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História Valentes guardiões - Capitulo 6: Aliança entre vikings e escoceses


Escrita por: Anjoescritor10

Notas do Autor


Aí está, por favor, eu sei que este capitulo pode não condizer com a expectativa dos leitores, mas aí está.

Capítulo 6 - Capitulo 6: Aliança entre vikings e escoceses


Já era a manhã do outro dia, os soldados da Escócia se preparavam para partir para a luta, tinham a simples estratégia de tomar a ilha, eliminar os vikings e expulsar os dragões.

Levavam todo o tipo de carregamento: comida, armas, armaduras, roupas, primeiros socorros, catapultas, velas reservas, entre outros, em uma guerra contra dragões e vikings, tudo podia acontecer.

Merida não sabia o que fazer, não tinha voz e nem vez para tomar decisões em assuntos de guerra, se falasse a verdade, causaria uma grande confusão, além de provavelmente ser proibida de falar com os amigos, também poderia recair sobre ela o peso de seus atos, e de certa forma causar a infâmia de sua família, e talvez a desconfiança de seu povo. As conseqüências que passavam pela cabeça de Merida naquela situação eram inúmeras e cada uma pior que a última.

Merida olhava os soldados abastecendo as embarcações, o tinir das armas faziam imagens horríveis de guerra vir à sua cabeça, olhou seus irmãos brincando com armas, e por um momento achou algo desumano colocar armas em mãos de crianças, Merida havia se tornado sensível naquele momento.

A princesa foi andando até a embarcação, mas um soldado a obstruiu.

—Sinto muito milady, não posso permitir que passe daqui, navios de guerra não é lugar para mulheres!

Merida se sentiu duplamente ofendida, primeiro por a terem obstruído, e segundo por dizerem que navios de guerra não eram para mulheres.

—E daí?! Vai me impedir de entrar assim?!

—Sinto muito, mas se eu a deixasse entrar seus pais arrancariam minha cabeça.

Merida pensou em responder algo bem mal-humorado, mas sua mãe estava perto de mãos dadas com Fergus, dando-lhe adeus e desejando que voltasse vivo.

A ruiva viu algo contra e algo a seu favor, sua mãe estava perto, se fizesse uma confusão com o soldado, ela poderia descobrir suas verdadeiras intenções e com certeza repreendê-la por isso, mas, Elinor também estava distraída, significava que poderia entrar sem que ela percebesse.

Merida se afastou do homem lentamente. Assim que o soldado se virou para ajudar a carregar as caixas que faltavam, Merida olhou ao redor e procurou algum lugar para ela se esconder, e chegou à conclusão que eram nas caixas, baús e barris que os homens levavam.

A garota encontrou um baú que era perfeito, tinha quase um metro e meio de comprimento e quase um metro de altura, de longe podia se ver que era espaçoso. Merida o abriu e viu que tinha muitas frutas dentro, todas em sacos. Olhou ao redor e viu que ninguém a observava. Cuidadosamente, retirou a comida e a jogou no mar, tentando eliminar qualquer suspeita, havia jogado fora metade dos sacos que havia na caixa, depois entrou no baú.

Demorou alguns minutos para que a levassem, estava um pouco longe das outras caixas, Merida pôde ouvir alguns comentários que não a agradaram nem um pouco: “Está mais pesado do que de costume!” “Concordo!”

No fim da viagem, Merida suspeitou que aquele baú foi o último a ser levado, não ouviu ninguém mais entrar na sala de ração para guardar alguma coisa.

Abriu a tampa da caixa e olhou ao redor, a luz era escassa, somente algumas brechas de luz entravam, o lugar era empoeirado e estava cheio de sacos, caixas e barris.

A jovem intrusa sabia que demorariam a chegar ao destino. A noite chegou e Merida não conseguiu dormir, havia passado a noite em claro, preocupada com os amigos, só pôde sentir conforto quando acreditou estar fazendo alguma coisa para salvar a vida deles e de seu povo, por isso se permitiu dormir ali mesmo, colocou uma flecha na tampa para deixar o ar entrar – levara consigo seu arco e flechas.

Algumas horas se passaram, ainda era noite e o balançar das águas dava um efeito sonífero em Merida.

No outro dia, a manhã já havia se passado, era meio dia. Ela acordou com a boca seca, viu perto de si, um saco se maçãs e começou a comê-las, só sobrava o talo que Merida deixava no fundo do baú, o suco das maçãs molharam-lhe a língua e ela já não sentia mais a boca seca.

A ruiva sabia que em breve iriam comer, por isso, se prontificou, pegou suas armas e se escondeu atrás de um barril, em um canto escuro, ficou assim até que todos entrassem e pegassem a quantidade específica de ração e comessem do lado de fora, afinal, não havia sentido comer na escuridão quando se podia comer na luz do sol.

Merida ficou naquele canto pensando no que devia fazer, imaginava como seria quando chegassem, o que aconteceria se seu povo guerreasse e perdesse a batalha, pensou no que aconteceria com seu pai, seus irmãos, sua mãe, seus empregados, até com Angus. Ela bem sabia que tinha um exercito numeroso e relevante naqueles navios, e nenhum deles já havia enfrentado dragões, nem vikings de Berk.

Não podia ver luz suficiente na sala de rações, mas era possível distinguir se era dia, ou noite, e ela pôde ver que o sol se pôs, e que a lua já subiu ao céu, aquilo a fez lembrar-se de Jack e suas historias conversando com a lua, e Merida que não era incrédula, acreditou em cada palavra, ela sabia que aquilo não era mentira, já tinha visto muita coisa para não acreditar nesse tipo de historia.

Ela dormiu ali mesmo naquele canto escuro e desconfortável aquela noite, não podia fazer nada, uma vez ou outra sempre aparecia alguém que chegava para roubar ração ou comer fora de hora, na maioria das vezes era Fergus, fazendo Merida pensar que sua mãe devia saber daquilo.

No outro dia Merida acordou, sentiu que não havia dormido direito, afinal, dormir num lugar, frio, duro, empoeirado, onde tinha que se encolher para não ser vista, não era algo que pudesse dar o conforto e o descanso necessário a alguém.

Andou um pouco para esticar os músculos, se espreguiçou, e comeu de novo, sentia que seus órgãos estavam dormindo ainda.

Enquanto andava ouviu uma voz conhecida dizer: “Estamos chegando majestade, faremos um ataque noturno e acabaremos com eles!”

Merida saiu do canto e espiou por um buraco da porta , que provavelmente foi feito por uma espada jogada com força que atravessou a porta da sala de rações, afinal tinha muitas batalhas nos navios, umas por causa de inimigos, outras por causa de intrigas entre os tripulantes, e outras por apenas e simples entretenimento.

Lorde Macintosh havia dito aquilo.

—Ótimo! – disse Fergus – vamos ficar aqui e descansar, preparem as armas e as armaduras.

Merida continuava olhando pelo buraco, quando achou que viu lorde Macintosh notá-la, correu imediatamente para o canto onde havia passado a noite.

Lorde Macintosh entrou com uma espada na mão, tinha um olhar de quem suspeitava de algo, puxou uma espada e começou a andar lentamente pela sala, Merida tapou a boca com as duas mãos, a sombra do homem passou por ela umas três vezes – agora a porta estava aberta e a luz entrava. Merida se encolheu no canto, mas sem querer acabou fazendo um barulho que chamou a atenção do lorde, o mesmo fixou a mão na espada e foi até o barulho com olhar sério, nunca um homem com cabelos de mulher causou tanto pânico em Merida. A garota se encolhia cada vez mais, à medida que o lorde se aproximava, ele ia tirar o barril do canto, mas assim que pôs a mão em cima do mesmo, apareceram alguns ratos que fizeram o homem sair correndo e gritando como faria uma menina com menos de dez anos.

Conhecendo o lorde arrogante, Merida com certeza sabia que ele inventaria uma historia em que ele havia encontrado alguma criatura perigosa, mas que já havia dado um jeito nela, independente de seu grito.

Merida tirou as mãos da boca e suspirou.

O tempo passou novamente, os soldados comeram a ração de novo e Merida se escondeu, esperou o tempo passar da forma mais desconfortável possível. O tédio era para Merida um sonífero que queria fazê-la dormir novamente, mas Merida sabia que tinha uma importante missão a cumprir, se não fosse por isso, nem sequer estaria naquela situação, batia sua cabeça na parede repetidas vezes tentando não dormir, só parava quando alguém ia dentro da sala.

A noite chegou novamente, Merida pôde ouvir as armas tilintarem de novo, ouviu os gritos para se prepararem, armarem as catapultas, entre outras, por fim ouviu um homem dizer: “Sua majestade, estamos quase chegando!”

—Muito bem! Vamos atacar à meia noite, quando houver menos pessoas acordadas!

Ouvindo aquilo Merida sussurrou: “Pelo menos meu pai sabe falar em situações como essa.”

Foi aí Merida percebeu: Desde o momento em que ela entrou de intrusa no navio, ela tinha quase tudo preparado, mas tinha esquecido a única coisa que importaria quando chegasse a Berk: um plano.

Merida pensou muito naquilo, enquanto pensava a temperatura baixou consideravelmente, fazendo-a lembrar que Soluço havia dito que Berk era um dos lugares mais gelados do mundo, foi aí que a garota percebeu o quanto aquilo era verdade.

Merida começou a olhar por uma das brechas do navio, as brechas onde pouca luz entrava de dia, pôde ver o mar balançando o navio, perguntava-se quanto tempo ainda demoraria para chegar até Berk. Aquela duvida sumiu quando uma rocha bem grande que tinha a aparência de um viking passou pela sua visão, era exatamente como Soluço e Jack haviam descrito.

Diante daquilo Merida correu para o convés, os soldados já estavam prontos para a batalha, vestiam suas armaduras e tinham as armas em mãos. Merida olhou para todos os lados, até os filhos dos lordes se encontravam nos navios.

Muitos não notaram Merida no navio, estavam se preparando fisicamente e psicologicamente pelo que viria.

Merida viu que faltava menos de um quilometro para alcançar a ilha, não podia esperar que o navio chegasse primeiro. A garota pulou na água gelada, imediatamente se arrependeu, a água era bem mais gelada que o ar.

—Frio, frio, frio, frio, frio, frio, frio! – repetiu Merida enquanto nadava até Berk.

Os escoceses desciam em barcos de guerra e em grupos muito grandes causando muito peso, o que dava à Merida mais tempo para chegar à ilha primeiro.

Quando chegou ao cais da ilha, teve certa dificuldade para subir, primeiro porque seus músculos estavam fragilizados por causa do frio intenso, segundo, porque seu vestido parecia ter absorvido muita água, para Merida foi como tentar escalar uma montanha com uma corda amarrada nas costas e na outra ponta uma ancora.

Depois de muito esforço conseguiu subir.

—Tão frio como eles me disseram que era.

Merida sentou um pouco no cais, abraçou a si mesma e ficou batendo os dentes, seu coração estava acelerado, nem por um momento se lembrou de uma situação tão horrível em sua vida.

Depois de alguns segundos que para Merida pareceram horas, a garota olhou para trás e viu a ilha, cheia de tochas, dragões, e monumentos de tirar o fôlego, mal dava para acreditar que aquela ilha um dia já foi um lugar horrível para se viver.

A ruiva se levantou e olhou toda a vila, um sorriso se formou em seu rosto, mas imediatamente desapareceu e um semblante sério tomou conta de sua face, tinha que encontrar os amigos e dizer o que estava para acontecer.

Começou a andar lentamente, não andava devagar por vontade própria, na verdade ela andou o mais rápido que podia, mas o frio não a deixa ir mais rápido do que um quilômetro por hora.

Depois de alguns momentos difíceis, conseguiu sair do cais, mas um viking a encontrou primeiro e apontou uma espada para ela.

—Quem é você?! – perguntou gritando.

O homem imediatamente virou o rosto e viu que era uma invasão, logo concluiu que ela era uma inimiga. O viking a atacou, mas Merida se jogou no chão para desviar da espada, para o azar da garota, ela estava sem seu arco e flechas, achou que o mar poderia levá-los enquanto nadava, sem falar que seria mais difícil chegar a Berk com as mãos ocupadas.

O homem ia dar um segundo ataque, um ataque que Merida jurava que iria acertá-la. A garota gritou o mais alto que havia gritado em toda a sua vida, o grito foi tão alto que ecoou por toda a ilha e também pelas águas onde se encontravam os navios.

Ao ouvir o grito, Fergus que ainda estava no navio se virou e falou: “Merida?!”

—Merida?! – falou Elinor que também havia ido.

Aconteceu que Elinor sentiu a ausência da filha, e conhecendo seu espírito aventureiro já imaginava que ela poderia ter ido à guerra junto ao pai, por isso, acabou indo atrás, mas sem falar nada, para não humilhar a filha, agora que tinha mais noção dos sentimentos de Merida.

Na ilha, o gritou ecoou pela floresta, até Jack que estava em sua cabana fazendo neve em seu quarto ouviu aquilo. Estava reconhecendo aquele grito, só o ouviu uma vez na vida, que foi quando Merida voou pela primeira vez em Banguela, mas ainda que fizesse semanas, nunca se esqueceu, saiu voando de sua casa para ver aquilo.

Já Soluço, estava em sua mesa de desenhos fazendo novos projetos, quase dormindo quando ouviu aquilo, o efeito em Soluço, foi o mesmo que em Jack, ambos pensaram a mesma coisa, e imediatamente saiu com Banguela que sem dúvida alguma também tinha ouvido o grito.

Soluço, Jack, Fergus e Elinor foram todos até Merida naquela hora, Fergus abandonou seu navio e foi nadando, Elinor fez o mesmo, com o amor que pais tem pelos filhos, foram o mais rápido que puderam, ignorando o frio.

Soluço chegou primeiro no lugar, viu Merida no chão e na frente dela, mais a esquerda um viking, a garota desviou no último segundo rolando para a direita.

Soluço pousou perto dela, e Banguela rugiu fazendo o homem fugir de medo, sem saber o porquê do dragão alfa estar fazendo aquilo.

—Soluço! – gritou Merida abraçando-o.

A princípio Soluço agiu como se tivessem jogado um balde de água nele, não sabia o que fazer com uma garota abraçando ele, mas depois pôs as mãos nos ombros dela e falou: “Merida o que ta acontecendo? Ta fazendo o que aqui?”

—Meu povo viu você na floresta e agora querem tomar Berk!

—O que?!

—Vocês têm que ir embora daqui agora!

Soluço não entendeu a princípio, mas quando entendeu, sabia que nem ele, e nem seu povo fugiria.

Jack chegou em seguida e falou: “Merida?! Soluço?!”

—Jack!

—Jack!

—O que ta acontecendo?

Soluço explicou a historia dentro de poucas palavras.

Não demorou muito que os vikings e os dragões percebessem aquilo, logo Stoico estava de pé, e Valka estava voando em formação para a batalha contra os invasores, todos com suas armas, homens, mulheres e adolescentes, infelizmente não tinham muito tempo para fechar os portões para proteger Berk.

—Ai, a coisa ta feia! – disse Soluço puxando os cabelos.

Os três jovens estavam aflitos, não sabiam o que fazer, estavam bem no meio do campo de uma batalha que queriam impedir.

Em poucos segundos que pareceram horas, do nada, algo bateu em Jack fazendo-o cair alguns metros longe dos outros. Os outros se viraram para quem havia feito aquilo, era Fergus que imediatamente socou Soluço fazendo-o ser arrastado alguns metros na areia. O homem não se importava com o dragão que estava ali, só queria salvar sua filha, Banguela ia atirar em Fergus, e este levantou sua espada para matar o dragão. Soluço ainda zonzo, e de alguma forma ainda consciente viu aquilo, reunindo suas forças que estavam drenadas por causa do golpe que havia levado, se jogou na frente de Banguela, impedindo o dragão de atirar e ficando na frente da espada.

—Pai não! – gritou Merida se jogando, ficando entre Soluço e o golpe de seu pai.

Um grande silêncio se instalou naquele momento, Jack, Soluço e Banguela viram aquela cena de tirar o fôlego. A espada de Fergus estava a centímetros da testa de Merida.

O homem soltou a espada e segurou o rosto da garota dizendo: “Filha, está tudo bem?!”

Fergus fez aquilo porque se lembrou que da última vez que sua filha ficou entre alguém e a espada dele, ela o impediu de fazer algo que o teria atormentado pelo resto da vida.

Os vikings e os escoceses continuavam a avançar, mas Banguela rugiu tão alto que fez todos os dragões e humanos pararem de correr.

Soluço se levantou e viu ela conversando com o homem, por isso, continuou calado. Jack se levantou e foi voando até os amigos, percebeu depois que havia sido acertado por um escudo.

Stoico, Valka, Elinor e Fergus viram a imagem dos três garotos juntos e não entenderam nem por um segundo.

—Merida! O que significa isso? – disse Elinor com um tom de raiva.

—Soluço?! – falou Stoico que havia se aproximado lentamente dos garotos.

—Jack! – falou uma voz grossa longe de Jack à esquerda que o fez se sobressaltar, era um homem barbudo, forte e loiro, ao lado dele estava sua mãe e sua irmã.

Merida sabia que devia uma explicação a todos. Ela olhou para os pais, para os lordes, para o povo, para os amigos, para Berk e depois suspirou.

—Pai... Mãe... Lordes... Povo... Rei Stoico – Stoico estranhou quando foi chamado de rei, mas era inegável que tenha gostado de ser chamado assim – rainha Valka – Valka estranhou aquilo, nunca se viu como rainha, apenas como a esposa de um líder – Berk! Me desculpem, a culpa é toda minha.

Todos estranharam aquilo, os escoceses não esperavam que Merida dissesse algo do tipo, e os vikings nem imaginavam quem era aquela garota para falar uma coisa daquelas.

—Eu encontrei o Soluço e o Jack na floresta há algumas semanas, nos tornamos amigos, era o Soluço que aquele homem tinha visto, ele não é um espião, nenhum dos dois são, eles são meus amigos, nos encontrávamos toda semana para nos divertir, por isso eu demorava a voltar pra casa, e por isso – falou se referindo a situação – eu não falei deles, desculpa, a culpa é toda minha, por favor, não precisamos guerrear – Merida parou de falar, todos tinham entendido a situação, mas Merida achou que ainda devia falar mais, por isso, se voltou para os vikings e falou – rei Stoico, rainha Valka, pai, mãe, lordes, Soluço, Jack e... Banguela – suspirou e deixou algumas lágrimas escorrerem de seu rosto – me desculpem por essa confusão, a culpa foi toda minha, não precisam se preocupar, não nos falaremos mais.

Merida abaixou a cabeça, todos ficaram calados como se fizessem silêncio em um velório, Jack, Soluço e Banguela não gostaram nem um pouco do que ouviram, mas se fosse para impedir uma guerra com certeza concordariam com as últimas palavras de Merida.

A princesa começou a andar em direção aos barcos para ir embora, ficou com a cabeça baixa, as mãos na frente do corpo e a expressão triste, por dentro ela estava em prantos, uma dor tristonha lhe consumia a alma. No meio do caminho colocaram uma toalha sobre ela, mas a mesma continuou andando, porém, uma mão enorme a obstruiu, era a mão de Fergus que a impediu de passar. Merida olhou Fergus que olhava Stoico com um olhar quase zangado.

Logo se aproximou do viking, Merida e Elinor chamaram-no tentando impedi-lo, mas o Rei Urso parecia não ouvi-las, ele ficou de frente com Stoico, o líder dos vikings era alguns centímetros apenas mais alto que Fergus, mas ambos se olharam como iguais.

Ambos se encararam por alguns segundos, o clima era tenso, Merida acreditou que suas palavras foram inúteis.

—Querida por favor, abra a sala de reuniões – disse Stoico a Valka que saiu fazendo o que ele pediu.

Todos, até os dragões acompanharam os dois líderes, andaram até a sala, mas os únicos a entrarem foram Stoico, Valka, Fergus e Elinor.

As portas foram fechadas, os três jovens espionaram por uma brecha, e a primeira coisa que viram foi Stoico dando um soco em Fergus e depois dizendo: “Isso é pelo meu filho.”

A frase não esbanjou raiva, apenas pareceu que Stoico só queria dar o troco por Soluço.

Merida olhou Soluço que passou a mão no lado do rosto onde Fergus havia acertado.

A única coisa que puderam ver foi aquilo, pois os lordes puxaram Merida e os vikings puxaram Soluço e Jack foi puxado pela família, todos ali presentes queriam punir aquele três por aquela situação.

Horas se passaram com longas conversas, ninguém mais pôde ouvir o que estavam falando, só sabiam o que Stoico havia feito atráves dos três jovens, mas não imaginavam o que aconteceria mais tarde. A sensação de que a vida de milhares de pessoas estava dependendo de uma reunião era agonizante, a cada segundo que passava, o povo queria descontar em Soluço, Merida e Jack, não importava quem fossem desde que fosse um deles.

O sol já estava surgindo, a clareza da madrugada estava deixando todos fatigados, ainda mais Merida que foi a única que não havia dormido direito na noite anterior.

Depois de muito tempo, os quatro saíram da sala, um silêncio sussurrante surgiu no lugar, todos estavam preocupados com a decisão, não tinha ninguém que não estivesse de coração acelerado.

—Faremos uma aliança! – berrou Stoico fazendo todos vibrarem, e deixando os três jovens felizes e aliviados.

Aquela manhã foi uma grande festa, Merida foi dormir no quarto de Soluço quando pôde se confortar daquela situação, muitos fizeram o mesmo em suas casas, mas os escoceses e boa parte dos vikings comemoraram aquilo, uma comemoração que demoraria a terminar, mas eles mau sabiam que aquela comemoração seria interrompida por sombras do passado.


Notas Finais


Ta bem, ta bem, eu sei que essa situação foi resolvida muito rápido, mas a verdadeira historia vai começar nos próximos capítulo, me desculpem, e obrigado para os que estiverem acompanhando, por favor, comentem.

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