1. Spirit Fanfics >
  2. Valentes guardiões >
  3. Capitulo 3: Encontro molhado

História Valentes guardiões - Capitulo 3: Encontro molhado


Escrita por: Anjoescritor10

Notas do Autor


Aí está tomara que gostem.

Capítulo 3 - Capitulo 3: Encontro molhado


Jack, Soluço e Banguela já estavam bem longe de Berk, e se afastavam cada vez mais, continuavam se divertindo. Soluço saltou de Banguela novamente e planou no ar ao lado dos amigos, sempre que fazia isso, dava um gosto especial às aventuras, perceberam que iam em direção a uma floresta enorme e úmida. Soluço montou em Banguela novamente e ambos pousaram na floresta.

— E aí Banguela, acha que devemos incluir esse lugar no mapa?

Banguela não respondeu nada, apenas lambeu Soluço fazendo-o cair no chão reclamando. Jack riu, não era a primeira vez que via aquilo, mas sempre que via, era algo engraçado.

Uma coisa que nem Soluço e nem Banguela sabiam, era que Jack tinha o costume de viajar sozinho algumas vezes, maioria delas no meio da noite. Jack visitou lugares que Soluço adoraria desenhar, já conheceu outras culturas e aprendeu com elas, por isso não se considerava um viking.

Fazia isso porque adorava voar por aí, mas muitas vezes Soluço e Banguela estavam ocupados. Invocava o vento para ajudá-lo, já foi em lugares tão distantes que quando neles era dia, em Berk era noite.

Por isso Jack estava reconhecendo aquela floresta, lembrou-se que não foi muito bem recebido, uma panela foi arremessada contra ele, junto com uma chuva de lanças, flechas e armas que não foram feitas para lançamento, tudo naquela região. A primeira coisa que passou pela sua mente na hora era que tinham que sair de lá, mas queria se certificar se era o lugar que estava pensando que era.

—Soluço fica aqui, eu vou dar uma olhada no local – disse Jack já voando.

Soluço estava tentando se livrar da baba se esfregando em uma arvore, e para sua surpresa, a baba estava saindo.

Jack sobrevoou a floresta procurando um específico lugar que provaria sua teoria, evitava ir mais longe, pois se estivesse certo causaria sérios problemas.

 

Paralelamente, Merida voltava pra casa em cima de Angus, cavalgava ansiosamente, cada parte de seu corpo estava molhada e seu arco e flechas estavam bem guardados. A ruiva sorria, estava desfrutando a sensação das gotas de água se chocando contra seu rosto e seus cabelos. Ainda que estivesse cavalgando rapidamente, tudo ao seu redor parecia estar lento.

Merida soltou as rédeas, estendeu os braços para os lados e ia soltar um grito. Parecia algo maravilhoso a se fazer, mas foi uma péssima ideia, quando menos esperou, Angus freou bruscamente fazendo Merida voar mais de um metro longe do cavalo, e o grito de liberdade se tornou um grito de susto, quem visse aquela cena teria rido na mesma hora.

—Angus! – gritou ela certamente com raiva.

O gritou ecoou pela floresta.

Merida não falou nada depois que viu o motivo para que Angus freasse daquela maneira.

Há alguns metros, tinha um pássaro revestido de uma luz azul que cantava baixo, mas também alto o suficiente para que Merida pudesse ouvir de onde estava.

Merida ficou perplexa quando olhou aquilo, andou lentamente até a luz mágica, quando ia tocar nela, a mesma se multiplicou em uma trilha que levava para um caminho.

Merida sorriu, sabia que aquilo significava que uma aventura viria pela frente.

Imediatamente correu até Angus e montou no cavalo enquanto ria.

Merida cavalgou rapidamente seguindo o caminho que as luzes mágicas indicavam.

 

Enquanto isso, Jack achara o lugar que temia encontrar. Na mesma hora em que o viu, voltou imediatamente para o amigo e falou desesperadamente:

—A gente tem que dar o fora daqui!

—O que?! – disse Soluço sem entender voltando-se para Jack – Por quê?

—Não posso explicar agora, nós temos que ir! – disse Jack empurrando Soluço para cima de Banguela – Vamos logo!

—Qual é, fica calmo – disse Soluço.

O viking estranhava o jeito que o amigo agia, nunca o viu assim, nem mesmo em suas viagens, nem quando ia receber bronca ou chicote dos pais.

Continuava a olhar o amigo com certa estranheza, mas algo mais misterioso chamou sua atenção, uma pequena luz azul, à esquerda de Jack, alguns metros mais atrás havia surgido do nada.

—Aí olha só aquilo – disse Soluço apontando.

Jack se virou e também estranhou aquilo, na única vez que visitou o lugar não teve tempo para ver coisas do tipo.

Banguela pulou batendo as asas algumas vezes para chegar até a luz, tentou pegá-la, mas a mesma desapareceu. O dragão olhou ao redor procurando a luz azul, mas não a encontrou em nenhum lugar. A luz reapareceu atrás de Banguela que ao tentar pegá-la acabou caindo, pois havia tentado passar entre as próprias pernas.

Soluço passou por Jack, que ao perceber não gostou nem um pouco. Aquela luz era com certeza mais um motivo para Soluço demorar a ir embora. Jack chegava a preferir mofar num canto esperando o amigo desenhar uma paisagem do que ficar naquele específico lugar podendo voar o quanto quisesse.

O grisalho estava desesperado, chegava a puxar os cabelos, rezava para que aquele não fosse seu último dia de suas vidas.

—Aí olha só! – disse Soluço que se encontrava a frente de várias outras luzes que formavam uma trilha pela floresta – Vamos ver aonde vai dar.

Logo puderam perceber que as luzes azuis tinham a forma de um pássaro com cabeça grande, Banguela pulava em cima delas, logo se assemelhara a um gato brincando, aquilo arrancou algumas risadas de Soluço.

Enquanto andavam, Jack fazia de tudo para tentar fazê-los mudar de ideia. Dizia que o clima era ruim, que as luzes não dariam em lugar algum, ou que lá era chato, chegava a dizer que faria qualquer coisa para irem embora, nunca lhe passou pela cabeça dizer a verdade, acreditava que os amigos ficariam zangados ou chateados se descobrissem que ele ia em aventuras sem eles. Nada que o garoto falou fez o viking e o dragão mudarem de ideia.

Banguela começou a correr na floresta obrigando Soluço a correr também, e Jack a voar atrás dele.

Não foram muito longe de onde estavam. Encontraram Banguela brincando com a luz azul. O dragão estava sobre as patas traseiras, tentando pegar a luz com as patas dianteiras, mas esta se afastava do dragão ao mesmo tempo em que parecia assoviar, parecia estar brincando com ele de propósito.

Ao encontrarem o parceiro de voo, os dois ficaram mais calmos, andaram até Banguela, mas quando se deram conta de onde estavam, ficaram perplexos. Estavam a céu aberto, ao redor deles tinham pedras enormes formando um circulo.

—Uou!

—Uou!

Disseram lentamente e ao mesmo tempo.

Banguela continuava brincando com a luz.

 

Enquanto isso, Merida cavalgava, alguns momentos se passaram quando ela começou a reconhecer o caminho que a luzes mostravam.

Cavalgou mais rápido depois da descoberta, Merida agora tinha um sorriso grande no rosto.

Ao chegar perto do lugar onde acreditava que fosse o destino, desceu de Angus, nem sequer pensou por que fez isso, apenas fez.

Puxou Angus pelas rédeas e foi lentamente até o lugar, um grande sorriso se formava em seu rosto, mas acabou desaparecendo quando percebeu que no lugar, haviam dois garotos estranhos no local, um tinha cabelos brancos, estava descalço e tinha um cajado, o outro tinha cabelos castanhos, usava roupas estranhas e tinha baixa estatura. Sua verdadeira preocupação era uma criatura enorme, de escamas, asas, garras e presas rolando no chão.

Merida entrou em pânico e se escondeu em uma das pedras, quando ouviu Angus bufar, pôs a mão direita em seu focinho fazendo “xiii”. Depois puxou Angus para ficar junto dela escondendo-o também.

Os garotos ouviram o galopar, mas foi tão baixo que acreditaram que havia sido só impressão, mas Banguela tinha audição melhor, e se pudesse falar a língua dos homens, afirmaria que tinha alguém ali sem a menor sombra de dúvida.

Merida continuou escondida, deitou o rosto na pedra para ouvir o que falavam, e o que ouviu não era nada daquilo que esperava.

O garoto de cabelos castanhos bateu numa das rochas e falou: “Não foram esculpidas.”

Olhou a base da pedra e falou: “Mas alguém as colocou aqui.”

Soluço era quase um mestre quando se tratava de examinar, analisar e diagnosticar coisas, pessoas e dragões, havia aprendido com Bocão, Valka e algumas com Stoico. Suas análises eram confiáveis.

Jack havia se esquecido completamente que queria sair de lá, mas quando ouviu Soluço dizer que alguém havia colocado as pedras lá, lembrou-se imediatamente, e resolveu usar como pretexto: “Viu só, se alguém as colocou aqui pode ser perigoso, eles podem ser canibais, bárbaros ou coisa pior!”

Soluço balançou a cabeça, quase como se estivesse desapontado com o amigo, mas estava sorrindo.

O viking viu algo diferente em uma das pedras, foi até ela, olhou ao redor passou e a mão e concluiu, aquela pedra havia sido derrubada e reerguida.

Soluço foi até Jack dizendo o que descobriu.

Enquanto conversavam, Merida já estava com seu arco e flecha em mãos, não sabia quem eram, e embora estivesse interessada em saber, não se arriscaria fazendo isso. A única coisa que ela sabia, era que eles não eram de lá, e que um deles se vestia como viking, um de seus inimigos mortais. Pensou que se fugisse eles a alcançariam antes que ela chegasse na cidade ou no castelo, para ela só havia um modo de sair de lá.

Merida respirou fundo, nunca se incomodara de matar peixes, caças e homens transformados em ursos, mas dois humanos, e ainda tão jovens... Era algo diferente.

Por um momento abaixou a cabeça, se sentiu gelada e sua visão ficou turva, mas imediatamente respirou fundo e de repente tudo passou. Merida apontou a flecha, mirou no garoto de cabelos castanhos que sorria com o amigo sem perceber nada.

Seu coração estava acelerado, por isso respirou de novo. Soltou o ar lentamente como se quisesse mirar novamente no centro de um alvo que já tinha uma flecha. Havia se tornado senhora de si naquele momento, acreditava que não sentiria culpa depois daquele tiro, mas ainda se lembrava da fera e do outro garoto que com certeza reagiriam dentro de poucos instantes.

Tudo pareceu ficar escuro na hora, como se a luz do sol tivesse sido ofuscada, Merida soltava a flecha lentamente, mas a corda ainda não a lançou. Faltava um movimento curto com os dedos para soltar a flecha e acertar o garoto.

Mas algo fez Merida errar o tiro, a criatura negra de olhos verdes apareceu na mesma hora rugindo e mostrando todos os dentes. Merida se jogou para trás gritando e caiu sentada, olhou para a trilha por onde tinha vindo querendo fugir, mas a única coisa que viu foi Angus fugindo rapidamente.

Merida estava apavorada, estar diante daquela fera era pior que estar de frente com M’ordu, achava que morreria naquele instante, mas a fera se aproximava lentamente dela, descendo da pedra, enquanto a mesma recuava inutilmente.

Alguns segundos antes Jack e Soluço ouviram o zumbir da flecha que havia acertado uma das pedras. Ainda assim não viram quem os espionava, mas quando ouviram Banguela rugir correram imediatamente sem saber o que estava acontecendo.

Ao ver que Banguela se aproximava lentamente de Merida, Jack tentou segurar Banguela pelo pescoço e Soluço ficou na frente dele esticando as mãos enquanto mandava o dragão parar.

O dragão obedeceu, mas Merida estava tão assustada que achava que seu coração pararia a qualquer momento. Sua visão ficou escura, seu corpo caiu no chão e a última coisa que havia visto foi o céu com algumas nuvens e alguns galhos de arvore.

A garota já não estava mais acordada.


Notas Finais


Aí está tomara que tenham gostado...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...