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História Válvula de Escape - Decisões definitivas


Escrita por: ohmyparrilla

Notas do Autor


Boa noite, lindezas <3
Nem demorei, né? Um dos motivos pelos quais estou aqui hoje é porque quero postar esse capítulo como uma singela homenagem à minha xará, a Ju das fanfics, a leitora dos comentários mais surtados e também uma das mais fiéis. Jujuba, FELIZ ANIVERSÁRIO! Você merece tudo o que há de melhor nesse mundo. Que Deus e Nossa Senhora te iluminem sempre! Esse capítulo é dedicado a você <3

ps: Galerinha, Válvula de Escape agora é um livro na plataforma kindle. Estou concorrendo a um prêmio no qual o vencedor tem o seu livro publicado por uma editora. Vou deixar o link nas notas finais pra quem quiser me dar uma forcinha.
Boa leitura!

Capítulo 37 - Decisões definitivas


“Apenas à beira do precipício é que aprendemos a voar.”

– J.M.G.R

 

Os olhos azuis penetrantes pareciam ver através de sua alma. O semblante de preocupação havia se tornado costumeiro na face de Robin. Eles finalmente estavam sozinhos, na suíte do hotel. Assim que Robin fechou a porta atrás de si e virou-se para Regina, ela permanecia parada defronte à cama, poucos passos distante do homem que olhava em sua direção, apesar do cuidado que trazia no modo como a fitava, o brilho de admiração que os azuis carregavam toda vez que iam de encontro a ela, ainda estavam ali. Os olhos de Robin passeavam por toda a sua silhueta, e pela primeira vez Regina parou para notar como Locksley estava bonito dentro daquele terno justo ao seu corpo, delineando cada traço dos seus bíceps bem marcados. Os eventos daquela noite haviam feito com que ela não tivesse tomado o tempo necessário para admirar a figura do homem que amava, inclusive, haviam a feito esquecer que ela também não estava nada mal, sendo lembrada pelo modo como Robin a olhava naquele momento.

– Sei que já deveria ter dito isso antes, mas...Você está deslumbrante!– Ele quebrou o silêncio, andando em passos curtos em sua direção, parando de frente a ela, levando o polegar até sua bochecha corada e permitindo-se acariciar a pele macia de seu rosto, percorrendo as linhas quase imperceptíveis que demonstravam as marcas do rímel que havia sido comprometido devido às fortes emoções daquela noite.

– Venha aqui.– Regina falou, passando as mãos pelos braços do homem, mostrando o quanto aquela admiração era recíproca antes de trazê-lo para mais perto de si. Levando seus lábios em direção aos dele, Regina o beijou brevemente, encarando-o com um sorriso quase envergonhado em seu rosto em seguida.– Obrigada, amor.– Ela falou, colocando em uma simples palavra a grande carga de gratidão que sentia pelo homem que, apesar de todas as adversidades, permanecera ao seu lado desde que ela chegara ali, segurando-a quando ameaçava cair e amparando-a quando a situação ficara difícil demais.

– Eu disse que permaneceria ao seu lado sempre, não disse? Não precisa me agradecer, Regina. Somos parceiros, e isso implica estarmos um ao lado do outro independente de qualquer problema.– Robin falou, mantendo-a perto de si, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Tomando mais alguns minutos para admirá-la. Os cabelos da médica estavam cacheados, como ela raramente costumava usar, fazendo-o adorar aquela nova faceta de Regina.

Diante das palavras de Robin, sempre tão eficiente quando o assunto era deixá-la no céu mesmo em meio ao abismo, Zambrano limitou-se a responder:

– Eu te amo, doutor Locksley.– A frase provocou um sorriso elusivo no homem à sua frente, que respondeu com um beijo um tanto mais intenso do que o que fora trocado instantes atrás. Quando o ar se fez escasso, Robin falou:

– Você precisa descansar. Seus desmaios hoje falaram por si só. Nunca mais me assuste assim.– Ela sorriu da reprimenda sobre algo que ele sabia que ela não poderia evitar, mas mesmo assim fez questão de demonstrar a parcela do desespero que sentira ao vê-la desacordada.– Além disso, amanhã o dia vai ser longo e eu posso sentir a tensão nesses ombros.– Robin levou suas mãos até os ombros de Regina, apertando-os devagar na região. Assumindo um tom bem-humorado, ele continuou:

– Massss... Para sua sorte, além de um ótimo médico e incrível namorado, dizem que eu sou um ótimo massagista.– Regina soltou uma risada audível pela primeira naquele final de semana, encantada com a leveza que o loiro trazia para sua vida e achando graça de seu convencimento.

– A menos que tenha sido eu em um momento que minha fala não era comandada pela minha cabeça, mas pelos seus gestos.– Ela ergueu a sobrancelha, maliciosa.– Não quero saber quem fez essa afirmação.– Fora a vez de Robin sorrir mediante a pequena dose de ciúme que a frase acompanhava. Pegando-a pelas mãos, ele a guiou até o banheiro, colocando a banheira para encher enquanto Regina permanecia recostada na porta, assistindo suas ações. Ao terminar de ajustar a temperatura da água, Robin falou:

– Venha aqui.– Apesar do olhar curioso, ela obedeceu, fechando a pequena distância entre eles. Gentilmente, Locksley a virou de costas, depositando um beijo cálido em um de seus ombros, começando a desabotoar os pequenos botões de pérolas do vestido, até deixá-la apenas com os trajes de baixo.

   – Você não vai me acompanhar?– Regina inquiriu, as bochechas coradas pelo modo como os olhos azuis a fitavam, com um deslumbramento que ela ainda não se acostumara.

  – Por mais que eu queira muito isso, milady. Você precisa descansar. E eu sei que se eu entrar aí, nós não dormiremos essa noite.– Regina sorriu, sabendo que Robin tinha toda a razão. Sendo pega de surpresa, ela sentiu os dedos de Robin percorrerem sua barriga, pairando sobre o início de sua fina calcinha.

 – No entanto, deixe-me ajudá-la a terminar de se despir.– Ele ousou dizer, abaixando-se para tirar a pequena peça, sem jamais quebrar o contato visual que os mantinham vidrados um no outro, fazendo com que um arrepio percorresse todo o corpo de Regina. Levantando as pernas para que ele se livrasse da peça, ela sorriu diante de sua ousadia. Estendo a mão para ela, Robin a ajudou a entrar dentro da banheira, piscando para Zambrano.

  – Aproveite, amor. Espero-a lá fora enquanto preparo sua massagem.– Dito isso, Locksley a deixou desfrutar de seu banho, apartando-se de uma Regina muda diante das ações do homem, que mais uma vez conseguira tirá-la dos eixos sem nem tocá-la intimamente.

       A noite fora tranquila. Ambos conseguiram dormir como não vinham fazendo nas últimas semanas. Os ânimos sendo tranquilizados pelo sono que os embalaram assim que abraçaram-se na cama, preparando-os para o que viria no dia seguinte.

*

O dia clareava finalizando uma noite que, finalmente, havia vencido a insônia. Remexendo-se calmamente na cama, abriu os olhos, a fim de contemplar o responsável por aquela noite bem dormida, onde o cansaço vencera as atribulações, satisfatoriamente acalmadas pelos gestos do homem que, curiosamente, não estava ao seu lado, apesar dos feixes ainda fracos da luz que surgia através das cortinas mostrarem que ainda era cedo. Entretanto, o som que parecia vir do banheiro, revelava que Robin não havia deixado o quarto de hotel. Afastando o sono e permitindo que seus sentidos se aguçassem um pouco mais, Regina pode compreender o que se passava no cômodo adjacente.

– É mesmo, filhão? Eu tenho certeza que Belle faz um ótimo bolo de chocolate. Só não vá comer antes do almoço.– Ainda deitada, Zambrano sorriu diante da recomendação tão paternal de Robin. A frase que viera a seguir redobrara sua atenção, muito embora Regina houvesse aprendido na infância que escutar a conversa dos outros não era um ato tão educado.

           – Sim, filho. A Gina também gosta de bolo de chocolate.– A voz de Robin saíra animada, ela não era a única a se sentir balançada com a menção de seu nome na conversa, afinal. Um minuto de silêncio se seguiu, anunciando que do outro lado da linha provavelmente Roland voltara a tagarelar com seu jeitinho animado e contagiante. Uma gargalhada fez-se audível, fazendo-a segurar o riso mediante o súbito euforismo de Robin.

– Eu direi a ela que você guardou vários pedaços de bolo para matar a grande fome dela, Roland.– A voz de Locksley soara afetada pelo riso e, dessa vez, Regina levantou, tentada a participar da conversa cujo assunto principal era seu nome e "sua grande fome". Em algum momento, ela deve ter sido traída pelo riso, uma vez que Robin virou em sua direção, finalmente notando sua presença.

– Você quer que eu prometa que a levarei aí quando nós chegarmos? Eu não posso prometer por ela.– Robin falou a Roland, lançando um sorriso cúmplice à Regina, que abraçando-o por trás, falou sobre o fone do celular.

– Eu prometo, querido.– Assim que a frase foi proferida, um audível "Giiiiina" foi ouvido do outro lado da linha, tornando inevitável que ela não imaginasse se Marian estaria ouvindo àquela conversa ou não. A julgar pela despedida que se deu entre pai e filho de modo tão súbito, Regina tinha certeza que a resposta para sua questão era sim. Notando o modo como o sorriso de Regina rapidamente se transformou em uma expressão séria, Robin sabia que ela havia percebido o mesmo que ele.

– Está tudo bem, querido.– Ela adiantou-se, sorrindo outra vez de modo a reforçar a afirmativa.

– Se você preferir, quando voltarmos, eu busco Roland para que não precisa dar de cara com ela...– Robin ponderou, imaginando o desconforto que a situação geraria em todas as partes envolvidas.

– Não.– Regina disse convicta.– Quero surpreender Roland. Além disso, eu quero conhecê-la.– Locksley se surpreendeu com a confissão de Zambrano, levando em conta o contexto daquela história, ele achava que Regina evitaria Marian a todo o custo. Mas ali estava sua Regina imponente. Ademais, Robin não podia negar que gostava da ideia, talvez assim, vendo como não poderia mudar o modo como ele se sentia sobre Regina, Marian assinasse os papéis do divórcio de uma vez, evitando que ele precisasse recorrer a um processo judicial tão cansativo.

– Agora vou me arrumar que Cooper nos acompanhará até a delegacia.– Regina fez-se ouvir outra vez, a voz um pouco menos firme, denotando seu desconforto. Lembrando-se do pedido que ela havia feito a ele na noite anterior, Robin inquiriu:

– Você tem certeza que não quer que eu vá?

– Sinto que preciso fazer isso sozinha. Chega de envolver mais pessoas nessa história com minha outra vez. Eu preciso me impor diante dela sozinha, para que de uma vez por todas Cora entenda que eu não vou ceder a suas provocações. Eu não sou a mulher fraca que ela pensa que eu sou.– Regina desabafou, a última frase sendo dita mais para si mesma do que para Robin.

– Você é a mulher mais forte que eu já tive a honra de conhecer, amor.– Locksley falou, sincero, e Regina sabia que suas palavras não eram ditas apenas pelo teor do relacionamento que possuíam. Ela selou seus lábios rapidamente aos dele como forma de agradecimento.

– Além disso, como preciso me ausentar, acho importante que você esteja acompanhando as atividades do evento, como chefe. Já basta que Emma e Killian precisem ir depor. Não quero mais visibilidade para toda essa situação. Se você estiver aqui, talvez as pessoas entendam como um apaziguamento da cena de ontem.– A racionalidade estava ali. Apesar de tudo, Regina nunca deixava de pensar em seu trabalho, especialmente agora que sabia que precisava redobrar sua atenção com o hospital, como atual dona de tudo, ainda que o conhecimento sobre este fato não tivesse ido a público.

Robin concordou, apesar dos receios que o cercavam sempre que a morena precisa dar de cara com a mãe, ele sabia que Regina tinha razão. O evento precisava de um representante e, na ausência de Regina e como chefe, ele deveria assumir as obrigações. Especialmente para apaziguar os ânimos daqueles que presenciaram toda a situação da noite anterior.

Não demorou para que Cooper batesse na porta, levando Regina e várias recomendações de Robin com ele.

Para além das obrigações profissionais, Robin possuía outros planos, que Zambrano ainda não poderia tomar conhecimento.

*

Callie e Marian haviam começado a sessão de fisioterapia cedo. Assim que Belle ajudara a mais nova integrante da casa a preparar Roland para escola e o pequeno saíra, a ortopedista prontamente a chamou para iniciar o tratamento. Apesar de ainda carregar o peso da falta de expectativas, a postura de Torres havia acendido na mulher um desejo genuíno de tentar melhorar que, talvez, se estendesse para além das sessões de fisioterapia. Embora os pensamentos de Marian vez ou outra entrassem em conflito quando o assunto era Robin e Roland, fazendo com que ao mesmo tempo que exigia ao filho que desligasse o telefone por ciúme de Regina, também percebesse o quanto a imagem da mulher que ela sequer conhecia, havia se tornado uma figura de presença e felicidade na vida de seu pequeno garoto a acometesse com um arrependimento quase que instantâneo de seu ato anterior.

– Vamos, Marian. Tire essa carranca do rosto e sorria.– A voz de Torres exigia em um tom autoritário, fazendo com que a mulher risse mesmo que sem a intenção de fazê-lo.

Callie ajudava Marian no alongamento, levantando suas pernas e contando por um determinado número de segundos para que os músculos fossem estimulados. Gold já havia passado por ali, certificando de que a filha estava de fato empenhada em tentar melhorar.

Na sala, Belle se preparava para a faculdade, organizando sua inseparável pilha de livros. Sua feição um tanto quanto séria revelava para Gold que a jovem não estava inteiramente satisfeita, e ele gostaria de saber o porquê.

– O que há de errado?– O homem enfim perguntou.

– Nada.– Belle respondeu sem tirar os olhos dos materiais que organizada. Aproximando-se da namorada e tocando-lhe o braço, de modo a fazê-la virar o tronco em sua direção, Gold a olhou com a cabeça inclinada, como quem revela que não adiantava ela omitir, ele sabia que algo estava errado.

– Eu não sabia que havia namorado com Cora.

Sem poder evitar, um sorriso formou-se no rosto de Gold. Belle estava com ciúme. Era isso. Diante do episódio de contestação de Robin, por achar absurdo demais toda a história criada por sua namorada da adolescência, Gold não achava que esclarecimentos fossem necessários. Aparentemente ele estava errado.

– Você está com ciúme, Izabelle?– O tom de Gold era divertido.

– Claro que não!– Belle respondeu prontamente, com uma urgência exagerada, fazendo com que o sorriso de Gold se alargasse.

– Eu não estou vendo graça nenhuma, Gold.– Belle respondeu, um pouco mais ríspida. Encantando com o modo enciumado de sua namorada, ele a segurou pela cintura.

– É uma história sem importância e sem maiores significados. Eu só tenho olhos para você, Izabelle.– Dito isso, ele a beijou, transparecendo no gesto o quanto a jovem significava para ele. De início, Belle mostrou-se relutante, mas não demorou para que correspondesse o beijo na mesma intensidade. Assim que o contato entre seus lábios se desfez, ele continuou:

– Mas se achar que precisa saber da história, estou à sua disposição.– A maneira como o mais velho lidou com a situação surpreendeu Belle, ela havia sentido medo que Gold a achasse imatura perante a tudo aquilo. No entanto, o homem se mostrou demasiado compreensível, ciente de que aquele tipo de situação não era imaturidade, mas algo comum dentro de relacionamentos, especialmente porque eles haviam começado a namorar há pouco, depois de várias relutâncias. Entretanto, mostrando-se confiante após as palavras de Gold, Belle respondeu:

– Não há necessidade. Se você me diz que é algo sem importância, eu acredito. Além do mais, não posso me atrasar para a aula.– Ela piscou, fazendo-o sorrir mais uma vez naquela manhã.

*

Assim que desembarcou em Miami, o costumeiro péssimo humor a acompanhava com tudo. Zelena não conseguira dormir durante todo o voo, cada vez que fechava os olhos via a imagem de Hades e se odiava por estar apaixonada por aquele homem. No entanto, o sentimento de raiva era ainda mais acentuado por saber que estava sendo covarde e fugindo daquela oportunidade de ser feliz. Apesar de seus esforços em colocar na cabeça que sua atitude havia sido racional e correta. Pegou o celular para chamar um táxi, iria para a casa de seu pai imediatamente. Gostaria de ver sua irmã. Não demorou para que o veículo amarelo chegasse e ela fosse levada até seu destino.

Ao entrar no apartamento, não encontrou ninguém na sala. Não pode evitar o sorriso nostálgico ao olhar aquele cômodo, tão diferente do que ela se lembrava de anos atrás. Havia brinquedos para todos os lados, além de alguns aparelhos que ela reconheceu como aparelhos de fisioterapia, a julgar pela enorme bola de plástico no centro da sala. Gold, realmente mostrava-se diferente, nem parecia aquele homem que havia dado um sumiço em seu coelho porque ele fizera cocô no canto da sala. Ela nunca esquecera daquele dia, havia três meses que perdera a mãe e o coelho era seu único companheiro, tornando o peso do ato do pai descomunal para ela na época.

Seus pensamentos forma interrompidos por um barulho no final do corredor, dirigindo-se até lá Zelena notou Marian lutando para vestir uma calça. A irmã percebeu pela primeira vez depois de anos, a presença da irmã. Falando com uma naturalidade fora do comum diante da situação, a ruiva reconheceu uma pontada de bom-humor advir da frase da irmã:

–Bom dia, senhora Zelena, será que você poderia me ajudar aqui? Todos saíram e eu não poderia ficar de pijama o dia todo.– Ela pediu. O modo como encarou a irmã revelava uma certa emoção, que parecia estar sendo contida.

Zelena logo entrou no quarto, indo até a cama para ajudar a irmã.

–Finalmente você apareceu, pensei que iria voar até o Canadá para te encontrar.– Zelena não esboçou nenhuma reação, apenas olhava para o quarto todo equipado e para a sua cadeira, voltando os olhos outra vez para Marian.

– Não precisa ter pena, pelo que dizem, voltarei a andar logo logo, se a palavra da ortopedista realmente for de valor.

– E como você está se adaptando a esta nova rotina?– Zelena perguntou, realmente interessada em saber.

– Eu fico sentada aqui nesta cama, no sofá ou fazendo exercícios, é um saco. Quando o Roland está aqui, eu brinco com ele, confesso que é a melhor parte do meu dia.– Marian disse a última frase com um sorriso no rosto.

– E o que o pestinha achou de você ter acordado?– Zelena sentou-se na cama, disposta a ouvir o que a irmã tinha para contar.

–Eu acho que gostou, mas tenho a impressão de que ele gosta mais da “mamãe Gina”.– Ela revirou os olhos ao proferir o modo como o filho se referia à namorada do pai. Sua voz saíra mais ressentida do que ela gostaria.

–Então você já está a par de tudo, né?

–Sim, soube de todos os relacionamentos, inclusive o do papai. Não é que a Belle gosta mesmo dele? – Marian falou, impressionada. Desde que a mãe faleceu, Gold não havia demonstrado interesse nenhum em relacionamentos.

– Pelo menos assim ele para de pegar no meu pé. Agora quer bancar o pai preocupado. Sinceramente, não me convence.– Ela desdenhou.

– Mas ele mudou Zelena, tem me tratado tão bem durante o tempo que estou aqui... Parece até outra pessoa. Me pediu desculpas por ter sido um pai ausente, e sempre que eu chamo ele não faz esforços para me ajudar.– Marian falou com sinceridade, reconhecendo os últimos atos do pai.

– Marian, para!– Zelena falou um pouco afetada, achando a irmã inocente.– Se você quer acreditar, tudo bem, mas eu não acredito nisso. Você teve que se esconder a vida toda com medo de que ele te odiasse para sempre, você iria até fugir por conta disso. Ou não está lembrada?– Marian olhou para irmã atordoada, com medo de que alguém pudesse ouvir o que Zelena acabava de dizer. Logo, respondeu, com certo pesar:

– Eu iria fugir porque fui covarde, não tive coragem de me aceitar e me impor. Venho pensando muito e estou realmente considerando dizer a verdade a todos.

– Você...–Os olhos de Zelena pareciam se encher de lágrimas, mas ela somente sentou na cama ao lado de Marian e segurou a mão da irmã. Ambas se olharam e nenhuma palavra precisou ser dita. Naquele momento, Marian sabia que tinha mais alguém para a fortalecer e que, muitas mágoas do passado, seriam deixadas para trás.

– Me desculpe por não ter sido sua irmã mais velha quando você precisou, a morte da mamãe mexeu mais com você do que com todos nós, Zel. Eu bem sei.– Ela usou o antigo apelido da irmã, exteriorizando a cumplicidade que ainda existia ali apesar dos anos.– Eu prometo que a partir de hoje nada vai separar a gente, no que depender mim.– Marian abraçou a irmã, apesar de temer que sua reação não fosse de concordância. Contudo, percebeu que a irmã chorava enquanto a abraçava, assim deixou que as lágrimas a acompanhasse também.

Como Marian estava de costas para a entrada do quarta, Zelena foi a primeira a notar a presença de um homem na porta, o que a fez desvencilhar-se do abraço rapidamente e secar suas lágrimas, colocando a carranca de volta. Marian estranhou a situação, mas quando viu o pai entrando, soube o que provocara a reação repentina da irmã.

– Bom dia, minhas filhas, confesso que há muito tempo não via essa cena.– Ele tentou falar de modo descontraído, tentando disfarçar, mas sua voz não escondia a emoção de ver suas duas herdeiras juntas e, ao que parecia, em um momento de reconciliação.– Que surpresa, Zelena! Pensei que não viesse tão cedo.

– Eu tinha que resolver algumas coisas aqui, inclusive conversar com você sobre o projeto.– A postura séria estava de volta, mas antes que pudesse abordar os assunto de negócio, ela foi interrompida por Gold:

– Antes de qualquer coisa, vamos tomar um café da manhã, comprei aquele bolo que você gosta, Marian. Como não sabíamos que você vinha Zelena, não comprei nada do seu agrado, mas ficaria contente se pudesse se juntar a nós.– Sua voz era gentil, ele realmente estava tentando.

– Não precisa, Gold, eu não estou com fome.– Zelena falou retomando á sua versão durona. Marian logo retrucou:

– Ah, Zelena deixa de ser chata, aquelas malas te condenam, você veio direto de um voo, sabemos como pode ser cansativo. Claro que está com fome!– Zelena não hesitou mais e aceitou o convite, ciente de que não valia à pena contra-argumentar

O café da manhã transcorria de forma agradável. Gold não escondia sua felicidade em ter suas meninas ali tão perto de si, se tivesse o poder de voltar no tempo, teria repetido mais cenas como aquela. Zelena e Gold até trocavam algumas palavras, a mulher estava tentando não ceder aos seus impulsos de alfinetar pai. Alguns minutos depois, foram interrompidos pelo barulho da campainha.

– Deve ser a Torres, ela saiu para comprar algumas coisas.– disse Gold, caminhando em direção a porta e abrindo-a.

– Bom dia, Callie. Estamos tomando café da manhã, junte-se a nós.

– Obrigada, Gold, mas já estou cheia.– Ela falou de modo gentil. Callie olhou para a mesa e fixou o olhar em Zelena. Notando o gesto da ortopedista, Gold falou:

– Essa é a minha filha que estava no Canadá. Zelena, esta é a Callie, ortopedista e fisioterapeuta de Marian. As duas se cumprimentaram e Marian se pronunciou:

– Já estou pronta Callie, podemos ir?– Dizendo isso, Torres se aproximou da cadeira e as duas foram para o quarto, deixando Gold e Zelena sozinho. Aproveitando a deixa, a mais nova soltou:

– Precisamos conversar. Eu quero que você assuma esse projeto de parceria com a New Direction.– A fala viera sem rodeios. Gold a olhou, encabulado.

– O que está acontecendo? Você que esteve à frente do projeto desde o início, qual a razão para essa súbita mudança de ideia?– Ele estava incrivelmente confuso, não era do feitio de Zelena deixar as coisas pela metade. Algo havia acontecido no Canadá, Gold tinha convicção disso. Mas o que poderia ser? Ele já tinha visto sua filha em ação no mundo dos negócios e ela não deixava que nada a abalasse.

– Eu tenho que resolver algumas coisas aqui, e estando lá eu fico muito limitada.– Zelena disse, simplesmente.

– Eu não posso ir agora, Marian precisa de mim aqui, tem o Roland e a Belle também...– Zelena parecia incrivelmente irritada quando falou:

– Pai, –ela soltou sem perceber– há anos que não te peço nada, então por favor, faça isso por mim.– Ele queria recusar, mas vindo de Zelena, Gold simplesmente não podia. Ela tinha passado anos sofrendo com sua indiferença. Entretanto, ele precisava saber o que estava acontecendo.

– Eu vou Zelena, mas com a condição de que você me conte o que houve.

– Nada, oras!– Ela rapidamente respondeu.– Mas de qualquer forma, obrigada por estar fazendo isso por mim.– Ela sorriu para ele, feliz em poder dar aquele assunto como encerrado. Gold soube que todo o sacrifício do mundo valeria a pena para ver novamente aquela confiança no olhar de Zelena.

*

– Cora Mills, tem visita para você.– A voz ríspida da agente penitenciária pode ser ouvida, fazendo com que Cora lançasse a ela seu tradicional olhar de fúria, muito embora na sua atual situação não se atrevesse a derramar palavras ríspidas, como normalmente faria. Sabendo de quem se tratava a visita, talvez Cora se opusesse a sair dali, mas entre permanecer enclausurada na sua até então solidão, uma vez que havia chegado ali de madrugada e não houvesse sido encaminhada de imediato para a cela compartilhada, preferia encarar Regina e o advogado que passara a odiar. Ainda que se sentisse humilhada em seu traje alaranjado, tão diferente do vestido adornado por pedrarias sofisticadas que trajara no dia anterior.

O barulho do cadeado sendo aberto pode ser ouvido, fazendo Cora levantar e seguir o funcionário que a levava até a sala de visitas no mais completo silêncio, olhando-a como se ela não passasse de um objeto, tão desprovido de humanidade quanto um. Não que fosse de todo uma espécie de mentira, é claro.

– Pode entrar, sua filha te espera.– A agente penitenciária que mantinha-se defronte à sala falou, dando passagem à mais nova detenta.

– Que bons ventos a trazem aqui?– Cora perguntou ironicamente, tratando de vestir um ultrajante sorriso de escárnio ao fitar a figura de Regina, que tamborilava os dedos de modo impaciente na mesa onde aguardava a mãe. A feição dura, o olhar impassível, no entanto, a julgar pelo modo como a Mills mais nova engolira em seco assim que a mãe entrara em seu campo de visão, Cora sabia que aquela situação a incomodava profundamente, o que a fazia regozijar-se em saber que não era a única prejudicada perante a tudo aquilo, ainda que se sentisse a mais injustiçada. Mediante sua incapacidade de reconhecer os próprios erros, Cora permanecia com a ideia de que Regina estava destruindo tudo o que ela acreditava ter construído sozinha.

– Você sabe que não é o meu maior desejo estar aqui, Cora.– O modo como Regina a chamava pelo nome sem sequer titubear, incomodava Cora, ainda que ela não fosse admitir aquilo nem em mil anos.

– Não deveria ter se dado o trabalho.– A mais velha, sentando-se na cadeira posta do outro lado da mesa, encarando Regina de frente, os olhos fixos aos dela, as orbes castanhas um tanto mais claras que as dela. Henry sempre dissera que os olhos da filha havia puxado os da mãe, agora Cora percebia que ele estava errado. Os castanhos de Regina possuíam um brilho e uma luz que Cora Mills jamais enxergara no próprio olhar, talvez por isso fora sempre tão difícil admitir toda sua antipatia em relação à filha. Afinal de contas, para Cora, dividir a atenção da pequena garotinha com o marido sempre fora um jogo no qual ela jamais vencia. Infelizmente Cora nunca havia entendido que aquilo não era jogo, incapaz de enxergar em Regina a bênção e o valor que Henry Mills parecia visualizar sem precisar de esforço algum.

Apenas depois de longos minutos de contemplação, que pareceram perdurar por um tempo longo demais, Cora percebeu a presença de Cooper no canto oposto da sala, revirando os olhos assim que a figura imponente do advogado assumiu uma postura rígida ao notar que ela havia percebido sua presença.

– Eu teria ciúme no lugar de Robin.– A mulher alfinetou, no entanto, não recebeu nenhuma respostas física ou verbal do advogado, que permanecia impassível. Aparentemente seus esforços em esconder sua afetação pela constatação de que a cadeia seria o seu novo lar, não estavam surtindo o efeito que ela pretendia.

– Não tente me atingir dessa forma. Simplesmente não vai funcionar. Aceite que você perdeu, mãe.­– Regina falou, amaldiçoando-se por em determinado momentos ainda designar à mulher o título que a biologia a atribuía.– Sejamos práticas e tratemos do que importa.– Regina falou de modo ríspido, ainda que em seu interior aquela situação estivesse longe de se tornar mais fácil, ela não queria demonstrar nenhum resquício de fraqueza ou incômodo perante Cora, ainda que soubesse que o fato da mãe estar na cadeia por motivos que a incluíam diretamente não fosse se tornar indolor de uma hora para outra.

– Você já me tem atrás das grades, Regina. O que mais pode querer? Vá viver seu conto de fadas e brincar de médica, achando que consegue administrar um hospital.– As palavras de ofensas jamais cessavam, mas quanto a isso, Regina já estava anestesiada. Ela nunca precisara do apoio da mãe para crescer na profissão ou como ser humano, de modo que em algum momento, a falta de incentivo da mãe houvesse simplesmente deixado de fazer falta.

Apesar de já ter deposto e precisasse apenas esperar por Emma e Killian, que estavam encarregados de fazê-lo naquele momento, movida por um desejo ainda não compreendido, Regina queria ver Cora. Além do mais, ela quem precisava cuidar da transferência da mãe para Miami. Saturada de tentar manter uma conversa minimamente civilizada, Regina foi direto ao ponto:

– Preciso que assine esse documento para que sua transferência para o presídio de Miami seja efetuada.– Surpreendendo Regina, Cora começou a rir. O riso não denotava graça, mas amargura.

– O que te faz pensar que eu quero me colocar dentro de um helicóptero da polícia e ser levada para a cidade onde todos me conhecem para que me vejam trajar esse uniforme de presidiária?– Cora falou, como se constatasse o óbvio, eu não quero ser alvo de nenhum plantão de telejornal ou virar uma notícia mais difundida do que já tem acontecido. Você destruiu a minha imagem, Regina.– Cora falou com desdém, derramando sobre a filha uma culpa da qual ela não era merecedora.

– Está me dizendo que não vai voltar para Miami?– Ela perguntou, surpresa com a decisão de Cora. Apesar dos pesares, Regina jamais imaginaria que a mãe preferiria permanecer ali por uma torpe tentativa de manter aparências que há muito não se encontravam em bases sólidas e cristalinas, como ela gostaria.

– É exatamente isso que eu estou dizendo. Aqui eu consegui chegar à prisão sem recepção jornalística. Prefiro que seja assim. Não quero visitas de pessoas falsas e muito menos de pessoas curiosas. Se existe alguma parcela de dignidade que eu possa manter, é não voltando para Miami como uma criminosa que irei conseguir fazê-lo.– Cora falou, balançando a cabeça em negativa, como se custasse a acreditar na ideia descabida de Regina em levá-la de volta.

Zambrano custava a acreditar na decisão da mãe. Era inconcebível para ali perceber que Cora sempre faria o possível para manter aparências, mesmo quando estas estivessem destruídas, sua vida se resumia àquilo. Sua decisão em ficar longe, não apenas dos holofotes, mas de Regina, apenas atestavam o quanto ali não havia o menor desejo de redenção. Cora não queria o perdão de Regina ou o resgate de uma relação a muito aniquilada. Cora apenas queria ser lembrava como alguém de renome, havendo a impossibilidade para tal, nada mais importava. Nenhum laço sanguíneo, nenhuma possibilidade de reencontrar uma vida pautada por sentimentos reais. A fama e a aparência impecável sempre seriam as duas únicas coisas que importavam para Cora Mills, mesmo quando essas duas coisas não mais existissem.

Aquilo doía em Regina. Muito embora não houvesse a intenção de apagar o que Cora havia feito, no fundo ela esperava que um dia a mãe percebesse que a vida era mais do que aquilo que o dinheiro poderia comprar e as aparências poderiam transparecer. A incapacidade de humanidade da mãe a aniquilava, pois ainda que Regina soubesse que a natureza que habitava o interior de Cora fosse podre, ela ainda esperava que algum dia surgisse espaço para uma espécie de renascimento. Mais uma vez ela estava enganada. Sua mãe jamais buscaria perdão. Jamais se importaria com a família ou com as coisas que fugiam do âmbito material, Regina agora tinha certeza absoluta daquelas constatações tão lancinantes.

Cansada de gastar suas energias com a mãe, Regina não argumentou. Não proferiu nenhuma lição de moral ou esperança de que um dia Cora se regenerasse. Levantando-se da cadeira quase que em câmera lenta, vendo-se mais uma vez acometida pela tontura que parecia não querer abandoná-la em momentos de tensão, limitou-se ao dizer:

– Como queira.– Dito isso, Regina saiu da sala, sendo acompanhar por Cooper.

Ela não iria chorar. Havia feito aquela promessa para si mesma ao sair do hotel aquela manhã. Piscando repetidas vezes para apartar as lágrimas que tencionavam se formar em seus olhos, ela respirou fundo. Regina não voltaria a chorar pelos atos da mãe. A distância física agora apenas representaria a falta de aproximação que nunca existiu entre elas no campo do sentimento. E finalmente, depois de tanto tempo, Regina não lamentaria mais por isso. O peso das escolhas de Cora jamais seria um fardo que ela se proporia a carregar em seu lugar como passara anos fazendo.

Apesar do aperto no peito que se formara em seu interior ao deixar a sala de visitas sem olhar para trás, Regina sabia que a distância entre ela e a mãe se converteria em uma espécie de alívio que ela viera buscando durante tantos anos. E ela não se arrependeria de deixar Cora na companhia do destino que ela mesma escolhera. A culpa não tomaria mais as rédeas de sua vida. Não mais.

*

Sem entender ao certo o motivo, eu permanecia imóvel defronte ao letreiro cujas luzes subitamente pareciam adquirir um brilho peculiar. Ainda que a frágil masculinidade atualmente seja incapaz de admitir determinadas coisas, meu coração parecia querer saltar do peito, do mesmo modo que acontecia quando eu era um garoto cheio de espinhas que admirava a garota mais cobiçada da escola com uma paixão descabida, que o coração juvenil jura dizer que é amor. Entretanto, dessa vez, o descompasso era realmente causado por esse sentimento tão buscado de modo incessante, mas que costuma aparecer para nós quando menos esperamos.

A quantidade de pessoas que passavam ao meu redor sem sequer notar a minha presença, apenas mais uma em meio a um aglomerado de existências atribuladas pela correria do dia-a-dia, especialmente em Nova Iorque, “a cidade que nunca dorme”.

Sendo retirado do meu mundo particular, meu celular vibrou em meu bolso. Fazendo-me buscar pelo aparelho prontamente. Como eu acabara de deixar o evento, que fora incrivelmente corrido naquele dia, especialmente pela necessidade de esclarecimento que as figuras mais curiosas buscavam ao me abordar “despretensiosamente”, poderia ser algum médico ou investidor a me ligar.

Ou mais importante, poderia ser Regina.

– Senhor Locksley?– A voz de meu advogado soara do outro lado da linha, abolindo as possibilidades que eu criara em minha mente.

– Olá, Chester.– Respondi em tom cordial, subitamente sendo acometido pela expectativa do que aquela ligação poderia significar.

– Os documentos do divórcio estão prontos para serem assinados.– Aquela frase fora o que eu precisava para parar de encarar o letreiro da loja e decidir de uma vez por todas adentrar o estabelecimento, ainda que talvez eu parecesse precipitado demais.

Minha vida nos últimos dias vinha se mostrando repleta de surpresas, boas e ruins. Incertezas pareciam ganhar forma à medida que o destino não cansava de me surpreender, o despertar de Marian estava ali para provar isso. Entretanto, havia uma única certeza que não se mostrava passível de modificação. Em passos não mais hesitantes, caminhei até a porta giratória da Kay Jewelers. Se era verdade o que as propagandas apresentavam, eu encontraria o perfeito anel de noivado. Eu pediria Regina em casamento assim que os papéis do divórcio fossem assinados, mesmo que a empreitada não fosse facilmente realizada como eu pedia aos céus para que fosse, caso Marian optasse por fazer aquilo do modo mais difícil. Mesmo que os empecilhos mais uma vez se colocassem diante de meu caminho, eu me tornaria um homem livre de qualquer compromisso conjugal com Marian, estava disposto a lutar para que isso ocorresse o mais rápido possível.

Eu pediria Regina em casamento. Essa era minha maior e incontestável certeza.

Convicto disso, entrei na joalheira. Disposto a encontrar uma joia capaz de traduzir, ainda que em pequeno grau, a dimensão do sentimento que Regina Zambrano Mills despertara em mim. O sentimento da segunda chance que representávamos um para o outro. O sentimento que muitos procuram, mas poucos estão dispostos a viver com todas as dificuldade e obstáculos que se apresentam antes que possamos conhecê-lo de verdade. O amor. O puro e verdadeiro amor.


Notas Finais


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