo? – Perguntou birrenta.

- Essa foi ótima. – Falei entre risos.

- Eu não falei nenhuma piada aqui. – Cruzou os braços com um bico.

- Ai, pera. – Pedi entre risos. Ela bufou. – Garota, você é muito fofa! – Peguei seu rosto com as duas mãos falando, colando nossas testas também. Ela riu de meu jeito de falar isso. – Eu que tenho que pedir desculpas, é? – Separou o rosto abaixando as mãos.

- Sim. – Respondeu decidida.

- VOCÊ vem até minha casa, pra pedir a MIM pra mim pedir desculpas a TI? – Falei rindo.

- Sim.

- Cara, você não existe. – Eu ri me direcionando até o sofá. Me joguei no sofá com o controle na mão.

- Não vai pedir? – Olhei pra cima com ela de braços cruzados cruzados na frente da minha cabeça.

- Eu não, foi você que começou a dar patatas. – Brinquei. Claro que desde que ela falou aquilo, eu já tinha a desculpado, mas que tal ela largar o orgulho um pouco?

- Mas você rebateu. – Retrucou.

- Mas você que começou. – Voltei a olhar a tevê começando uma nova partida já que estava parado e o outro time fez mais de 50 gols. Porque não coloquei em pausa mesmo? Enquanto escolhia o time ela soltou um rosnando e passou por mim sentada em cima de minhas pernas. – Sabia que tem outro sofá? – Perguntei sarcástico não tirando a atenção dos times.

- Sabia que sou visita e escolho onde quero sentar? Sabia que você é o dono da casa e está jogado no sofá não dando atenção pra a visita que no caso sou eu?

- Sabia que não te considero visita? Nem eu e nem ninguém daqui.

- Mas sou querendo ou não. – Olhei de relance pra ela e ri baixo. Seu peso na minha perna não estava nem incomodando. – Sua mãe?

- Saiu com Lola pra um passeio de mãe e filha. – Revirei os olhos ao falar. – Engraçado que nunca tivemos esse passeio.

- Ah, deixe de ciúmes. – Dei de ombro escolhendo Real Madri pra jogar.

- Você... – Comecei e parei de falar pra morder o lábio concentrado pra apertar o botão de começar a partida. – Disse que leu... – Finalizei tudo e olhei ela. – As mensagens só agora. Quis me dar vácuo ou o que? – Voltei a olhar a tevê quando começou depôs de ter carregado.

- Minha mãe tinha tomado meu celular. – Ouvi uma bufada dela.

- Por que? – Mordi o lábio novamente. Acho que é uma mania minha. Não liga não. – A mamãezinha descobriu que você fugia de casa pra beber e fumar? – Ri com minha provocação.

- Hahaha, idiota. – Olhei de relance pra ela. – Minhas notas estão baixa. Por isso ela tomou. Era pra ela devolver o celular só no próximo mês, só que depois ela me deu quando percebeu que eu não ligava pra isso. Acho que ela pensou que tomando meu celular iria me atingir e eu iria perguntar toda hora por ele. Se pensou, pensou muito errado.

- Ahh. – Prolonguei por não ter ouvido nada que ela falou. – Aí. – Gemi com um beliscão na perna.

- Você me escutou?

- Sim. – Menti e larguei uma mão pra massagear a perna e voltei a jogar. E lá vou eu mordendo o lábio.

- Acho que vou pintar a unha de preto. Será que combina?

- Anram. – Soltei um palavrão baixo quando o time adversário roubou a bola quando ia fazer o gol.

- Eu rói minha mão direita todinha quando brigamos. Vê se está grande novamente. – Minha perna fez uma cosquinha boa e eu ri como uma criança ao sentir cócegas na barriga. – É acho que está. Meu Deus, eu não acredito! Eu esqueci completamente onde coloquei o número de Rodrigo.

- Anram. O QUE? – Sentei no sofá ao perceber o que ela disse. – Como assim, o número de Roberto?

- Rodrigo. – Corrigiu-me.

- Tanto faz, se é Roberto ou Rodrigo. Só quero saber porque você tem o número desse idiota. – Falei irritado. Como assim ela tem o número desse cara?

- Antes de sair do asilo ele me deu. – Falou olhando sua mão. – Só que expliquei a ele que estava sem celular antes. Só que agora que estou com o celular eu perdi o papel.

- Que esse papel queime nos quinto do inferno. – Murmurei voltando a deitar. – Porra, Julia, você me fez perder pra falar desse garoto? – Bufei irritado olhando ela.

- Ai, desculpas tá? – Revirei os olhos e encerrei a partida. – Aí, minha bunda já está doendo. – Olhei ela levantar e levantar minha pernas sentando logo em seguida. Revirei os olhos novamente quando ela começou a fazer traços imaginários. Ficamos em um silêncio um tanto confortavelmente enquanto novamente eu entrava em uma partida. - Por que te amo, eu não sei 

Mas quero te amar cada vez mais

O que na vida ninguém fez 

Você fez em menos de um mês...

- Não sabia que cantava. – Falei depois que dei pause pra ouvi-la. - Até aquele dia que fez o show pra Priscila.

- Então você não me conhece o suficiente. – Ela sorriu virando a cabeça pra mim. Deixei o controle em meu peito e coloquei o braço em baixo de minha cabeça lhe observando atentamente.

- E o que mais eu não sei sobre ti? – Julia sorriu tímida e voltou a fazer linhas imaginárias na minha perna me causando sérios problemas de arrepios.

- Segredos eu não tenho. Mas sentimentos que ninguém sabe, sim.

- Ahh, interessante. – Sorri e passei os dedos entre o queixo observando o seu sorrisinho olhando sua mãos movimentar em minha perna. – E pra quem é esses sentimentos?

- Ah, é uma cara aí.

- Hum... E ele gosta de você também? – Eu observava seu perfil em um sorriso com uma mexa de seu cabelo caída.

- Não. Ele me ama. – Voltou a olhar pra mim aquele seu sorriso perfeito entre os lábios pintado de uma cor quase não aparecida. Me ergui ficando entre seu rosto próximo do meu, tirando a perna de seu colo.

- Não vai dizer quem é? – Sussurrei descendo o olhar pra sua boca mais subi novamente.

- Ele não gosta de ser revelado. Ele tem vergonha. É tímido.

- Manda ele enfiar a vergonha nos inferno.

- Irei.

Peguei seu queixo aproximando mais nossas bocas até selar. Eu estava bastante ciente do que fazia, e nada me impedirá a isso. Nada irá impedir que eu faça isso. Que nós, faça isso. A mesma mão desceu pra sua nuca aprofundando mais – tanto no beijo, como no cabelo. Beijar Julia Vaz, é como estar realizando um sonho de criança. Claro, o meu era um sonho de criança... Involuntariamente nos descíamos deitando no sofá, sem parar a nenhum momento. Ela sorriu entre o beijo, e se não tivéssemos nos beijando eu já tinha me derretido todo. Mas aí está o caso, eu já estou derretido por essa garota. Sempre fui derretido por essa mulher.

Minhas mãos começaram a passar entre seu corpo, e ela bagunçava meus cabelos – um tanto crescido. Sua boca tinha um gosto diferente do nosso primeiro beijo – delicioso – e logo percebi o porque. Sorri metendo a mão em seu bolso tirando de lá a pastilha. Se separei dela e ela me olhou confusa – não decifrando se é porque tirei a pastilha, ou porque parei o beijo. Sorri malicioso caindo no sofá em sua direção contrária, de pernas abertas pra ela. Através da pastilha – que já estava tentando tirar um de lá – ela me olhava com o corpo suspendido em seu cotovelo.

- Sério? Parou por causa de uma pastilha idiota? – Julia perguntou irritada.

- Idiota não, amor. Graças a ela seu beijo ficou melhor ainda. E sim. Parei por causa da partilha. – Já despido coloquei na boca vendo ela com cara incrédula.

- Sério? Pra quê? Você nem está com bafo ou algo do tipo, André. – Sua irritação ao falar dava pra perceber que ela desejava mais que eu o beijo.

- Mas quero chupar. Não pode mais ficar com o mesmo gosto que o seu? Se bem que seu gosto é bem melhor, mas com isso fica foda.

- Affz, você é irritante. – Ela sentou de frente pra mim também.

- Obrigada. – Agradeci com a mão no coração e ela revirou os olhos. Ri pegando o controle – que nem tinha percebido cair – no chão.


- Rebeca, me escuta. – Otávio pediu mais uma vez seguida sua mulher que andava do closet até a mala encima da cama. – Você não pode ir pro Brasil e levar as meninas.

- Desde de quando sai da casa de minha mãe, e fiz 18 anos, não tenho que dar explicações pra ninguém e principalmente viajar só com responsável.

- Mas as meninas tem escola aqui.

- Fala sério. Escola tem em todo lugar. O namorado da Manu, minha irmã, e minha mãe só tem em um. Sem contar Isabela que concordou logo no primeiro dia que soube. – Rebeca falou dobrando suas roupas rapidamente. – Eu procuro a felicidade minha e das meninas. Faço o que der na telha, pra ter elas felizes.

- E eu? Não sou nada pra elas? Não sou nada pra você?

- Oh querido. – Rebeca riu irônica.

- Por favor, não me deixe aqui só. – Otávio falou com a voz falha. – Se lembre da minha felicidade também.

- Então vem com a gente!

- Como? – Ele perguntou confuso. Rebeca pois a peça na mala e se viu pra o homem.

- Vamos nos todos. Se o seu caso é por ficar sozinho, vamos. – Rebeca se virou novamente.

- Você não estava irritada comigo? – Ele falou confuso.

- Estou. Mas não posso impedir de um pai não ver as filhas.

- Eu vou pra qualquer lugar que vocês for. – Otávio sorriu.


- Larga isso, vai. – Julia choramingou em meu tronco. Iria fazer acho que uns 40 minutos que estou jogando desde do acontecimento. Ela tinha grudado em meu tronco, abraçando, enquanto estava no meio minhas pernas – agora deitados, já que estava todo aberto – olhando o como sou bom em FIFA.

- Não dá, agora estou no meio de um campeonato. – Falei.

- Você nem está me dando atenção, desde de que cheguei. Inútil. – Olhei de relance pra ela que mudou de posição da cabeça olhando o estofado do sofá – eu acho. Me arrepiei por completo ao sentir seus dedos e em minha cicatriz, delicadamente desenhando a marca. – É sensível aqui? – Concordei com a cabeça sentido calafrio. – Como um carro faz isso?

- Tinha algum tipo de ferro preso nele. – Respondi não querendo me lembrar daquela mulher logo eu jogando. – Sei lá, uma coisa estranha.

- O carro ou o ferro?

- A mulher. – Pousei o jogo antes que eu perdesse, mas não tirei a atenção da tevê.

- Por que? Ela é feia? – Olhei Julia que tinha o queixo em meu peito me encarando. Ela riu fraco.

- Antes fosse. – Ri nasal. – Você está me vendo agora, né?

- Sim. – Falou estranhando minha pergunta.

- Imagine ai. Meu rosto em uma versão feminina. De cabelos um pouco longo, moreno.

- Isso é um pouco estranho, mas pera. Deixa eu ver se tento. – Ela me encarava como a testa franzida parecendo querer imaginar. – Acho consegui imaginar, mas porque? Está dizendo que ela é igual a você?

- Pior que sim. – Entortei a boca.

- Estranho, deve ser coincidência.

- Ela apareceu aqui um dia desses.

- Aqui? Em sua casa? – Ela perguntou confusa.

- Sim. Não é estranho isso?

- Sim. Mas não deve ser nada, não se preocupa com isso. – Ela sorriu passando confiança, e acariciou meu rosto. Julia me deu um selinho demorado e voltou a colocar o ouvido no meu peito. Sorri ao ver a conquista que ganhei depois de anos.


- Eu vou voltar pra casa, se você não largar isso. – Eu ri com sua ameaça.

- Duvido.

- Ah é?

- Sim, tem mais de hora 1 hora que você quer que eu continue o beijo, e aposto que você só sai quando acontecer novamente.

- Não é nada. – Ela escondeu o rosto com a mão. Eu ri de seu jeito corado. Parei de ri ficando em silêncio, só jogando. – Você e a Priscila...

- Terminamos. – Respondi logo. – A quatro dias depois do asilo.

(VAI VIADOOOOOOOOOO PRIDRÉ ACABOU PORRAAAAAA tadinhos de Pridré, eu amava tanto esse casal. I love you 😹😹😹😏 vocês queriam ler o término né? Gaiatos. Eu sei que vocês queriam. Mas podem ficar despreocupados, hoje não sai, mas um dia. E quem vai narrar? ISSO MESMO PRISCILA COF COF 😹 Spoiler nãooo Kailane 😒😒 )

Percebi ela sorrir com o que revelei, e sorri também, sentindo ela me apertar mais. Ela estava feliz, eu também estava.

- Quer jogar? – Perguntei quando encerrou o campeonato.

- Não, isso é chato. Não tem graça ficar correndo atrás de uma bola que nem louco.

- A melhor coisa do mundo é isso. E é bem melhor na real. – Ela colocou o queixo me olhando novamente. – Futebol é um dos meus sonhos. Sempre amei esse esporte.

- Esses tempo que andei, te observando. – Corou. – Você nunca jogou na escola.

- Parei de jogar aos 12 anos. – Dei de ombro.

- Por que? Acabou de dizer que gosta de jogar.

- Os meninos do time são insuportáveis. – Revirei os olhos.

- Ahh. E como você ganha pontos em educação física?

- Como disse, parei de jogar aos 12 anos. Os motivos foram bem óbvios. Ninguém gostava de mim por ser o melhor amigo de seu irmão. E todos eles são os amigos também, e nunca entendi o porque esse ódio. Em um jogo, acho que o último, Jorge colocou o pé pra mim cair e torci o mesmo. Parecia que eles havia feito isso de propósito pois todos riram. Jorge começou a falar um bocado de coisas comigo enquanto eu gemia de dor. Joaquim mas a professora chegou e eles disseram que foi uma queda, um mal jeito ao correr. Até agora ele não sabe disso. – Murmurei ao final.

- Sério que eles fizeram isso? – Ela perguntou surpresa.

- Sim, agora entende meu ódio pelo Jorge ou aqueles amiguinhos de Joaquim?

- Sim. Mas você não gosta de nenhum? Tipo nenhum mesmo?

- Só tem o Harry. Ele foi o único que me pediu perdão por ter feito isso. Ele disse que assim que viu eu chorando de dor se sentiu culpado. Mas não somos muito chegados assim.

- Entendo. Mas continua. Até agora não contou o resto.

- Dona Rosa como é dona Rosa, fez um barraco lá na direção quando contei o real motivo pelo pé. A diretora ficou responsável de falar com os pais deles, mas minha mãe conseguiu que ela não faça isso pra não causar mais. Já que eu não queria mais jogar naquela escola, a diretora decidiu que eu faça só trabalho e dever da matéria, pra não perder ponto. Mas se eu quisesse poderia voltar quando quiser a jogar.

- Você tem uma história e tanta. – Ela ri impressionada colocando a mão abaixo do queixo. Ri também.

- Sim, tenho muito pra contar ainda minha jovem. – Brinquei rodando meus braços em sua cintura. Ela ficou séria der repente.

- Volta a jogar? – Pediu ainda com sua expressão.

- Não. Rejeito esse pedido. – Neguei rindo.

- É sério. – Ela tornou a falar. – Não estou brincando, André. – Me tornei sério também.

- Não, eu não vou voltar aquela quadra novamente. Foi humilhante demais, Julia, entenda isso.

- Não André. – Ela saiu de cima de mim e eu sentei também. – Idaí se foi humilhante? Entendo que você era uma criança, mas você não deve dar as costas pra uma coisa que você gosta, só porque não irá agradar os outros. Se paramos pra agradar os outros, iremos virar um lixo em pessoa. No mundo existe dois tipos de pessoas; aqueles que quer nosso mal, e aqueles que quer nosso bem. E se estou falando isso, é pra você aprender que não devemos parar uma coisa só porque os outros não aceita. Pense em si, só em si. Idaí se Jorge te odeia? Você parando de praticar exercícios só porque ele não te quero na quadra, irá dar um gostinho de vencedor pra ele. Não tenha medo...

- Eu não tenho medo. Eu só não quero criar mais problemas.

- E sem perceber já está criando em si. Em seu futuro. Já pensou se um dia a vida proporciona você como jogador de futebol? De vôlei, outro esporte. Já pensou se isso pode causar problemas em sua saúde? Querendo ou não fazer exercícios é como ter uma saúde perfeita. Sabe porque eles fizeram isso? Porque eles devem ter percebido que você é melhor. Que é bom no que faz. Inveja! Se chama inveja porque não considerados o melhor amigo de Joaquim. Joaquim já foi muito claro comigo uma vez. De todos seus milhões de amigos, ele só tem um melhor, que é você. – Apontou o dedo em meu peito. – Agora se eles não aceitam isso, é um problema deles. Só não se afete com o que as pessoas acham sobre você e dizem. Pior, pensem sobre você... Quem são eles pra julgar ou dizer o que deve ou não fazer? Que eu saiba você só deve satisfação a sua mãe. Agora vai mesmo não voltar pra quadra? Depois de tudo que disse, irá deixar ele sentir o gosto da vitória?

Engoli em seco com suas palavras. Apesar de tudo, Julia estava certa. Em todos os sentidos, ela estava certa.

- Volta a jogar, vai... – Ela voltou a pedir pegando minha mão. - Se divirta e mostre que não atingiu nada do que eles fizeram, mesmo tendo atingido. Aposto que você está com saudades de jogar. De jogar com Joaquim. Manda até o Omar filar aula, pra ele jogar com você e Joaquim. E quando você olhar pra fora da quadra, irá me ver lá morrendo de orgulho por ti. Amanhã! Amanhã é segunda, né? Tem aula de educação física. Vai lá. Se diverte. Dizem que a felicidade de uma pessoa, incomoda aqueles que quer seu mal.

Julia sorriu. Sorriu ao terminar de falar. Sorriu me mostrando a mais pura verdade.

- Vou pensar. – Murmurei.

- Pensa com bastante carinho nisto. – Forcei um sorriso frouxo e voltei a deitar, com ela ficando na mesma posição que antes. Voltei a bolir no controle em suas costas, escolhendo o time.


- André. – Uma voz afastada mais perto me chamava. – André. – Meu braço era mexido e aos poucos minha visão foi invadida pelo conhecido rosto de minha mãe, embaçada.

- O que? – Resmunguei virando a cabeça voltando a fechar os olhos.

- André. Acorda. – Balançou mais meu braço. Virei a cabeça pra ela com os olhos nem um pouco aberto.

- Que? – Perguntei sonolento. Gemi quando um assopro veio a tona em meu rosto. – Ah, fala logo o que quer? – Contra gosto abri os olhos pesados de sono.

- Acorda meu filho. Vai dormir sem comer nem nada?

- Eu não estou dormindo. – Sem perceber eu já estava voltando a fechar os olhos.

- Não, você só estava mesmo de olhos fechados.

- É...

- Acorda menino! – Me balançou mais. Meus olhos em um estante se abriram com sua facilidade pra mim acordar. Sentei no sofá percebendo que ela não estava mais em cima de mim.

- A Julia. Cadê? Cadê a Julia, minha vó? – Perguntei desesperado. Antes de ter dormido, ela estava dormindo em meu peito, agora ela não está mais? Cadê ela? – Cadê, minha vó? Ela estava dormindo agora não está mais. Cadê?

- Que Julia, maluco? Está sonhando, abestado? – Ela riu de minha cara.

- Então não foi real? Ela não estava aqui comigo? – Perguntei com a maior cara de tacho. Sério? Tudo isso foi um sonho? Nada aconteceu? - Parecia tão real. Eu não acredito que foi só um sonho, não estou acreditando nisto. – Bufei irritado. – Por que está rindo? Está vendo algum palhaço aqui, por acaso? – Tampei o rosto com as mãos suspirando. Meu Deus, como isso aconteceu?

- Não, mas estou vendo um idiota. – Ela ria descontroladamente.

- Oh, tadinho. – Essa voz... Esse abraço de costas em meu pescoço... – Não faz isso de novo com ele, tia. – Suspirei aliviado. Caramba, que susto. – Ele ficou preocupado. – Beijou minha bochecha. – Pensou que foi um sonho foi, querido? – Concordei com um bico com a mais nova palhaçada de minha vó – que ria mais que eu um demônio quando consegue o que quer. – Oh tadinho, você não merece isso não é? – Neguei ainda com o bico. – Oh, meu Deus. – Mordeu minha bochecha. – Que fofo, Jesus!

- É sério, não faz isso comigo novamente. – Pedi olhando minha vó que ria. – Me deu um susto, caramba. – Julia se entregou a risada também. Tirei seus braços de meu pescoço e me levantei irritado. – Vocês são tudo palhaças. – Reclamei saindo da sala irritado, ao som das risadas delas. Já imaginou se isso não tivesse mesmo acontecido? Eu matava minha vida frustrado. Tinha sido tão real, e do nada minha vó mim acorda dizendo que só estava sonhando. Seria nível 100 pra frustração e burrice por ser tão trouxa em pensar que isso aconteceria.


- Palhaças. – Murmurei ainda irritado com elas que riram ao eu entrar na sala de jantar. – Chegou que horas? – Perguntei sentado ao lado de Julia.

- Às 21 e pouca. – Deu de ombro.

- Tarde. – Murmurei. – Foram fazer o que?

- Fomos no shopping. Levei ela pra o parque de diversões que tem lá.

- Salão de jogos. – A corrigi e ela revirou os olhos.

- Tanto faz. É tudo a mesma merda, mesmo. – Agora quem revirou os olhos foi eu. – Levei ela no cinema pra assistir Moana. Comprei umas coisas pra ela e pra mim. Agora dormiu como pedra. – Terminou rindo.

- Legal, é bom ela se divertir assim. – Julia comentou sorrindo.

- Comigo ninguém fez isso. – Murmurei e a mulher ignorou.

- Comprei umas coisinhas pra você também, língua grande. – Jogou o pano de prato que tinha ao seu lado, em mim. Bufei colocando bem afastado dela. Pano de pratos devem ficar o máximo afastado dela.

- Cadê? – Me animei e ela levantou da cadeira seguindo pra fora. – Que vácuo. – Revirei os olhos e Julia riu. – Eu pensei seriamente que você tinha saído sem me avisar, depois que ela disse aquilo pensei que foi só sonho. – Acho que corei. Sério mesmo. Ela riu.

- Bobo. – Sorri junto. – Acordei quando ela chegou, só que ficamos conversando e só acordamos você agora.

Antes que eu pudesse falar algo Rosa chegou colocado na mesa algumas sacolas.

- Primeiro... – Ela começou e eu revirei os a olhos com seu dedo apontado. – Comprei uma camiseta, pra você parar de ficar nú na frente da garota. – Levantou uma camiseta vermelha e jogou em mim. Olhei Julia que abaixou a cabeça envergonhada. – E isso aqui. – Tirou de dentro de uma sacola preta, lentamente e sorriu empolgada balançando pro lado e pro outro. – Tararanram.

- Não. – Falei surpreso. - Harry Potter e a Criança Amaldiçoada? – Ela sorria feliz balançando a cabeça. – Meu Deus. – Minha felicidade estampava em minha cara de tão feliz.

- Eu fui comprar um livrinho pra Lola, e pensei, porque não levar pra o meu filho lindão? – Eu poderia revirar os olhos mais não revirei de tão feliz que estava. – Vi esse e me lembrei que você disse que queria um. Toma, mais uma pra sua coleção de livros. – Ela entregou a mim e eu peguei sem hesitar.

- Poxa, brigada mesmo mãe. Caramba, meu segundo sonho. – Ri feliz passando entre as folhas grossas. – Sério, muito obrigada mesmo. – Agradeci.

- Não foi nada. – Ela fez um movimento com a mão. – E Juh...

- Eu? – Julia perguntou apontado pra si.

- Sim. – Minha mãe sorriu tirando um vestido de mais outra sacola. – É seu.

- Pra ela você dá na mão, não é? – Perguntei com os olhos cerrados pra a minha vó.

- Xiu. – Revirei os olhos e ela voltou a sorrir olhando Julia que estava encantada com o vestido. – Gostou?

- Amei. – Julia abaixou o vestido. – Muito obrigada. Mas não posso aceitar.

- Por que? – Rosa perguntou confusa. – Comprei especificamente pra ti, mulher.

- Vai ficar curto, por isso ela não quer. – Falei e Julia socou meu braço. – É sério. Vai ficar curto.

- André, eu mandei calar a boca. – Rosa olhou de relance pra mim e eu me calei.

- É muito bonito. Sério, eu amei de paixão. Mas não quero que se prejudique comigo.

- Oh, querida. Você nunca vai causar prejuízo pra mim. Acredite no que estou dizendo.

- É melhor aceitar. A única pessoa que ela deu presente está sendo você. Nem pra Priscila ela deu.

- Hey, eu dei sim. – Minha vó se defendeu.

- Um porta jóias de coração? – Revirei os olhos.

- Ah, aquilo era bonitinho, vai. – Me calei e ela olhou pra Julia com os olhos brilhando de ansiedade.

- Está bem. Aceito, mas só pra avisar é o último presente, okay? Obrigada, mesmo. – Julia abaixou a cabeça pra olhar o vestido deslumbrada e eu olhei minha vó cúmplice que foi retribuindo.

- O último? – A mulher perguntou encarando Julia que olhou ela balançando a cabeça e voltou a olhar o vestido. – Já que esse é o último, recomendo usar quando André tomar vergonha na cara e pedir você em namoro. – Okay, não foi essa mensagem que eu te enviei dona Rosa! Julia olhou pra nós dois e eu estava com os olhos arregalados. – Acho que pizza chegou. – A mulher pegou as sacolas e saiu correndo.

- Espera, deixe que eu pago. – Levantei da cadeira praticamente correndo da cozinha ao olhar de interrogação de Julia. Minha mãe me paga!


- Voltamos. – Minha vó cantarolou ao adentrar a sala de jantar novamente. – E vimos com comida porque somos apaixonados por comida. – Revirei os olhos colocando a caixa na mesa e ela a Coca. Julia riu ainda olhando o celular.

- Comida, comida, comida. – Ela falou e eu ri disso. Ke?

- Pizza, pizza, pizza. – Minha vó fez a mesma coisa e Julia gargalhou. Sério, elas têm sérios problemas. Ajudei minha vó a pegar os pratos. Coloquei o prato de Julia na frente dela, desconfiado pelo seu sorrisinho ao ver a tela. Ignorei pegando o copo colocando ao lados dos pratos. – Vá pegar o catchup e a maionese. – Ela pediu escolhendo os talheres. Rodei a mesa até a geladeira. Peguei e me virei afundando o rosto em seu ombro pra ver o que ela fazia.

- Para, André. – Ela riu desviando o celular pra mim não ver.

- André, largue a menina seu tarado. – Minha vó falou de costas pra gente. Julia gargalhou.

- Eu não sou tarado. – Bufei colocando o catchup e a maionese mesa – já que Julia não quis deixar eu ver o que lá fazia. – Vocês duas adoram ficar contra mim. – Reclamei e elas riram.

- Ui, cadê a Julia. Aí aí. Cadê ela. – Rosa tentava me imitar faz fazendo Julia rir mais.

- Não tem graça nenhuma rir das desgraças dos outros. – Bufei sentando ao lado da garota.


- Ai ele chegou da escola assim: todo feliz, pulando mais que a falecida beijoca de Lola. Fui ajudar a tirar a farda, e ele: mamãe, eu me apaixonei. – Revirei os olhos com ela comentando do dia que cheguei em casa e disse a ela.

- Onw – Julia coisou e apertou minha bochecha voltando a comer a pizza.

- No primeiro dia que te conheceu. Ele já veio me dizer.

- Foi amor a primeira vista, por essa garota. – Entrei na conversa e Julia riu.

- Aí eu: como assim filho?

- Ele: A menina bonita.

- Que menina bonita, André?

- É a irmã do meu novo amiguinho. Ela é muito bonita. Mamãe, acho que tô apaixonado.

Ela falava parecendo se lembrar de cada palavra que disse neste dia, e foi exatamente assim.

- Oh, que fofo, André. – Falou Julia me obrigando a abaixar a cabeça pra colar em cima da sua e acariciou meu cabelo. – A menina bonita. – Ela riu divertida e comeu mais um pedaço da pizza que tinha em sua mão. – Cara, deve ser muito fofo ver seu filho falar isso. – Ela começou a bolir em minha orelha.

- E é. – Rosa comeu o último pedaço de sua mão pegando outro. – Pensa em ser mãe um dia?

- Sim, já pensei muito sobre isso. Posso se dizer que é um sonho infantil. – Julia levou o pedaço de sua pizza - que por incrível que pareça, não sei como começamos a dividir – pra mim comer. Mordi e ela abaixou pra comer também.

- E jovem assim, como uma idade de 18, aceitaria?

- Sim, óbvio que sim. Não perderia essa oportunidade por nada neste mundo. – Minha vó sorriu.

- E que tenho curiosidade sobre perguntar isso. Não sei se sabe, mas a mãe de André embrenhou nova também. – Levantei a cabeça e desviei o olhar bufando. – E tenho a curiosidade de saber com vocês jovens, se é só ela ou outras pessoas também querem abandonar o filho.

- Ela não é minha mãe. – Bufei e senti minha orelha ser puxada.

- Mãe é mãe apesar de tudo. – A causadora pelo puxão repreendeu.

- Concordo. Mãe é mãe apesar de tudo. Por isso que tenho ela. Porque ela é mãe apesar de tudo.

- Não discuta com ele. – Minha mãe falou pra Julia.

Recebi a pizza novamente e comi pegando o celular do bolso quando vibrou. Enquanto elas conversavam, entrei na mensagem que minha colega do trabalho mandou pra mim, me desejando...

- Boa noite, Dré? – Olhei pra ela desviando o olhar. – Dré? Quem é essa garota? Porque pra chamar de Dré, deve ser alguma menina. – Ela havia soltado minha orelha e esperava minha reposta com a maior cara de poucos amigos.

- É só uma amiga do trabalho. – Quase gaguejei com medo de sua cara.

- Dré? Já tem intimidade assim? – Arqueou as sobrancelhas. – Dré?

- É só uma amiga Julia. – Revirei os olhos voltando a responder ela. – É um jeito como se chamamos, normal.

- Pattie? Hãn? Pattie e Dré? Hãn? Como assim? – Ignorei suas desconfianças sem nexo algum. – Já percebeu isso? Seu filho cheio de contatinhos de amiguinhas?

- Ah se eu tivesse mesmo. – Ri irônico e bloqueie o celular.

- Me dá isso aqui. – Tomou o celular de minha mão tentado colocar a senha. – Qual sua data de aniversário? – Ela me perguntou e eu ri.

- 10 de agosto. – Ela tentou, não foi.

- O seu. – Perguntou a minha vó.

- 29 de novembro. – Ela respondeu rindo. Ri negando com a cabeça com ela tentando de qualquer jeito colocar a senha. Tentou até a sua! Mas não é.

- De sua filha. – Perguntou a ela.

- Nem tente. – Falei rápido. – De todos os números do mundo, nunca em minha vida iria colocar a dada de seu aniversário. Também não sei bosta de nada dessa mulher. – Murmurei no final. Ela continuava a tentar, até de Joaquim ela tentou.

- Pensa Julia. Pensa. – Falou sozinha.

- 06031206. – Falei e ela rapidamente escreveu.

- Que zorras de números são esses? – Ela perguntou vendo a foto do painel.

- Se eu te contar vai perder a graça. – Ri quando ela começou a apertar entre os blocos encontrando mais senha.

- Affz, sempre gostei desse bloqueios nos aplicativos, mas passei a odiar a partir de agora. – Ela reclamou mudando toda hora de aplicativo. – Que merda, André. Qual está liberado nesta porcaria?

- A calculadora. – Ela me olhou. Me olhou cheia de ódio. Eu ri. Sério, eu ria acho que piorava sua situação.

- Você não brinque comigo, Alencar. – Olhamos pra o celular de minha vó tocando e ela pegou.

- Licença. – Pediu e sorriu fraco saindo ao atender. Tirei minha atenção dela pra Julia quando ela socou meu braço.

- Diz a senha logo, seu besta. Vou excluir cada contatinhos dessas suas amiguinhas de trabalho. Dré. Até parece. – Bufou tentando a senha – agora padrão – e errava.


- Argh! Desisto. – Colocou o celular em meu colo irritada. – Esse aplicativo só presta no meu.

- São que horas? – Perguntei mudando de canal.

- Vai dar 23. – Olhei ela.

- Você não deveria está em casa agora? Não que eu queria que você vá, mas sei lá.

- Sua mãe não me deixou sair. – Ela riu nasal. – E olha que nem estava tarde. Então vou dormir aqui.

- Me diz, André. – Rosa chegou na sala. – Como ela vai ir pra casa, se quando entrei a vizinha disse que a partir das 23 os cara do outro bairro vai invadir aqui? Nem em sonhos irei deixar você sair. – Ela falou sentando ao me lado.

- É perigoso mesmo. – Concordei voltando a torcer de canal.

- Vocês não tem medo de ficar aqui? Tipo, sei lá, vocês falam como se isso fosse perigoso.

- Não, eles não bolem com a gente não. O problema é com eles lá. Também, o cabeça já disse que não é pra ninguém bolir, principalmente com a gente, se não, nem sei o que acontece. – Minha vó falou.

- Porque principalmente com vocês?

- Nada. – Falei rápido.

- Não, agora eu quero saber.

- Já disse que não é nada, Julia! – Falei grosso.

- André...

- Não vó. Não. – A cortei sério.

- Você tem que aceitar de qualquer jeito.

- Fala isso porque não é a senhora. Agora por favor, muda de assunto. – Ela suspirou. Remexi no sofá desconfortável por aquela conversa.


Isabela: Hey.

Isabela: Posso te contar uma coisa?

Julia: Pode sim.

Isabela: Eu estou nervosa.

Julia: Porque? Tem medo de andar de avião?

Isabela: Não.

Isabela: Antes fosse.

Julia: Então o que é?

Isabela: Não.

Isabela: Deixe.

Isabela: É besteira.

Isabela: Está bem!!!!

Isabela: É aquele garoto.

Julia: Que garoto, doida?

Isabela: Aquele vizinho de frente de sua casa.

Isabela: Cunhado de minha tia.

Isabela: Aquele menino bonito que se chama Téo.

Isabela: Você já percebeu que ele é tipo, bonito?

Julia: Gostoso.

Isabela: Tesudo.

Julia: Delícia.

Isabela: Pecado sem igual.

Julia: Um caminho sem volta.

Julia: Gente, ele é mô gato velho.

Isabela: Coloca gato nisto.

Julia: MULTIPLICA SENHOR.

Isabela: JOGA MAIS DO CÉU.

Julia: Meu quarto crush.

- Eu estou lendo, isso sabia? – Perguntei a ela que me olhou e sorriu culpada.

- Eu sei. – Voltou a olhar o celular e eu revirei os olhos mexendo em seu cabelo tedioso.

Julia: Mas você não disse o real motivo por isso.

Isabela: Então...

Isabela: Esse peste não quer sair de jeito bem de minha cabeça.

Isabela: Sei lá.

Julia: Hum...

Isabela: Não venha com seus Hum... besta pro meu lado.

Isabela: Já tô nervosa o suficiente.

Julia:  HAHAHA.

Julia: Ignore.

Julia: Só isso?

Isabela: Só isso? Estou prestes a ir pra ai e tem super hiper máxima possibilidade de nós se encontrarmos.

Isabela: Pode estar achando louco isso, mas ele me chamou atenção.

Julia: Hum...

Isabela: Para com seus Hum... Julia!

Isabela: Isso não ajuda em nada.

Julia: Uê kkkkkk.

Isabela: Affz, vai procurar um macho.

Julia: Eu não.

Julia: Já tenho um.

Isabela: Ata!

Isabela: E quem é?

Julia: Cameron Dallas.

Sério! Eu tive que revirar os olhos. Sério mesmo.

Isabela: Que eu saiba ele já é comprometido.

Isabela: Comigo!

Julia: HAHAHA.

Julia: Engraçada ela.

Isabela: u.u

Isabela: Você não deveria está dormindo uma hora dessas?

Isabela: Amanhã tem aula pra ti.

Julia: Não dá, tem um idiota que não para de bolir meu cabelo.

Isabela: Uii safadinha u.u.

Isabela: KKKKKKKK.

Julia: Não tem graça.

Julia: Besta.

Julia: Não é nada que você está pensando.

Julia: Sua tarada.

Isabela: Só um pouco.

Julia: PERVERTIDAAAA

Julia: NÃO POLUA MINHA SANIDADE.

Isabela: Querida, fecha a cara que sou BV u.u

Julia: Ata!

Isabela: Mas diz, quem é que está aí?

Isabela: É aquele gatinho que estava em sua casa no outro dia?

Isabela: Gato ele viu.

Isabela: Mas não sou de roubar homem de amiga minha.

Isabela: Pode ficar despreocupada.

- Deixa eu ver. – Pedi rindo.

- Não. Sai. Você já viu demais. – Empurrou meu ombro.

- O que que tem eu ver? – Perguntei cínico.

- Não, André. Aqui é um conteúdo inapropriado pra sua pessoa. – Parou de mim empurrar e voltou a mexer tentado não fazer eu ver, mas mesmo asim eu vi.

Isabela: Meu crush eu já tenho que está na Inglaterra.

Isabela: Eu acho.

Julia: Ele não é meu homem. E sim, é ele.

Isabela: Mas você gosta dele, e ele gosta de você. Vocês estão juntos em um ambiente sozinhos então quer dizer que ele parou de ser besta e largou a namoradinha pra ficar contigo. Porque pra ficar com outra e não contigo é muito idiota mesmo

Isabela: Manda ele parar logo de lerdeza que quem é lerdo é tartaruga, e pedir você logo em namoro porque já estou uma pilha de nervos com essa demora dele. Odeio demora. Se for demorar pode tirar da cabeça o que quer comigo, porque odeio demora.

Isabela: Já falou com ele isso? Pode falar que eu não tenho medo de cara feia. Cara feia eu vejo todos os dias aquelas zinimigas do colégio. Pode falar! Fala a ele pra largar de ser trouxa porque o tempo passa. E o tempo de meu relógio já está passando. FALA LOGO JULIA ISSO PRA ELE. ESSE VIADINHO FICA NESTA DEMORA. PODE FALAR QUE EU NÃO TENHO MEDO DE NINGUÉM.

Isabela: E diga a ele também, que ele é muito lindo e gato. E que combina demais contigo porque são fofinhos juntos. E que ele é muito gato.

- Depois dessa vou até ir pegar as coisas pra deitar. – Cocei a cabeça constrangido e Julia riu.

- Eu disse que não era pra ler. Mas você é gaiato. – Ela falou gargalhando e eu levantei do sofá constrangido.


- Vida. – A chamei em um tom baixo acariciando seu cabelo.

- Oi. – Respondeu concentrada no celular.

- Sabe que eu te amo, né?

- Sim.

- Então vai pra cama, descansar. Está tarde.

- Estou sem sono.

- Então larga o celular e assiste o filme comigo.

(VIADOOOOOOOOOO AMEI ESSA CENA 💕 )

- Que filme?

- Um amor pra recordar.

Julia desligou o celular e se virou.

- Vem.

A garota se ajeitou do mesmo jeito de mais cedo, só que sua mão em meu peito, e sua respiração batia em minha bochecha. Começamos a prestar atenção no filme em silêncio. Ela riu. Do nada ela riu. Franzi a testa virando a cabeça pra ela que ria.

- O que foi?

- Eu não sei. – Ela falou rindo.

- Tá louca Julia? – Ri junto a ela sem entender nada. Ela parou de rir aos poucos levando a mão na minha nuca. – O que foi que riu assim do nada?

- Não sei. Acho que foi porque parei pra lembrar que a última vez que estive assim foi com Omar, agora estou com o amigo dele. Isso é meio estranho né? – Ela fez uma careta.

- É, é sim. – Concordei.

- No baile quando vir vocês juntos eu achei tão fofinho vocês rindo enquanto bebia. Parecia aqueles BadBoys melhores amigos. De terno preto com uma perna na parede. Aquela sim era uma cena de Paraíso. Sério, estou contando aqui, mas estou toda derretida só de lembrar vocês juntos.

Eu ri com seu relato.

- Acho que não esperamos por isso. Nem as garotas que estava nos olhando, esperava.

- Seria bom ver vocês dois e Joaquim, juntos.

- É, mas Joaquim não aceita isso. – Entortei a boca.

- Joaquim tem ciúmes de você.

- Ele sempre diz nunca iria ter ciúmes de mim. Porque ciúmes de amizade, só mulherzinha tem.

- Ele mente. – Ela riu. – Joaquim é muito ciumento. Você acha o que? Ele diz nunca gostar do Omar, porque nós já namoramos. Porque se não eles seriam amigos normalmente. Agora vocês dois nesta amizade, será outra desculpa pra ele dizer que odeia Omar. Conheço meu irmão, sei que ele teria amizade com Deus e o mundo.

- Pior que é mesmo. Acho que Joaquim tem amizade com aquele colégio todo.

- Pois é. Ele realmente tem ciúmes de você. Você é o melhor amigo dele desde de criança, e ele acha que Omar vai te roubar. Esse tempo que Manuela tinha saído do país, ele descia só a noite pra comer, e na mesma hora que comia ele falava o quão você era mal agradecido. Que você só ligava pra Omar agora, e esqueceu dele. Joaquim é um caso sério, rapaz.

- Ele é exagerado, rapaz. O menino briga comigo, e diz que eu o esqueci. – Eu ri nasal.

- Por que brigaram?

- Foi umas paradas aí.

- Ahh. – Fez voz de desconfiada. – Só estou observando você querer tentar me enganar duas vezes só hoje. Legal. Costuma ter sempre segredo, André?

- Só os mais obscuros. – Falei rodando sua cintura apertando mais ela comigo. – Que tal nos terminarmos o beijo?

- Acho uma ótima idéia. – Ela sorriu passando a mão em meus ombros.

- É?

- Sim. – Mordeu o lábio. – Que tal você mandar a vergonha no inferno, e terminar o que fez? – Sorrimos juntos. Entendi perfeitamente sua referência.

- Você é meu sonho.

Finalmente selei nossas bocas, só que agora em um beijo mais calmo e lento. Apaixonante!

Ela gosta de mim.

Estava oficializado!

Julia Vaz, é perdidamente apaixonada por mim.


Notas Finais


VIIIAAADOOOO (Imaginem isso na voz daquele homem que faz vai que cola 😂😂😂 ) PRIDRÉ ACABOU DE VEZ E JUDRE VEIO A TONA VIIIIAAAADOOO 😻😻😻
E é com esse capítulo muito fofo que eu venho parabenizar Meu amor 😍😍 João Guilherme Ávila, cara! Eu amo demais esse menino. Meu sonho é esse garoto. FELICIDADES MEU AMOOOR E AMANHÃ É O MEU NESTA BAGAÇA 😍😍 Já fiz textinho no insta e agora é só ele me notar 😹😹

JUJUBAA MEU AMOORRR PARABÉNS PRA VOCÊ TAMBÉM QUE FEZ DIA 29 💕💕 te desejo tudo de bom nesta vida, e quero que saiba que amo você de paixão pois você foi minha primeira leitora nesta fic e, que em todos os capítulos está aqui mostrando sua admiração pela história 😙😙

Cara! Eu vou sentir tanta falta de Pridré. Pridré era o casal que todos nós respeitamos 😹😹 #LutoPridre #PodemVoltarAgora !!!!

OHHH BONDE DA MADRUGA, TEM ALGUÉM AÍ?

Engraçada ela 😹😹😹 a frase que os fãs de Jovanna nunca irão esquecer 😹😹

É OFICIAL!!!! Parei de shippar Jolari pra shippar Jovanna 😹😹 Sério, é que como sou iludida, eu acho que devo me juntar a eles 😹😹 o fandom de Jovanna é muito iludido velho, por isso que entrei na bagaça deles 😹😹JOVANNA É VIDA!!!! JOVANNA É AMOR JOVANNA É UMA PORRA DE UM SHIPPER QUE NUNCA VAI EXISTIR KKKKKKKKKKKKKKK ke

A Julia indo mandar André pedir desculpas 😂😂😂 doida

~rolanlais3 já podemos preparar nossa festa do pijama e convidar Julia mas Isa 😂😂 (ainda não voltamos com nosso relacionamento de melhores amigas virtual!!! Mas já te superei! Não se preocupe, porque minha nova amiga agora é Priscilão 😂 ((entendedores entenderão ))

Capítulo dedicado á: ~2a3z4a5z
Como prometido né meu amor? 😍 você que deu a idéia do cap 💕


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