Trabalho em equipe
POV HERMIONE
Era por volta das 22hs, quando caminhávamos em direção ao corredor que dava para as salas de Artes das trevas, nossa primeira patrulha noturna.
A diretora Minerva havia alternado os dias das duplas de acordo com o perímetro de patrulha, pois os representantes mais novos não poderiam circular por determinados locais, então eu e Draco tínhamos que nos dividir para completar a tarefa à tempo.
-Nossa, esses corredores parecem mais escuros que os demais-falei mais pra mim do que para quem me acompanhava.
- Faz jus ao tipo de aprendizado que tivemos aqui. Era também local de encontro para coisas que você nem pode imaginar- falou Draco com um certo nojo na voz.
- Como o quê, por exemplo?-tinha que ser eu, a curiosa.
- Os almeijantes à comensais da morte se reuniam aqui para testar magia negra. É por isso que a energia que emana daqui não é das melhores- falou dando ombros.
- Nossa, você deve ter visto cada coisa tensa, heim?
- Vi e fiz... Mas não me orgulho disso- disse, por fim, com uma voz cabisbaixa.
Tentei ignorar aquela informação e continuei andando. Os corredores pareciam mais um labirinto, bem diferentes de como eram durante o dia, e escuros, cada vez mais escuros. Eu tinha a impressão de ter alguém me seguindo até que eu esbarrei em algo. Ou melhor, em alguém...
- Se esconda, rápido! -falou ele, me enfiando em um armário de vassouras- aparentemente não estamos sozinhos..
- Também tive essa impressão- nossas vozes eram como sussurros.
- E um acho que tem alguém nos espionando. Vamos observar um pouco.
De repente começamos à ouvir passos se aproximando. Eram bastante rápidos e percebemos que não se tratava de apenas uma pessoa. Eles pararam em frente ao armário.
- Aquele traidor vai nos pagar.
- Não consigo entender o porquê de a diretora ter readmitido aquele nojentinho de volta na escola. Ele é a escória do mundo bruxo.
As vozes falavam, mas não conseguíamos identificar de quem elas eram, somente o ódio era iminente ali... Muito ódio, e isso me deixava preocupada.
- Vamos embora, eles devem ter terminado a patrulha à essa hora- falou uma voz feminina.
Esperamos cerca de vinte minutos no armário até ter certeza de que o grupo havia saído. Nesse meio tempo, eu fiquei a observar o semblante do dono daqueles olhos acinzentados... Estavam tão turbulentos, que eu tive até medo.
-Eu tô aqui- falei segurando a mão dele-vou estar aqui sempre que precisar.
-Vamos embora.
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