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História Vamo se amar? - Por favorzinho?


Escrita por: iluyeol

Notas do Autor


Se eu estou quase me borrando por um: “Nossa, isso era exatamente o que eu não queria!!!!!”? Estou sim, pode ter certeza. Desde o ínicio do mês plotei que nem loca, coisas mirabolantes por que seu gosto é bem parecidinho com o meu, mas acabei com 10 arquivos numa pasta chamada “Amigo Secreto”. Tava bem convencida de não postar a tempo por que na 9° fic que comecei nessa última semana tava com 4k e nada de ver o fim. Fiz um textão de desculpas para Laris (desculpa Laris T-T) por achar que não ia dar. MAS ontem a noite resolvi tentar fazer alguma coisa, não achei justo, pois me comprometi em fazer. Então plotei bem rapidinho ~ lê-se até 4h da manhã escrevendo~. SÉRIO, se você não gostar dessa, a angst que eu estou fazendo vai sair SIM, se assim quiseres ler. Ela acabou ficando complexa demais para terminar em 3 últimos dias (e angst a gente sabe que só tem sentido se for feito com calminha e carinho).

Essa fic foi escrita para a minha amiga secreta megera satânica, vulgo Mitsuko Akemura, ou mais conhecida por Amanda @blehcendres

Agradecimentos nas notas finais.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Por favorzinho?


 

Vamo se amar?

Por iluyeol

 

O amor é muito lindo. Sério. Não tem coisa mais bonita do que se apaixonar. Mesmo que isso te custe um coração partido, estilhaçado ou esmagado depois. A sensação de amar alguém é tão gostosa, mas tão gostosa, que dá vontade de comer. De devorar com cobertura de chocolate, granulados coloridos e uma cereja por cima.

Vocês conseguem me entender?

Não?

Vou tentar de novo.

Amar é como andar de bicicleta.

Você está pedalando numa rua extremamente longa e íngreme. Soa como um porquinho no abate, deixando suas roupas ensopadas. As pernas queimam como o inferno de tanta dor que sente. Mas você consegue ver o fim e está logo ali, isso te motiva e continua pedalando. Passa por maus bocados porém finalmente consegue chegar ao topo da ladeira.

Dali, consegue sentir o gostinho da vitória de ter atingido o objetivo. E aí, você faz o que mais queria, descer a rua na bicicleta. Desce numa velocidade superior a de super-heróis. Seus pés estão suspensos enquanto os pedais giram loucamente. O vento esfria seu rosto quente, vermelho e banhado de suor. E você consegue sentir a brisa da liberdade te tocar a alma, vinda de um céu onde o sol se põe no horizonte.

Ainda não ficou claro?

Tudo bem.

Mais uma vez.

Amar é como beber água.

Seu corpo precisa de água, por que se não, ele desidrata e você, bem, você já sabe o que vem depois. Então, seu coração precisa receber amor por que se não, ele esfria, e se ele esfria... você nunca vai saber por que não vou deixar isso acontecer. Vem cá que eu vou deixar ele bem quentinho com um abraço.

Tecnicamente, precisas de amor.

Não tem para onde, ou porquê, se esconder.

Ele pode vir de você também.

Contanto que seu rosto esteja com um sorrisinho estampado, não importa de onde o amor esteja vindo. Apenas deixe que ele te preencha e você vire uma bolinha de amor. É, uma bolinha bem gorda e fofa de amor.

Eu sei, eu sei, você deve tá se perguntando por que eu estou falando tudo isso.

Ok, vamos lá.

Desde criança sempre fui alguém, assim, meio diferente. Um diferente que chamava a atenção dos professores e deixava os coleguinhas com raiva.

Juro que tentava me controlar, mas era uma vontade bem maior que o meu corpinho de criança poderia comportar. Foi uma época interessante para aprender sobre mim e as outras pessoas.

Ninguém ficava perto do menininho estranho no recreio, e eu via quando colocavam as duas mãos em concha no ouvidinho da outra pra fofocar sobre mim. Um dia, um garoto da minha classe me chamou de esquisito na frente de todo mundo, inclusive da professora. Aí, ela chamou a minha mãe.

A professora disse para ela que eu era muito quieto e não conversava com os coleguinhas. Aquilo não era verdade. Mas não falei nada. A minha mãe agradeceu por tê-la chamado e disse que ia conversar comigo.

No caminho a pé até em casa, só se ouviam os nossos passos contra a calçada. Ela segurava minha mão enquanto eu carregava a minha mochila nas costas. Assim como não disse nada, eu também fiz o mesmo. Quando chegamos, me levou até a cozinha, se ajoelhou em minha frente ficando na minha altura e perguntou:

- Chan, porque você não conversa com seus amigos?

- Por que eles não querem mais conversar comigo.

- E o que foi que você fez para isso acontecer? – Seu rosto tomou uma expressão preocupada.

- É que eu... – Abaixei minha cabeça, sentindo meu rosto esquentar por tamanha vergonha que aquilo poderia parecer a ela. – Eu meio que, meio que... gosto de abraçar eles. Mas eles... não querem o meu abraço. – Olhei para os meus pés, totalmente envergonhado. Será que aquilo era errado e ela brigaria comigo?    

Sua mão tocou meu queixo, e o levantou de forma gentil.

A luz do sol atravessava a janela de vidro da cozinha iluminando o seu rosto. Seus olhos eram bonitos, eles sempre me confortaram. E eu confiava em tudo que saia de sua boca. Ela deslizou sua mão para a minha bochecha, sentindo sua mão quente e macia que exalava um perfume doce e familiar.

- Prometa Chan, que nunca mudará para agradar as pessoas. Que sempre será você mesmo.

Aquelas palavras ficaram gravadas em mim. Apesar de não entende-las de imediato, foram ditas com tanta cautela que me senti seguro ao ouvi-las. Hoje, percebo que a minha mãe nunca me abandonou. Mesmo quando os anjos a levaram. Ela sempre cuidou de mim, presente ou não.

- E ao invés de sair abraçando, que tal perguntar antes se o coleguinha quer, uh? – Ela sorriu e bagunçou os meus cabelos num carinho gostoso e maternal.

- Sim! – Sorri, convencido de que finalmente poderia abraçar os coleguinhas que quisessem meu abraço. Poderia dar o carinho que tanto sentia para quem quer que fosse.

Quando mais novo, o que eu entendia sobre aquele sentimento dentro de mim, era muito escasso comparado ao que hoje significa.

Depois daquele dia foi bem mais fácil lidar com as outras crianças.

Depois veio a fase da adolescência, na qual não precisei lutar tanto contra todos os hormônios que tentavam aflorar. Apesar de ter sofrido alguns maus tratos do pouco amor dos outros.

Conheci a Kris naquela época. Ela era alta, loira, olhinhos protuberantes, cheia de atitude. Foi a minha primeira namorada. Nossa, adorei. Adorei mesmo, poderia ter continuado mas ela me largou por um tal de Zitao. Sei lá quem é, mas ele parecia ser legal pelo que disse nas mensagens. Quer dizer, legal para ela.

Sim, ela terminou comigo por mensagem de texto.

 

Kris Amor <3:

Oi Chanyeol, eu tenho que te falar uma coisa...

Eu:

Oi meu amor! Pode falar rs

Kris Amor <3:

Então, é o seguinte, eu acho que...

Acho que tô gostando de outra pessoa.

Eu:

Ah...........

Quem é?

Kris Amor <3:

O nome dele é Zitao. Ele é do terceiro ano, sabe...

Eu:

Sei..........

Mas.... O que ele tem que eu não tenho?

Kris Amor <3:

Ele não é tão grudento como você.

Eu:

Ah

Então, você não sente mais nada por mim????????

Kris Amor <3:

Não

Sinto muito

Eu:

Tudo bem

:(

 

A Kris havia sido minha primeira namorada e primeira decepção. Mas até que foi bom enquanto durou. Eu a amei demais, pelo jeito. Um demais que ela não podia encarar.

Mas tive uma desilusão ainda maior do que ela.

No terceiro ano veio o Baekhyun.

Foi a minha primeira experiência com alguém do mesmo sexo. Muito justificável ter ficado tão elétrico e cheio de expectativa, né não? Era tudo muito novo e excitante gostar de um garoto. Por algum motivo, que eu mesmo desconheço, a minha cabeça não conseguira rotular ser uma anormalidade provinda d’outro planeta. Ele demonstrou um interesse por mim e eu me deixei viajar na maionese dele. Quer dizer, por que não?

Fui até onde meu coração podia. Mas vocês já devem ter percebido que o meu cerne, a minha essência é gostar de amar duas vezes mais e se apaixonar duas vezes mais que a outra pessoa. Então, meu coração pedia muito além do que o do Baekhyun podia.

Por que sou desses. Bem apaixonadinho mesmo. Que se doa por inteiro em cada relacionamento. Muito bobo, muito tolo, muito trouxa. Mas nem ligo, pois adoro. Adoro me jogar de cara em um novo amor, por que amar é bom e é de graça.

Sabe aquele ditado, que quanto mais alto se voa, mais alto poderá ser sua queda? Isso é bem verdade.

Baekhyun me iludiu tanto que cheguei a fazer dever de casa para ele, dar o meu lanche, lavei suas cuecas, literalmente beijei seus pés branquinhos, e bem, tudo isso só para conseguir uma atençãozinha dos seus lábios rosados.

Não tenho nada o que reclamar, ele foi bom para mim, sim. Se não fosse o seu bilhetinho na hora da aula, me pedindo o número de telefone, não teria descoberto que gosto da fruta. E dessa fruta quero até o caroço.

Entretanto, vamos falar da queda que levei.

A ilusão foi desfeita por ele mesmo.

- Chanyeol, a gente tem que conversar.

- Oi meu amooooor, por que você tá tão sério? – Cheguei perto da sua figura pequena e fiz menção de abraça-lo mas fui interrompido por uma mão espalmada em meu peito.

- Não, olha, é sério. – Ele deu um passo para trás julgando ser uma distância segura. – Por que... a gente namora?

- Por que a gente se ama? – Falei rindo. Mas ele não sorriu de volta.

- Como assim a gente se ama? – Ele cruzou os braços. – E o modo como te trato? Você chegou a lavar minhas cuecas, Chanyeol.

- Por que eu gosto de você, ué. Faço qualquer coisa para te deixar feliz! O que tem de errado nisso?

Ele suspirou e fez aquela cara que todo mundo fazia quando me olhava: de pena. Como se eu fosse algum coitado que sofria de amor o tempo todo.

E sou mesmo.

Você, provavelmente, deve ter pensado o seguinte: “Nossa, o Chanyeol é tão fofinho mas leva tanto fora na vida. Por que ele se entrega demais. Coitado.”

Caguei para você. Mentira volta aqui e me beija, por que me chamou de fofinho.

É que eu prefiro dar cem por cento mais valor ao amor que me é doado e zero fodas para a desilusão no final. Se eu fico triste? Fico sim. Mas a vida que segue. Tem tantas pessoas no mundo para a gente amar que acabo até esquecendo do pé na bunda.

Por que eu gosto de ser amado. Mesmo que tenha que sofrer depois.

- O errado é que você precisa de alguém que te ame por igual e esse alguém... – Ele ponderou por um instante. – Esse alguém não sou eu. Não estava mais aguentado brincar desse jeito com você. Então, me perdoa tá? Mas é melhor parar por aqui.

Ou seja, ele não me amava, nunca me amou, que droga é essa?

Acho que devo ter chorado e implorado um pouquinho na frente dele mas a minha reputação com vocês já tá bem brochada. Vamos seguir a diante.

Foi uma época conturbada da minha vida, admito, mas foi bom, até poderia ter sido melhor. Devia ter passado menos tempo sozinho e amado mais. Sou um romântico incorrigível, né não?

Quando saí de casa e comecei a fazer faculdade, achei que tudo melhoraria, sabe? Conheceria pessoas diferentes, talvez até encontrasse alguém assim como eu, que precisasse de muito carinho e amor em demasia. Na verdade, esse era o meu sonho, desde sempre. Mas não foi exatamente isso que aconteceu.

Estava lá na varanda do apartamento observando a rua e as pessoas passarem, imersas em suas vidas ocupadas demais para que pudessem notar-me ali. Aproveitando o tempo livre para descansar a mente antes de fazer um relatório para a faculdade, e receber uns raios solares bem gostosinhos no corpo.

Haviam muitos prédios naquela rua, inclusive, tinha um de azulejos brancos e vermelhos bem de frente ao meu. Ele tinha muitos andares e uma cobertura com piscina. Algumas crianças brincavam no parquinho do térreo.

Acho que devo dizer antes que não foi culpa minha. O meu andar era literalmente o mesmo que o dela, ou seja, ficava de frente mesmo. E os apartamentos não tinham varandas, eram janelas. Janelas grandes e bem abertas na cor preta. O seu contorno era preto, composto em algum tipo de ferro, diferente do vidro que era bem transparente. Daqueles que dão impressão de não ter nada ali mas você, de repente, está com a cara colada na camada cristalina se contorcendo de dor pela pancada. Aqueles vidros são um dos cânceres da sociedade.

Os meus olhos pousaram sobre a janela dela. Os cabelos cor de chocolate estavam molhados e eram escorridos até a cintura. Um visão tão linda, não é mesmo? Claro, até o momento em que ela tirou a toalha branca que lhe cobria o corpo desnudo. Se eu fiquei com vergonha? Fiquei. Até me abaixei na varanda, surpreso demais com o que via. Não por ver uma mulher qualquer sem roupas mas por visualizar uma vizinha nua. Uma pessoa que provavelmente encontraria na rua, alguma vez na vida.

Mas ela era tão linda e tão sensual. Os cabelos combinavam com a sua pele mais escura que a minha. Tão bela. Os seus seios eram num tamanho que eu julgo perfeito para mim, provavelmente caberiam em minhas mãos. E vestia peça por peça, vez ou outra admirando-se num espelho que eu não podia ver.

De repente ela olha para além da janela, franzindo a testa.

E me vejo se escondendo de novo.

Não voltei a olhar. Vislumbrado demais com o que acabara de ver.

Naquele dia passei o dia pensando nela. Mesmo enquanto fazia o relatório e indo para a universidade á noite. Pensando naquela cor de chocolate única e de uma característica muito sexy. Imaginando se eu teria alguma chance ou se tinha um namorado.

Sim, ela tinha um namorado. Que por sinal, era muito lindo.

Agora chegamos ao ponto crucial da história.

A parte onde eu solto a bomba e vocês lidam com ela.

Sou uma pessoinha muito amor, certo? Certo. Um pouco, talvez muito, trouxa, certo? Certo.

Mas sabem de um problema que pessoinhas como eu, algumas vezes, passam?

Não?

Vou contar como aconteceu.

Era manhã de domingo, e eu queria comer umas torradinhas bem quentinhas e cheias de manteiga acompanhando um café bem forte. Mas eu estava sem pães, então logicamente saí para comprar.

Era cedinho, uma manhã fria e tranquila no bairro. Alguns, que reconheci serem meus vizinhos de porta, caminhavam e passeavam com cachorros, enquanto carregavam sacolinhas de pão. Os moradores mais inteligentes, provavelmente estavam em casa dormindo em suas camas quentinhas.

Ao chegar na padaria me deparo com poucas pessoas na fila. Estas tinham faces estampadas pelo sono. Esperava a minha vez atrás de uma senhora. Suspirei e me espreguicei esticando os braços e fechando os olhos.

De repente, ouço pessoas conversando baixinho atrás de mim e não consigo evitar ouvir a conversa.

- Sehunnie, vamos ao cinema esta semana? – Perguntou uma voz feminina.

- Hum, pode ser. Que filme você quer ver? – Disse o provável Sehunnie.

- Esquadrão Suicida.

Oh, esse filme!.

Atrevo a espiar com um soslaio, claramente movido pela curiosidade.

Sabiam que a curiosidade matou o gato, né?

Acabo vendo o que jamais esperaria para aquela manhã.

A garota nua da janela.

Deus! O que faço?

Calma, Chanyeol. Não é como se ela soubesse que você a viu sem roupas. Não precisa se exaltar por alguém que nem te conhece, nunca te viu na vida ou coisa parecida.

Senti um cutucar nas costas.

- Ei, acho que conheço você.

Me viro para ver um ‘serumaninho’ lindo, que caiu do céu como um anjinho. A garota usava um shorts bem curtinho, ressaltando as coxas fartas que tinha. Nossa senhora, que pecado minha mente é.

- A-ah, é que eu moro aqui perto, você deve ter me visto por aí, não? – Falei, um pouco rápido demais, nervoso demais, dando pinta demais. Alguém me ajuda.

- Não, acho que vi você na varada do prédio em frente ao meu.

Congelei.

Petrifiquei.

Fiquei de cara.

Socorro! E agora?

- Era você sim. – Ela sorriu e exibiu dentinhos maravilhosamente perfeitos. Quase derreti se não estivesse ainda congelado. – Alô? – Ela balançou uma das mãos na frente do meu rosto.

- Ei cara, não tem problema. – Senti uma mão no meu ombro e pela primeira vez olhei para o tal Sehunnie da conversa de antes atrás de mim.

Senhoras e senhores, que homem é esse?

O cara era muito lindo, alguém me abana?

Ele usava uma camisa branca, transparente demais para uns mamilos que estavam eriçados pelo frio. Seus cabelos negros caiam vez ou outra em cima dos olhos e ele passava sua mão maravilhosa de cor clara, entre os fios rebeldes.

Era um casal lindo e cheio de contrastes. Não tinha como não olhar aquele par perfeito. Tipo bem-casado, sabe? Aquele docinho delicioso. Uma morena linda de cabelos cor de chocolate. E um cara gostoso com brilhantes cabelos negros e que exibia uma pele mais clara que o leite.

Felizmente, sim, felizmente, eu me apaixonei por eles.

Foi a coisa mais esquisita que me aconteceu, mas a gente supera, né?

Por que Deus fez o homem e a mulher, e eu posso beijar os dois se eu quiser. Ao mesmo tempo também pode, por que é bem gostoso. Então, não sei você, mas a vida de pessoinhas como eu, que gostam de frutas, com suas cores, sabores, e delícias, quer experimentar todas e aproveitar o quanto há tempo.

Se eu tive a ideia mais brilhante do mundo? Tive sim. Abri um sorriso maior que a minha cara.

- Gente vocês sabem o que é poliamor? – Os dois se entreolharam e em seguida, me encaram sugestivos, me incentivando a continuar. – Então, é um negócio bem interessante e eu tava muito afim de experimentar. Dizem que apimentam relacionamentos. Se vocês quiserem, podem dar uma passada no meu apartamento. Sim, era eu mesmo na varanda. – Olhei para ela sorrindo de forma divertida. – Meu nome é Chanyeol, podem chamar no interfone.

Eles ficaram em silêncio e aceitei como uma deixa para me retirar, deixando que pensassem sobre o assunto.

Quando cheguei em casa, lembrei que não tinha comprado o pão. Nem me importei, pois estava tão eufórico com o que tinha feito que a fome tinha passado. Sou muito louco? Talvez. Mas eu perguntei, né? Não ataquei ninguém. A não ser que se ofendam. Tipo aquele pessoal de orgulho hétero saliente porém duvidoso. Fica ferido com qualquer coisinha.

Mas quem sabe, né?

Tenho esperanças.

Se eu tenho uma coisa, essa coisa é esperança. E vocês sabem disso.

Trouxa não, TROUXA com Tesão.

Fiquei olhando pela varanda a cada 5 minutos. Mas não os vi nenhuma vez.

As horas passaram e fui ficando triste mas de esperança intacta. Passei o domingo assistindo uns filmes bem água com açúcar, romances bem docinhos para me deixar naquele alto astral pensando se os crushes apareceriam.

Quando a noite caiu, me convenci de que não viriam. Dei pausa no filme e escapei rapidinho para tomar um banho, fazer pipoca e voltar para a seção bad de domingo.

Ao sair do banheiro, meu interfone toca.

Gente, será?

- Oi, Chanyeol? – Era a voz do Kyungsoo, o porteiro do prédio.

- Oi, Kyungsoo!

- Subiu um pessoal aí para o seu apartamento, liberei pois disseram que eram seus amigos. E por que os vi saindo do prédio da frente.

- Tá ok, obrigada! Não pera, eles já estão... – Fui interrompido pela campainha que tocou.

Isso é real?

Não pode, não acredito, tenho que ver para crer.

Abri a porta e dei de cara com os dois crushes do prédio ao lado.

- Oi, meu nome é Kim Jonginah. – A moça bonita disse sorrindo.

- E eu sou o Oh Sehun. – Ele disse estendendo a mão. – Ah, você é bem rápido. – Ele cutucou a namorada no braço e apontou para alguma coisa embaixo de mim. Eles riram juntos e foi a coisa mais linda que eu já vi na vida.

- Do que vocês estão... – Olhei para ver o motivo. Percebi que estava de toalha e com uma ereção marcando o tecido grosso. – Oh, me desculpem! – Falei tentando esconder com as mãos.

- Tudo bem, podemos te ajudar com isso. Não podemos, amor? – Jonginah disse olhando para mim, maliciosamente.

- Claro, viemos aqui para isso. – Disse Sehun, já entrando e me empurrando para dentro do meu próprio apartamento.

- Então, como é esse negócio de poliamor, mesmo? – Os dois disseram juntos e riram por terem falado ao mesmo tempo.

Meu coração deu uma palpitada vendo aquelas risadas juntas novamente. Mordisquei o lábio segurando um sorriso que rasgaria minha boca de tão feliz que estava. Poderia me derreter só de pensar no que faríamos naquela noite, ou se assim quisessem, em todos os dias daqui para frente. Não sabia se duraria uma noite, um mês ou anos a fio. Mas estava louco para desfrutar o quanto pudesse.

O amor é muito lindo. Sério. Não tem coisa mais bonita do que se apaixonar. Mesmo que isso te custe um coração partido, estilhaçado ou esmagado depois. A sensação de amar alguém é tão gostosa, mas tão gostosa, que dá vontade de comer. De devorar com cobertura de chocolate, granulados coloridos e uma cereja por cima.

Vocês conseguem me entender?

Não?

Ok, vamos tentar de novo.

 

 

 

 


Notas Finais


Teve muitas verdades que saíram de mim aí. E tem um momentozinho que aconteceu de verdade comigo mas não irei dizer qual é kakakakaka

Ainda tá confuso?
Poliamor é uma relação não-monogâmica, mas que requer consenso, responsabilidade e ética entre as partes envolvidas.

Vamos aos agradecimentos?
Primeiro a minha querida Jessy, nossa, não sei o que faria sem você! Me apoiou desde o começo, até quando precisava estudar, fiquei lá te enchendo o saco enquanto surtava por que não sabia o que fazer. Amo você <3

Segundo, as meninas do grupo EXO FANFICS, vocês são umas lindas, sério <3 Em especial a Carolis que me deu umas dicas sobre a xfriend haha.

E por último a minha mãe que teve muita paciência comigo tentando acalmar minhas crises de ansiedade, apesar de não saber que era por causa de uma fanfic cof cof


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