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História Unknown Love - André/Julia


Escrita por: alvera_Nanew02

Capítulo 58 - André/Julia


- Filho, acorda. – Aos poucos abrir meus olhos pesados de sono. – Está na hora de levantar. Bom dia.

- Bom dia. – Joguei meus braços pro alto me espreguiçando. Cocei meus olhos com a boca aberta ainda sonolento. – Cadê a Julia? – Sentei no sofá ainda caçoando o olho.

- Foi pra casa se arrumar pra ir a escola. – Concordei olhando um ponto fixo, como sempre faço quando levanto da cama. – Aliás, ela não ia dormir no seu quarto? – Sorri lhe olhando com os olhos apertados.

- Ia.

- Por que ela pareceu ao redor de seus braços, em conchinha?

- Ficamos assistindo filme e a gente acabou dormindo. – Contei e ela acompanhou meu sorriso.

- Agora vai?

- Agora vai. – Concordei.

- Estou feliz que conseguiu mais uma conquista. – Passou a mão em meu cabelo. – Ainda mais a que sempre desejou e sonhou.

- É. Eu também estou feliz.

- Vocês estão. – Continuava a mexer meu cabelo é confesso que estava me dando sono novamente. – Agora ver ser se não faz burrada novamente, seu idiota! – Deu um tapa na minha cabeça. Estava bom pra ser verdade.

- A senhora e sua bipolaridade irritável. – Disse antes dela sair.

- Vai tomar banho. – Eu ri de seu jeito de falar. Voltei a encarar meu ponto fixo e sorri no final. Ainda não estava acreditando em tudo isso que estava acontecendo, principalmente o que aconteceu ontem. Melhor dia da minha vida!


- André! Você não vai fazer isso. – Minha vó falava andando atrás de mim.

- Por que? Eu posso jogar quando eu quiser. – Falei pegando minha mochila do sofá.

- Você já torceu o pé jogando com aqueles meninos um vez, não quero que isso se repita.

- Não vai. Fica despreocupada. – Me virei pra ela colocando o celular no bolso lateral e tampando com a farda do colégio. – Cadê a Lola? Não vai pra creche?

- Não.

- Está desacostumado demais ela, ouviu? No meu tempo ia pra creche em baixo de chuva. – Falei indo até a porta sendo seguida por ela.

- Você é homem. Aguenta.

- Ata! – Me virei pra ela quando passei pela porta. – Até mais tarde. Beijos. – Dei um beijo em sua testa.

- Vá com Deus. E cuidado quando for jogar. – Ela sorriu e acenou com a mão.

- Tudo bem. Tchau. – Sai caminhando.

- Tchau.

"Nunca precisei de muito pra ser feliz."

                     JULIA VAZ

NADA neste mundo irá me fazer entristecer. NADA!

Eu estava feliz, e ninguém iria atrapalhar minha felicidade.

Bem, acho que só uma pessoa.

- O que quer? – Perguntei me irritando, fechando o livro.

- Calma estressadinha.

- Me erra, garoto. – Bufei começando a caminhar.

- Espera. – Pegou meu braço livre me virando pra ele. – Que tal nos irmos ali? – Tentou pegar meu rosto mais bati em sua mão. – Vamos lá, não se faça de difícil, Julia. – Deu um passo a frente mas eu o empurrei.

- Esquece que existo, Jorge. – Me virei novamente mais ele tornou a mim puxar. – Jorge, não me faça lhe dar um murro na cara. – Ameacei e ele sorriu galanteador que só senti vontade de por meu café da manhã pra fora. Esse menino é ridículo.

- Sabe, seu irmão não está aqui. Poderíamos aproveitar né?

- Claro. É mesmo. – Passeei minhas mãos em seu ombro e ele sorriu com isso. – No banheiro ou na sala vazias? – Perguntei com um sorriso malicioso.

- Banheiro é mais fascinante. Ou até na mesa não é? Qual você escolher está bom.

- Que tal nos quinto do inferno? – Dei uma forte joelhada em suas partes e ele se contorceu de dor. Tirei minhas mãos de seus ombros e me baixei pra pegar meu livro, com ele ainda gemendo de dor com as mãos lá. – Nunca mais, ouse. – Apontei o dedo em sua cara sofrida. – Tocar um dedo em mim, seu pervertido. Vai procurar uma creche pra crescer, seu idiota, e esquece que existo. – Me virei pra sair, mas voltei a apontar o dedo neles. – E digo mais, se você ousar fazer algo com alguém que eu conheça, você vai sofrer o pão que o diabo amassou. Estou te avisando. – Virei novamente mais voltei a olhar ele só que sem apontar o dedo. – E saia da vida de meu irmão, cacete! Meu irmão deveria tomar mais cuidado com quem ele anda. Adora meter uma faca nas costas dele, não é? Idiota! Por isso que ele joga na cara mesmo de vocês que nunca será melhores amigos dele. Ele só tem UM, e se ousar fazer algo novamente com esse UM vai se arrepender. – Me virei e sai de cabeça erguida deixando ele lá. – Menino idiota.


"Nunca senti nada que fosse tão especial quando aquele beijo. Gostaria que fosse algo que eu pudesse pegar com uma rede ou colocar e em um livro. Gostaria que fosse algo que eu pudesse guardar e, ao mesmo tempo, contar para todo mundo: é assim que você se sente quando se apaixona." 

Sorri. Involuntariamente eu sorri. Sim, eu sorri.

Aquela era umas das frases mais bonita que eu vi, e que relaciona a nós. Era perfeita. Perfeitamente perfeito. Me definia de palavras á palavras.

Antes que eu abaixasse a cabeça pra voltar a ler, ele entrou conversando ao lado de Omar. Tentei de qualquer forma tirar o sorriso, e acho que consegui. O moço passou pela minha fileira ao lado de Omar que falava algo, e sorriu mordendo o lábio deixando soltar entre os dentes. O sujeito passou completamente, mas deixou uma piscada no ar me fazendo abaixar a cabeça envergonhada.

O que esse menino, fazia comigo? Também queria muito saber.

Eu tentava de qualquer jeito prestar atenção no livro, mas parecia que a cada momento que sua risada ecoava na sala, eu sentia me arrepiar. Omar lhe fazia um bem zão retado e, eu estava feliz por isso – mesmo achando estranho está “ficando” com o amigo do meu ex –, eles se combinam muito. Omar é um cara legal. Apesar de tudo ele é. Já fui muito feliz ao lado dele, mas queria muito ter a amizade que nunca tivemos em nosso relacionamento. Mas acho que sei porque não termos. Porque ele ainda era apaixonado por mim, mas de amigo apaixonado já tenho um pra aguentar – e acho que nem um estou aguentando, imagina mais outro.

Folheie mais uma página do livro. Eu amava demais ler livros. Ainda mais quando é da Kiera Cass. Umas das melhores escritora que existe no mundo – minha opinião. Tinha comprado toda a coleção, mas até agora só li dois. Estava a trilogia, a Seleção, e estava amando demais Maxon e América. Lindos. Acho que se eu tivesse um menino chamaria ele de Maxon.

- Julia. – Me desviei de meus pensamentos – que glória a Deus, não era ele – com Omar me chamando. Virei um pouco a cabeça com a testa franzida esperando ele dizer. Os dois estavam sentados na mesa só que Omar de costas com a cabeça virada pra mim. – Chega mais. – Chamou com a mão e eu neguei confusa. – Vem aqui.

- Pra quê? Estou ocupada agora. – Voltei a olhar o livro apertado em meu estômago.

- Quero te perguntar algo. – Voltou a dizer. Suspirei marcando a página e me levantei com o livro em minha mão direita. Tentei ao máximo não olhar André, e acho que consegui, só um vez, que olhei assim. Enquanto caminhava Omar se virou novamente e tive que olhar esse garoto.

- Diga. – Exclamei a Omar que estava olhando sua mão mas levantou logo em seguida quando parei na mesa. Omar rugou a cara.

- Omar. – André falou em um tom ameaçador e Omar olhou rindo. – Você não vai fazer isso mesmo não vai?

- Com medo de descobrir a verdade, André? – Omar perguntou rindo. E André lhe olhou sério. Franzi a testa com isso. Omar voltou a olhar pra mim e sorriu provocador. – É que André...

- Eu nada. – Ele cortou rápido, mas Omar ignorou.

- Está duvidando que você perdeu mesmo o BV com Rafael.

- Omar! – André lhe deu um murro no braço que fez Omar rir descontroladamente. – É mentira. Não acredita neste garoto. Fica com essas brincadeiras sem graça.

- Não é mentira não. – Omar falou rindo negando com o dedo em sua cara. – O que estou dizendo é a mais pura verdade. Eu conheço a Julia, sei que foi com Rafael mesmo.

- Vai se ferrar, Omar. – André bufou irritado.

- Sério que me chamaram só pra perguntar isso? – Falei em um tom indignada mas por dentro eu estava morrendo de vergonha. Eu não acredito que Omar disse isso logo com André.

- Foi ou não foi? – Omar falou rindo.

- Foi. – André me encarava seriamente em o que eu posso dizer agora? Estou ferrada. Seu olho direito tremia parecendo fechar mais não fechava. Eu sentia deu ódio e fúria em seu olhar, me causando um medo tremendo.

- Então é mesmo verdade? – Concordei lentamente e ele apertou a ponta do nariz soltando um filho da mãe baixinho, e foi como se Omar risse mais ainda. Voltou a me olhar e foi como uma mensagem. “Depois conversaremos sobre isso” e sério, eu tive muito medo disso.

- Para de rir, seu idiota. – Bati com o livro em Omar, que fez ele rir mais ainda. – Seu besta, não tem graça nenhuma ficar contando isso pra os outros.

- Aí para que isso dói. – Falava ele e eu parei vendo ele limpar o canto dos olhos. – Pode passar meus dez.

- Não vou lhe dar porra de nada. – André falou irritado.

- Você perdeu. Agora me dá.

- Vou lhe dar um cacete que vou lhe dar.

- Uii, o seu? – Omar fez vez de mulherzinha. Se eu não tivesse uma puta de nervos eu iria rir. – Eu gosto disso. É muito adulto.

- Não fode, Omar!

- Affz, vocês são tudo uns idiota. – Bufei saindo irritada até minha cadeira novamente.


- Hey, Téo. – O chamei correndo de até ele que estava em seu armário.

- Olá, Juh. – Demos um abraço rápido. – Aconteceu algo?

- Não, não verdade eu queria saber se você... mim espera pra não irá pra casa só. – Falei rápida. Ele riu.

- Ainda nem deu o intervalo e já pensa em ir? – Falou rindo e fechou o armário.

- Sabe como é né. – Menti gesticulando com as mãos.

- Claro, tudo bem. Esperarei. – Eu sorri nervosa. Pelo menos ele acreditou quando tentei mudar o rumo da minha pergunta. – Mas algo?

- Não. Obrigada.

- Tchau.

- Tchau.


- Eu juro, Julia, que se você perguntasse isso, eu entrava neste colégio voando. – Isabela falou do outro lado da linha.

- Mas era só uma perguntinha inofensiva. – Provoquei.

- Inofensiva é um caralho! – Eu ri.

- Onde está?

- Acabei de chegar no aeroporto.

- Isa, vou ter que desligar agora. Depois de engolir falamos okay? – Falei quando o sujeito apareceu a minha frente.

- Claro. E pelo amor de Deus!!!! Não fala nada a ele e nem invente de perguntar isso.

- Está bem. Tchau. – Encerrei a chamada e sai de sua frente.

- Julia, pelo amor de Deus. Quando vai ficar assim comigo? – Voltou a minha frente me impedindo.

- Talvez quando der na telha. – Passei por ele mais ele me impediu entrando na frente novamente. – Zorra Rafael, dá pra parar? Vai procurar o que fazer que eu vou fazer o mesmo.

- Você está me ignorando, Julia. Finge que nem existo. Ontem fui a sua casa e você não estava. Mofei lá te esperando.

- Só lamento.

- Caralho Julia. Me perdoa.

- Eu te pedi um tempo. Por favor, será que dá pra respeitar meu espaço.

- Fez duas semanas que estou respeitando seu espaço. Mas simplesmente não dá pra aguentar ficar mais tempo sem você. Eu sinto sua falta, pequena.

- Sentiu quando se afastava de mim, também? Por favor, Rafael. – Ri irônica.

- Eu sei que pisei na bola contigo, e estou te pedindo perdão. Se você quer mesmo que eu saia de sua vida por completo, pode dizer. Diga-me Julia, quer que eu pare de falar contigo de vez? Será bem menos doloroso saber logo a verdade.


- Rebeca, minha irmã. – Helena correu pra abraçar Rebeca que correspondeu. – Que saudade que estava de você.

- Eu também. Como você está? – Se separaram sorridentes.

-Estou bem, graças a Deus. Otávio. – Lhe deu um abraço rápido.

- Helena. – A mulher sorriu e foi abraçar Manu que retribuiu.

- Como está o casamento? – Rebeca perguntou.

- Ah, está ótimo. Joaquim, querido. – Lhe deu um abraço rápido.

- Veio sozinha? – Isabela perguntou quando a tia foi lhe abraçar.

- Sim. – Se separaram.

- Ah... – Isabela sorriu mínimo.

- Mas mim diz, vocês finalmente se resolveram? – Helena perguntou a duas irmã e o marido. Otávio olhou Rebeca que cruzou os braços faz neodímio bico.

- Não! – Rebeca respondeu.

- Palavra de mulher, sempre é verdade. – Otávio falou fazendo Helena rir. Isabela se distanciou deles, quando seu celular começou a tocar.

- Alô. – Atendeu ela sem olhar quem é.

- Isa. – Isabela sorriu e olhou pra trás pra certificar se alguém lhe ouvia.

- Ben. – Isabela sorria ao telefone.

- Como está você, amor?

- Estou bem. E você?

- Com saudades de tu. – Então seu tom de voz, dava pra parecer que ele também sorria.

- Eu também estou de você. Adivinhe onde estou agora.

- Aonde?

- Brasil. – Falou animada.

- Oh, sério? – Riu surpreso.

- Sim. Eu estou tão feliz.

- Posso saber porque essa felicidade toda, dona Isabela? Por que se você não está aqui do meu lado, não sei o que é.

- Ahh, Ben. Deixe de ser convencido.

- Não sou convencido. Sou realista. – Isabela riu colocando a mão livre no bolso. – Mas agora estou falando sério. Eu estou morrendo de saudades de ti, pequena. Porque me abandonou aqui na Inglaterra? Isso não se faz comigo.

- Oh tadinho.

- Mas sabe o que eu mais sinto saudades?

- O que?

- De seu carinho. Seus abraços que sou o único que você dá. De seus beijos... É o que eu mais sinto saudades nesta vida. – A garota o olhou pra frente suspirando.

- Sente saudades de mim, ou que eu te proporciono? – Isabela disse em um tom sério mas triste.

- Óbvio que de você né, bobinha? – Ele riu mas Isabela não. – Mas não vou mentir estou sim sentindo falta do que se faz comigo. Ainda mais depois daquela noite.

- Tenho que ir.

- Já? Mas nem conversamos direito.

- Tenho que ir, Benjamin! – Isabela desligou a chamada e fechou os olhos com força. – Eu sou uma idiota! Merda, Isabela! Porque você foi ser tão burra a ponto de ter feito isso?

- Sobrinha?

- Oi. – Falou em um tom de voz falha, e limpou o canto do olho.

- Aconteceu algo?

- Não, está tudo bem. – Isabela mentiu sem ver virar e olhou a mão.

- Tem certeza? Quer conversar? Eu ouvi o final da conversa. O que cê fez? – Helena a virou pelo ombro. – Pode confiar em mim. Não irei contar a ninguém se quiser. – A mulher levantou seu rosto vendo que seu uso olhos estavam a ponto de chorar.

- Eu me entreguei a ele, tia. – Deixou as lágrimas caírem. – E eu me arrependo tanto de ter feito isso.

- Oh, minha querida. – Helena puxou Isabela pra um abraço confortante, deixando ela chorar em seu peito. – Ele te machucou?

- Não. Eu só não estava pronta pra isso. A gente tinha saído pra uma festa, e quando acordei foi com ele ao meu lado.

- Olha, engole o choro, que se não seu pai desconfia. – A mulher se separou limpando o rosto dela. – Quando chegarmos em casa a gente termina essa conversa está bem? – Isabela concordou fungando. – Quero que saiba que nenhum momento irei te julgar ou te dar sermão. Só fica bem.

- Tudo bem. – Helena sorriu mínimo e beijou sua testa.


- Oh, glória. – Bruno jogou a mão pra cima glorificando. – Finalmente o Senhor ouviu minhas orações.

- Ah, para vai. – Me desgrudei de Rafael pra sentar na cadeira a duas frente.

- Cara, sério. Eu achei que vocês iriam continuar o resto da vida nesta. – Bruno continuou.

- Julia quase morria de chorar dizendo que me ama. – Rafa disse rindo sentando ao meu lado.

- Mentira! – Falei incrédula. – Você que jogou sujo.

- Claro, assim você parava de ser orgulhosa.

Revirei os olhos pegando a Coca de Bruno e colocando o canudo na boca.

- Pedi não mata, está bem? – Com a mão livre lhe enviei o dedo do meio.

- Cadê o Carlos? – Tirei o canudo pra perguntar e coloquei de novo.

- Deve está se pegando com Paula. – Revirou os olhos. – Toma, era dele antes de Paula chegar lhe chamando. – Arrastou a bandeja pra mim. Tomei todo o refrigerante pronto pra pegar o dele, mas Rafael pegou.

- Me dá. – Tentei pegar mais ele impediu. – É meu Rafael.

- Você já tomou o de Bruno. – Bateu em minha mão.

- Affz. – Bufei pegando a pizza e comendo. – Como Carlos sai, e não come isso? Caramba, eu faria de tudo agora pra ir pegar pra mim. Logo hoje que deu pizza e eu cheguei tarde.

- Me dá. – Rafael abriu a boca.

- Não! Sai. – Empurrei seu peito. – É meu.

- Só um pedaço.

- Não! Agora sai.

"Um sorriso tranquilo nasceu no meu rosto e no dele. Nossa amizade - se é que podíamos chamar assim - era estranha e cheia de furos, mas pelo menos era honesta." 

               ANDRÉ ALENCAR

- Julia. – Lhe chamei quando ela ia sair da sala. – Vem aqui. – Pedi tirando o livro e a caixinha na mochila.

- Se for sobre aquele assunto...

- Não é. – Fechei a mochila e ela veio até mim em passos trêmulos. – Minha mãe, ela mandou lhe entregar isso. – Estendi a caixinha pra ela. – Ela disse que esqueceu de lhe entregar ontem. – Falei e Julia pegou lentamente.

- O que é? – Movimentei os ombros sentando a ponta da mesa. Ela abriu a caixinha tirando o colar de lá. – Não. – Ela riu surpresa. – Meu Deus, sua mãe quer me matar de felicidade né possível. – Disse com os olhos brilhando e sorrindo abertamente.

- Gostou?

- Adorei. É tão lindo. – Sorria encantada.

- Achei que você iria achar ele simples demais. – Murmurei e ela me olhou abaixando o colar, com os olhos cerrados e um sorrisinho.

- Foi ela ou você que comprou? – Perguntou rindo. Fiz uma careta por ela ter sido tão direta. – Obrigada, é linda. E não é tão simples assim. Olha de novo. – Ficou de costas pra mim mostrando a frente do pingente. – Está vendo? Não é tão simples. – O pingente era um coração prata com pedrinhas por todo local da frente. - E mesmo se fosse. – Se virou novamente. – Eu não ligo. O que me encanta mais é saber que foi por uma pessoa especial e que ele foi dado com muito amor. Me encanta isso. – Sorri de canto.

- Eu tinha comprado comprando pra lhe dar quando se revelasse. Mas você descobriu. Nos brigamos, se reconciliamos, brigamos novamente e agora está indo. – Eu ri junto com ela.

- Obrigada. Você é um fofo.

- São seus olhos. – Pisquei e ela revirou os olhos sorrindo. – Quer que eu coloque?

- Claro. – Me entregou o colar e se virou levantando o cabelo. Passei o colar em seu pescoço e fechei prendendo nela. Julia se virou sorrindo ajeitando seu cabelo.

- Você é muito linda, velho. – Julia sorriu tímida e abaixou a cabeça envergonhada.

- Obrigada. Eu acho. – Colocou seu cabelo pra trás da orelha.

- Às vezes penso que nunca irei ser o cara ideal pra você. Eu só dou mancada contigo e você sempre me perdoa.

- Você merece meu perdão. – Sorri junto a ela.

- Eu vi... – Cocei o queixo. – Você com Jorge.

- Oh, céus... Não pense que aconteceu novamente, porque não aconteceu. – Diz nervosa. Eu ri.

- Não, não. – Ela suspirou aliviada. – No momento que você se aproximou dele, até pensei, mas acabei adorando o que fez e disse a ele.

- Você viu a ousadia dele? Menino idiota. Um dia vou fazer questão de armar pra Joaquim ver o que ele faz comigo quando ele está fora. Joaquim é umas das pessoas que só acredita vendo.

- É sim. – Concordei.

- Deixa eu ver? – Pediu apontando pro livro que eu balançava. Lhe entreguei e ela observou a capa depois as páginas. – Estão em inglês. – Julia falou confusa me olhando.

- É. – Dei de ombro.

- Ela comprou errado? – Perguntou com a testa franzida.

- Não, na verdade é assim mesmo. O português ainda não está em vendas.

- Você consegue ler isso, normalmente? – Seus olhos estavam arregalados e eu ri.

- Sim.

- Meu Deus, você não é desse mundo não. Como alguém consegue ler um livro em inglês? Jesus.

- É fácil. Sempre fui bem fluente na língua. – Dei de ombro.

- Oh, céus. – Levou a mão na boca rindo alto.

- O que foi? – Ri sem entender nada.

- Nada, esquece. – Falou rindo. O que ela pensou? – Toma, eu prefiro o meu mesmo. – Falou ainda rindo e me entregando. – O meu é da língua que eu entendo. – Tirou de suas costas o livro.

- De mulherzinha. – Fiz uma careta. – Já estou vendo que é chato.

- Não é não! A Seleção é bem melhor que esse feiticeiro idiota.

- Vou logo avisando que se falar assim de Harry Potter novamente, eu troco você viu? Harry Potter é minha paixão e não gosto de ninguém falando mal dele. – Ameacei e Julia arqueou as sobrancelhas.

- Ata bom, logo você querer me trocar por um bastão que mal sabe segurar uma varinha de Condão.

- Não me teste garota. – Apontei o dedo pra ela e Julia jogou a cabeça pra trás rindo. – Estou falando sério.

- Ata bom! – Falou irônica.

- Se pensa que estou brincando? Não estou não. É a coisa mais séria de todos os tempos desse mundo.

- Se você sabes se que ia morrer, e tem duas opções. Qual escolheria: Conhecer Jamie Parker, O Harry; ou ficar fazendo um grande NADA comigo como ontem?

- Conhecer Jamie Parker, meu ídolo, óbvio.

- Nossa, depois dessa vou até me sair. Hashtag frustrada estou. – Fez hashtag com os dedos e eu ri de seu drama.

- Ah, para de drama vai. Você sabe que não é verdade. Trocaria mil oportunidade só pra fazer o NADA como o de ontem, contigo.

Ela sorriu tímida e abriu a boca pra falar mais o sinal tocou anunciando a última aula.

- Vamos, última aula educação física. – Ela pulou da mesa e eu choraminguei. – Vamos, André. – Puxou minha mão.

- Estou com preguiça de levantar. Você acabou distraindo minha coragem que tinha.

- Vamos. – Continuava a puxar mais sem sucesso.

- Affz, você é chata. – Ela deu língua soltando meu braço. Levantei e guardei o livro na mochila que nem usei quando peguei. – Vamos.

- Pera, deixa eu guardar o livro. – Correu pra sua cadeira. Olhei ao redor vendo que as poucas pessoas que tinha saiam da sala.

- Sabe o que poderia me animar mais? – Perguntei parando em sua mesa. Ela ergueu a cabeça.

- O que? – Fechou a mochila. Apoiei meus braços na mesa me inclinando a ela.

- Um beijo seu. – Sorri malicioso.

- É mesmo? – Concordei e ela aproximou o rosto também. – Não! – Assoprou meu rosto e eu bufei me separando.

- Besta. – Revirei os olhos.

- Quem sabe... Quando você fizer um gol eu lhe der.

- E se meu time ganhar?

- Eu lhe dou dois. Não sei que momento, mas ainda hoje.

- Gostei. Acho que vou participar mais do jogo.

- Também acho. – Sorriu vitoriosa.

- Se eu fizer um gol, é pra você.

- Ah, obrigada. E se fizer outro?

- Pra você também.

- E mais outro?

- Pro Nemo. – Ela revirou os olhos com meu sorriso malicioso. Eu ri seguindo ela pra fora da sala.


- Ele pelo menos se preveniu, sei lá. – Helena perguntou a Isabela quebrando o silêncio do carro.

- Ele me disse que não. Mandou eu tomar o remédio. – Encolheu os ombros.

- Você tomou, não tomou?

- Eu esqueci de comprar.

- Merda! – Helena encostou o carro e lhe olhou. – Como esqueceu de tomar?

- Eu não sei. Eu estava desesperada demais que fui correndo voltar pro colégio. – Helena respirou fundo apertando o volante.

- Foi quando isso?

- Ele tinha ido me visitar no colégio. Saiu da Inglaterra pra ir me ver no México. Não tem o dia que vim aqui buscar Joaquim? – A mulher concordou. – Então, foi à três dias atrás depois desse dia. Ele me ajudou a pular o muro da escola e saímos se divertir. Eu não contava que era pra uma balada e nem que ele me deixaria beber tanto.

- Esse menino é um cafajeste! – Helena trincou os dentes irritada. – Eu sempre disse que ele não prestava. Eu te avisava sempre, Isa.

- Não, talvez ele não conseguiu se controlar. Eu devo ter insistido e ele fez isso.

- Para de defender esse garoto, Isabela! – Isabela se assustou no banco com seu tom de voz.

- Ele é meu amigo, ele não faria isso se não fosse por base de insistência.

- Não, Isabela! Ele não é seu amigo. – Helena olhou ela. – Amigo de verdade nem insistência do diabo iria fazer isso. Benjamin te pagou de bom moço, você caiu de amores por ele, enquanto ele só queria te pegar. Amigo de verdade nunca iria aceitar uma amizade colorida, Isabela. Ele te proporcionou isso pra poder fazer o que der a telha contigo. Se ele sabia que você era virgem, ele esperaria que você estivesse sã pra ter certeza do que quer. Amigo do verdade sairia de seu país pra atrás da amiga lhe levar pra passear, não pra uma balada deixar você beber livremente. Agora me diz, em algum momento ele te ligou perguntando se você tomou seu remédio? Perguntou se você está sentindo machucada? – A garota abaixou a cabeça. – Já encontrei um dia ele mesmo olhando pra seu decote, enquanto você servia a ele um copo de água. Já encontrei inúmeras vezes ele olhando pra suas pernas e morder o lábio.

- Mas é norma...

- Não, Isabela! Isso nunca vai ser normal! – Lhe interrompeu. – Nunca será normal ele entrar em seu quarto e olhar suas roupas íntimas. – Isabela olhou pra ela com os olhos arregalados. – Sim, eu lhe peguei olhando suas roupas íntimas. Nunca nesta VIDA, um amigo olharia suas roupas íntimas. Eu tentei o máximo te falar, mas você não me ouvia. Não ouvia sua mãe. Porque acha que ela aceitou que você vá pra o internato? Pra ele sair de sua vida! Seu próprio pai quase iria matar ele quando descobriu isso, mas ele não fez por ser consideração com a idade dele. Seu pai pode sim exagerar na dose de querer te proteger, mas uma coisa eu tenho certeza, ele te colocou no colégio pra evitar que vocês se encontrem e Benjamin faça algo pior que te embebedar. Sai do carro! – Tirou o cinto.

- Pra quê? – Isabela tirou também saindo do carro.

- Irei comprar um teste de gravidez já que ele não fez questão de se prevenir, e você vai trocar de chip. Eu quero esse menino longe de sua vida. – Helena bateu a porta.


- André, querido. – A professora sorriu pra mim.

- Olá. – Retribui.

- Veio ver o jogo?

- Não, na verdade eu queria jogar. Pode?

- Claro que pode. Vem, irei arrumar os times agora. – Fechou a caderneta colocando em cima da cadeira. – Que bom que voltou a querer participar, estou feliz. – Ela disse abrindo o portão pra entrada da quadra.

- É. – Ela fechou quando passei.

- Já sabe, se não quiser mais, vamos continuar do mesmo jeito. Só os deveres. – A professora disse caminhando.

- Sim. – Ela sorriu continuando seu trajeto até os meninos sendo seguido por mim.

- Meninos, atenção. – Todos pararam de falar e lhe olharam. – Temos quantos?

- Acho que uns 11. – Tive que revirar os olhos ao som da voz desse insuportável.

- Certo, André vai jogar hoje com vocês.

- Ele? – Jorge apontou.

- Algum problema, Jorge? – A professora perguntou séria. – Se não gostar o portão é bem ali. – Jorge me olhou quando percebeu que eu prendia o riso.

- Não, nenhum problema. – Sorriu irônico.

- Ótimo! – A professora pegou o saco com as camisetas, e me entregou a amarela. Vesti por cima da farda e ela entregou a todos ali.

- Não. Não quero ficar no time amarelo! – Jorge falou a professora.

- Desculpe-me mas quem a professora aqui, sou eu. E por tanto, eu escolho os times. – Ela falou firme.

- Não, então eu não jogo. Não quero ficar no mesmo time que ele. – Revirei os olhos.

- Tá com medo que eu possa te derrubar como você fez comigo, Jorge? – Provoquei.

- Oh, não estou tendo medo de meus pais, irei ter de você. – Ele retrucou.

- Me dá essa merda aqui. – Harry tomou de sua mão a camiseta e lhe deu a dele. – Já que não quer ficar no time amarelo eu fico. – Vestiu a camisa ficando ao meu lado.

- É o que? – Falou incrédulo. – Não.

- Chega Jorge! Acabou! Se não está satisfeito pode sair de minha aula. Aproveite que já coloquei seu nome na chamada. – Jorge me encarou furioso, quando a professora tomou sua camiseta, e eu sorri vitorioso. – Vamos, Jorge, escolha. – Em um movimento rápido ele pegou a camiseta verde e vestiu. – Ótimo. Todos pra os seus lugares. – Ela saiu junto com os outros deixando só eu, Jorge e Harry.

- Boa sorte, cara. – Harry desejou e eu sorri com ele estendendo a mão.

- Obrigado. – Se abraçamos dando tapinhas nas costas um do outro. Ele sai nos deixando sozinhos.

- Você... – Deu um passo a frente aproximando nossos rostos. – Vai se arrepender por isso.

- O que se vai fazer? – Perguntei em um tom ameaçador. – Vai colocar o pé pra mim cair de novo e depois ficar morrendo de medinho mentindo pra Joaquim e a Professora?

- Você se acha não é? Acha que eu tenho medo de você não é? Mas pode ter certeza, eu só tenho ódio, por você.

- Não, é inveja mesmo. Você tem uma linda, e velha história de inveja por mim. Você tenta, a anos ser melhor que eu, mas fique despreocupado, não sou melhor nem pior que ninguém. – Um som de apito soou. – Bom jogo, Jorginho. – Sorri e andei de costas pro meu lugar. Ele odiava esse apelido. Não! Ele tinha vergonha mesmo. Sua mãe lhe chama assim, e ele odiava isso. Olhei pra trás procurando Julia, e ela estava grudada na grade com uma cara de preocupação, mas sorri e ela acabou sorrindo também. Novamente o apito soou mas começando o jogo.

                      JULIA VAZ

Eu realmente estava preocupada com o clima que houve entre eles. E eu via hora de entrar na quadra e separa-lo, mas a professora finalmente tinha apitado e André se separou. Mas uma coisa eu tinha certeza: Minha preocupação acabou bem no momento que ele sorriu pra mim.

André me trazia uma paz imensa.

O jogo rolava, e o pouco de garotas que tinha antes de eu entrar, apareceram mais. Não liguei pra quem apareceu ao meu lado, pois estava concentrada demais na bola. (Só a bola, queridinha? hahaha 😈 )

- Legal, né? – Olhei pra trás com a testa franzida. Era ela? Affz. Ignorei voltando a olhar pra frente. – Se sente feliz?

- Não sei do que você está falando. – Continuei olhando pra frente.

- Não se faça de boba, Julia. Finalmente você conseguiu o que queria. Roubar André de mim.

Eu ri irônica.

- Desculpe-me. – Fiquei de frente pra ela e ela fez o mesmo. – Mas eu acho que antes de você aparecer, aquele garoto ali. – Apontei pra André que tinha a bola correndo. – Apareceu aos sete anos de idade, contando a sua querida mãe que se apaixonou. E olha só, foi no mesmo dia que me conheceu. Agora me diz, quando foi que você apareceu na vida dele mesmo? – Ela não respondeu. – Pois bem, então quando você tiver uma resposta bem clara, você me chama pra mim calcular os anos.

- Você acha que André só te amou né? Querida, antes de sumir ele fazia questão de dizer sempre que me amava. Todas as noites que tivemos, ele sempre dizendo que me amava. Acha mesmo que ele só amou você, nesta vida?

- Pois é. Dizia! Amava! Tivemos! Sabe que são palavras que diz que é passado né? Que já aconteceu?! Então pronto querida, se você perdeu, não foi minha culpa. Foi de sua burrice mesmo. Porque, não foi eu que o abandonei aqui sozinho, não é? – Fiz beicinho.

- Tive meus motivos pra tal ato.

- Então acabou o papo. Se você perdeu, é problema seu e de suas consequências. Agora eu digo uma coisa: Esquece que eu existo; esquece que um dia teve um caso com ele; esquece tudo isso; e a melhor coisa que você faz, é seguir seu rumo feliz sem mágoa ou rancor de alguém; vai lá, siga sua vida em frente e não se importe com o passado que teve. Um dia você vai encontrar alguém certo, e que nenhum momento vai deixar de te amar. Não estou falando em sarcasmo nem nada. Estou falando na maior sinceridade que tive nesta vida. Você É uma garota bonita. Plante seu jardim, e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

Suas ires azuis me penetravam parecendo não entender, mas ao mesmo tempo tinha entendido tudo o que eu falei.

- Por que... Está me dizendo isso? – Sua voz era baixa e falha

- Porque Priscila, amor próprio é tudo. Nunca sai de moda. Experimente usa-lo, também. Não fique esperando alguém chegar e dizer “eu te amo”.

- Você fala isso porque sempre teve alguém pra dizer isso.

- Não, estou tendo agora. Eu mesmo plantei meu jardim, só que ele chegou como uma borboleta pousando em cima delas. Um dia uma pode pousar no seu também, mas primeiro você tem que ter um jardim, entendeu? Esqueça tudo o que passou ou que fez; esqueça tudo de seu passado e foque no seu futuro. Você só tem mais esse ano no colégio, continue dedicada e siga em frente sem depender de ninguém, só de você, seus pais e mais ninguém.

- Não! Para! – Negou com a cabeça tampando seus ouvidos. – Para de dizer essas coisas! – Apontou o dedo pra mim. – Você acha que dizendo essas coisas iria fazer eu parar de atormentar sua vida, mas está errada! Não me mande eu esquecer meu passado porque não irei. Não irei esquecer nenhum momento de tudo o que passei com ele. Nenhum passeio; nenhum almoço ou jantar; nenhuma noite que tivemos juntos. Nada! Nem o que houve com a gente naquela noite. Nem eu nem ele irá esquecer. NADA! Você tem seu jardim, mas eu digo uma coisa: EU sou aquela serpente escondida entre elas, e quando você ir colhe-las eu vou estar lá pra picar sua perna.

Ela saiu correndo.

- Priscila. – Corri também atrás dela mas ela passou pelo portão batendo quase em minha cara.

A observei correr com os fios loiros voando, entre o corredor. Respirei fundo passando a mão no rosto. Ela tinha fugido pois sabia que era verdade o que disse. Priscila precisa de alguém com ela. Precisa de alguém que lhe der valor o suficiente que ela merece.

Suspirei voltando pra lá. Os meninos havia parado de jogar e parece que virei o centro das atenções. Ignorei andando até André que estava na grade.

- Está tudo bem? Eu ouvi o que Priscila falou. – Ele diz quando cheguei até ele.

- Acho que todos ouviram o que Priscila falou. – Murmurei. – Mas está tudo bem sim. Não se preocupe.

- Tem certeza?

- Sim, pode ir voltar a jogar. Irei está aqui te vendo. – Sorri forçada e ele se afastou. Deixei a cabeça cair na grade e respirei fundo. Algo não estava certo.

“Nem o que houve com a gente naquela noite. Nem eu nem ele irá esquecer.”

Olhei pra ele novamente vendo o conversar com Téo, mas depois Téo voltou pro gol.

Eu irei descobrir. Isso está me intrigando e é por isso que irei descobrir. Se for o que estou pensando, não quero nem ele vim falar comigo sobre o assunto de ter perdido o BV com Rafa, que sei que ele vai tocar neste assunto.


André comemorava com seu time enquanto o outro encaravam raivosos. Seu time tinha ganhado de 4 à 2 e eu estava feliz por ele ter feito dois gols em seguida. Dos dois gols que ele fez, ele sorria olhando pra mim. Fiquei tão orgulhosa desse homem. Jorge só faltava soltar fogos pelo nariz de tão irritado que estava. E parecia cada vez pior quando Harry comemorava com André. Quando ele se separou do grupo, abri a grade indo correndo lhe abraçar. André me segurou quando rodei as pernas em seu tronco, pra mim não cair.

- Parabéns. – Falei em seu ouvido não me importando se ele está suado ou não. O que importa é que estou feliz com ele fazendo o que gosta.

- Obrigado. – Desci de seu colo sorrindo também. Fiquei ao seu lado quando alguém começou a bater palmas. Jorge sorriu irônico pra André.

- Parabéns, até que pra um carinha como você foi bem.

- Obrigado, mas eu acho que não preciso que você diga isso pra mim souber que fui bem.

- Um pouco atrevido desde da última vez que pisou aqui, não é? Aliás, sobre isso, se lembra que foi aqui mesmo, neste lugar que você caiu?

- Claro, eu só cai porque achei que o chão era o melhor lugar pra dormir. Ah Jorge, assuma suas próprias consequências. – André pegou minha mão passando por ele.

- Sabe? Me deu vontade de falar as mesmas coisas daquele dia. Ou até mais né. – André se virou me obrigando a se virar também.

- Então diga. – Ele soltou minha mão aproximando seu rosto com o dele. – Diga tudo o que disse na última vez. Diga tudo e mais um pouco.

- André, vamos. – Peguei sua mão novamente lhe puxando pra afastar dele.

- Olha só. – Jorge olhou pra mim sorrindo. – Que lindinha ela preocupada com o ficante. Vem cá, seu irmão sabe que você dá pra esse cara? Estou inconformado que você dá pra ele, mas não pra mim. Ela é boa de cama, André? Deve ser. É uma vagabunda mesmo.

Soltei minha mão de André e foi em cheio na cara dele em um murro no seu nariz. Ele gemeu de dor com a mão lá.

- Desgraçada. – Ele gemeu.

- Desgraçada é sua mãe! Seu filho da puta arrombado. Vai procurar alguém que te sirva. Que Deus me perdoe por ter colocado o nome de uma mulher onde o seu filho que é culpado. – Peguei a mão novamente de André e puxei deixando ele lá gemendo de dor. As pessoas do outro lado ria descontroladamente apontando pra ele, e um dos meninos gravava em um celular. Minha mão doía por causa do soco, mas eu não ligaria pra isso agora. – Bora você também. – Peguei a mão de Téo quando passei por ele. – Idiota.


- Joaquim.

- André. – Eles deram um toque de mão depois se abraçaram como homens se abraçam. – Téo. – Eles deram um toque também. – Maninha linda. Que saudades eu estava de você. - Tentou me abraçar mais eu bati em seu braço e voltei a cruzar.

- Não bole com ela. – André falou rindo.

- Por que?

- Ela se irritou no final da aula de educação física. – Téo riu também.

- Quem boliu com ela? – Olhou os dois confuso.

- Depois você descobre. – André respondeu.

- Bom, tanto faz.

- Vou entrar, tchau. – Téo disse se virando e caminhando até sua casa.

- Tchau. - Dissemos em uníssono. Caminhei até minha casa também com o maior bico do mundo. Eu realmente estava irritada. Os meninos conversava me seguindo.

- Viado, idiota, desgraçado. – O xinguei abrindo a porta brutalmente e a assei direto pra escada. – Babaca, maluco, puto. – Voltava a xingar subindo as escadas. – Argh! Quando eu ver esse miserável de novo vou meter um pedregulho naquela cabeça dele pra ele morrer que nem Golias morrer, quando Davi meteu aquela pedra na testa dele. – Falava sozinha subindo as escadas.

- Por que ela está assim? – Joaquim perguntou a André.

- Jorge lhe chamou de vagabunda, desgraçada e disse que estava dando pra mim. Perguntou até se ela era boa de cama.

- É O QUE? Esse desgraçado disse isso?  – Joaquim perguntou furioso.

- Um menino gravou e mandou agora pouco no grupo da sala.

- Ah, não. Se isso for verdade, eu acabo com a raça daquele viado. – Joaquim disse pegando seu celular. – Mexeu com minha irmã, eu viro pior que o próprio capeta.

Joaquim apertou o play!


- Tia Helena, cheguei. – Téo disse quando entrou na casa.

- Na cozinha. – Ele caminhou até lá vendo que ela enxugava os pratos. – Como foi a aula?

- Bem. Estarei lá no quarto.

- Claro. – Ela pegou o celular quando tocou. – Ah, Téo, não faz muita soada lá. – Pediu e mesmo confuso ele concordou se virando. – E BATE NA PORTA ANTES. – Gritou.

- PORQUÊ? – Gritou mas não teve resposta. Subiu as escadas até seu quarto. Entrou sem bater mesmo. O quarto é dele certo? – Oh céus. – Exclamou surpreso com uma menina encolhida no chão ao lado do da cama. Sua cabeça era afundada pelas suas pernas. – Quem é e porque está em meu quarto? – Isabela levantou sua cabeça e virou pra ele fazendo o mesmo arregalar os olhos. – Isabela? – Sussurrou confuso. O mesmo jogou sua mochila no chão e se abaixou ao seu lado. – Meu Deus, porque você está chorando? – Perguntou desesperado pegando seu rosto com as mãos trêmulas.

- Eu sou uma a idiota, Téo.

- Não, você não é. – Ele negou rapidamente.

- Eu sou sim. – Ela abaixou o rosto chorando. – Eu não vou ter ele. Eu não vou ter. Eu vou tirar. – Falava soluçando.

- Tirar o que, Isabela? Ele quem? – Téo estava desesperado sem entender nada.

- Ele tinha ido me visitar no colégio, Téo, antes der vindo pra cá naquela vez. Ele me ajudou a fugir Téo, e nós saímos pra beber. – Ela parou pra soluçar. – Ele não estava tão bêbado quanto eu. Ele sabia o que iria fazer, mas mesmo assim concordou mesmo eu estando bêbada. – Soluçou novamente e Téo não entendia nada do que ela falava. Isabela tampou seu rosto chorando. – Ele não se preveniu pra isso, Téo.

- Isabela, eu não estou entendendo. – Tirou suas mãos do rosto. Isa levou uma mão no rosto do garoto e apagou. – Merda. – Téo a pegou no colo nervoso e colocou deitada na cama. Uma coisa caiu de seu colo e ele olhou pra baixo. Se abaixou lentamente pegando em mãos. Era um teste de gravidez, e havia dois pontinho riscado. – Oww. – Téo olhou pra a ela adormecida e depois pro teste. – TIA HELENA. – Téo gritou correndo ao encontro da cunhada. Ele desceu as escadas sem tirar os olhos do negócio. – Helena. – Ele entrou na cozinha nervoso e ela se virou pra ele preocupada. – Isso... É isso mesmo que está aqui?

- Eu pedi pra ela me chamar. – Helena pegou de sua mão rapidamente e arregalou os olhos.


Notas Finais


*Revelem os erros tanto do capitulo quando da fic inteira. (Não tenham medo de dizer pelo amor! É importante mostrar eles, pra mim concertar 😊)

*Capítulo com frases do livro da trilogia: Seleção

Escritor: Kiera Cass 😻😻

Vocês sabem dizer se os correios estão em greve? Não recebi meu livro da Seleção; Nem o convite da festa do Jaum; e nem minha Nutella! Estou aqui esperando minha resposta ouviu? Quero muito saber se estão mesmo em greve. Isso é um INSULTO!!!

Posso surtar em paz? Se vocês querem tanto 😌 JOÃO GUILHERME RESPONDEU UMA PERGUNTA MINHA NA LIVE DO INSTAGRAM!!!!!!! JESUS, SURTEI GERAL VELHO. SÉRIO!!! Dá pra imaginar? João Guilherme Ávila Costa, o menino mais gostoso do mundo, te responde e como você fica? AHHHHHHHHHHHHHH MELHOR PRESENTE DE ANIVERSÁRIO QUE EU GANHEI MEU POVOOOO Céus... Melhor presente. Sério mesmo. 😻😻😻😻😻😻😻😻😻

Posso me liberar? ACHEI UMA PUTA DE UMA CARA DE PAU O QUE GIOVANNA CHAVES FAZIA. SÉRIO! NÃO FOI ELA QUE DISSE QUE "NÃO PRECISA DE HOMEM PRA SER FELIZ"? QUE "JOÃO NUNCA IRIA SER UMAS DE SUAS OPÇÕES"? VAI SE FERRAR 😡😡😡 Giovanna as vezes pode sim ser zoera e tal, mas estou achando ela insuportável. Agora que Jolari acabou, ela vem pra cima de João com o fogo no rabo que ela tem. Por isso que João curtiu mesmo aquelas indiretas dizendo sobre sua aproximação com ele e como o fandom Jolari odeia ela!!!!
Giovanna deveria seguir os conselhos que Julia deu pra Priscila lá em cima!
AINDA TEVE BOATOS DE QUE ELA E AQUELAS AMIGUINHAS ESTAVAM ZOMBANDO DA LARISSA. Mandando ela dançar pra mostrar a ela. PELO AMOR DE DEUS!!
Enquanto vocês estavam zombando da Larissa, ela estava lá trabalhando pra sustentar sua família e ela. Estava fazendo algo que preste. Pior você que estava se jogando pro ex dela! Ahhh vai tomar no cú (odeio dar palavrão mais estou realmente irritada)

Sabe o que era pra acontecer naquela festa? Larissinha chegar lá em um salto, com um vestido lindoo e uma make BAFO que Amorinho faz nela, e passar na cara daquelas insuportáveis! Chegar lá desfilando, recebendo olhares por todos lugares. Os povos abrindo caminho pra ela passar.
Ahhhhh se Larissa fosse á essa festa!!! Iria ser BAFOOO. Mostrar aquelas amiguinhas de João quem é que arrasa nesta porra!!

Não era pra ter noturna. Era pra ela sair mais cedo e ir. Dizem que ela iria quando terminasse a noturna. "Larissa não postou nem o parabéns pro João" "Larissa pelo menos poderia ter feito a mesma coisa que João fez em seu aniversário"
Ahhhhhh vai se fuder!! Larissa poderia sim mandar os parabéns nem que seja só um snap, mas ela tem algo pra fazer. Larissa está trabalhando, acha mesmo que ela iria parar pra fazer isso? Foi imaturo? Foi! Foi deselegante? Foi! Mas idaí? Ninguém sabe se ela mandou os parabéns no WhatsApp pra ele. Ninguém sabe isso!

Na minha opinião: Eu achei sim imaturidade da parte dela. Mas não estou apertando a mente dela nem nada. Não estou momento nenhum julgando-a.

PS: Tudo o que estou dizendo é minha opinião. Minha opinião sobre Giovanna. Sobre tudo!

Vou parar por aqui, porque quando eu me desabafo, eu fico muito irritada 😡

Nem vou falar nada do capitulo pq me irritei 😤

JOÃO PINTOU O CABELO DE CARAMELADOOOOO 😍😍😍 Fica lindo que qualquer jeito meu menino. Cara, eu sou muito apaixonada por esse garoto 😻😻😻😻 tô muito feliz que ele respondeu minha pergunta na live. Melhor presente ❤❤❤


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