Domingo; 02:47AM 01 de Janeiro de 2017
Ouço as sirenes da policia se aproximar cada vez mais que eu corro já sem fôlego, olho para Pietro em busca de ajuda, mas ele parece está tão perdido quanto eu, viro meu olhar na direção que Natália e Emma estão a correr, e por um descuido vejo Emma tropeçar nos próprios pés e cair, antes que eu perceba ela segura em minha perna e eu caio junto dela e assim ficamos ambas para trás.
"Natália!" - grito vendo-os cada vez mais distantes de mim e da Emma.
"Mais que merda" Emma grita eufórica tentando se levantar. "Anda America, levanta logo essa bunda do chão" Diz tentando me levantar.
"Não dá, acho que torci o tornozelo" Digo mexendo no mesmo "E alias, obrigada" Falo me levantando com dificuldade e solto um suspiro de cansaço.
"Droga" Diz Emma choramingando, olho pra trás e reparo o porque de seu desespero. Tinha dois policiais parados nos olhando, um deles pigarreia a espera que alguma de nós duas fale algo, troco um olhar com Emma e percebo que está tão nervosa quanto eu.
"Boa noite seu policial" Falo dando um pequeno sorriso de desespero.
Bem, vocês devem está se perguntando como que eu vim parar nessa situação, logo eu América Watson, uma simples adolescente de 17 anos. Acontece que sou uma garota muito azarada, as coisas desse tipo me perseguem, calma que vou contar cada detalhe dessa terrível situação...
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Sexta-Feira; 7:00AM 31 de Dezembro de 2016
Como de costume ouço o despertador tocar e me levanto, olho ao redor e solto um suspiro de empolgação, enfim hoje é a grande festa pela qual tanto esperei, dou um grande pulo da cama e corro para o banheiro, já tenho tudo programado para hoje então nada pode dá errado.
Pego meu celular e envio uma mensagem para Emma e Natália, minhas melhores amigas dês do primário.
América: É hojeee meninas!!
Natália: Eu seeei
Natália: To muito empolgada, omg
Emma: Vão dormir, meu Deus, ta muito cedo!!
América: Cala a boca Emma
América: Enfim é hoje, um ano esperando
América: E enfim chegou
Natália: Primeira coisa da lista: Fazer compras
Emma: Ok! Vou tomar banho, Natália, passe aqui em meia hora e depois vamos pegar a Meri.
Natália: Ok.
América: Ok, até.
Travo o celular e coloco encima da bancada do banheiro, corro para o box, tiro minhas roupas e ligo o chuveiro, tomo um banho quente e rápido e o desligo, pego minha toalha e me enxugo, coloco no cabelo enquanto saio do box, pego meu celular vendo as horas, 07:31h.
Corro para o quarto e jogo o celular na cama, vou até o guarda-roupas e o abro, pego uma calça preta e uma blusa de mangas compridas branca, visto as roupas intimas e em seguida a roupa, solto meu cabelo e o ajeito, pego um tênis o calçando com um pouco de presa, vou até a cama, pego meu celular, coloco no bolso da calça e desço até a cozinha, vejo minha mãe conversando com Valentina, a cozinheira que trabalha aqui em casa dês de que nasci, então ela já é até da família, estava fazendo algumas torradas e rindo junto de minha mãe, meu pai está sentado lendo um jornal, ambos olham para mim e sorriem, sorrio para eles de volta. "Bom dia" Falo e vou até meu pai e dou um beijo em sua bochecha, em seguida na bochecha da minha mãe e logo após na de Valentina, pego uma torrada e um pouco de suco, me sento me juntando na mesa.
"Vou sair com as meninas daqui a pouco, hoje é a festa de final de ano e vamos comprar algumas roupas para usar hoje a noite" Falo e tomo um gole de suco, uva, meu preferido.
"Tome muito cuidado nessa festa, querida, sabe como são os jovens de hoje" Minha mãe diz e se senta do meu lado.
"Não se envolva em problemas, América, não dessa vez." Dessa vez quem diz é meu pai, desviando o olhar do jornal para mim.
"Ah gente, pelo amor de Deus, eu tenho juízo" Assim que termino de falar, não sei porque, mas meus pais caem na gargalhada me fazendo revirar os olhos. Ouço uma buzina e me levanto, mais uma vez, salva pelo gongo.
"Tchau mãe, tchau pai, tchau Val, o suco estava uma delícia." tomo um último gole de suco e saio correndo, vejo o carro de Natália e entro logo em seguida.
"Ah graças a Deus hein América, já estamos aqui fazem uns quinze minutos" Natália diz um pouco sem paciência.
"Calma lá Natália, nem é pra tanto, só estamos aqui no máximo á uns cinco minutinhos." Emma diz dessa vez e sorrio. Natália começa a dirigir até o shopping e eu riu um pouco. "Dá para acreditar que é hoje?" Digo e vejo Natália sorrir. "Festa, gatinhos, bebidas, gatinhos, diversão, eu já disse gatinhos?" Ela fala e todas rimos ao mesmo tempo. Natália é a garota de 18 anos que mais pega garotos nesse mundinho, segundo ela, boca é feita pra beijar mesmo, e não só uma, várias, porquê assim não tinha tantas bocas por aí.
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Já no shopping, compramos algumas roupas e acessórios que iríamos usar na festa mais tarde, fomos comer algo e ficamos conversando por um tempo.
"Ouvi alguns comentários de que o irmão da Lindsey vai vim para a cidade, e que ele é um gato." Emma fala com um sorriso no rosto, Natália olha pra ela com o mesmo sorriso e em seguida olha para mim "Meri, você nunca viu ele? Já que conhece a Lindsey dês de mais nova."
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"Pena que é irmão justo daquela víbora" Emma diz e todas fazemos cara de nojo ao mesmo tempo.
Lindsey era a garota mais cruel de todo esse mundo.
Lembro-me quando eramos crianças e ela vivia implicando comigo, e hoje não é muito diferente. Uma vez, quando estávamos no parquinho, ela colocou o pé em minha frente enquanto eu corria e caí mesmo com a cara no chão, não foi nada legal, pois todos riram de mim, mas no dia seguinte, decidi me vingar, na aula, eu costumava sentar um pouco distante dela, mas nesse dia decidi ficar atrás dela, peguei uma tesoura e cortei seus cabelos. E hoje, bem, não mudou muita coisa, no inicio do ano ela prendeu minha saia na cadeira e quando me levantei, bem, rasgou tudo, na frente da classe toda. E eu, para me vingar, esperei uma semana dessa vez, para poder pegar ela quando menos esperar, e então enchi o armário dela com alguns balões de tinta, quando ela abriu, fez com que todos explodissem em seu rosto.
Volto para realidade e olho para o meu prato.
"Não, eu nunca vi ele antes. Olha só Emma, prova esse fígado, ta uma delícia." digo colocando o garfo com um pedaço de fígado em sua boca.
"Eu não posso comer fígado, América." fala mastigando bem devagar e fazendo careta.
"Ué, e qual o motivo?" pergunto colocando o garfo de volta no prato.
"Me dá gases" fala quase em um sussurro.
"Oi? Eu não ouvi direito." Falo prendendo o riso.
"Me dá gases" ela diz um pouco mais alto e começo a rir descontroladamente.
"Emma, não olha agora, tem um carinha ali, de camiseta azul que não tira o olho de você já faz um tempinho." Natália diz baixinho olhando para Emma.
"Onde?" Falo praticamente gritando e olhando para trás.
"Meu Deus, América, para." Olho para Emma e vejo que ela está vermelha.
"Gente, tem que olhar mesmo, vai que o carinha é um maluco? Já ouvi dizer que quem fica encarando uma pessoa por um certo tempo é porquê ta apaixonado ou quer te matar." Digo voltando a procurar o tal garoto.
"Ou então porquê ta afim de te comer." Natália diz com um sorrisinho nos lábios.
"Ele ta ali ó" Natália completa apontando para o garoto com seu garfo.
"Meu Deus, vocês me matam de vergonha." Emma diz enquanto esconde seu rosto entre as mãos.
"Olha Emma, boa sorte, o garoto ta vindo pra cá." Digo me levantando.
"Seja você mesma, Emma." Natália diz e logo se levanta também.
O menino chega e dá um breve sorriso para mim e Natália, retribuímos e logo deixamos eles lá.
"Ela cresceu tão rápido." Digo enquanto ando ao lado de Natália. Ela rir e concorda com a cabeça "Daqui a pouco vai ta querendo sair sem a gente" Ela fala e põe a mão no coração em sinal de tristeza.
"Vamos, quero sorvete" Falo a puxando para sorveteria.
"Garota, você tem um buraco nesse estômago?" Diz me olhando incrédula. Reviro os olhos e ignoro sua pergunta.
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Coloco a roupa que comprei mais cedo encima da minha cama, tiro minha toalha, pego minhas roupas íntimas e visto, vou até a penteadeira, passo um batom vermelho escuro, volto até a cama e visto o vestido, que fica justo em meu corpo, solto meus cabelos e calço saltos também vermelhos.
Me olho no espelho pela última vez e sorrio com o resultado. Pego meu celular e vejo que já são 21:47PM, guardo o celular em minha bolsa e desço correndo até a sala.
Vejo meus pais conversando com Natália e Emma, sorrio e vou até eles.
"Então meninas, vamos?" Digo e todos olham pra mim.
"Uau amiga, ta gata." Emma diz e pisco pra ela, rimos e Natália levanta girando as chaves do carro em seus dedos. "Ta afim de uma carona, gata?" Ela fala e todas rimos.
Meus pais me falam algumas coisas típicas de pais e logo depois saio com as meninas.
Passamos o caminho todo falando das coisas que queríamos fazer na festa. Emma queria beber até não lembrar mais o nome, Natália queria beijar o máximo de bocas possíveis. E eu, bem, quero tentar não me envolver em problemas dessa vez.
Passamos mais alguns minutos conversando no carro até chegarmos na festa, saio do carro com a maior empolgação do mundo e olho para as meninas que estão tão empolgadas quanto eu.
"Vamos, que hoje eu quero beijar muito!!" Natália grita levantando as mãos para o alto e trava o carro em seguida, vem correndo com um pouco de dificuldade por causa dos saltos até mim e Emma.
Sorrio para mim mesma e grito com bastante empolgação "É isso aí." Puxo as duas até a entrada da festa e logo avisto várias pessoas, algumas fumando, outras dançando loucamente e super bêbadas, outras pessoas mais para o fundo se pegando.
"Vem, vamos logo pedir algo para beber" Digo um pouco alto por causa da música que está tocando, Lush Life, da Zara Larsson.
Olho para os lados a procura de Natália e logo vejo ela conversando com um garoto ruivo. Meus Deus, essa menina não perde tempo. Solto uma risada baixa e vou com Emma até o bar.
Olho para o barman e peço duas bebidas, me sento com Emma de frente para o balcão. O barman, que aparente ter uns 27 anos pisca para Emma e prepara as bebidas nos entregando logo depois. Olho para Emma com um sorrisinho no canto de meus lábio e vejo ela revirar os olhos.
"Nem pense nisso." Ela diz apontando o dedo para mim, tentando parecer séria.
Começo a rir e a mesma fecha a cara tomando um gole de sua bebida. Ela se levanta e dá um tchauzinho para mim "Aproveita a festa Meri, que eu vou aproveitar do meu jeito." Ela pisca e sai, me deixando sozinha. Suspiro e tomo minha bebida em apenas um gole, me levanto e vou para a pista de dança, que dessa vez, estava tocando Side To side, e eu amo essa música! Rapidamente começo a dançar conforme o ritmo da música.
Olho para o lado enquanto danço e vejo que um grupinho de garotos me olham com atenção, sorrio e pisco para eles dançando um pouco mais devagar, conheço muito bem esse tipo de garoto, fica em um canto parado com alguns amigos procurando alguma garota qualquer que saiba dançar bem e que seja gostosa apenas para come-la e no dia seguinte dá tchauzinho. Confesso que já passei pela situação de ser a garota algumas vezes, mas agora, apenas provoco um pouco e quem dá tchauzinho sou eu.
Depois de continuar dançando um pouco mais, vejo que um dos garotos vem em minha direção, quando ele sorri pra mim, eu sorrio de volta parando de dançar. Ele olha para o meu corpo e vejo que morde seu lábio, ergo uma de minhas sobrancelhas e pergunto para adiantar um pouco a conversa. "Então?"
Ele me olha e abre um sorriso tomando um gole de sua bebida.
"Dança muito bem." Diz e eu solto uma risada baixa.
"Agora me diz algo que eu ainda não sei." Digo cruzando meus braços. Ele olha para meus peitos e reviro os olhos. "Tarado!"
"Tarado não, olha o respeito aí, dona eu sei dançar e não precisa me dizer isso."
"Respeito? Quem me deve respeito aqui é você que fica olhando para os meus peitos."
"Pode pá que não olhei para os seus peitos coisa nenhuma, eles que estavam na frente dos meus olhos."
"Ah pelo amor de Deus, vai me dizer que não veio aqui só pra tentar me levar para a cama e amanhã cedo sair falando que tem um compromisso e que vai me ligar só que na verdade nem sabe meu número?"
Ele solta uma gargalhada um pouco alta e eu reviro os olhos mais uma vez.
"Você é maluca." Ele diz ainda rindo um pouco.
"E você um tarado." Digo me virando para sair de lá quando ele segura meu braço me fazendo parar, olho para ele novamente e ergo a sobrancelha.
"Na verdade, eu vim aqui porque meus amigos e eu queríamos saber se você não quer participar dos jogos e fazer parte da nossa equipe." Ele diz me deixando mais animada. Os jogos são as principais atrações para essa festa, todo ano tem, porém poucos participam, apenas cinco equipes, sete participantes em cada, e uma taxa de vinte e cinco mil por cada participante. O resto das pessoas que não participam dos jogos, fazem apostas nos grupos, vendo quem ganha por cada partida, eu nunca havia jogado antes, mas agora, eu tinha minha chance. O problema dos jogos, é que você nunca sabe quais desafios terá de enfrentar, ano passado, tiveram de dá um soco na cara de um policial e voltar sem ser preso. Mas também era isso que deixavam todos curiosos e querendo jogar.
Olhei para o garoto em minha frente, soltei um longo suspiro e disse "Eu não trouxe dinheiro suficiente para pagar."
Ele sorriu e falou com calma "Já está tudo pago, só faltava pessoas para a equipe, sou eu e mais três amigos, eles foram procurar outras duas pessoas e eu disse que ia chamar a garota gostosa que estava dançado."
"Então é tarado mesmo." Digo e fico pensando um pouco, até que finalmente falo "Eu aceito, quero fazer parte da sua equipe."
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