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História Unknown Love - André/Julia


Escrita por: alvera_Nanew02

Capítulo 63 - André/Julia


- Como está os pontos? – Eu perguntei se sentando – mas jogando – ao lado de Omar.

- Ah, vai bem. – Deu de ombro.

- Ainda doe?

- Um pouco quando tomo banho.

- E desde de quando você toma banho? – Zombei.

- Ah, vai se ferrar. – Eu ri e ele logo mim acompanhou.

Havia passado quatro dias desde de que briguei com minha avó, e desde de que conversei com meu pai. Tá, só Vicente mesmo. Enfim, é estranho demais chama-lo assim. Aquela vez foi a primeira vez que havíamos se comunicado mais de 2 minutos. O máximo que havíamos feito ou dito, era só um bom dia, boa tarde, boa noite. Por muitas vezes que passava perto dele, eu sempre sentia seu olhar pousado em mim. Por muitas vezes que caminhava, eu o via conversar com os outros e mim olhar no final. E por muitas vezes se sentia um tanto protegido por ele – mesmo sendo de uma forma completamente errada.

Por mais que eu tente não pensar muito sobre isso, suas últimas palavras pra mim, não queria de jeito nenhum sair de minha cabeça. Realmente fiquei muito pensativo com isso. Como assim eu era seu maior ponto fraco na terra? A gente nem quando descobrimos – ou até ter sido só eu que descobri depois dele – não havíamos trocado uma palavra de quer. Agora vem ele dizer que eu era seu ponto fraco? Como assim Brasil?!

Bom, meu relacionamento com minha avó estava a mesma coisa. Tenso!

No domingo não se falamos desde de nossa briga – nem um boa noite demos. Na segunda só havia dado bom dia a às duas que estavam na mesa na hora do café. E isso se repetiu em todas nossas refeições. Por vezes pegava Lola abatida enquanto se alimentava, e pude crê o que ela pensava no momento. Ela queria a gente animados porque ela havia se curado da doença, mas isso não dava pra acontecer naquele momento. Eu estava realmente muito feliz por isso, mas isso não torna que eu tinha que se comunicar com Rosa pra mostrar a ela minha felicidade pela sua cura.

Eu também mal parava em casa. Eu ia ao colégio, chegava em casa tomava meu banho – e muitas vezes nem almoçava – e saia pra o trabalho. Quando chegava do trabalho eu ia direto pra casa de meu avô, resolver essas coisas. E o que mais pesava minha cabeça sobre isso, era o quanto eu mim sentia mal por está escondendo algo da Julia.

Julia, Julia. Só se víamos no colégio, e muitas vezes nem conversávamos. Tinha devolvido sua pulseira, na segunda, e estranhei muito seu pulso estar um pouco avermelhado. Ela tentou desconversar, mas nada mim tira da cabeça querendo saber quem tinha feito isso com minha menina. Ela escondeu com mangas compridas e praticamente correu quando perguntei o que era. No dia seguinte peguei eu braço com força e não tinha mas marca avermelhada mim deixando frustrado, mas ainda irritado por ela não ter mim dito o que aconteceu.

- ANDRÉ!

- Aii diabo. – Lhe xinguei dando um murro em seu braço. Ele riu. – Temos quanto tempo? – Ele olhou seu relógio de pulso.

- 40 minutos.

- Uma partida antes?

- Uma partida antes. – Ele concordou sorrindo cúmplice. Levantei rapidamente ligando pelo aparelho mesmo e a tevê. Peguei os dois controles e lhe entreguei um voltando a sentar.

- O que pensa em fazer quando terminar as aulas?

- Faculdade de administração. E você?

- Nada. – Lhe olhei.

- Sério? – Ele mim olhou também concordando.

-Sim, eu estou louco pra que termine este ano pra ficar livre da escola, e ainda tenho que mim preocupar com faculdade?

- Você não presta. – Ri negando. – Você não pensa mesmo em nada?

- Eu mesmo não. – Riu.

- Lhe dou dois meses pra mim ver você falar que vai fazer faculdade.

- Combinado. – Apertamos as mãos.

                      Julia Vaz

Todos – todos que eu digo era meninas – da sala não tirava os olhos daquele ser, a frente. Alto, braços fortes e algo mim diz que abaixo de sua camiseta branca, havia um maravilhoso paraíso. Rodei o olhar por toda sala. Qual é, até os meninos? O que esse cara tinha? Okay, que ele era super lindo e gato, mas não mim chamou atenção como chamou a gente todos.

Substituto da Professora de educação física.

Loiro, olhos castanhos, e pulsos com suas veias visivelmente. Seu olhos assustados encarava toda a sala em silêncio. Ele parecia querer entender essa situação, que até os meninos não tiram os olhos dele. O que ele tinha demais gente? Gato? Okay! Lindo? Okay! Mas não era pra tanto.

Ele havia chegado na sala em dois minutos atrás a lado da diretoria, e ainda não havia dito seu nome. Só um simples bom dia. A diretoria não fez questão de dizer sei nome, só disse que era o substituto e saiu atrás de um grupo de garotos que gritava nos corredores.

- Bom... – Ele finalmente abriu a boca um pouco assustado. – Eu me chamo Renato?

Todos finalmente tiram o olhar dele, pra porta quando um ser apareceu correndo. Sua mão estava firme na alça enquanto ele respirava um tanto ofegante.

- Desculpas. Eu mim atrasei um pouco. – Ele diz ofegante. Tentei esconder o riso com isso. Tinha que ser o Alencar.

- Sem problemas. Eu entrei agora na sala. – O professor sorriu e pude ouvir um suspiro da garota ao meu lado.

- Está bem... – Ele prolongou estranhando e em passos rápidos caminhou até o fundo da sala. André percebeu meu olhar quando se sentou e sorriu que mim fez sorrir também. Ele foi empurrado pelos ombros pelo Joaquim e pude perceber que André riu de seu ato. Joaquim apontou a caneta pra frente como um mandado pra olhar pra frente. Revirei os olhos fazendo o que mandou. Eu ri baixo negando com a cabeça. Malucos!

Quando ergui a cabeça pra frente percebi seu olhar em mim. Abri um pouco os olhos e olhei ao redor percebendo que todos mim encarava também.

- Ahh professor. – Ele negou com a cabeça parecendo sair de um transe e olhou pra uma das oferecidas que antes estava no fundo, foi parar na primeira cadeira. A mesma abaixou a mão e riu puta. – A aula. Não ficar olhando pra aquela garota parecendo um chiclete.

- Senhorita...

- Emília Figueiredo. Mas pode me chamar de Emma. É só pros íntimos.

- Senhorita Figueiredo. – Deu ênfase na palavra e se desgrudou da mesa caminhemos em passos calmos até sua mesa. – Lamento te informar, mas nunca me relacionei com alunos, e acho que não somos tão íntimos pra te achar assim. Sou seu professor substituto, e você é só mais uma entre tantos alunos. E não, eu não estava olhando pra aquela senhorita com um chiclete com diz. E por falar em chicletes, peço por favor que jogue o que há em sua boca fora.

- Não estamos no jardim pra que os professores mandem as pessoas jogar fora quando bem entender. – Ela riu.

- Isso. Falou certo senhorita! Vocês não estão mais no jardim. Por que não estão mais no jardim? Porque vocês cresceram e conseguiram ser maduro o suficiente pra estar onde está hoje. E se vocês foram maduros o suficiente, vocês iriam diretamente fazer que os professores pedem. Mas não! Não fizeram isso. Então isso se torna que não cresceram o suficiente pra saber que quando um professor está na sala de aula, devem o máximo de respeito e fazer o que pedimos. Então por favor, flor, jogue-o fora com toda gentileza do mundo que estou pedindo.

- Claro querido professor.

Ela se levantou com algumas pessoas rindo baixo, e caminhou até a lixeira jogando fora. Ela sorriu voltando ao seu lugar mas não sentou. Ela se inclinou um pouco se aproximando dele que estava em postura sério.

- Prontinho, joguei. – Sorriu.

- Sente-se senhorita! – Ele diz firme e ela se sentou normal. – Todos, temos dois horários. Façam um texto explicando com suas próprias palavras sobre três esporte que gostam e a importância delas pra vocês. No segundo horário iremos pra quadra, mas por enquanto façam isso.

Ele se sentou na mesa de frente pra gente encarando todos que pegaram seus cadernos. Sem importância abri o meu na matéria. Comecei a fazer, mas pude sentir um ar quente em minha bochecha. Olhei pra garota ao meu lado confusa com isso.

- Ele não para de ti olhar. – Ela sussurrou em meu ouvido e sorriu maliciosa voltando a olhar seu caderno. Minhas sobrancelhas estavam arqueadas confusa. Olhei rápido pra ele mas ele desviou o olhar. A menina mim olhou de lado.

- Idaí? Que ele continue mim olhando. Não estou fazendo nada de errado que eu saiba. – Sussurrei também, não entendendo merda de nada. Ela revirou os olhos sem retrucar. – Eu hein. – Voltei a fazer o dever.


Eu: Obrigado por terem mim deixado aqui sozinha, seus filhos de uma...

Eu: Argh! Vocês vão ver só.

Eu: Deixe o horário da merenda chegar que vocês vão ver o que é bom pra dor de coluna.

Eu: Seus idiotas.

Eu: Inúteis!

Bruno: O que é Jujuba? Está irritadinha é?

Eu: Estou com raiva.

Eu: Cadê o Carlos esse demônio?

Carlos: Que agressão virtual!

Eu: EUUU rasguei quatro folhas de meu caderno, porque simplesmente não consegui fazer a mesma do texto. Agora cadê o bonitinho pra mim ajudar?

Eu: Parabéns Carlos por mim der deixado na mão.

Carlos: Eu sei. Eu sou o melhor.

Bruno: Oh cambada de idiotas! Será que posso dormir em paz ou está difícil?

Eu : CALA BOCA BRUNO.

Bruno: Eu hein. Só queria dormir em paz.

Eu: MARCUS.

Eu: Marcus.

Eu: Oh Carlos idiota, onde está o Marcus?

Carlos: Nas salas vazias.

Eu: Viado!

Eu: E você?

Carlos: Na sala depois de cinco sala ao lado da sua, tentando ao máximo mim concentrar na fala da garota pra ignorar aquele som NOJENTO que sai de lá.

Eu: Nossa Carlos, obrigado por está mim informando isso. Você é um ótimo amigo.

Carlos: É eu sei.

Eu: Você são uns ótimos amigos viu!

Eu: Tudo mim trocado pra ficar com essas ridículas.

Bruno: Eu estou dormindo.

Eu: Ao lado da Kayla seu idiota!!!!!

Eu: E você não está dormindo porque você está escrevendo.

Bruno: O que eu posso fazer? Ela está grávida! Fica muito dengosa e chorona.

Bruno: Se eu rejeitar um convite dela ela iria fazer um show que só Deus na causa.

Eu: Quando eu digo que Kayla e minha sobrinha vai roubar você de mim não é mentira!

Eu: Oh Carlos, fala aí três esportes e as importâncias delas.

Eu: Carlos?

Eu: Carlos?

Eu: CARLOS CADÊ VOCÊ?

Eu: Acho que tenho que dar uns papos reto pra essa garota chamada Paula.

Eu: Bruno você ainda está aí?

Eu: Bruno?

Eu: Vão todos tomar no Zodíaco seus cambada de traidores idiotas que prefere trocar a amiga pra ficar trocando salivas.

Eu: Ou até outras cosias não é Rafael?!!!!

Eu: Seus viado! Não vou sentar com vocês. Vou sentar com meu irmão que pelo menos nunca mim abandonou pra ficar com ficantes. Ficantes sim, porque nem pra você Bruno e Carlos pedir a garota em namoro vocês não fazem. Rafael eu nem vou falar nada porque esse daí é uma por minutos. E se brincar até duas.

Eu: Tá, parey!


O sinal tocou e eu bufei fechando o caderno com força.

- Quem não terminou, na quadra me entregue. Terminou o lanche direto pra quadra. – O professor avisou.

Fechei a bochete colocando abaixo da mesa, e mim levantei seguindo até o fundo.

- Irmão... – Cantarolei pra ele que virou a cabeça com os olhos cerrados, provavelmente desconfiado. Pisquei freneticamente sorrindo cínica. – Vem cá... – Mim inclinei na mesa com os braços no mesmo. – Sabe o que é...

- Sai daqui.

- Affz, você é um chato. – Bufei se ajeitando e logo olhei André com o mesmo sorriso cínico. – Andrézinho. – Fiquei na frente de sua mesa ficando na mesma posição que estava com Joaquim. Ele afastava o rosto parecendo assustado.

- Oi? – Eu disse que ele estava assustado!

- Você fez?

- Não, agora se afasta. – Joaquim empurrou meus ombros e eu bufei.

- Qual o problema de vocês homens hoje hein? Deus mim livre. – Resmunguei se saindo.


Abri a porta com força e eles se afastaram assustados. Sorri metálico.

- Finalmente te achei, Marcus. – Falei cínica.

- Co-mo descobriu onde eu estava? - Ele diz nervoso e rapidamente vestiu a camiseta da farda quando caminhei até eles na mesa.

- Não sei. Talvez você deveria olhar um pouco seu celular ao invés disso. – Apontei com a maior cara de nojo pra a garota sentada na mesa que logo revirou os olhos.

- Garota você não percebeu que está sobrando aqui? – A menina disse.

Eu ri com a mão no peito.

- Desculpe-me, mas eu acho que... Se eu dizer que queria participar também, ou ele iria aceitar com nos duas, ou ele iria dispensar você pra ficar comigo, né fofa?

A menina olhou ele.

- Você faria o que?

- E-eu? – Ele gaguejou apontando pra si.

- É, Marcus, o que você faria? – Perguntei cínica. – Seja verdadeiro docinho.

- Bom. Apesar que duas não mim atrapalharia. – Eca! – Eu escolhia mil vezes ela, e dispensaria você.

A menina lhe olhou raivosa e desceu da mesa se abaixando pra pegar sua camisa e vestiu saindo raivosa. Eu ri vitoriosa. Rafael passou a mim encarar malicioso e eu lhe olhei já estranhando.

- E aí? Não conseguiu aguentar não é? Vai ser aqui mesmo?

- Ecaaa Rafael! – Falei com voz de nojo. – Sai fora. Primeiro que NUNCA iria fazer isso! E segundo que nem aqui. Seu nojento. – Ele riu divertido mas gemeu baixo quando puxei sua orelha lhe empurrando pra sair daquela sala fedida.

- Aí Julia. Perai. – Ele diz tentando tirar minha mão de lá. Virei a esquerda lhe puxando cada vez mais forte. – Aii. Isso doe. Jujuba eu não fiz nada demais!

- Você filou aula pra ficar se satisfazendo, seu besta. – Apertei mais e ele continuava a contestar. Abri a segunda porta ao lado da que estava e eles mim olharam. – Parabéns. Está vendo aqui, Rafael? Isso você não faz. – Levantei sua cabeça pra ele olhar Carlos e Paula conversando sentado na mesa um ao lado do outro.

- Eu também conversava. Só que era conversa labial. Aiii Julia! – Ele gemeu mais. – Carlos, eu ainda te pego seu desgraçado. Aii Julia isso doe porra. AIIII.

- Pede desculpas a meu menino.

- Desculpas.

- Agora a mim.

- Desculpas. Agora pode mim soltar?

- E vocês aí? – Apertei mais perguntando aos dois.

- Não estamos fazendo nada demais. – Paula se defendeu nervosa e eu cerrei os olhos.

- Isso doe porra. Solta logo.

- Bora Carlos. Passe em minha frente antes que eu faça a mesma coisa contigo.

- Calma. Já vou. Já vou. – Ele diz desesperado e se levantou junto com Paula. Dei espaço pra eles passarem e eles quase correram quando passou por mim. Fechei a porta e o casalzinho seguiram na frente.

- HEY, TÔ DE OLHO EM VOCÊ OUVIU? – Gritei quando Paula olhou pra trás rindo.

- CLARO CHEFONA. – Ela gritou rindo.

- Esses adolescentes tudo a flor da pele. – Resmunguei apertando mais sua orelha pra sair dali rápido.

- Solta. Isso doe cacete.


- Fica sentadinho aqui. – Empurrei seu ombro pra ele sentar e ele bufou massageando a orelha.

- Por que não pegou o Carlos também? Carlos também estava com uma mulher. – Ele resmungou.

- Sabe a diferença de conversar, pra o que você fazia?

- Você tem provas se eu fazia isso?

- Olhei bem. Você. Uma sala vazia. Um corredor vazio. E uma menina. O que mais pode acontecer? – Perguntei cínica.

- Affz. Você acha que o Carlos é santo. De santo ele não é nada.

- Opa, mim tire do bolo se você está irritadinho só porque entrou no refeitório assim. – Carlos se defendeu.

- É, mais eu aposto que você faz muito isso também.

- Como você tem tanta certeza se faço ou não? – Carlos bateu na mesa lhe encarando irritado. – Você não sabe nem o que diz Rafael!

- Eu sei muito bem o que eu digo, Carlos. – Rafael bateu na mesa também lhe encarando da mesma forma.

- Você não sabe nada de mim. Você só vive de mulheres e esquece da vida.

- Você acha que só porque você é o inteligente. O que nunca fila uma aula, é o santo.

- Eu não sou um santo, e sei muito bem que ninguém é. Mas eu aponto pra você que se eu fizesse o mesmo que você faz, eu nunca iria mim afastar de um amigo.

- Eu sei muito bem o que faço da vida. Eu sou responsável pelos meus próprios atos, e não seria você que irá tentar mim mostrar o caminho pro céu.

- Claro que não seria eu. Você vai pro céu e pra estrelas todo momento mesmo. Que diferença faz um amigo pra você, sendo que tem todas a sua mão pra te mostrar o céu? Eu espero mesmo que você pare um dia de ser tão idiota como está sendo agora. Nem a Julia está conseguindo mudar você, e não seria eu que irei mudar. Nem sua própria mãe, não consegue.

- Você não sabe nada do que diz Carlos. Veio pro mundo pra mostrar a todos o verdadeiro significado da paz? Da irmandade? Faça-me um favor. O mesmo que eu, Bruno, ou qualquer outra pessoa neste refeitório faz, você faz. Agora quer se pagar de bom moço, pra ser o queridinho da Julia. O caçula que não vê maldade no mundo, e que é o mais dedicado e inteligente do mundo. Digo e repito: Você e todos aqui fazem a mesma coisa. Aposto muito bem que você e Paula já fez também.

- CHEGA VOCÊS DOIS! – Gritei nervosa e Carlos se levantou.

- Se nós fizemos é assunto nosso. Você não deve nada aqui. E se faço ou não, pelo menos não seria uma por minutos como você. Você está insuportável Rafael! Quando é que você vai crescer e ser alguém na vida? Pare de pensar pela cabeça de baixo e comece a pensar com cabeça de cima.

Ele saiu da mesa em passos pesados e firmes sendo seguido pelo meu olhar. Quando fui segui-lo pronta pra correr até ele, Paula levantou a mão e saiu do refeitório correndo até ele.

- Está vendo o que você fez? – Perguntei irritada.

- Me erra, Julia. – Ele se ele levantou seguindo a porta que Carlos passou também irritado. Suspirei passando a mão no cabelo e fui perceber que todos mim encarava.

- Perderam algo aqui? – Todos voltaram a parar de olhar. Bufei irritada.

                  André Alencar

Julia sentou na mesa irritada pegando a bandeja de Joaquim comendo logo sua maça. Encarei Joaquim e ele mim encarou também logo voltamos a encarar ela.

- Qual o problema de vocês homens? – Ela perguntou mas pra si.

- Eu acho que...

- Vocês são tão idiotas. – Ela interrompeu Joaquim.

- Bom na verdade...

- Vocês são tudo um inúteis, que só pensa em si mesmo. – Ela voltou a interromper ele.

- Não é...

- Vocês não crescem. Só pensam em mulheres, mulheres, mulheres.

- Bom tem alguns...

- Eu estou cansada de tudo isso. É um saco ter que aguentar vocês.

- Eu acho que...

- Quer dizer, vocês não poderiam ser alguém melhor? Rafael é um idiota. Vocês são tudo igual a ele.

- Isso não é...

- Eu juro que se meu amigo estiver abatido eu acabava de vez meu relacionamento com Rafael.

- Então acaba logo, uê. – Ela olhou pra mim e Joaquim também. – Kee? Um de meus sonhos não pode se realizar? – Perguntei divertido e eu tomei meu suco rindo.


Paula parou de correr quando lhe achou sentado no chão em corredor vazio.

- Carlos. – Ela caminhou até ele.

- Oi. – Ele tentou sorrir de canto. Ela se sentou ao seu lado. – Julia que te pediu pra vim aqui?

- Não, eu que pedi pra ir a ela, quando você saiu.

- Ah, você ouviu. – Murmurou.

- Sim, eu ouvi. Vocês estavam falando um pouco alto demais.

- Foi mal por ele ter tocado seu nome em uma coisa nada haver. Rafael é um babaca.

- Está tudo bem. Não importa o que eles digam. Sabemos que nunca fizemos tal ato.

- Sabe? Ele fala isso. Mas a culpa é minha.

- Sua?

- Sim. Eu estava cansado de tanto ouvir ele e Bruno dizer sobre isso. Eles não cansava de dizer e isso era insuportável pra mim. Eu menti pra eles. Menti dizendo que também fazia, e eles se surpreenderam dizendo que nunca esperava isso de mim. Mas eu queira poder se achar também, porque sabia que eles se iriam gastar de minha cara.

- Você nunca...

- Não. Eu nunca fiz.

- Mas e a Julia? Ela havia dito que você gostava de preliminares.

Ele riu fraco.

- Ela mentiu. – Ele diz rindo. – Ela fez isso porque sabe que sou envergonhado sobre esse assunto, e achou que dizendo isso você iria desistir de mim chamar pra sair. Você não viu o discurso dela? Ela queria te assustar pra mim não sair mais contigo por ciúmes. Você não sabe o quanto ela ciumenta. – Paula riu também.

- Ah eu sei sim. – Ela concordou.

- Ela foi a primeira a descobrir que eu menti. Depois Bruno. Ele diz que é besteira e que eu não deveria ligar pra isso.

- E não deve mesmo. Você não se orgulha disso? Sabe o quanto é difícil encontrar alguém como você? Acho que você é o cara perfeito como eu sonhei.

- Como assim?

- Alto, bonito, estiloso, coração puro como o seu, que nunca se relacionou com alguém, que mim respeite e que goste de mim como também gosto dele. Mas óbvio que essa parte não né? Você nem deve gostar de mim. – Ela riu fraco.

- Mas é aí que você se engana.

- Ke?

- Desde de que entrou no colégio que eu gosto de você. Há três anos atrás, Paula. Mas sempre achei que você nunca mim iria mim enxergar. Você era cheio de pessoas em sua volta. Tinha namorado. Porquê iria mim enxergar? Julia reclamava dizendo que você deve ser igual aquelas populares da meninas malvadas o filme.

- Eu vou ter uma conversa séria com ela. – Paula brincou rindo. – Como disse na primeira vez que se falamos, você é um cara muito legal e não é de agora que eu te observo. Esses tempo que andamos se falando foi demais...

- E você vai ter que se afastar porque tem medo do que os povos irão dizer. Eu sei Paula, todo mundo sabe. – Ele murmurou se levantando.

- Não, desde jeito mim magoa viu? Levou como se dissesse que eu sigo as opiniões alheias. – Ela se levantou com ele de costas pra ela.

- Você namorou há um ano anos e vive cercadas de amigas falsas, e tudo isso influenciada pelas pessoas. Você vive como um condenado, parecendo mais que aqui é uma prisão. Eu ouso murmúrios, sei que eles falavam principalmente suas amigas que não gostou de te ver comigo.

- Eu largo tudo. Se brincar eu viro uma das personagens da meninas malvadas no final. Aquela que era popular e largou tudo pra ser só mais uma comum na escola. Eu não ligo pra isso Carlos. Se eu ligasse pra isso, eu iria mim incomodar com as meninas que ficam mim julgando a todo custo porque também sou virgem.

- Você namorou há um ano. Isso é meio que impossível né Paula?!

- Oportunidade não faltava, por crer.

- Informação desnecessária. – Ele riu e se virou para ela que também riu.

- O que eu queria dizer é que, eu gosto de você. Eu gosto de verdade de você. Eu largo com maior prazer esse título besta de popular. Acredite, é patético ser os centros das atenções. Maldita hora que eu fui fazer aquele desfile e ganhei.

- Estava lindinha vai. – Pegou sua mão direita rindo.

- Estava lindinha também quando estava ao lado do Scott naquele baile do ano passado no palco enquanto recebíamos uma faixa de melhor casal?

- Nossa, ali só estragou a beleza porque era com Scott. - Ele brincou também. Ela riu. – Foi mal ter dito aquilo. Eu não queira te ofender ou algo do tipo.

- Está tudo bem. – Ela sorriu balançando a cabeça. Ele soltou sua mão levando a sua nuca se aproximando dela.

- Obrigado. – Lhe beijou.


- Sério que vocês não fizeram o dever de educação física?

- Bom na verdade...

- Não, não fizemos não é André? – Joaquim mim interrompeu.

- É. – Concordei e ela bufou.

- Vocês servem pra quê? Affs. – Se levantou pegando meu copo de suco e um canudo.

- Pra lhe dar as merendas talvez? – Perguntei divertido e ela virou a cabeça pra mim com os opositores cerrados. – Vou calar minha boca.

- É a melhor coisa que você faz. – Ela se virou e quase se bateu de frente com Omar. – Olá. Tchau. – Saiu depressa. Omar lhe olhou confuso e se virou pra nós.

- O que houve com sua irmã? – Ele apontou pra trás.

- Também queríamos saber. – Ele respondeu sem interesse olhando o celular. Omar pegou minha maça se sentando.

- O que vocês tem hoje? Jesus Cristo. – Resmunguei empurrando a bandeja e ele pegou.

- Fome talvez?

- Bom, já vou. – Joaquim se levantou.

- Pensei que íamos juntos pra quadra.

- Pois é. Mas não vai dar. Te encontro lá então. – Ele saiu da mesa e passei encarar Omar que deu de ombro.

- Ele me odeia. – Comeu sua maça.

                     Julia Vaz

Firmei os pés pararam de correr quando lhe encontrei. Joguei o copo no lixo que tinha ao meu lado e caminhei até lá. Ele até agora não tinha mim visto, por está de cabeça baixa.

- Rafael. – Lhe chamei firme.

- Eu quero ficar em paz. – Ele diz sem mim olhar. – Pode sair?

- Irei sair sim. Mas eu quero que saiba que eu estou cansada!

Ele levantou a cabeça.

- Como?

- É. Eu estou cansada. Você havia dito que iria parar, mas não parou. Que iria se controlar, mas não fez isso. O que está acontecendo com você? Você está tão mudado esses últimos dias. Nem parece o cara que conheci quando era pequeno. O que está havendo? Vai mesmo ser esse cara que está hoje? Vai mesmo ser alguém, que nunca iria se encaixar em seu corpo?


- O que houve? – Helena se sentou entregando um copo a sua sobrinha. – Aconteceu algo?

- O Téo está aqui? – Isabela perguntou baixo.

- Não, ele está na escola. Aliás, porque ainda não está estudando?

- Eu marquei uma consulta pra tirar. E só posso com responsável.

- VOCÊ FEZ O QUE? – Helena gritou se levantando. – Você está doida Isabela? Perdeu a noção de vez?

- Nunca tive. Foi mal. Mas é sério, e preciso que a senhora vá comigo. A senhora é a única responsável que pode mim ajudar nesta.

- Nem a pau. – Ela sentou no sofá novamente.

- Por favor tia. É só a senhora não contar pra ninguém. Principalmente pro Téo. Ele não pode saber.

- Por que?

- Porque ele mim mataria. Ele ficou puto comigo porque eu tava pensando em mim jogar no caminhão.

- ISABELA! – Ela gritou assustada. – Você é maluca? Se jogar no caminhão? Quer perder sua vida por causa de um idiota que nem Benjamin? Agora você perdeu de todos os limites. – Ela se levantou saindo da sala nervosa.

- O bom é que estou viva. – Ela tentou brincar a seguindo mas Helena lhe encarou raivosa. – Me desculpas tá legal? Eu sei que se não fosse Téo, eu não sei nem se estaria aqui agora. Ele não concorda que eu tire, mas disse que se fosse pra escolher ele não mim deixaria morrer.

- E ele está errado? – Ela diz entrando na cozinha. – Eu sei você tem esse direito de tirar a criança, mas. – Ela se virou pra Isabela que estava parada na porta e sorriu no final. – Eu sinto que você seria bem mais feliz. Eu sinto que essa criança pode mudar o mundo. Você não pensa assim também?

Isabela não respondeu só encarando o sorriso encantador de sua tia.


- O que está tentando dizer com isso? – Ele engoliu em seco e eu limpei a bochecha da lágrima que escorreu.

- Não dá mais. Eu não queria fazer isso em nome da nossa amizade, mas isso deixou de existir faz tempo. Eu quero que você esqueça que um dia fez parte de minha vida.

- O que? – Ele se levantou rapidamente. – Vai mesmo deixar de falar comigo por cauda do Carlos?

- Não é por causa do Carlos. É por causa de você e suas atitudes. Eu amo muito você Rafael, mas não dá mais pra isso continuar. – Se virei pra sair, mas ele pegou meu braço.

- Eu posso melhorar. Eu juro que tento.

- Não, não faça juramento atoa. Eu sei. Você sabe. Todos nós sabemos que você não vai melhorar. Fica longe de mim por favor. Eu estou cansada de aturar suas infantilidades. Meus limites acabaram.

Soltei meu braço calmamente e sai de sua frente e deixei que as lágrimas caísse.


- Isa? – Helena lhe chamou e ela balançou a cabeça saindo do transe. – O que foi? Parou de a falta der repente.

- Não é que... Você não gostaria de ter filhos? Você falou tão encantada.

- Eu queria. Só que não posso.

- Como não pode?

- É um não posso. Mas Pedro e eu sempre pensamos em ter um. Ele sempre respeitou isso, mas isso não deixa de perceber que ele se frustra com isso. Eu faria de tudo, pra poder dar a ele uma criança. Eu faria de tudo, só pra termos um fruto do nosso amor. Eu não reclamo por isso, porque sei que se Deus mim fez assim, eu deva ser orgulhar e agradecer sempre. Não é só eu que tenho esse caso, muitas das mulheres de hoje também não podem engravidar, mas sempre será um sonho pra muitas.

- Poxa, eu não sabia disso tia. – Isabela se afastou da porta caminhando até ela é passou o dedo em uma lágrima de seu rosto.

- Agora você entende porque eu e o Téo não queremos que você tire? Porque você tem essa oportunidade nas mãos, e se tirar, no futuro quando quiser ter não vai poder. Criança é um propósito de Deus Isa. Tirar é como se rejeitasse o presente de Deus em sua vida.

- Julia disse tantas coisas. Manu disse tantas coisas. Téo disse também, até tentou querer assumir, mas só você conseguiu mim tocar. Deve ser porque você é minha tia, e eu sempre quis que a senhora tenha uma filha.

- Disse que Téo quer assumir?

- Eu disse isso?

- Sim, você disse.

- Ouviu errado. – Cantarolou saindo da cozinha sendo seguido por ela.

- Como assim que só agora fui descobrir isso?

- É mais eu não aceitei. – Sentou no sofá com os pés no mesmo e a cabeça apoiada na mão, no topo do sofá.

- Por que?

- Porque eu não quero que ele tome uma responsabilidade que não é dele. Eu não quero isso.

- Uau, nunca achei que Téo faria isso.

- Não diga que fui eu que contei por favor. E nem fala isso pra ele e nem pro Pedro. Pra ninguém.

- Não, não vou falar. Só estou surpresa. Téo nunca mostrou interesse nenhum em uma menina desde de Sabrina. – Cruzou os braços pensativa.

- Que Sabrina? – Ela perguntou confusa.

- Sua ex namorada.

- É uma loira?

- Sim.

- Ah, vi uma foto dela com ele no seu quarto naquele dia. Ele quebrou o porta retrato com tanto ódio. Estranhei.

- Ela trocou ele pra ficar com o melhor amigo dele. Não julgo se ele tem raiva e mágoa deles dois.

- Ahh.

- Mas diz, o que vai fazer agora?

- Cancelar a consulta. – Falou naturalmente.

- Como?

- É. Eu vou ter essa criança. Por você, tia.

Isabela sorriu no final.


Os meninos começaram a jogar e eu tentava o máximo prestar atenção. Minha vontade era de ir pra casa, mas ainda era o terceiro horário e minha mãe desconfiaria se chegasse a esse horário. Eu não queria que isso acontece. Mas Rafael tinha que entender que estava cansada de viver com esse ser que estava com ele. Por mais que eu tente, eu não conseguia segurar as lágrimas. Rafael sempre foi um irmão pra mim, e ter feito isso com ele, eu mim sentia horrível. Eu tentava me alegrar vendo o sorriso de Joaquim mais André, ao jogar juntos, mas não estava conseguindo. O que Rafael havia feito consigo mesmo? Talvez eu mim arrisquei demais a fazer isso, mas se eu continuasse eu estaria sufocada a isso. Estaria presa a uma coisa que não mim fazia bem.

Rafael era meu irmão. Minha família... O que ele havia feito com nossa amizade? Ele destruiu. E destruiu a mim também.

- Hey. – Limpei as lágrimas rapidamente e encarei o professor com um sorriso forçado. – Está tudo bem?

- Sim.

- Ahh. Está bem então. Bom, você fez o dever?

- Não. Tem como entregar outro dia? É que eu não estou muito bem pra fazer nada hoje.

- Claro. Tem certeza que está bem? Se quiser eu posso te liberar pra ir a casa.

Olhei pra quadra. Eles estavam tão felizes juntos. Eu não posso ir agora sendo que quis que eles jogasse novamente.

- Não. Não precisa. Eu aguento. Obrigada.

- De nada. – Ele se afastou ainda mim olhando. Mirei pra quadra e percebi que André mim encarava parado no canto. Sorri forçada acenando com a cabeça e ele continuou com a mesma expressão e voltou a correr parcialmente me ignorando.


Isa: Julia, Julia, Julia.

Eu: Oi.

Isa: Quando chegar passa na casa de minha tia.

Eu: Claro, mas pra quê?

Isa: Eu quero contar algo.

Eu: E coisa boa ou ruim?

Isa: Acho que pra você e boa.

Eu: Pelo menos isso.

Isa: O que aconteceu?

Eu: Quando chegar eu te explico.

Isa: O Téo está aí?

Eu: Eu não o vi hoje não.

Isa: Não? Mas minha tia disse que ele estava no colégio.

Eu: Aí eu já não sei. Só sei que na sala ele não apareceu.

Isa: Aí meu Deus, onde esse menino está?

Eu: Por quê?

Isa: Nada, esquece.

O som do apito suou e eu desliguei o celular se levantando. Os meninos pararam de jogar e André e Joaquim se abraçaram. Fiz questão de sorri neste momento. Eles eram tão lindos juntos... Caminhei uns passos pra entrar na quadra e segui até eles.

- Minha irmãzinha querida. – Joaquim abriu os braços pra mim receber mas eu impedi.

- Não chega perto de mim. – Ele riu se afastando.

- Cuidado André, alguém pode roubar sua princesa de você. – Jorge passou ao lado de André provocando e riu se afastando rodando a boca com o dedo. Percebi André fechar o punho e trincar os dentes.

- Cara, não vale a pena. – Joaquim aconselhou.

- O que ele quis dizer com isso? – Perguntei confusa.

Joaquim movimentou a cabeça e eu segui o olhar pro ombro. Renato caminhava pra sair e só foi aí que percebi que foi pra ele que André trincou os dentes. André passou por meu lado sem falar nada. Ficamos observando o que ele faria, mas ele só passou direito, ultrapassando Renato e Jorge. Eu franzi a testa. O que eu havia feito?


Notas Finais


Hoje o capítulo está sem gracinha, mas foi o que deu pra fazer. Irei ficar bons tempos sem postar, pois quando acabar essa fic, eu quero ter capítulos prontos pra nova temporada 😥

Beijos :*


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