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História Unknown Love - André


Escrita por: alvera_Nanew02

Capítulo 67 - André


Suspirei entrando pela porta. Quando me virei, ela se levantou.

- O que faz aqui? – Perguntei pra Alicia.

- André... – Sua voz falhou. Seus olhos estavam vermelhos, e começou a encher d’água. – André, seu pai. – Ela começou a chorar.

- O que aconteceu com ele? – Joguei a mochila no chão indo á seu encontro. – Hey, calma. – Lhe abracei quando ela começou a soluçar. Alicia começou a mim apertar e chorar em meu peito. Mesmo com meus pensamentos sobre ela, me senti na obrigação de lhe consolar, mesmo não sabendo o porquê. Ela apertava minha blusa com a mão com força. – Me diz o que aconteceu. – Disse afagando seu cabelo.

- Seu pai morreu.

Neste momento me vi em uma escuridão...


Eu olhava um ponto fixo de meu quarto, produzindo cenas que podia ter acontecido no passado, o que aconteceu no presente, e o que podia acontecer no futuro.

Eu sabia que um dia isso poderia acontecer – não porque um dia todos morre, mas sim porque o que ele fazia era arriscado – mas não imaginava que seria assim. Ele tinha sido morto, perto da onde ele havia matado o cara. Duas balas no peito, e seu rosto estava deformado. Não sabia se ele tinha lutado, não sabia se ele levou um murro, não sabia se ele havia sido chutado, só sabia que ele não voltaria mais.

Seus parceiros estavam enlouquecidos, procurando quem havia feito tal barbaridade e procurava vingança como sempre acontecia quando matavam alguém de sua quadrilha. Mas aquele seria diferente. Seria pior. Seria vingança e morte por todo lado, só pelo simples fato dele ter sido o chefe. Está rolando boatos de que eles avisaram que não era pra ninguém sair de casa, porque ninguém sabia o que podia acontecer a partir de agora. Eles mataram o chefe, e os daqui não teria pena pra vingança. Sempre fora assim, era tipo uma tradição entre eles, mas agora seria muito pior. Muito mesmo.

- Tem certeza que não quer ir? – A voz de minha vó entrou em meus ouvidos. Eu olhei pra ela e concordei. Rosa estava trajada de preto, ela iria pra o velório, mas eu não queria ir. Insisti que ela ficasse, pois todos seus parceiros estaria por lá, mas ela insistiu que iria.

- Eu vou ficar. Vou cuidar dela. – Minha vó sorriu fraco.

- Me anima saber que você quer cuidar dela. – Ela veio até mim. Deixou um beijo em minha testa e sorriu de canto acariciando meu rosto. – Eu amo você.

- Eu também. – Retribui o sorriso singelo.

- Não demoro. – Concordei e ela se afastou saindo do quarto. Se virei olhando seu corpo adormecido e cansado. Sua cabeça estava pousada em meu travesseiro, seu rosto estavam com vestígio de lágrimas secas por causa da leve maquiagem. Afastei seu cabelo dos olhos e beijei sua testa.

- Eu tenho que ser forte pra cuidar de você, mãe. Mesmo você não tendo cuidado de mim na fase que mais precisei.


- André, eu posso dormir? – Lola perguntou coçando os olhos.

- Claro, vá descansar princesa. – Ela concordou e pegou o diário. Beijou meu rosto e saiu correndo. Voltou pra pegar a lancheira na mesa e eu ri quando ela se tombou na parede.


- Então meio que você a perdoou? – Julia perguntou.

- Eu não diria perdoada. Eu diria que estou lhe ajudando neste momento difícil. Dava pra ver no desespero dela que ela ainda sentia algo pelo Vicente. – Respondi.

- Então você a perdoou! – Ela comemorou e e eu revirei os olhos rindo. Ela estava escorada na mesa, enquanto eu tava sentado com a cabeça em seu peito e as mãos em sua cintura. Não tinha malícia a posição em que estava.

- Quando ela estiver melhor, voltaremos como era antes. Nada vai mudar.

- Você se prende demais, André. Talvez, a morte de seu pai foi pra que vocês se aproximasse. Você não pensou nisso?

- Isso não vai acontecer.

- Eu penso que vai.

- Já eu penso que não.

- Sua palavra é como meu cérebro pra matemática: Um nada. – Ri. Julia me fazia tão bem, mesmo eu estando um caus por dentro. Eu precisava disso. De distração pra não acabar me derramando à lágrimas. Fazia meia hora que estávamos assim, e eu gostava disso.

- Quando algo acontecer, como esse. – Comecei a falar olhando a parede da cozinha. – Fica comigo? – Ouvi seu coração bater rapidamente com o que disse.

- Eu sempre vou estar com você, sorriso. – Sua mão foi pra meu cabelo e eu concordei. Ficamos ali, calados só aproveitando o momento, quando meus olhos transbordaram água. Ela percebeu que eu chorava silencioso – porque molhou sua pele exposta do vale entre seus seios – e começou a mexer no meu cabelo. – Hey, calma, vai ficar tudo bem.

- Estaria tudo bem se ele não tivesse se envolvido nisso. Estaríamos como uma família agora. – Eu deixava as lágrimas caírem com calma, mas minha voz estava falhada pelo bolo que estava em minha garganta. Pela primeira vez que descobri sobre sua morte, eu estava chorando. Eu queria me fazer de forte pra Alicia, mas com Julia não consegui, só pelo simples fato de seu aconchego me causar variadas emoções.

- Eu sei, eu sei. – Ela se separou e levou as mãos em meu rosto. – Não chora... Eu estou aqui. – Concordei e ela juntou nossas boca limpando minhas lágrimas. – Vai ficar tudo bem. – Me beijou novamente e voltei a por a cabeça em seu peito

Ela voltou a mim distrair, porque sabia que se ficássemos calados eu voltaria a chorar.


Julia estava sentada em meu colo, enquanto brincava com minha mão na mesa. Ela ria parecendo a melhor coisa do mundo, enquanto colava minha mão nas cartas e tirava. Essa Julia é doida.

- Aquela mulher é um pouco com parafuso a menos. – Olha quem fala. Pensei rindo. Ela contava de sua vó paterna, dizia que ela era chata. – Ela me chama de Juliana desde de que nasci. Mamãe dizia que era por pirraça. Um dia eu coloquei na prova o nome Juliana, a professora ficou que nem louca perguntando quem era Juliana. Fiquei dias falando pra todo mundo que meu nome era Juliana.

Ela riu junto comigo.

- Quando fui fazer a identidade, eu quase errei colocando Juliana. Minha mãe só faltou matar minha vó, por ter mim acostumado a falar assim. Joaquim ela chama de João.

- E Felipe?

- Felipe não tem outro nome pra ela não, porque Felipe é o queridinho. Ela sempre implicou comigo e Joaquim, mas Felipe ela sempre defendeu. Ele que é pior, porque parece um capeta em forma de gente.

- Não fala dele assim.

- Vai defender ele também? Sério mesmo? – Me olhou por cima dos ombros.

- Uê...

- Ah, cala boca. – Ri e beijei sua bochecha. Ela gruniu irritada e bateu minha mão na mesa com força. Ficou assim por longo tempo e eu só ria. – Ela implica com os meninos os chamando de ladrãzinho e de pestes.

- Que meninos?

- Carlos, Bruno e Rafael. Rafael era a única pessoa pra ela que tinha pai rico e implicava. Todos que tenham condições ela se interessa, mas ele era diferente. Vovó começou a implicar mais com ele, quando ele começou a lhe provocar. Lhe chamava de tia, e ela odiava. Até que eles começaram a apostar. Tudo que ela implicava ele apostava ao contrário. Jogava várias notas de dinheiro na mesa. Era desperdício de dinheiro, mas era engraçado quando eles sentavam na mesa e jogava Burro. Isso era como uma tradição pra eles.

- E quem ganhava?

- Às maiorias das vezes era Rafael, outras era ela. No final ninguém levava o dinheiro porque meu pai não deixava. Papai se irritava com vovó porque ela fazia isso sendo que Rafael ainda tinha 14 anos.

- E quantas notas eles colocavam na mesa?

- Nunca passou de 500. Era tão desperdício de dinheiro. Você precisava ver, era por uma coisa tão besta e eles começavam a apostar. Pareciam duas crianças. Sabe com quem ela cismou?

- Quem?

- Omar.

- Por que?

- Porque Omar tinha acabado de sair de um baba quando foi me ver. Ele não sabia que ela estava lá em casa, e acabou que ela cismou que ele estava fedido.

- Se fosse comigo, ela iria cismar?

- Depende. Se você aparecer em casa todo cheio de suor, como Omar ela iria cismar. Se você não tiver cortado o cabelo ela iria. Se deixasse criar bigode ela iria. Se você aparecer com camiseta de banda e um boné, até mesmo com aquelas faixas que você usa as vezes, ela iria. Basta você ser educado e não rejeitar um pedido dela quando ela te mandar sentar. Responder todo o questionário de perguntas que fazer. Pegar sua mão e apertar enquanto dava um sorriso. Estiver com um perfume de marca boa. E contar que trabalha. Ela tem tratará como um verdadeiro anjo.

- Vou me lembrar dessas palavras quando for mim apresentar a ela. – Ela riu junto comigo.

Julia se levantou do meu colo envergonhada quando Alicia apareceu na cozinha.

- Desculpe, não queria atrapalhar. – Sua voz saiu baixa. Queria rir ao ver sua cara envergonhada por Alicia ter lhe pegado em meu colo. Eu não tinha levado na malícia Julia sentada. A propósito ela estava sentada de lado, brincando com minhas mãos nas cartas. Se fosse de frente, até que teria motivo pra ela se envergonhar – e eu até que levaria um pouco na malícia. Não me julgue, sou homem e Julia é linda demais pra mim aguentar essa tentação.

- Não atrapalhou. A gente só estava conversando. – Julia explicou.

- Posso me juntar a vocês? – Coçou o braço.

- Claro. – Julia concordou. Alicia sentou em minha frente com a mão na nuca e Julia ao meu lado.

- O que conversavam?

- Sobre minha vó. André tá com medo de se apresentar pra velha e ela não ir com a cara dele.

- Mentira. – Julia riu.

- É verdade. Ele é um medroso. – Julia diz rindo juntando as cartas e Alicia riu.

- Quem seria pior, seu pai ou sua vó? – Alicia perguntou.

- Mil vezes minha vó. Odeio admitir, mas pra conquistar a velha tem que ter dinheiro. Parece aquelas mães casamenteira de título de duquesa ou Condessa que precisa casar a filha com um príncipe pra poder ter mais dinheiro na conta. Ela odiou o fato de meu pai ter se casado com a mamãe.

- Por que?

- Porque mamãe não nasceu em berço de ouro como o papai nasceu. Meu tratará avô cresceu na área artística como músico. O cara era rico de pedra, morreu, os filhos ganhou a herança e ganhava mais dinheiro cada vez que seu disco vendia e todo mundo comia dinheiro pelo buraco do cu até não caber mais.

(KKKKKKKKKKKK BERRO. Julia me representando KKKKKKKK)

Minha mãe gargalhou. Julia olhou pra mim e começou a rir sem entender porque Alicia ria. Acabei sendo levado pelas risadas delas. Por esse e vários motivos que amo a Julia. A guria fez minha mãe rir falando de seus parentes. Eu sorri olhando elas rirem. Talvez essa seja a melhor cena que você verá hoje.


Olhamos pra trás, quando ouvimos a porta abrir. Eu e Alicia se olhamos estranhando quem estava na porta com ela.

- Vovô?

- Pai? – Eles pararam de trocar olhares quando chamamos ele. – O que faz aqui?

(🌚🔥💕)

- Ele já está de saída. – Minha vó disse.

- Filhos. – Ele sorriu pra minha vó e entrou de braços abertos. – Que alegria vê-los juntos.

- Que estranho ver vocês juntos. – Alicia disse dando ênfase no vocês e vovó lhe beijou na testa e veio até mim.

- Fomos casados querida. – Ele beijou minha testa.

- Mas não deixa de ser estranho.

- Por que vocês estão juntos? – Perguntei.

- Que bom que estão aqui juntos. Queríamos dar a notícia com a família completa. Eu e sua mãe e quando eu falo isso é pros dois, enfim, eu e sua mãe reatamos.

Ele sorriu e ela revirou os olhos.

- Ah, que babaca. – Minha vó reclamou saindo pra cozinha.

- Ela tá de TPM. – Fez cara de que aprontou.

- Seu rabo. – Minha vó diz na cozinha e ele riu.

(AHHHHHHHHHHH que amor 😍😍😍😍 Um tiro desses, bicho! 💕)

- Você não poderia ter um pai e uma mãe menos besta pra mim dar de avós? – Perguntei a Alicia fazendo mínimo com os dedos.

- Eu não sou besta. – Lhe olhamos. – Só um pouco. – Rimos juntos.

- Amor, cadê você? – Gritei.

- É a Julia? – Concordei.


- Eu não consegui ver não. Seu rosto estava deformado. – Rosa comentou com Julia.

- E sabe o porquê? Será que ele lutou?

- Dizem que não. Sua mão estava normal. Normalmente quando bate, a mão fica machucada e estava normal. Um dos amigos dele, me viu e disse que acham que chutaram a cabeça dele quando ele já estava morto. Nem gosto de lembrar, chega me arrepio. – Mostrou o braço e colocou a toalhinha no nariz. Elas ouviram André chamar mas Julia continuou no lugar. – Ainda bem que nenhum dos dois foram. Não conseguiram vê-lo.

- E estava cheio?

- Estava. – Balançou a cabeça. – Apesar dele ter mexido nessas coisas, ele era muito querido. Não bolia com ninguém daqui, pelo contrário. Tinha uma velhinha, que chorava horrores. Dizia que ele ajudava ela com as compras, a tratava como se fosse mãe. Os parceiros dele estavam tudo lá.

- E vem cá, os pais dele estava?

- Não. Eu conheço os pais dele, e não vi eles por lá não.

- Talvez não sabia.

- Ou talvez sabia e não pode ir. Eles moram fora do Brasil. Agora vê se pode, um cara que mexia nessas coisas mais era um cara legal e gente fina morre assim. Você que estava aqui, como eles ficaram?

- Quando cheguei Alicia estava dormindo. Eu distraí André um pouco, mas justo em um momento que estávamos calado ele começou a chorar em meu peito. Consegui lhe acalmar, e demorou um pouco ela acordou. Eles brincavam e tal, mas seus olhos estavam tão tristes que meu peito se apertava só de vê-los assim.

- E André não cismou com ela aqui não? Quando acordou? Seu namorado é tão bipolar no quesito mãe.

- Não, não. – Julia riu com o que ela disse. – Ele ta na paz hoje. Triste, mais na paz.

- Ainda bem que veio ficar com ele. Foi bom você ter distraído ele, principalmente ela, que estava em pânico. Ela gostava dele. E ficava falando pra mim toda hora de seu último beijo que ele deu, à meia hora antes que descobriu que ele estava morto.

- Sério? – Julia perguntou surpresa.

- Sim. Foi o que ela me disse. Disse que eles discutiram sobre André, porque ela mandou ele ficar longe dele. Disse que ele veio com uma história de que um dia eles três seriam uma família comum e normal. E depois ele beijou ela.

- Acho que o que ele sempre quis foi ter uma família com eles dois.

- Não só ele como ela também queria.

- A real, é que os três queriam ser uma família.


- André, cadê a Lola? – Minha vó e Julia saiu da cozinha.

- Chegou do colégio e foi dormir. – Respondi.

- Vou tomar um banho. Tirar esse cheiro de funeral. – Foi pra escada.

- Quer ajuda, Amor? – Vovó perguntou se virando e eu gargalhei.

- Você não cansa de ser um idiota?

- Só um pouquinho. – Sorriu insinuando com os dedos.

- Vai procurar ir pra casa vai! Cuidar de sua mulher.

- Minha mulher é você querida.

- Babaca. – Reclamou sumindo de vista.

- Sou louco por essa mulher. – Ele suspirou apaixonado. – Ela me xinga, me bate, me chama de cachorro sem vergonha, diz que me odeia, mas ainda sim sou louco por ela.

- Cê é casado. – Disse.

- Mas ainda sim sou louco por ela. Falar de louco, cadê a razão de sua louquice? – Me olhou.

- Ela está em pé ali, vovô. – Falei e ele olhou.

- Ah, é mesmo. É a metáfora da paixão que mim cegou. – Ri. Por isso que ele e Rosa se combina tanto. Dois loucos. – Julia querida, que bom te ver novamente.

- Oi. – Julia sorriu singelo e eu estranhei. Julia tinha se dado tão bem com ele.

- Ainda bem que te vi novamente. Queria saber porquê foi embora naquele dia e deixou o troféu que havia lhe dado por lá. Você se esqueceu?

- Sim, eu me esqueci.

- O Tino disse que você saiu correndo naquele dia. Por quê? – Ele cruzou os braços e levou a mão no queixo.

- Porque...

- Ela não vai falar. – Falei e ele me olhou. – Eu perguntei a mesma coisa e ela não quis falar.

- Não, deixe-a falar, eu quero ouvir ela falar. – Meu avô diz voltando a por a mão no queixo. Ele estava lhe testando. Julia engoliu em seco. Ela lhe olhava apreensiva, segurando a respiração.

- Foi sua mulher. – Ela soltou o ar.

- Sabia! – Disse apertando a almofada. Karen, Karen.

- Ela me acusou de ter roubado o troféu. Apertou meu pulso que fiquei dois dias com marcas vermelhas. Disse que estava com André por interesse porque sabia que você tinha condições, mas eu juro que não é por isso. Eu vim saber que André tinha um avô só naquele dia. Não foi por interesse nem nada, eu juro. Eu amo o André.

- Tá tudo bem. Pode ficar tranquila que nunca passou pela minha cabeça isso. Deu pra ver o quanto ama meu filho, mas quando isso vier acontecer, você tem que contar. De uma hora ou outra saberei, como sabia disso.

- Você sabia?

- Sabia. Como sei tudo o que acontece. Eu não sou burro, eu se faço.

- Se sabe o que acontece, porque ainda está com Karen? – Ele me olhou.

- Porque ela mim fez perder a mulher que tinha.

- Então ainda está com ela por prazer? – Perguntei incrédulo.

- Não, não estou com ela por prazer, porque se fosse teria outras mulheres pra isso. Estou com ela, porque sei que no final, ela não vai conseguir o que quer. Se não estou mais com a mulher que amo, ela também não estará com algo que ela ama. É assim que eu jogo.

- É isso mesmo, coroa, coloca ordem nessa bagaça. – Alicia diz gargalhando.


- André... – Todos olharam pra ela. Vovó parou de falar nos encarnado confusa. – O que foi? Por que estão me olhando assim?

- Isabela... – Lhe chamou pela chamada. - Ah, fala com ela aí! – Se estressou jogando o celular pra mim.

- If it was not for that plan, I would not be like that. – Ela começou.

- What happened when you went in there?

- What happened is that we kissed. He said it was a mistake and it was not for me to be deceived into thinking there might be something more.

- You like him, and he like you. You can not just clear dinner for him.

- I feel ashamed to have created things in my head about it, and it throws in the face that we can not. I do not want to face him after all this.

- Olha, eu realmente não sei o que dizer. – Suspirei voltando a falar português.

- Não precisa dizer nada. Não quero que se preocupe com meus problemas sendo que acabou de saber que seu pai morreu. Aliás, eu sinto muito por isso. Como você está?

- Estou bem. Além de estar morrendo de medo do olhar de Julia porque estávamos falando em Inglês. - Rimos. - Mas enfim, não desiste do jantar por causa dele. Qualquer hora eles vão descobrir que você está grávida, e vai ser pior pra você. Se abra com eles, eu sei que eles vão te entender.

- Tá bom. Vou fazer isso mesmo. Você está certo. Eu não posso se abalar por causa disso.

- Tudo bem. Espero que seus pais entendam e não pire.

- Tá, brigado e novamente eu sinto muito pelo seu pai. Desculpa não ter ido aí pra ti ver.

- Não ligue pra isso. Eu estou bem.

- Tem certeza?

- Sim. Não se preocupe.

- Tudo bem. Eu sei que você está mentindo, mas tudo bem.

- Tchau. – Ela se despediu e desliguei a chamada. – O que foi? Por que está me encarando assim? – Ri soprado.

- Nada. Não é nada.

- Ah, para de ciúmes vai. – Provoquei.

- Ciúmes? Eu? Magina.

- Vem aqui, vem. – Peguei seu braço mas ela puxou. – Grossa.

- Grossa é o tijolo que irei fazer voar em sua cabeça. – Gargalhei.

Na verdade eu estava mesmo mentindo. Eu não estava bem. Mas eu queria estar. Mas só com Julia aqui, já era bastante pra eu sorrir.

Ouvimos batidas leves na porta, e olhamos. Parei de rir ao poucos.

- André, tem um minuto? – Coçou o braço que usava uma manga longa de frio.

- Eu vou... Vou deixar vocês a sós. Licença. – Julia disse se levantando da cama e saiu do quarto deixando só ela e eu. Levantei e sentei na cama esperando ela dizer.

- Antes de seu pai morrer. – Ela começou vindo em minha direção. Olhei pra o lado incomodado dela ter dito dele. – Nós brigamos.

- Sinto muito. – Murmurei incapaz de lhe olhar.

- Eu também... – Sentou na na ponta da cama. – Ele queria que fossemos uma família. – Eu lhe olhei e meus olhos se encheu de lágrima rapidamente.

- Ele errou. – Limpei uma lágrima que caiu desesperadamente e voltei a olhar pro lado.

- Eu errei muito com você, igualmente ele. Mas por quê perdoou ele, e não a mim?

- Porque mesmo longe, ele estava perto. Ele tinha uma balança. E nesta balança, tinha mim seguir, e mim deixar livre como qualquer um pai. Mas eu sabia que, ele me protegia. Apesar de tudo, e todos. Mas você não. Você nunca teve essa balança. – Minha voz saia calma, as lágrimas caiam igual a ela.

- Se ele morreu, é porque Deus quis que ele me entregasse essa balança. Mas só você pode passa-la pra mim. – Pegou minha mão. – Deixe-me cuidar de você. Eu sei o quanto seu pai estaria feliz com isso.

- Eu preciso de um tempo.

- Tudo bem. Mas quero que saiba que. – Sua mão livre, foi pra meu cabelo e desceu pro meu rosto. – Eu amo você. – Limpou a minha lágrima.

- Ele não conseguiu isso. – Mexi meus dedos.

- Isso o quê?

- Ele não conseguiu dizer que me ama. – Alicia me abraçou e eu chorei em seu ombro lhe apertando forte.

- Ele pode não ter dito, mas eu sei que ele te amou muito. – Falava passando a mão em meu cabelo. – Você era a vida dele. Você é a vida de muitas pessoas André. Principalmente a minha.


Notas Finais


DES PA CITO! 😍🎶

Olá? Como vão? Eu vou bem, obrigada por perguntar hahaha
Primeiramente, desculpas a demora pra postar, mas pelo menos recompensei com cenas de Mãe e filho 😍😍😍

Espero que tenham gostado. E fique com orelhas abanando de curiosidade pra saber o que André e Isabela estava falando em Inglês. Vocês vão saber logo logo, no próximo capítulo (que ainda não fiz mas mesmo assim tô falando uma coisa que não tenho certeza 😂😂)

Boa noite (ou tarde se preferir) e desculpas ter deixado vocês baleados de tiros de Antônio e Rosa 😂😍

Kiss, e até breve ❤

DESPACITO 🎶🎶 (tô visitada nesta música)


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