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História Unknown Love - André


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Notas finais 😋 é importante.

Boa leitura e pelo começo pode parecer um pouco chato, mas no final tem uma surpresa. Então não deixe de ler porque tem muitas palavras 😥

O vestido de Julia no capítulo 😍
Pqp, essa mulher é linda pra caraí! 😻😻

Capítulo 60 - André


Fanfic / Fanfiction Unknown Love - André

- Se comporte! – Dona Rosa mandou ajeitando o terno.

- Fala parecendo que sou uma criança de 7 anos. – Reclamei.

- Mas você age como um. – Revirei os olhos.

- Eu tenho mesmo que ir com isso? Está calor demais. – Reclamei.

- Sim, ou se esqueceu que seu avô mandou ir de terno e gravata porque...

- É um jantar de negócios e eu tenho que ir lá. – Terminei tedioso. – Só não sei porque tenho que ir.

- Ah, André, pare de reclamar. E você tem que ir porque no domingo passado você não foi, e ficou pra ir só hoje.

- Affz, eu não quero encarar aqueles monte de marmanjos velhos engravatados. – Reclamei novamente.

- O mal que você reclama demais. O que que tem você ir lá ficar um pouco com ele? Ele também faz parte de sua vida.

- Eu sei, eu sei, mas eu não quero encarar aquela mulher. Ela mim odeia só pelo simples fato de eu ser o neto do vovô.

- Olha, você vai lá. Ignora a presença daquela mulher, e segue em frente. – Sorriu ao final.

- Tem certeza que não quer ir? – Perguntei incerto.

- Sim, agora vai, já está tarde. – Começou a mim empurrar pelo ombro, saindo do quarto. – Não beba muito, porque seu avô é muito irresponsável.

- Não sou alcoólatra, e odeio bebida. – Disse.

- Não arrume brigas com nenhum garoto, pois seu avô disse que irá ter alguns lá.

- Não sou de brigas. – Disse.

- Não seja ignorante com ninguém.

- Não sou.

- Postura sempre.

- Misericórdia, tá parecendo que iria ser programado a rei. Sai de mim. – Ela riu chegando no andar de baixo e não parando de mim empurrar. Ela abriu a porta e virei pra ela quando passei pela mesma.

- Agradeça a ele pelo dinheiro que dá pra ajudar a sustentar você é, que por algum motivo que não sei, ele também dá a mim. Diga a ele que ele é um idiota e irresponsável. Fale a ele também que se eu souber que ele ofereceu bebida a você eu arranco todas as suas tripas e queimo jogando no inferno. – Ri.

- Algo mais, dona Rosa? – Brinquei.

- Diga a ele que odeio ele com todas as minhas forças por ele ter mim trocado pra ficar com aquela ridícula. – Sorriu no final. – Se divirta, querido.

- Até logo. – Deixei um beijo em sua testa e sorriu se distanciando até o carro – que até isso meu avô mandou, por caso de “segurança”, tão exagerado.


Eu: Julia!

Eu: Julia.

Eu: JULIAAAAAA

Eu: GAROTAAAAA APARECEEEEE

Eu: JULIA VAZ!!!!!

Eu: JULIAAAAAAAAAAAAA

Eu: Se você não apareceu agora, eu esgano sua cara quando te ver.

Eu: Neste momento eu poderia dizer que iria arrancar suas bolas, mas aí eu percebi que você não tem

Eu: Só eu u.u

Eu: Julia merdaaaaa cadê você?

Eu: irei ficar mais nervoso do que já estou

Eu: JULIAAAAAAAAAAA

Amor: Ahh, oi

Eu: Demora tanto tempo pra dizer “Ahh, oi”?

Amor: Eu hein, está bem?

Eu: Não, não está nada bem

Eu: Eu tô nervoso

Amor: Você só irá visitar seu avô, o que tem de mal nisto?

Eu: O que tem de mal, é que não será uma simples visita!

Eu: Irá ser uma festa de comemoração da empresa, e eu estou estranhando eu ter que ir também!

Eu: Eu nunca fui a um, Julia!!!!

Amor: Misericórdia, eu acho que só mim envolvo com garotos que participa de reunião de negócios.

Amor: Omar e Rafael é a mesma coisa. Será que Jorge também é? 

Eu: Obrigado, melhorei.

Eu: Muito obrigado mesmo por isso.

Eu: Eu só mim acalmei ao ler você dizer que os meninos que você se envolve (idiotas) participam também dessa merda!

Eu: Brigada 👌👍

Amor: De nada.

Eu: JULIA!

Amor: Sorry!!!!

Amor: Só estava brincando.

Amor: Não, na verdade eu não brinquei quando disse dos garotos que já beijei

Eu: Eu já lhe disse que te amo hoje?

Amor: Não.

Eu: Então pronto...

Eu: EU TE ODEIO!!!!

Amor: O amor é recíproco, querido

Eu: Argh!!!

Amor: Se acalma, não é como o fim do mundo André.

Eu: O que está fazendo agora?

Amor: Uê, eu disse a você que iria estar em uma festa hoje.

Eu: Vem comigo.

Eu: Por favor.

Amor: Não, não, e a festa fica como?

Eu: Eu não quero ficar sozinho lá...

Amor: Desculpe-me mais eu não ia nem a pau.

Eu: Uê, porque?

Amor: Porque eu não fui convidada, André. É melhor eu ir à uma festa que fui convidada, do que ir a uma que o homem nem mim conhece.

Eu: Eu apresento você a ele.

Amor: Não, deixe eu aqui mesmo onde eu estou.

Eu: Juhhhh, eu não irei consegue ficar calmo se você não for.

Amor: Eu não posso sair de uma festa pra ir a uma que ninguém mim convidou, André

Amor: Eu não gosto de ir de penetra pra festa de ninguém.

Amor: Sem contar que minha roupa não está muito apropriada pra ir a um jantar de negócios.

Eu: Está curta?

Amor: Não.

Eu: Então pronto.

Eu: Você está de short?

Amor: Não, estou com o vestido que sua vó mim presenteou.

Eu: Então Julia! Tá perfeita pra ir.

Amor: Não, não está.

Eu: Onde é a festa?

Amor: É de umas 5 casas ao lado da minha. Porquê?

Eu: O caminho pra ir ao jantar passa pela sua casa. Esperarei você na frente da casa da festa.

Amor: André!

Amor: André! Eu não irei te esperar!

Amor: André, não mim deixe falando sozinha!

Amor: Alencar!!!! Eu não irei ir contigo!

Amor: Argh!!! Eu sei que você está vendo essa mensagem na barra de notificação, está bem?

Amor: Não adianta ficar mim deixando falar só!

Amor: ANDRÉ!!!!! ARGH, EU TE ODEIO GAROTO!!!!

Eu: O amor é recíproco, querida.


- Para aqui, por favor. – Pedi ao motorista.

- Sim, senhor. – Concordou e encostou o carro. Abri a porta pisando no gramado e olhei a casa. Fechei a porta tentando olhar e reconhecer algumas dessas pessoas que estava em frente da casa conversando. Eu poderia ter certeza que meus olhos brilharam só dela passar pela aquela porta, tímida. Sua cabeça estava baixa, e suas mãos a frente de seu corpo. Como Julia conseguia ser tão perfeita? Quem souber, podem mim dizer que quero muito saber. A garota parou a minha frente e sorriu envergonhada pelo meu olhar.

- Você está... – Não consegui terminar a frase de tão encantado que estava.

- Ridícula pra ir a um jantar de negócios. – Murmurou.

- Eu ia dizer perfeita, linda, maravilhosa. – Balancei a cabeça e ela sorriu de canto e agradeceu baixo. – Vamos? – Estendi a mão e ela negou.

- Não, André. Eu vou te fazer passar vergonha, e eu nem fui convidada.

- Meu avô não liga pra isso, Julia. E se não ser ele, não vai ser ninguém que deve dizer algo.

- Mas eu ligo. – Suspirei.

- Tudo bem, não irei insistir. – Ela pressionou os lábios pintado de um batom nude. Deixei um beijo demorado em sua bochecha. Abri a porta do carro preto, pronto pra entrar mais ela pegou meu braço.

- Aliás, se for tão importante assim pra você, eu posso ir. – Sorri de orelha a orelha e concordei rapidamente. Entrei no carro, fechando a porta e colocando o cinto. Ela entrou no banco de trás pondo o cinto também.

- Pronto, senhor? – O motorista falou.

- André. É estranho ouvir isso. E sim. – Fiz careta e ele riu.

- Claro, como quiser. – Ligou o carro saindo.

- Tá importante, hein. – Julia falou em meu ouvido e eu ri junto com ela.

- Meu avô que é exagerado. – Revirei os olhos. Seguimos em silêncio, sentindo seus dedos em minha orelha – por uma mania dela que tem comigo. – Hey, oh... – O motorista olhou pra mim rapidamente.

- Tino. – Diz.

- Tino, então... tá muito cheio lá?

- Sim, na verdade, todos da empresa e patrocínios compareceram lá. Seu avô havia mim dito que iria anunciar algo, por isso esse jantar.

- Ahh. É chato isso? – Fiz uma careta e ele riu.

- Normalmente, eu e os outros funcionários não participa dessas reuniões.

- Ahh. – Prolonguei e ele riu disso.


- Chegamos. – Tino avisou. Limpei a mão suada na calça, de nervosismo. Sair do carro junto com Tino, e abri a porta pra Julia. Prendi o riso quando ela quase caiu por está colada na porta.

- Besta. – Murmurou saindo do carro. Fechei a porta vendo que ela não parava de olhar a mansão. – Jesus, André. - Julia diz impressionada. – É muito grande. – Olhou pra mim com os olhos arregalados.

- É maior por dentro, vem. – Peguei sua mão incentivando-a a caminhar entre a passarela que tinha separando as gramas.

- Sua mão tá suada. – Riu.

- Eu tô nervoso. – Ri fraco, e ela apertou mais minha mão quando eu ia tirar.

- Não precisa estar. Eu estou aqui contigo. – Concordei e ela sorriu. Quando chegamos á grande porta aberta, com um homem recebendo os convidados., assim que mim viu acenou com a cabeça. Camarada ele! Já tivemos um papo reto. Legal! Adentramos olhando ao redor. Estava cheio! Havia pessoas bebendo e conversando, todas com roupas formais e elegante. Algumas pessoas olharam pra frente murmurando e eu tentei esconder o nervosismo. Porque, eu não vim aqui no domingo passado, meu Deus?! Isso é tão constrangedor. Continuei a caminhar ao lado de Julia, procurando onde meu avô se meteu. Ultrapassamos algumas pessoas até parar na ponta da escada vendo ele ao lado da ridícula, digo, Karen, mulher dele.

- Meu querido neto! – Meu avô exclamou feliz arrancando olhares de algumas pessoas. Eles desceram o resto da escada, e logo mim puxou pra um abraço. – Que bom que veio. Esqueceu de mim. – Ele brincou se separado dando tapas em meu ombro. Meu avô Antônio, estava nas faixas de 53 anos de vida, mas sua aparência é tão jovem e galanteador, que qualquer um poderia confundi-lo com 46. Seu sorriso – um tanto parecido com o meu – sempre em boa forma. Seus olhos cansados, mas sempre com seu brilho natural ao mim ver. Mesmo não sendo muitos colados um com outro, sempre quando se comunicamos, é sorriso felizes entre a gente.

- Eu nunca iria esquecer o senhor. – Ele bateu em meu ombro e seu olhar se direcionou a garota ao meu lado.

- Quem és essa bela dama, meu filho? – Ele sorria pra Julia, mas a mesma estava corada.

- Ela é... Hum, minha... Er, namorada. – Sorri amarelado e Julia arregalou os olhos mim dando um belisco em meu braço, escondido.

- Ow, estava namorando e não mim contou? – Brincou ele.

- Pois é. – Nem eu sabia disso! Okay, fui eu mesmo que inventei isso. AGORA AGUENTE SEU FROUXO!

- Fez bela escolha. Muito bonita e elegante, filho.

- Ah, obrigada. Eu acho. – Julia agradeceu envergonhada.

- Como se chama?

- Julia. Julia Vaz. – Ela respondeu.

- Oh, ela é Vaz. Seu pai era um ótimo amigo e companheiro. Até um dia desses mim lembrava de quando saíamos pra jogar golfe. Você é muito parecida com ele. Lamento por ele ter partido tão cedo.

- É, muitos dizem que se parecemos mesmo. – Ela riu fraco um pouco tristonha. Meu avô pigarrou ajeitando sua postura. – Desculpe-me aparecer assim em sua festa, é que André mim empurrou pra vim com ele.

- Oh querida, não ligue pra isso. Sinta-se em casa. Não mim incomodo por isso. André fez bem em te trazer. É bom conhecer as pessoas que o cercam, ainda mais quando se é a namorada dele. – Julia sorriu tímida. Já prevejo ela mim matar depois por isso. – Oh, que falta de educação a minha. Essa é minha mulher, Karen. - Apresentou a ela.

- Prazer. – Julia estendeu a mão pra ela que sorriu falso e apertou. Cínica! Karen rapidamente soltou voltando a cruzar os braços. Julia agarrou meu braço direito e Karen passou a mim encarar.

- Karen, não irá falar com meu filho? – Meu avô diz seriamente. Não precisa!

- Ele não é seu filho, querido. – Ela sorriu falsa. Faça-me um favor!

- Ele pode não ser meu filho, mas é meu neto e desejo que pelo menos tenha respeito com ele.

- Claro. – Tentei prender o riso e ela percebeu. – Olá, André. Como vai, lindinho?

- Bem, e a senhora? – Provoquei o final.

- Senhorita! – Fez voz firme mas sorriu falsa logo em seguida. – Querido. Sou nova demais pra ser chamada de senhora. – Riu falso.

- Claro, nova até demais né, lindinha? – Provoquei e ela mim encarou com raiva.

- Irei pegar uma bebida. – Ela diz passando por a gente.

- Não exagere muito. – Ele diz mais ela continuou seu caminho. Ele sorriu pra nós.


Olhei pra trás, preocupado por deixar Julia conversando com um grupo de garotas e garotos da nossa idade.

- Tem certeza que ela irá ficar bem? – Perguntei preocupado.

- Sim, olha ela lá conversando normalmente. – Concordei e continuamos a caminhar. – Estou surpreso que trouxe-a aqui. Que eu mim lembre você nunca trouxe a outra aqui pra mim apresentar, ela foi diferente.

- É porque a Julia é diferente. – Ele sorriu olhando pra frente.

- Gosta mesmo dela. – Sorri também concordando. – Como você está?

- Estou bem. E o senhor?

- Vivendo o que a vida proporcionou. – Sorriu de canto. – Está sabendo que Karen está grávida não é?

- Sim, eu soube. Minha vó chegou em casa dizendo que encontrou ela na farmácia no outro dia.

- Pois é. E... Como ela está? – Se viramos parando de andar.

- Está bem também. Aliás ela até mandou lembranças. – Menti no final e ele deixou a cabeça cair com um sorriso divertido.

- Bem difícil, Rosa mandar lembranças. – Ri junto com ele.

- Tá. Ela mandou agradecer pelo dinheiro que dá a mim, e que por algum motivo que não sabe dá a ela também. Disse que se souber que o senhor ofereceu bebida a mim iria arrancar suas tripas e queimar no inferno. E disse também que odeia você com todas suas forças por ter trocado ela por Karen. Ah, e te chamou de idiota e irresponsável.

- Sua vó sempre uma comédia. – Riu. – Acho que ela não percebe que sempre que enviei dinheiro pra vocês, principalmente ela, é porque quero o bem dos dois é que nada falte. E sobre ela mim odeia, não é novidade, ela sempre manda você dizer isso a mim. Já estou até acostumado.

- Ela também se acostumou com a ideia de que foi “trocada” pelo senhor. – Fiz aspas com o dedo.

- Uma coisa que ela nunca entende, é que ela não foi trocada. Eu só a libertei, porque eu não mim sentia bem, estando casado com ela, e ficar com a Karen. Eu mim sentia culpado, e foi meu único jeito pra que eu não sinta mais é se separando. Porque se eu largasse a Karen, pra ficar com ela, o peso da culpa iria cair sempre em minha mente. Eu realmente errei feio, com essas escolhas, mas uma coisa eu tenho certeza; sua vó foi a pessoa que eu mais amei nesta vida, e não será Karen que irá ultrapassar isso.

- Você ainda ama ela?

- Bom, não irei mentir, até agora eu mim arrependo por ter feito isso, e bem no fundoo, eu ainda possa nutrir um sentimento por ela, mas agora estou com a Karen, e estou feliz.

- Ahh.

- Mas uma coisa eu te digo; nunca faça a mesma burrada que eu fiz, meu filho. Continue, e sempre só seja de uma, que é ela. – Apontou pra Julia afastada, que sorria conversando. – Nunca de duas. Só uma.

Concordei sorrindo e olhei novamente pra ela que no mesmo momento mim olhou. Ela acenou pra mim e voltou a conversar.

- Então, o senhor disse que queria ter uma conversa séria. O que é?

Ele ajeitou sua postura limpando a garganta.

- Bom, como sabe eu já estou ficando velho. – Fez uma careta. – Eu queria dizer isso pra você lá entre os outros, mas eu acho que você iria ficar mais nervoso ainda. – Riu. – Estou tendo uns problemas de saúde, e quero mim aposentar. E deixarei nos comandos de um dos sócios, a empresa por enquanto.

- Sim, e o que eu tenho a ver?

- Sei que você está novo ainda pra isso, mas eu queria passar a empresa pra seu nome. Óbvio que você ainda não pode gerenciar uma empresa, mas um dia vai poder. Talvez daqui a uns 6 anos, e acredite, pode parecer longe demais, mas está no momento certo pra saber sobre essas coisas.

- Como? – Perguntei não acreditando no que estava ouvindo.

- Você vai fazer 18 anos daqui a alguns meses, e com esse tempo, eu queria te ensinar tudo o que precisa saber, e óbvio ter mais tempo contigo, já que nunca temos. Mas eu entendo, se não quiser aceitar, não irei forçar. Só acho que se acontecesse algo comigo, eu queria a empresa na mão de que eu confiasse mesmo, e que possa cuidar daquela empresa como sua própria vida.


- Ela está no quarto. – Joaquim assentiu passando pela Isabela. A cada passo que ele dava era calmo e nervoso. Ele sentia seu peito se apertar, até se cruzou com Otávio, mas o homem só sorriu e continuou seu trajeto, estranhando Joaquim com isso. Okay. Parou em frente ao seu quarto e bateu levemente na porta. Manuela abriu a porta sorridente mais parou ao ver Joaquim.

- Podemos conversar? – Ele pediu quase implorando. Manu estava prestes a retrucar, mas ele a interrompeu. – Por favor. Só... mim escuta.

Ela suspirou deixando seus ombros caírem e concordou. Ele entrou no quarto e ela fechou a porta. Joaquim lhe encarava vendo que ela estava com a feição nada interessante. Manu coçou a garganta cruzando os braços.

- Bom, você não atendeu nenhuma de minha ligações. Eu queria mim explicar, Manu. Eu te amo muito, e eu não gosto de ficar brigado contigo. Você tinha entendido tudo errado. Não ia e nem aconteceu nada entre ela e eu. Eu errei sim, não ter cortado logo intimidade, e contado logo que tinha namorada, mas é que ela não parava nenhum minuto de falar. E quando ela ia mim agarrar, eu ia contar e se separar, mas você apareceu bem na hora e entendeu tudo errado. Por favor, mim perdoa por isso.

Ele esperou ansioso uma resposta dela, mas ela nada falava, o deixo mais nervoso ainda. Seus cílios batia rapidamente, e ela havia um sorriso debochado nos lábios. Joaquim suspirou deixando seus ombros caírem e tocou a maçaneta, entendendo a referência. Ele abriu a porta com cuidando pra não bater nela, e quando ia sair ela se atreveu a falar algo.

- É incrível como você vem com esses seus olhos tão... – Ele parou lhe olhando vendo sua cara séria. – Tentadores! Quer que mim convença ao contrario do que penso. – Ela sorriu no final e isso o tranquilizou soltando um sorriso nos lábios. – Eu não sei porque você faz isso comigo.

- Eu amo você.

- Eu também amo você. – Ela abraçou seu pescoço e logo deram um selinho demorado.


Se distancie de meu avô, acenando e ele retribuiu sorrindo. Quando ele entrou na casa novamente suspirei passando a mão no cabelo e no rosto. Jesus...

- Licença. – A voz afastada de Julia pude ouvir e quando percebi ela já estava a minha frente, afastada do grupo. – Aconteceu algo? Parece estar mais nervoso do que já estava antes. – Ela Afagou meu braço.

- Sim, está tudo bem, porque não estaria bem? Quer uma bebida? Vem, vamos pegar uma bebida. – Puxei seu braço incentivando a entrar na casa.

- Então tá. – Sorri amarelado pra ela que estava estranhando. Algumas pessoas que meu avô tinha apresentado á mim sorriu acenando, quando passei. Na verdade, acho que ele mim apresentou quase a todos ali na festa. Agora eu entendia perfeitamente porque eu ter que vim também, e ainda de terno! – Disse algo?

- Ke? – Perguntei enquanto passávamos pelas pessoas.

- Você... Ah, deixe pra lá. – Dei de ombro. Peguei uma taça quando um garçons passou. Sorri debochado pra ele por ter mim olhado mas logo sorriu amarelado continuando seu trajeto. Patético! – Acho que você assusta as pessoas. – Ela riu do cara.

- Não, na verdade eles mesmo se assustam só por achar irei fazer algo com eles só porque sou neto do dono da festa. Até parece. – Ri pelo nariz e conseguimos atravessar as pessoas chegando na varanda, que por incrível que pareça saiu um casal bem quando entramos.

- Aqui é muito lindo. – Passou os dedos delicadamente em uma pedala de uma flor lilás que tinha no caso pressões na parede. Ela olhou pra mim me obrigando. – Por que nunca mim disse que seu avô era assim? Parecendo tão poderoso?

- Ah, sei lá. Deve ser porque nunca falamos muito dele – Dei de ombro tomando o champanhe. Argh!

- Você é muito misterioso, André. – Olhou pra frente e riu nasal. – Ando muito curiosa esses dias por causa disso.

Suspirei e deixei a taça na mesinha que tem na varanda.

- Vem cá. – Me encostei na borda da mesa e a virei pra mim deixando minhas mãos em sua nuca e os dedos em seu rosto. – Olha, tem uma coisa sobre minha família que realmente não quero te contar agora. Um dia eu possa contar o que é. Mas acredite: estou mesmo escondendo porque estou com medo de você se afastar de mim por causa disso.

- Eu nunca irei mim afastar de você, André. – Deixou suas mãos em cima da minha.

- Eu sei que não. – Sorri fraco, passando o dedo em suas bochechas. – Mas realmente é uma coisa embaraçosa, e normalmente muitos iria se afastar de mim por causa disso e, meu maior medo é que seja você também.

- Vamos esquecer os medos, porque um deles você já tem minha resposta. – Ela sorriu, selando nossos lábios. Incrível que eu nunca iria mim cansar do gosto do beijo de Julia. Incrível como eu nunca iria mim cansar da própria Julia!


- O que você quer? – Kayla se fez ríspida quando abriu a porta encarando Bruno.

- Antes de você querer mim julgar ou me colocar pra fora, eu queria perguntar se poderia levar você a um lugar? Quer dizer, dois lugares.

- Aonde?

- Só vem comigo. – Bruno sorriu mas ela continuou séria, ela bufou derrotada.

- Taa.

- Prometo que não irá se arrepender.

- Assim espero.


Puxei seu lábio inferior, sorrindo, quando se separamos do beijo. Juntei mais seu corpo com o meu e abri os olhos quando ela riu suavemente.

- O que foi? – Eu ri também, sem entender nada por isso.

- Nada. Esquece. – Dei de ombro. – Eu não devia estar falando isso, mas eu não fui com a cara daquela mulher. Ela estava mim encarando com cara de nojo.

- Oh, se você não foi com a cara, já eu a odeio mesmo. – Resmunguei.

- Mas seu avô é legal. – Sorriu.

- Ele é mesmo. É um dos caras que eu mais admiro neste mundo. – Sorri também. – Nunca fomos tão próximos assim como minha vó e eu, mas sempre quando vinha aqui passar um dia com ele, é um dos melhores momentos que tenho. Quando eu crescer quero ser que nem ele. – Ela sorria parecendo orgulhosa também do que disse. – Mas... Acho que agora não iremos viver tão separados assim como antes.

- Por que diz isso? – Ela piscou confusa.

Sorri pegando a bebida em cima da mesa, bebendo sem responder ela.

- Quer não? – Perguntei divertido e ela fez uma careta negando.

- Odeio bebidas.

- Também odeio mas tem que beber por educação. Agora toma. – Brinquei pressionando a ponta da taça em sua boca fechada e lacrada. – Julia, não se pode rejeitar uma bebida ouviu? – Falei rindo. Ela negava com a cabeça sem querer abrir a boca. – Julia, Julia. – Afastei o copo rindo. Eu não seria louco de forçar ela beber, não é pessoal?

- Vou falar com Joaquim que você está mim oferecendo bebida. – Voltou a rodar os braços em meu pescoço. – Que feio, André. – Balançou a cabeça e eu ri alto, jogando a cabeça pra trás.

- Você faz coisa pior. – Falei rindo.

- Seu... tarado pervertido. – Bateu em meu peito se separando e eu ri mais ainda.


- Chegamos! – Bruno comemorou apontando pra casa.

- Por que mim trouxe aqui? – Kayla perguntou sussurrando olhando sua antiga casa, mas Bruno entrou em sua frente sorrindo.

- Antes de brigamos, você estava tão tristonha. Aí descobri que você havia sonhado com eles, e resolvi procura-los. Gostou? – Perguntou ansioso mais ela não havia traços nenhum de expressão.

- Desculpe-me, mas não posso entrar aí. Vamos, ainda tem o outro lugar que você quer mim mostrar. – Pegou sua mão lhe puxando.

- Espera! – Ele pediu puxando sua mão.

- Filha. – Ela se virou pra casa quando ouviu a voz da mãe lhe chamar. A mulher correu ao encontro da filha sorridente e feliz, lhe abraçando apertado que foi correspondido imediatamente. – Eu senti tanto sua falta, meu amor. – A mãe falava emocionada afagando os cabelos da filha.

- Eu também senti a tua, mamãe. – Kayla diz emocionada também.

- Me perdoe por tê-la deixado partir assim. Eu mim senti tão culpada. – Se separou dela com lágrimas caindo, deixando suas mãos no rosto da garota.

- Como está a senhora? – Kayla pergunta.

- Estou bem querida. – A mãe limpou suas lágrimas de saudades. – E você, meu amor?

- Melhor agora. – Voltaram a se abraçar. Bruno sorria observando as duas emocionadas, sabendo que conseguiu que Kayla volte aos braços da mãe.

- Filha! – Elas se separaram com o homem correndo ao encontro da filha e a menina se esforçou a correr também pra lhe abraçar. – Me desculpe por tudo. – Pediu ele abafada lhe abraçando. – Eu amo muito você.

- Eu também amo você, papai.

A mãe se juntou ao abraço também. Bruno sorria tudo emocionado também. Era uma cena de uma família tão linda que sofreram com a distância de um patriarca, e que agora só eram lágrimas de felicidade por finamente terem se encontrado novamente. Depois de alguns minutos eles se separaram eles os pais olharam pra a barriga da filha.

- Oh meu Deus. – A mãe exclamou surpresa. Kayla olhou pra Bruno sorridente e acariciou a barriga por cima de um fino tecido. Os pais se olharam e sorriram.

- É uma menina. – Kayla diz feliz pegando a mão de Bruno que estava calado. – Três meses, três semanas.

- Está bastante evoluída já. – A mãe falou com orgulho estampado na cara.

- É. – Ela concordou sorrindo e ergueu a cabeça sorrindo pra Bruno. A mulher levou a mão no peito negando com a cabeça sorrindo admirada com o como sua filha pode se virar sozinha entre três meses grávida. – Bruno mim ajudou bastante esses tempo. – Voltou a olhar os pais.

- Obrigado querido, por tê-la trago de volta. – A mãe pegou sua mão apertando.

- Não tem de quê. Eu só quero sua filha feliz, e não existe felicidade melhor que estar com seus país. – Bruno diz.

- Mas mesmo assim, muito obrigado mesmo. – O pai agradeceu.


Seu celular tocou interrompendo nossa conversa sem nexo algum. Ela Fez alguma coisa que não sei como, seu celular apareceu. Ela riu de minha cara e atendeu.

- Oi. – Ela bateu em meu ombro quando fique perguntado baixo onde estava esse celular. – Joaquim, oii.

- Onde você está? – Pude ouvir sua voz arrastada. – A festa já terminou faz 30 minutos, e você ainda não apareceu em casa!- Diz irritado.

- Deixa eu falar com ele. – Ela resmungou quando eu peguei de sua mão. – Fala amigão! – Eu ri silencioso.

- André? – Ele diz confuso.

- Sim, amor. Sou eu. – Fiz voz fina e ela riu com a mão na boca, e pude ouvir um “você vai mim arranjar problema!” dela.

- O que você está fazendo com o celular da Julia? André! Onde vocês estão! – Voltou a ficar irritado.

- Sua irmã está bem seu retardado. Eu não irei estrupa-la tá bom? Nem molesta-la, nem nada! Só uns beijinhos mais nada que você deva ser preocupar. – Ela me deu um tapa no braço mim chamado de idiota e eu ri mais ainda.

- Tá, agora que fiquei realmente preocupado. – Bufou do outro lado da linha. – Onde vocês estão?

- Eu sequestrei ela, e estou levantando ela pro outro país pra brincarmos de casinha e mamãe e papai pra ninguém interromper, mas você acabou ligando. – Zombei e ela voltou a mim bater.

- Mentira, Joaquim! – Ela diz alto e eu voltei a rir descontroladamente. – Besta.

- André, deixe de palhaçada seu grande atoa. – Ele diz irritado. Incrível como eu sei irritar Joaquim certinho.

- Ela veio comigo pra festa na casa de meu avô. - Deixei de brincar.

- Ahh ta... Quando vai terminar essa festa?

- É, bom... Acho que daqui a pouco. – Cocei a testa pensativo.

- Quero ela em casa SÃ e salva, ouviu? SÃ e salva!

- Salva ela estará, mas SÃ eu acho que não porque ela está bebendo descontroladamente aqui, que chega estou com medo de ficar perto dela pra ela não punir minha mente limpa.

- Você é um idiota, mim dá isso aqui. – Tomou o celular de minha mão e eu voltei a rir. – É mentira desse garoto. Esse grande atoa, é um besta. – Bateu em meu braço recuando pra trás. – Eu estou bem, não se preocupe. Não, eu não estou bêbada! – Chutou minha perna e eu resmungo massageando. Ela sorriu debochada e peguei a taça bebendo o último gole. Já disse que odeio bebida? Não sei nem porque estou tomando.

- Tchau amor, amanhã você mim liga porque agora estarei ocupada. – Fiz voz fina quando ela disse que ia desligar. Ela estendeu o celular pra mim.

- Vai se fuder, André! – Joaquim diz irritado e ela riu voltando a por no ouvido.

- Te amo paixão. – Voltei a falar e ela riu desligando a chamada.

- Você também viu! É capaz de chegar em casa e ele começar a mim interrogar. – Bateu em meu peito e novamente ela sumiu com o celular das mãos.

- Onde você coloca essa coisa? – Perguntei confuso. Ela sorriu debochada levantado um pouco o vestido da parte de sua perna, revelando o celular preso em um short preto, mas logo abaixou. – Ah, boa menina! Use mesmo short por baixo de vestido e saia, tem muitos pervertido no mundo. – Reclamei enciumado.

- Como se sente soltando a Indireta pra si mesmo, querido? – Passou por mim, me deixando completamente confuso com o que ela quis dizer com isso. Só depois de mil anos fui entender o que ela disse.

- Ahh, eu não sou perve.... Julia? – A chamei olhando toda varanda.


Kayla olhou Bruno que estava inquieto e nervoso no sofá franzido a testa. Ele balançava sua perna olhando um ponto fixo da sala, que logo ela seguiu o olhar dele vendo que ele olhava o relógio. Se lembrou que ele havia dito que iria leva-la em dois lugares, e até agora só foi em um.

- Bom, acho que já vamos. – Kayla falou fazendo Bruno lhe encarar rapidamente.

- Mas já? Ainda é 08 horas. – A mãe diz.

- Sim, está tarde, e amanhã Bruno tem aula ainda cedo. – Levantou do sofá junto com os pais.

- Bom, se é assim. – A mãe deu de ombro. – Mas não demoram muito pra voltarem aqui.

Eles se despediram e saíram da casa.

- Onde vamos agora? – Kayla perguntou.

- Pra casa. – Ele sorriu e começou a caminhar deixando-a confusa.


- Te achei! – Balbuciei quando parei ao lado de Julia, que conversava com um garoto e uma garota. Sorri balançando a cabeça em cumprimento ao eles.

- Eu estava aqui conversando com eles. – Julia diz.

- Você é o... – O garoto diz pensando estalando os dedos.

- André. – Respondi.

- Isso! O neto do Antônio. Seu avô estava te procurando neste estante. – Deu de ombro.

- Pra quê? – Senti meu nervosismo novamente chegar.

- Não sei. Acho que ele queira te apresentar alguém.

- Bom, depois eu o procuro. – Ele deu de ombro novamente. – Vocês são?

- Thiago e ela é Skay. – Ele apresentou.

- Prazer. – Apertei as mãos com as deles. – Vocês são...

- Gêmeos. – A menina se pronunciou e revirou os olhos logo em seguida. – Sim, somos, infelizmente.

- Ah, cala boca. – Ele diz.

- Não mim mande calar a boca! – Eu e Julia se olhamos e rimos com eles discutindo.

- Meninos, não comecem. – Um cara passou por trás deles falando baixo e eles bufaram irritados.

- Idiota. – Ela diz cruzando os braços.

- Idiota é você sua pirralha.

- Vai se... – Eles olharam pra o homem que havia dito isso e se colou. Eu ri.

- Vocês são sempre assim? – Perguntei rindo.

- Na maioria do tempo. – Ela deixou um pequeno sorriso sair.

- É engraçado. – Julia diz rindo e ele sorriu abraçando seus ombros.

- Ela fala essas coisas de mim, mas mim ama.

- Até parece. – Empurrou ele e o mesmo riu. – E vocês? São namorados?

Eu e Julia se olhamos envergonhados e depois pra eles.

- Na ver... – Gaguejei.

- Skay! Deixe de indelicadeza. – Ele repreendeu. – Não foi assim que o papà te ensinou quando visse pra coisas de seu trabalho.

- Aii, desculpas tá? Sou só curiosa demais.

- Mas as vezes suas curiosidade são insuportáveis. – Ele bufou se saindo.

- Indelicado é você sair sem nem pedir licença! – Ela diz pra ele um pouco alto pra ele ouvir e o seguiu. Franzi a testa olhando Julia que riu mim levando junto. Gêmeos.

- Vem. – Peguei sua mão rindo, e a puxei em direção da escada.

- Onde vamos? – Ela pergunta.

- Pro meu quarto.

- Você tem um quarto aqui? – Começamos a subir a grande escada.

- Claro que sim, aqui costumava ser minha segunda casa. Antes de Karen se casar com o vovô. – Revirei os olhos ao citar dela. Assim que subimos as escadas, a guiei entre o grande corredor parando em uma das portas e virei pra ela. – Não ria! – Mandei já rindo e abri a porta revelando o quarto. Ela adentrou pedindo licença e começou a rir. – Caramba Julia, eu disse que não era pra rir. – Reclamei rindo e fechei a porta.

- Desculpas... Mas não consegui. – Ela ria descontroladamente e eu ri também. – Meu Deus, é uma mistura de fofo pra engraçado. – Colocou a mão na boca pra rir abafado.

- Não tem nada de fofo seu quarto ser parecido o espaço misturando com futebol, Julia. – Revirei os olhos.

- Meu Deus, olha essa cama. – Ela diz rindo caminhando até a cama em forma de bola! EM FORMA DE BOLA!!!! Julia se sentou dando saltinho e jogou a cabeça rindo alto. – É o melhor quarto que eu já entrei.

- Não é não! É vergonhoso. – Ela riu mais ainda, ainda dando pulinho sentada.

- Onde você tirou a ideia de ter um quarto decorado em futebol com o espaço? – Ela diz rindo.

- Bom, tirando o fato de eu ter só 7 anos da última vez que vim aqui, eu queria ser astronauta. – Ela riu mais ainda. – E jogador de futebol.

- Tem esse tempo todo que não ver seu avô? – Ela finalmente pariu de rir e levantou da cama explorando o vergonhoso quarto.

- Sim. – Ela olhou pra mim.

- É muito tempo. – Ela sorriu confortante.

- É, é sim. – Concordei seguindo ela pelo quarto. Julia se abaixou em frente a uma parede rabiscada.

- O que está escrito aqui? Parece espanhol. – Ela perguntou e eu mim abaixei pra a ver também. E comecei a rir descontroladamente com ela confusa.

- Meu Deus, eu não acredito que seu irmão escreveu mesmo isso.

- O que é?

- Nada, deixe pra lá. – Levantei ainda rindo. – Tem um que está em português, e acho que você irá entender. – Abri uma gaveta tirando as roupas de cima e puxando o papel. – Esse papel mim deu mô trabalho pra desmentir de meu avô. – Ri levantando entre os rostos pra mostrar a ela.

- Ai sim, esse eu... – Mim abraçou por trás com as mãos em meu peito e beijou meu rosto mim fazendo sorrir. – Entendo.

- Claro, é seu nome. – Ri junto com ela.

- Você realmente era muito apaixonado por mim.

- Eu ainda sou, apaixonado. – A corrigi sorrindo e novamente ela beijou meu rosto. Coloquei o papel dentro da gaveta novamente e virei pra ela pegando sua cintura. – Às vezes não dá nem pra acreditar mesmo que finalmente estamos assim. Juntos...

- André... – Ela mim chamou em um tom baixo, nervoso.

- Oi.

- Eu queria dizer que... Eu sei que... Ainda não disse corretamente isso, mas quero que saiba que sou mui...

- Filho. – Olhamos pra trás quando meu avô entrou interrompendo ela. – Vamos, vai começar. – Ele sorriu tentando de forma falha tirar o nervosismo que voltou em mim.

- Cla-ro. Vamos. – Se separei de Julia pegando sua mão, e caminhamos a encontro dele na porta. Julia passou primeiro e quando ia passar meu avô sussurrou em meu ouvido que iria ficar tudo bem, mas eu só engoli em seco.


- Bruno, eu acho que você se esqueceu o caminho da casa de Layla. – Kayla reclamou.

- Tá.

- E meus pés já estão doendo.

- Já estamos chegando.

- Não, eu acho que não estamos chegando. O caminho pra casa dela passamos a 10 minutos atrás.

- Fecha os olhos.

- Não mim mande fechar os olhos. Você não é ninguém pra mandar eu fechar os olhos!

(Na vida, eu sou Kayla 😂😂)

Ele bufou ficando em suas costas e tampou com a mãos continuando a andar.

- O que... – Kayla sussurrou, levando as suas em cima da dele mais não fez força nem nada.

- Não gosto de ficar brigado com você. – Ele sussurrou e só aí percebeu ofegava, igualmente ela. – Você me perdoa? – Ela ouviu parecer uma porta se abrindo.

- Mas...

- Eu estava pensando muito na idéia que Julia disse no baile. – Ele fez ela dar um passo a frente. – E cheguei à conclusão de que não quero mesmo que nossa filha pule de galho em galho.

Bruno tirou sua mão de seus olhos, e ligou a luz que tinha ao lado da porta.

- Eu sei que não é grande coisa, comparado com a que você estar acostumada, mas eu pensei nisto pro bem da nossa filha. Eu não iria mostrar pra você agora, mas queria te mostrar que apesar desse tempo juntos, você não foi a única a criar expectativas. Eu sei que suas expectativas foram outras, mas eu realmente pensei na gente morando juntos com a pequena. – Ele dizia nervoso, e sem ela responder, ficou mais nervoso ainda. Ele não podia ver seu rosto por ela estar de costas, e isso o frustrava. – Kay, não vai falar nada? – Quando ele ia levar sua mão em seu ombro, ela se virou fazendo ele perceber que ela chorava, e isso o preocupou mais ainda. – O que foi? – Perguntou nervoso.

- Odeio quando estou sentimental demais por causa da gravidez. – Ela riu abafado, passando o polegar nos olhos. – Eu não sei nem o que dizer. Eu não esperava por isso.

- Você...

- Eu amei! – Ele sorriu e soltou um suspiro aliviado.

- É claro que ainda não está totalmente pronto. Ainda assim tenho que por os móveis, comprar as coisas pra decoração do quarto da bebê, tem o...

Ele parou de falar quando ela pulou em seu pescoço lhe abraçando e riu surpreso.

- Tá tudo bem... Eu não tenho pressa. Eu vou te ajudar também. – Sussurrou em seu ouvido e ele sorriu retribuindo o abraço.


Se posicionei ao lado de Julia que mim olhou com as sobrancelhas arqueadas – talvez estranhando o porque de meu nervosismo – mas só sorri amarelado e olhei meu avô caminhar entre as pessoas pra ir a frente. Ele conversou rápido com algumas pessoas antes de ir lá.

- Por que está assim? – Ela sussurrou em meu ouvido.

- Estou normal. – Sussurrei também, mentindo. Se calamos quando meu avô chegou na frente.

- Boa noite. – Toda responderam em coro e ele sorriu. – Bom, primeiramente, eu queria agradecer a todos por estarem participando, e terem vindo a está comemoração. Exatamente hoje a minha e a nossa empresa, faz 51 anos. Tem pessoas que permanecem desde do começo, e outras que seguiram suas vidas. E com esta noite festiva, irei anunciar meu aposento por motivos de saúde. Por enquanto, a empresa irá ficar na mão do Button. – Um homem levantou um dedo quando meu avô apontou pra ele. – Mas, daqui a 6 anos talvez, não irei saber se estarei aqui, meu filho mas conhecido a vocês como meu neto, irá assumir a presidência. – Ele me chamou com a mão, e eu o segui com olhares das pessoas, e meu nervosismo a mil. Subi um pequeno palco que tinha ali ficando de frente pra toda aquelas pessoas. Meu avô abraçou meus ombros e eu sorri nervoso. – Vocês devem estar se perguntando “oh, mas ele é novo ainda pra assumir uma presidência” sim, ele é novo ainda pra isso, mas daqui a 6 anos ele finalmente terá a chance de saber e conviver como era o sonho do papai e o meu também. – Olhei um canto onde estava, e Julia sorria mim olhando parecendo orgulhosa. – Por enquanto é só. Espero que compreenda minha aposentadoria e tudo o que foi dito por aqui. Obrigado a todos e tenham uma boa noite.

A sala foi ao som de salvas de palmas e meu avô sorriu orgulho mim incentivando a sair do palco.


- Querido, queria conversar com ela. Será que posso roubar ela por um minuto? – Meu avô brincou quando se despediu de uma pessoa na porta.

- Claro, só não por muito tempo, ainda quero ela pra mim. – Brinquei também e ele riu se afastando com Julia para a escada. Rodei o olhar pela grande casa já se esvaziando e acenei pra os gêmeos quando ia sair. Eu ri e dei um sobressalto quando Karen apareceu a minha frente mim assustado.

- Finalmente tive um tempo contigo querido.

- Pra mim é infelizmente.

- Como vai sua vó querido?

- Bem melhor que você. – Ela riu falsa.

- Continua o mesmo de sempre. Mim faz crer que sua vó continua a mesma coisa também. Filho de peixe, peixinho é. Não pera, bugei. Ela é sua vó, esqueci, você não tem mãe. – Ela riu com a mão no peito. Fiquei lhe encarando não tendo palavras pra retrucar. Merda!

- Deixe-o em paz, Karen! – Olhamos pra trás de mim quando a voz se fez presente. Porque ela estava aqui?


- Eu queria lhe dar uma coisa. – Antônio falou quebrando o silêncio, enquanto caminhava pelos corredores.

- O que? – Julia perguntou confusa e ele sorriu parando ao lado de uma das portas. Ele abriu a porta dando passagem a ela entrar. – Licença. – Diz envergonhada entrando percebendo que era um escritório.

- Eu sei que não devia estar querendo tocar neste assunto. – Ele diz caminhando a mesa e se apoiando na borda encarando a menina que mal entrou no cômodo. – Mas eu realmente sinto muito pelo seu pai. Infelizmente não pude ir ao enterro por causa de e uma viagem, mas a primeira coisa que fiz quando cheguei lá, foi visita-lo.

- Ah. – Julia sorriu triste.

- Ele era um cara incrível. Passamos muitos momentos juntos. – Ele ajeitou sua postura rodando a mesa. – Eu havia dito que saíamos pra jogar, certo? – Perguntou abrindo uma prateleira.

- Isso.

- Esse foi o nosso primeiro troféu juntos no campeonato de golfe. – O homem se virou pra ela com um troféu em sua mão. – Eu amava jogar com ele. Um dia ele havia dito que levaria você e seu irmão pra mim conhecer, só que você não gostava de sair do quarto e rejeitou o pedido só seu irmão foi. – Julia riu fraco. – Foi neste dia que ganhamos, e como você não foi, eu quero presentear isso a você. – Estendeu a garota que relutante pegou em mãos. – Foi especial pra mim e principalmente pra ele, e sinto que você também é especial. Você é filha dele, e namorada de meu neto, leve isso como um presente meu e de seu pai.

- Obrigado. – Julia agradeceu com os olhos lagrimejados olhando o nome de seu pai e o dele no troféu e deixou sua lágrima rolar em seu rosto. – Eu irei guardar pelo resto de minha vida. – Passou o polegar suavemente em cima do nome de seu pai. – Meu rei.

Julia sorriu no final deixando suas lágrimas caírem livremente. Seu peito se contorcia de saudades pelo pai.


Ela pegou meu ante braço puxando pra seu lado.

- O que você faz aqui? – Karen lhe encarava mortalmente que nem ela. – Já deixe bem claro que não quero você em minha casa.

- Faça-me um favor, quem é você pra ficar dizendo quando devo ou não vim aqui na casa de meu pai? E não diga essas barbaridades pro menino.

- Eu digo na hora que eu quiser. Ou se esqueceu que ele nunca teve uma mãe? – Fez beicinho debochada.

- Cala boca Karen! – Com a outra mão ela empurrou seu ombro. – Para de ser insignificante.

- Quem é você pra ficar dizendo isso de mim? Quer ver eu falar a ele à ver...

- Vai! Fale a ele! Diga logo a ele! Não é isso que você quer? Destruir mais ainda minha família? Pois é, conte! Pra acabar logo com tudo o que mim resta. Conta a ele que sou EU mãe dele.

- Como? – Sussurrei sentindo meus olhos se arderem.


Téo correu desesperado seguindo Isabela.

- Isabela! O que você está fazendo aqui? Está chovendo. – Ele a virou sacudindo seus ombros.

- ME SOLTA TÉO! – Ela gritou chorando recuando pra trás.

- Isabela você vai pegar um resfriado.

- PARA DE SE PREOCUPAR COMIGO. EU NÃO MEREÇO PREOCUPAÇÃO.

- O que você está dizendo? É claro que você merece.

- PORQUÊ INSISTE EM APARECER PRA MIM? PORQUÊ INSISTE EM SE PREOCUPAR COMIGO DESDE DE QUE MIM CONHECEU?

- EU NÃO SEI CARALHO, AGORA SAI DA CHUVA. VAI PEGAR UM RESFRIADO. Pera, Isabela você bebeu?

- Me deixe em paz. – Ela pediu se virando voltando a caminhar.

- Isabela, você bebeu?! – A virou novamente irritado. – Você é maluca? Vai prejudicar o bebê.

- E quem é essa merda pra ficar dizendo o que devo ou não fazer? A vida é MINHA não dele, então eu faço o que eu quiser.

- Essa merda é seu filho. Olha, eu nem vou discutir contigo. Vamos, irei te levar pra casa de meu amigo. – Abraçou seus ombros mais ela voltou a sair de seus braços. – Que merda Isabela!

- PARA DE QUERER CUIDAR DE MIM. PORQUE TEM QUE SER EU QUE VOCÊ INSISTE POR ISSO? MIM DEIXE EM PAZ!

- PARA DE QUERER SER UMA PESSOA QUE VOCÊ NÃO É. PARA DE TENTAR SER DURONA COM AS PESSOAS QUE QUEREM O SEU BEM.

- PARA DE GRITAR!

- VOCÊ TAMBÉM ESTAR GRITANDO.

- PORQUÊ VOCÊ ESTÁ MIM IRRITANDO.

- EU SÓ QUERO O SEU BEM.

- MAS EU NÃO PRECISO DE NINGUÉM PRA ISSO. EU SEI O QUE FAÇO.

- Isabela, não faça isso. – Trincou os dentes. – Além de você se machucar, você pode até perder sua vida.

- EU NÃO TENHO MAIS UMA VIDA TÉO. – Ela gritou chorando esperando o caminhão chegar perto dela.

- VOCÊ TEM UMA VIDA SIM.

- MINHA VIDA ACABOU! Entenda isso de uma vez por todas. – Ela estava pronta pra pular em cima do caminhão quando chegou perto, mas Téo puxou seu braço e acabou escorregando na água levando-a junto.

- Eu aceito você abortar, mas eu não aceito você perder a vida. – Ele sussurrou hipnotizado pelos olhos verdes da garota. Seus cabelos estavam colado entre a testa, molhados, e isso a deixava mais linda.

- Por favor. – Pediu ela sussurrado também desviando o olhar pra seu peito.

- Deixe eu cuidar de você. Eu prometo que não irei falhar.

- Eu gosto de ser cuidada. – Ela murmurou saindo de cima dele, e ele também se levantou levantando seu rosto.

- Eu sei. Você só não gosta que ninguém saiba disso. – Passou seus dedos abaixo de seus olhos pra limpar as lágrimas junto com o lápis de olho borrado, mas foi tentativa falha por causa da chuva. – Vem, vamos se secar na casa de meu amigo.


- O que está acontecendo aqui? – Meu avô apareceu perguntando. Soltei meu braço bruscamente correndo até Julia lhe abraçando. Ela passou a mão em meu cabelo sussurrando palavras confortante.

- André... – Ela voltou a pegar meu braço.

- ME SOLTA! – Gritei pra Alicia se separando de Julia.

- Deixe eu mim explicar...

- EU NÃO QUERO SUAS EXPLICAÇÕES! – Voltei a gritar com as lágrimas rolando.

- Eu vim pra consertar meu erro...

- ENTÃO VOLTA PRO QUINTO DO INFERNO DA ONDE VEIO QUE EU NÃO TE QUERO AQUI.

- Por favor, mim perdoa. – Ela pediu começando a chorar também. – Eu sei que errei mais mim perdoa.

- Você sabe quantos anos eu te esperei? – Sussurrei com ódio. – FORAM 17 ANOS TE ESPERANDO E VOCÊ SÓ APARECE AGORA. Olha pra mim! Vê se sou uma criança de sete anos que não vê maldade em ninguém e perdoa todos? Eu cresci Alicia! E Você não tem o direito de aparecer do nada e querer destruir minha vida assim. Eu estou muito bem, e sempre estive sem VOCÊ em minha vida. – Passei a mão no rosto tirando com força as lágrimas. - Por que ao invés de ter mim dando a luz, não mim abortou? Seria bem melhor não ter chegado a respirar.

Corri subindo as escadas.

- André.

- Não, deixe. – Meu avô lhe interrompeu.

Subi as escadas passando a mão novamente no rosto. Eu sentia meu peito ardendo. De raiva! Ódio!


Notas Finais


Bom, acho que você não esperavam isso não é? André aceitando no futuro ser presidente da empresa; Isabela querer se jogar em um caminhão (PESADOOO); André descobrindo que Alicia é sua mãe 😥 e pode acreditar, eu estou pensando muito sobre todo esse capítulo e queria anunciar algo!

Unknown Love, estar em sua reta final! Tan tan tan 😿😿😿 Mas não fiquem tristes meus amores!!!

Pensei muito, e sim, VAI TER SEGUNDA TEMPORADA DE UNKNOWN LOVE ❤❤❤❤❤❤ É óbvio se vocês quiserem né? Depois dessa proposta de o avô de André fez, veio um bilhões de idéias aqui, e cheguei a conclusão de que pode haver uma segunda temporada.

Então diga-me nos comentários, querem a segunda temporada?
Se quiser, okay!
Se não quiserem não se preocupe porque não pretendo largar o Spirit nunca em minha vida! E postarei a fic que estava fazendo pra substituir essa 😉

Não esqueçam de dizer nos comentários ouviu?

Bom era isso, a fic está na reta final! 😣😥😿

Ahh e um spoiler:

"Te esperarei... Em todos os sentidos, te esperarei!"

😱😱


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